Caroline’s POV

Respira. Respira de novo. Agora expira. Faz isso de novo. Respira. Se acalma. Você só vai tocar pra 10.000 pessoas. O que são dez mil pessoas? Puff! Respira caramba! Inspira, expira. Inspira, expira. SE ACALMA, PORRA!

- 10 minutos para vocês entrarem. – o produtor falou e eu suspirei nervosa.

- O que foi? A menininha ta com medinho? – vou voar nesse baterista.

- Se eu estivesse com medinho não estaria olhando pra essa sua cara medonha. – sorri irônica e vi a cara dele se fechar.

- Idiota. – o ouvi murmurar baixinho.

- Não sou você. – sorri irônica novamente.

- Peguem os instrumentos e vão para o palco. – o produtor disse novamente.

O baterista idiota, Sandy, o tecladista, Nick (http://images4.fanpop.com/image/photos/18800000/Janice-Fronimakis-male-models-18859620-1024-768.jpg) e eu fomos para onde os instrumentos estavam. O baterista e Sandy foram para o palco enquanto eu e Nick pegávamos a guitarra e o baixo.

- Ei. – ele virou de repente, me encarando com aqueles olhos profundos. – Boa sorte. – ele sorriu. – Bom show. – ele me abraçou fortemente. Que amor.

- Bom show pra você também. – sorri colocando a guitarra.

Fui para o palco, que ainda estava escuro. Olhei pra toda aquela platéia que esperava ansiosamente pelo show. Me senti importante, eu era parte do show que elas tanto queriam ver.

Zayn’s POV

Por mais que Caroline fosse linda, gostosa, engraçada, meiga, fofa e etc., eu não conseguia me apaixonar por ela. Tudo não passava de mera atração. Uma atração bem forte, por sinal, mas era só isso.

Quando a ajudei no avião eu percebi isso. Ela era como uma irmã mais nova pra mim. Mas ao mesmo tempo era como uma mãe, não só para mim, mas para todos. Sabia que Caroline era alguém com quem eu poderia contar sempre, para conversar, desabafar, brincar, treinar minhas cantadas e também pra levar umas broncas quando precisasse.

Falei com Niall que não ia mais ficar dando em cima de Caroline e ele suspirou aliviado. Eu ri. Niall teria que se acostumar em dividir ela, porque nós todos nos afeiçoamos muito rápido por ela.

[...]

Quando entramos no palco avistei Caroline de cabeça baixa. Parecia bem nervosa, mas segura do que estava fazendo. Até hoje eu não me conformo em como essa menina aprendeu a tocar nossas músicas tão rápido. Isso chega a ser paranormal.

A primeira música logo terminou e Carol pareceu relaxar mais. Depois veio a segunda, a terceira, a quarta e ela já estava à vontade. Respondemos as perguntas das fãs no twitter e depois fomos nos trocar para I Want.

Minutos depois estávamos no camarim jogados nos sofás. O show foi muito bom, os fãs cantaram junto com a gente uma boa parte do show. É, estávamos nos tornando uma banda grande.

Caroline’s POV

Sinceramente? Esse show foi fraco. Comparado aos show brasileiros isso era um show de bandinha que começou a fazer sucesso. Os fãs gritavam pouco, quase não pulavam e o mais incrível: raramente cantavam. Aposto que se isso fosse no Brasil iria ser um show insano.

Mas para os outros não parece que foi um show fraco. Todos estavam comentando que o show tinha sido ótimo e blábláblá. Sou diferente, já estou acostumada. Mas gostei de tocar para 10.000 pessoas. Gostei de como me saí, não errei nenhuma vez.

- É, eles estão na segunda porta. Mas manda todo mundo entrar de uma vez, senão os seguranças vão conseguir deter. – ouvi alguém sussurrar, acho que falava no telefone. – Isso, o camarim deles é na segunda porta da direita. Eu vou tentar distrair alguns seguranças. Mas olha, se você não me pagar direito vai se ferrar.

Estiquei o pescoço e vi o baterista retardado. Ai meu Deus, ele estava comandando uma invasão de fãs ao camarim dos meninos? Cadê o Nick? Tenho que avisá-los.

- NICK! – gritei assim que o vi. – Me ajuda, por favor.

Expliquei para ele e fomos para o camarim dos meninos. Encontramos todo mundo quase dormindo. Expliquei tudo pra eles e pareciam estar com medo.

- Você acha que vai demo... – Liam foi interrompido por vários gritos. – Eu to com medo.

- Acho melhor trancar a porta. – falei indo em direção à porta, mas a mesma se abriu com tudo. Fudeu.

Não consegui distinguir mais nada, apenas um monte de mãos e braços em cima de mim. Tentei sair daquela muvuca mas não consegui. Ouvia alguém gritar meu nome mas estava muito distante. Aos poucos o lugar começou a esvaziar e eu conseguia respirar normalmente. Quando tinha umas 10 meninas no lugar eu senti me corpo sendo arremessado para trás e eu bati com tudo a cabeça na parede. Nossa que dor, puta que pariu. Levei minha mão até a cabeça a apertando, estava doendo demais. Minha visão começou a ficar turva e meu corpo relaxou. A última coisa que ouvi foram duas pessoas gritando meu nome. Depois eu apaguei.

[...]

- Será que ela vai demorar pra acordar?

- Não sei, eu acho que deveríamos chamar a ambulância.

- Não é pra tanto, Niall.

- To preocupado com ela.

Abri meus olhos lentamente e senti minha cabeça latejar. Percebi que estava deitada no sofá com a cabeça no colo de Niall. Assim que acostumei com a claridade, notei 6 pares de olhos me olhando com preocupação.

- Carol, ta tudo bem? – Niall perguntou.

- Ai, minha cabeça. – gemi de dor.

- Onde ta doendo?

- Tudo. – me encolhi com a pontada forte que senti.

- Toma esse remédio. – Liam me estendeu um comprimido e um copo de água.

Quando sentei, senti outra pontada forte. Me agarrei em Niall. Peguei o comprimido e tomei. Será que aquela dor desgraçada passaria logo?

- Obrigada. – falei baixinho.

- Paul está falando para nós irmos para o carro. – Harry falou.

- Ok, vamos. – Zayn, Liam, Louis e Harry saíram, deixando eu, Niall e Nick na sala.

- Tirando a dor de cabeça, está tudo bem? – Nick perguntou e eu sorri, afirmando.

- Então vamos? – Niall falou e eu assenti.

Ele me ajudou a levantar, estava tonta ainda. Bom, tonta eu sempre fui, mas eu estava muito. Ok, calei a boca. Fomos para o carro e eu sentei entre Niall e Harry.

- Melhorou, pequena? – Harry perguntou enquanto tirava uma mecha de cabelo do meu rosto.

- Sim, sim. – respondi olhando para baixo. – Quanto tempo fiquei desacordada?

- Quase uma hora. Você bateu feio a cabeça, fez um barulho feio. Se lembra de como foi dar de cabeça na parede?

- Não faço a mínima idéia. – falei olhando o nada. Não sabia mesmo.

- Se ele não te segurasse, você iria bater a cabeça no chão também. – Harry falou e eu o olhei confusa.

- Ele? Ele quem? – perguntei.

- O Louis.