Amor e orgulho escrita por Karmen Bennett


Capítulo 3
Capítulo 3 : Entre a razão e a emoção


Notas iniciais do capítulo

OOi mais um capitulo novinho espero q vcs gostem é a primeira vez q escrevo assim por tanto tentem ser bonzinhos!! Nesse capitulo, Sam tenta virar o jogo mas parece inútil, Freddie finalmente parece ter ganhado, Isso e muito mais no novo Cap de Amor e Orgulho kkkkkkk



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–Sam!

A mulher se voltou e ele estremeceu quando o azul dos seus olhos encontrou os seus.

–O que é Freddie? -Perguntou ríspida virando rapidamente o rosto.

Aquela “doce” familiaridade o convidou a persistir na tentativa de um contato mais intimo.

–Não cumprimenta mais os velhos amigos?

–Amigos que somem por anos e não ligam nem pra perguntar se a pessoa já morreu? Voce precisa avaliar sua definição de amigos, Freddie! –Ela parou de andar e o encarou fazendo o estomago do rapaz formigar.. –O que veio fazer em Seattle?

–Trabalhar. Quer dizer eu moro aqui... –Ele pôs as mãos no bolso e reparou que de pé ela estava ainda mais linda!

–Que seja, não me interessa mesmo... –Ela voltou a caminhar em direção ao carro.

–Olha, eu não sabia que estava trabalhando aqui, se não eu...

–Ah, mas é claro que não sabia, pois na sua cabeça meu futuro seria assaltar, sequestrar, ou qualquer outra coisa fora da lei, e claro abaixo do seu nível, não é? –Ela falava gesticulando as mãos enquanto andava.

–Por que tanto ódio, Sam?

–“Por que tanto ódio, Sam?” - Ela soltou uma gargalhada sarcástica. –Tenha uma boa noite, Freddie. Procure ficar longe de mim.

Freddie ainda tentou falar mais alguma coisa mas ela entrou no seu carro sem ao menos olha-lo.

Sam morava em um apartamento pequeno mas luxuoso. Havia uma sala clara e bem decorada, com uma cozinha americana onde predominava o lilás, e um quarto espaço com uma bela suíte. Era o suficiente para uma solteira.

Ela chegou em casa atônita, com os nervos a flor da pele. Depois que Freddie saiu de sua sala aquela tarde, mal conseguira trabalhar direito, e agora ele ainda aparecia para tirar sarro com a sua cara. E como ele estava bonito. Mas do que ela lembrava, agora tinha mais c”ara de homem”!Tomou um banho, vestiu-se com um pijama e ligou seu notebook. Haviam vários emails não lidos, mas uma em especial lhe chamara a atenção.

Samantha, boa noite, desculpe fazer segredo de você por tanto tempo, mas a noticia não poderia vazar e chamar a atenção de outras empresas de Seattle. Mas como você já sabe ;) o Senhor Fredwardo Benson esta na cidade e ao que parece ele gostou e muito da nossa proposta. Creio que já conhece algum dos seus projetos inovadores, mais esse agora, em especial revolucionará o mercado! Se tudo der certo, fecharemos com ele semana que vem, e você terá um novo parceiro na área de criação, tão bom quanto você se me permite. A parte ruim é que seu projeto terá que esperar, pois não há como promover os dois ao mesmo tempo. Mais uma vez desculpe por não lhe manter a par disso antes, mas eu a espero em minha sala amanhã ás oito para podermos conversar melhor sobre isso.

Atenciosamente,

Sr° Paulo Gregori

Presidente nacional da Aplle Creation USA

Uma brincadeira. Só podia ser. Já tinha ouvido falar de alguns projetos Benson, mas todos na França, sempre acreditou que ele ficaria por la, já que toda sua vida profissional foi construída e consolidada la. Agora ele voltava e já não bastasse o estado emocional no qual ele a deixara, ainda vinha substituir seu projeto?

Sam levantou de um pulo e caminhou pelo quarto, foi a janela tomar um ar e voltou pra cama ainda transtornada. Quando era adolescente, foi exatamente isso que sonhou para os dois, formar uma equipe de sucesso, mas agora aquilo era um pesadelo. Pegou o telefone e discou o numero da amiga:

–Oi, Sam como vai? –A voz de Carly era meio sonolenta.

–Nada bem. Sabe quem esta na cidade?

–O Freddie?

–Vejo que eu era a única desavisada mesmo.

–Pela sua voz vocês brigaram não foi?

–Não é isso. Ele... –Ela tomou ar. -O projeto estúpido dele esta ameaçando o meu. Carly eu nunca vi meu chefe tão entusiasmado, parece que dessa vez não tem volta! Carly meu trabalho é minha vida!

–Sam, calma. Você vai ser demitida?

–NÃO! Mas vou perder uma grana boa se esse projeto não for aceito. E o pior é que eu não posso oferecê-lo a outra empresa, tenho contrato com a Aplle, meu aplicativo vai ficar na geladeira!

–Sam, para! ta fazendo tempestade em um copo d’água pra que você quer mais dinheiro?Você tem uma casa linda, dois carros, ganha super bem e continuará ganhado, então por que essa pilha toda?

–Dois milhões Carly.

–O QUE?

–É o preço mínimo que a companhia paga por um projeto. Daria pra financiar a reforma naquele orfanato la do subúrbio e ainda sobrava!

–Sam, eu to indo pra sua casa pra gente conversar, ta bem?

–Nããão, você fica ai com o Grifin, já basta uma solteirona por aqui!

–Você ta solteira por que quer só hoje dois colegas meu perguntaram por você, e eles são lindos, ta?

–É depois vemos isso. –Falou sem dar importância alguma. -Vou te deixar descansar agora.

–Sam, por favor tenta conversar com o Freddie, quem sabe vocês...

–Não tenho nada pra conversar com ele. Meu objetivo agora é tira-lo do meu caminho. Boa noite Carls!

–Sam, cuidado. –Disse a amiga preocupada. -Tenha uma boa noite.

–Quem era? –Perguntou Griffin deitando ao seu lado.

–Sam. Acredita que até hoje ela ainda briga com o Freddie?

–Ta brincando...

–Quem dera. –Ela olhava o nada. -Ele me ligou mais cedo e perguntou por ela. Fiquei até feliz, mas ele fugiu do assunto. Acho que ele ainda gosta dela. Mas ela eu já não sei.

–Que pena, mas vamos dormir, agora? Amanhã tenho reunião ás sete, acredita?

–Nossa! É melhor dormir mesmo. Boa noite.

Carly e Griffin estavam casados a três anos. Ela se tornara uma famosa jornalista e ele era dono de uma fábrica de ursinhos de pelúcia muito famosa. Eram os melhores amigos de Sam juntamente com Melanie e Gibby. Tentavam a todo o custo arrumar um namorado pra ela mas Sam parecia obcecada pelo trabalho.

Sam levantou aquela manhã duas horas mais cedo. Vestiu uma roupa mais confortável com um casaco por cima e foi tomar café na padaria. Chegou no trabalho e foi direto a sala do seu chefe.

–Bom dia, Samantha, chegou cedo! –Ele foi seu professor na faculdade e eles se tratavam pelo nome quando estavam sozinhos.

–Paulo, como pode? –Ela o olhou decepcionada. -Substituir meu projeto, sabe que trabalho nele há anos!

–Acalme-se, por favor. Queira sentar-se, sim?-Pediu o homem com amabilidade.

Ela sentou o olhando séria.

–As vezes temos que fazer o que é melhor para a companhia, e nesse momento o projeto Benson, é o melhor, verá na semana que vem.

–E como eu fico? –Perguntou como uma criança fazendo birra.

–Na mesma, ué. Com seus dois cargos de chefia e se desenvolver um projeto melhor, apresente-o ano que vem e teremos prazer em fechar como você.

–Projeto me... –Ela empalideceu. –Paulo eu estou trabalhando nisso a cinco anos.

–O senhor Benson parece estar trabalhando no dele a uns 10 anos.

–Ta. Quer me dizer que alguém começaria um projeto desse porte aos dezessete anos de idade?

–Parece que sim.

–Eu posso ao menos ver do que se trata? –Ela tinha um ar inconformado.

–Não. Desculpe-me, mas tudo o que eu posso informar nesse momento é que se trata de um jogo. E que jogo!

–Isso eu já sei, Paulo, o meu também é e o que pode ter demais nesse jogo?

–Me desculpe Samantha, mas por enquanto isso é tudo. Hora de voltar ao trabalho.

–Ok. –Ela levantou e saiu sem olhar mais para ele.

Paulo sabia que ela não reagiria bem, havia muito dinheiro e fama em jogo, mas ele não desistiria do que ele considerava ser o melhor para a empresa!

Sam entrou em sua sala completamente irritada e jogou uma pilha de papéis que estava sobre a mesa no chão. Sentou com as mãos na cabeça, quando ouviu a porta bater.

–Quem é? –Berrou

Freddie entrou na sala um pouco sem jeito e se assustou com o estado de Sam e da sala.

–É melhor sair daqui. –Falou ríspida assim que o viu entrar.

–Não. –Ele fechou aporta atrás de si, e sentou em sua frente, como no dia anterior. –Estava fazendo um tour pelo prédio e resolvi te fazer uma visita.

–Já fez agora sai. –Ela continuou mirando a mesa.

–Sam, vim dizer que desisto de fechar com a Aplle se você me perdoar pelo que eu fiz. Ter destruído nossa amizade.

Ela o encarou incrédula. Então ele sabia de toda a situação? Mas como?

–A Carly me contou. –Disse ele diante da sua fisionomia

Ela se endireitou na cadeira, ajeitou os cabelos e sorriu friamente.

–Freddie, eu vou te dar mais uma chance de se retirar daqui.

–Se não?

–Chamo a segurança. –Ela o fuzilava com o olhar e estava mesmo disposta a chamar a segurança.

–Sam, deixa de criancice, por favor, vamos manter um mínimo de cordialidade.

–Enfia sua cordialidade no...

–Continua mal educada, não é? –Ele se escandalizou. Ainda era a velha Sam. -Sabe que ainda não sei como alguém como você pode trabalhar numa empresa dessas?

–Já chega. –Disse dando um tapa na mesa.

Ela levantou destinada a colocar ele pra fora por conta prórpria. Sim, ainda tinha uma força descomunal. Ela o agarrou pelo colarinho, mas ele segurou seus pulsos e girou seus braços fazendo ela cair em seu colo. Ela não acreditava na petulância dele, mas perdeu a razão quando ele a envolveu nos braços de forma bruta e carinhosa ao mesmo tempo, e sem perder tempo pressionou seus lábios contra os dela.

Sam quis reagir, mas tudo nela correspondia aquele beijo e aquelas carícias. O beijo foi se aprofundando e ao sentir o contato da língua quente dele na sua, suas mãos agarraram seus cabelos castanhos e macios e seus corpos se colaram o quanto era possível. A falta de ar os fez afastarem os lábios, mas isso não os chamou a razão. Freddie desceu seus beijos ao pescoço da garota que dava mordidas no lóbulo da sua orelha. Nenhuma outra mulher com que ficara durante todos esses anos conseguiu fazer ele sentir o que sentia agora, que só sentia com Ela. Ele foi se levantando com ela no colo e a colocou sobre a mesa, se posicionando de pé entre suas pernas. Freddie tinha os olhos em chamas, e encarava com desejo aqueles lábios quentes e macios a sua frente. Esse olhar durou uma fração de segundo, pois logo suas bocas se encontraram novamente com suavidade e urgência. Sam sentiu seu casaco sendo retirado por Freddie e fez o mesmo com o dele. O rapaz apertava o corpo da garota contra o seu e sentia ela arranhar de leve sua nuca. A cada vez que o ar faltava, ele mordia e beijava o pescoço dela com ânsia, e sentir a respiração quente dela em seu ouvido só o deixava mais aceso. Sam sentiu duas mãos quentes e macias em suas costas e essas mãos começavam a levantar sua blusa, quando o telefone da sala tocou.


Sam girou o tronco, pegou o telefone mecanicamente e atendeu.

–Alô. – Se assustou com o quão ofegante estava sua voz.

–Senhorita Puckette, estão chamando a senhora com os relatórios na sala de reunião 6. –Era a voz de Érika.

–Ok, já estou indo. – A voz saiu um pouco melhor.

Desligou o telefone e olhou pra frente. Freddie já estava se ajeitando do outro lado da sala. Levantou da mesa em um pulo, completamente envergonhada. Cabelos desgrenhados roupa amassada, mesa bagunçada e seu blazer em baixo da mesa. Começou a se arrumar em silêncio, e pegando um espelho na sua bolsa entrou em pânico. Lábios inchados e marcas vermelhas que logo estariam roxas por todo seu pescoço.

–Nunca mais faça isso. –Disse sem olhar para ele. Mas sabia que a culpa não era só dele.

–Me desculpe. –Ele ia saindo sem jeito quando se voltou. –Pensa no que eu te disse, ta?

–Já pensei. –Ela finalmente o olhou se recuperando da recente “demonstração de afeto”. –E a resposta é não. Não existe acordo de paz entre nós dois, por que você só serve pra infernizar a minha vida, prefiro sair desta empresa a ter que ceder a sua proposta.

–Não parecia estar infernizando a minutos atrás. –Respondeu sem pensar. Tarde demais.

Sam pegou um grampeador e arremessou na cabeça de Freddie que tentou se desviar inutilmente.

–Oh meu Deus, me desculpe! –Ela levou as mãos aos lábios aflita diante do seu ato impulsivo.

–Você é louca. –O jovem passou a mão esquerda no supercilho e percebeu que sangrava. –Podia ter me cegado!

–Foi você quem provocou... Eu não queria... –Ela o conduziu nervosa até a cadeira e pegou um kit primeiros socorros.

Ela limpou o pequeno corte, estancou o sangue e pôs um band aid

–Você me tira do sério, seu idiota. –Falou apreensiva enquanto finalizava o curativo. –Me desculpe.

Freddie parecia transtornado, mas apesar da situação, estava gostando de ser cuidado por ela e de vê-la tão aflita por ele. Mas a agressão havia machucado muito mais que sua testa.

–Ta já chega, agora mais do que nunca fecharei com a Apple e diga adeus a seu projeto. –Se levantou furioso e se dirigiu a porta. –E agradeça por eu não dar queixa de você. Em nenhuma das muitas vezes que atentou contra minha vida.

–Você me pede pra eu te perdoar, mas nunca me perdoou não é? –Enquanto falava, jogou o algodão fora e voltou a se arrumar penteando furiosamente os cabelos. -Por eu ter entrado em Harvard, por eu ter sido promovida na Pear Store, por eu sempre ser melhor que você. Então va em frente, Freddie dê seu primeiro e único grito de glória, afinal demorou 15 anos e ele deve estar muito entalado.

Freddie ruborizou-se e avançou pronto para responder quando o telefone de Sam voltou a tocar:

–Sim, Érika já estou indo! Obrigada!

Quando se virou, Freddie não estava mais ali. “Melhor assim” Pensou.

Depois disso o dia correu normalmente. Sam passou o dia trancada na sala após voltar da reunião, mas com a mente longe. Sentia-se estúpida por ter cedido tão facilmente, agora ele sabia que ela ainda era vulnerável a ele. Mas sentia outra coisa reascendendo dentro dela. Uma coisa que nunca deixou de existir, apenas estava adormecida.



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Notas finais do capítulo

E então? Pfv comentem quero realmente saber o q acharam, sim? A cena do grampeador me inspirei numa comédia romântica do Ashton Kutcher "Recém casados"!! No próximo capitulo, Freddie revela o que ha de tão bom em seu projeto, mas conseguirá nosso casal se entender? Aguardem!! bjs!