A Luz do Amanhecer escrita por Arielle Borges


Capítulo 3
A Caça


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, como o capítulo anterior... É de maior parte de autoria da Stephenie Meyer... eu editei-o e o encurtei o máximo que eu pude.
Capa definitiva pessoal.
Beijinhos e boa leitura.



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– Pela janela? - Perguntei.

– Sim, é o mais conveniente. Renesmee e Jacob estão lá em baixo... Se você está com medo, posso te carregar -

– Oh... E Renesmee… ok… com Jacob lá? - Murmurei. Ouvi com atenção, mas tudo que eu podia ouvir era um pulso constante. - Ele não gosta dela -

– Acredite, ela está perfeitamente a salvo. Sei exatamente o que Jacob está pensando -

– É claro - Murmurei.

– Com medo? -

– Um pouco. Não sei como… -

– Fique de olho em meus movimentos - Edward disse. E depois ele pulou para fora da alta janela que estava aberta.

Olhei cuidadosamente. O som dele pousando foi muito baixo. Concentrei-me e copiei seu movimento. Meu pouso pareceu quieto para ele. Sorri de orelha a orelha.

– Certo. Isso foi muito fácil -

Ele sorriu de volta. - Bella? -

– Sim? -

– Isso foi muito gracioso mesmo para uma vampira - Ninguém riu, então é verdade.

– Obrigada - disse a ele.

Tirei os sapatos prateados dos meus pés e arranquei seus saltos.

– O senso de moda dela não está melhorando muito o seu equilíbrio - Alice resmungou.

Edward pegou minha mão e se jogou entre o quintal até a entrada da floresta. Tudo parecia muito simples, fisicamente. Andamos até entrarmos na floresta.

– Siga-me… - ele riu e começou a correr.

Comecei correr logo após o Edward e assim pude finalmente entender porque ele nunca bateu nas arvores quando corria uma questão que sempre havia sido um mistério pra mim. A floresta estava muito mais viva que eu algum dia soube. Passei ele em questões de segundo.

– Bella - ele chamou secamente. Ele havia parado.

Girei e pulei ligeiramente para o seu lado. Ele estava sorrindo, com uma sobrancelha erguida. - Você quer ficar no país? Ou está planejando ir ao Canadá esta tarde? - ele perguntou, se divertindo.

– Aqui está ótimo. O que nós estamos caçando? -

– Alces. Tem que ser algo mais fácil para sua primeira vez… - Ele baixou a voz quando meus olhos se estreitaram na palavra fácil.

– Aonde? - Perguntei, procurando nas árvores.

– Fique quieta por um momento - disse, colocando suas mãos em meu ombro. - Feche seus olhos - ele murmurou. Assim que os fechei, ele acariciou as maçãs do meu rosto.

– Ouça - Ele instruiu. - O que você está ouvindo? - Havia um espaço aberto perto de nós e um pequeno córrego e lá, perto do barulho da água, eu pude ouvir línguas dentro da água, junto ao barulhento estrondear de corações pesados… Senti como se minha garganta tivesse fechado bruscamente.

– Ao noroeste? - Perguntei com os olhos ainda fechados.

– Sim - O seu tom foi de aprovação. - Espere pela brisa e… o que você sente? -

Foquei meu olfato em direção à água e encontrei o cheiro que deveria ter ido embora com o marulhar da água, as batidas do coração. Enruguei o nariz.

Ele riu. - Demora um tempo pra acostumar -

– Três? - perguntei.

– Cinco. Dois nas árvores atrás deles -

– E o que faço? -

A voz dele fez com que parecesse que estava sorrindo. - Que quer fazer? -

Pensei nisso enquanto escutava e respirava o cheiro. Meus olhos se abriram.

– Não pense, somente siga seus instintos - ele sugeriu enquanto tirava as mãos do meu rosto.

Deixei-me ser levada pelo cheiro. E meu corpo assumiu meus movimentos. Meu corpo se virou para frente automaticamente e eu consegui ver um macho grande, e as sombras dos outros quatro, indo na direção leste para a floresta num ritmo despreocupado.

Concentrei-me no cheiro do macho e me preparei para o primeiro ataque.

Mas quando meus músculos se flexionaram, o vento mudou vindo agora do sul. Saí rapidamente das árvores assustando o alce para dentro da floresta. Procurei por algo que não fosse completamente repugnante pra minha sede. Havia uma pista de algo, uma fraca impressão para o leste…

Me virei e me lancei na direção do leste. O som ficava mais alto, crescendo poderoso, assim como a trilha que eu seguia. Automaticamente eu subi em uma árvore, ganhando a estratégica posição mais alta, metade da altura de um alto e prateado abeto.

Meus olhos localizaram o movimento ligado ao som e eu vi a pele marrom-amarelada do leão, um pouco mais abaixo e a esquerda do meu posto. Captei o cheiro de algo menor, perto da minha presa, acovardada debaixo da árvore. A cauda do leão se balançava bruscamente quanto ele se preparava pra saltar.

Com uma leve hesitação, pulei e aterrissei no galho dele. Ele sentiu a madeira estremecer e se virou, rugindo surpreso e desafiador. Meio-louca de sede, ignorei as presas expostas e as unhas afiadas e me lancei nele, jogando nós dois no chão.

Suas unhas arranhando podiam ter sido dedos carinhosos pelo impacto que deixaram na minha pele. Seus dentes não tinham utilidade no meu ombro ou na minha garganta. Meus dentes procuraram sem erro sua garganta, e a resistência instintiva dele era pateticamente fraca contra minha força. Minhas mandíbulas se fecharam precisamente sobre o ponto onde o calor era maior. Era fácil como morder manteiga. Meus dentes eram navalhas de aço, eles cortaram a pele e a gordura e tendões.

O sabor estava errado, mas o sangue era quente e úmido, e acabou com a áspera, ardente sede enquanto eu bebia. A luta do gato se tornou mais fraca e seus gritos sufocaram com um gorgolejo. O calor do sangue irradiou em todas as partes do meu corpo, atingindo até mesmo a ponta dos meus dedos das mãos e dos pés.

O leão estava acabado antes de eu estar. A sede cresceu de novo quando ele ficou seco, e eu empurrei sua carcaça pra longe do meu corpo com repugnância. Como eu ainda poderia estar com sede depois disso?

Fiquei ereta em um movimento rápido. De pé, eu me dei conta que eu estava meio bagunçada. Eu limpei o meu rosto com as costas do meu braço e tentei arrumar o vestido. As garras que haviam sido tão ineficientes contra a minha pele tinham tido mais sucesso com o cetim.

– Hmm - Edward disse. Eu olhei pra cima e o vi apoiado casualmente contra o tronco de uma árvore, me olhando de forma pensativa.

– Eu acho que eu podia ter feito isso melhor - Eu estava coberta de sujeira, meu cabelo com nós, meu vestido manchado de sangue e pendurado em farrapos. Edward não vinha pra casa de viagens de caça parecendo desse jeito.

– Você foi perfeitamente bem - ele me assegurou. - É só que… foi muito mais difícil de assistir do que deveria ter sido -

Eu levantei minhas sobrancelhas confusas.

– Vai contra o meu extinto - ele explicou - deixar você lutar com leões. Eu estava tendo um ataque de ansiedade o tempo todo -

– Bobo -

– Eu sei. Velhos hábitos não morrem fácil. Eu gostei das melhorias do seu vestido, no entanto -

Eu mudei de assunto. - Porque eu ainda estou com sede? -

– Porque você ainda é jovem -

Eu suspirei. - E eu não suponha que tenha outro leão da montanha por perto -

– Muitos veados, no entanto -

Eu fiz uma cara. - Eles não cheiram tão bem -

– Herbívoros. Os que comem carne cheiram mais como os humanos - ele explicou.

– Não tanto quanto os humanos - eu discordei.

– Nós poderíamos voltar - ele disse solenemente, mas havia um olhar provocador.

– No entanto quem quer que esteja lá fora, se forem homens, eles provavelmente não se importariam se for você que estiver matando eles - O olhar passando por meu vestido rasgado novamente. - Na verdade, eles iriam pensar que eles já haviam morrido e ido pro céu no momento que eles vissem você -

Eu revirei meus olhos e inalei. - Vamos caçar uns herbívoros fedidos -

Nós encontramos um grande rebanho de cervos quando corríamos de volta pra casa. Ele caçou comigo dessa vez, agora que eu tinha pegado o jeito da coisa. Eu abati uma grande quantidade fazendo quase tanta sujeira quanto tinha feito com o leão. Ele tinha acabado com dois antes deu acabar com o primeiro, sem nenhum cabelo franzido, nem uma mancha na sua camisa branca. Ele perseguiu o assustado e espalhado rebanho, mas ao invés de se alimentar de novo, dessa vez eu assisti cuidadosamente para ver como ele era capaz de caçar tão limpo.

Todas as vezes que eu havia desejado que Edward não tivesse que me deixar pra trás quando ele caçava, eu havia estado secretamente um pouco aliviada. Porque eu estava certa que ver isso iria me assustar. Horrorizar. Que vê-lo caçar iria finalmente fazer com que ele parecesse um vampiro pra mim.

É claro, isso era muito diferente dessa perspectiva, com eu sendo uma vampira. Mas eu duvidei que mesmo meus olhos humanos perdessem a beleza aqui.

Era uma experiência surpreendentemente sensual ver Edward caçando. Seu salto suave era sinuoso como o ataque de uma cobra; suas mãos eram tão certeiras, tão fortes, tão completamente incapazes de deixar escapar; seus lábios cheios eram perfeitos enquanto eles se abriam sob seus dentes resplandecentes. Ele era glorioso. Eu senti um súbito choque de orgulho e desejo. Ele era meu. Nada poderia me separar dele agora. Eu era forte o suficiente para ser arrastada do seu lado.

Ele era muito rápido. Ele se virou para mim e encarou curiosamente a minha expressão de desejo.

– Não está mais com sede? - ele perguntou.

Eu dei de ombros. - Você me distraiu. Você é tão melhor que eu -

– Séculos de prática - Ele sorriu.

– Só um - eu o corrigi.

Ele riu. - Você acabou por hoje? Ou quer continuar? -

– Acabei - Eu me senti cheia, mas não tinha certeza de quanto mais líquido era necessário para me encher. Mas a queimação de minha garganta estava sossegada.

– Eu quero ver a Renesmee - eu disse.

Agora que a minha sede estava domada, minhas preocupações de mais cedo foram dificilmente esquecidas.

Ele estendeu sua mão, peguei-a, sua pele pareceu mais quente do que antes. Seu rosto estava levemente corado.

– Renesmee? - ele perguntou de maneira incerta, tentando se certificar do que eu mais queria naquele momento.

– Renesmee - eu concordei, lamentando, e me coloquei novamente em pé, puxando ele comigo.



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Notas finais do capítulo

Vocês gostaram? Claro né... tudo que é da Stephenie vocês gostam.
Próximo capítulo é de minha autoria.
Estou pensando em fazer um site para colocar algumas imagens da fic... vocês vão querer? Me respondam no review.
Milhões de beijos



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