Evolet Potter escrita por Victorie


Capítulo 22
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

GENTE QUE SAUDADE *----------*

Voltei de viagem ontem e como prometido ta ai o capítulo.

Quero agradecer MUITO a diva Lilie Winchester que mesmo sendo leitora fantasma recomendou, obrigada, obrigada, obrigada*---*

Não vou falar muito hoje porque vocês devem estar doidas pra ver o Draquinho né? Então sigam o exemplo da Lilie Winchester e recomendem a fic, e também comentem tá?

Acho que é só, espero que todo mundo tenha ganhado um suéter Weasley de Natal *-*

Beijos.



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PDV Draco Malfoy


Empurrei meu malão e a gaiola do Boris ate o meu quarto. Era bom estar de volta a Hogwarts.

Abri a porta e me surpreendi por ela estar destrancada, eu tinha certeza que tinha trancado a porta do quarto antes de sair do castelo.

Segurei o a gaiola do Boris e o malão em uma mão, peguei a minha varinha e entrei no quarto.

A luz estava acessa, mas não foi isso que me surpreendeu. Um corpo estava deitado e coberto com o meu edredom. Se não fosse pelo pouco de cabelo vermelho que tinha espalhado no travesseiro eu não saberia quem era.

Evolet estava enrolada embaixo do edredom que cobria tudo inclusive seu rosto. No chão ao lado da cama tinha um livro caído que eu não conhecia. Deduzi que Evolet tinha vindo aqui ler e me esperar e acabara caindo no sono.

Em silêncio guardei a varinha e fechei a porta, coloquei o meu malão perto da escrivaninha e tirei o Boris da gaiola que na mesma hora foi se enrolar aos pés da dona.

Fui ate a cama e me sentei ao lado da Evolet. Eu imaginava que sentiria raiva quando a visse, e era o que eu sentia depois que ela desapareceu e só me mandou um simples bilhete dizendo:

Desculpe, sei que deve estar preocupado. Explico tudo quando voltar.

Mas agora não. Não queria brigar com ela como queria no começo das férias, só queria matar as saudades que estava sentindo. Lógico que eu estava magoado, mas a saudade que eu sentia dela era maior.

_Evolet? - chamei tentando acorda-la.

Ela nem se mexeu, chamei outra vez, ela deu um resmungo baixo e puxou mais ainda o edredom para cobrir seu rosto. Deveria estar cansada.

Decidi deixar que ela dormisse mais um pouco e fui ate o meu malão, peguei minha calça de pijama - já eram quase dez e eu não pretendia sair mais do quarto - e fui ate o banheiro. Tomei um banho demorado e voltei para o quarto.

Boris veio se enroscar nas minhas pernas quando sai do banheiro.

_Quer sair companheiro? - perguntei ao gato.

Ele deu um miado choroso e eu entendi isso como um sim. Fui ate a porta e a abri, Boris saiu e eu fechei a porta novamente.

Mesmo irritado com Evolet eu tinha levado o gato dela para casa e cuidado dele as férias inteiras.

Voltei a sentar na cama e puxei o edredom do rosto da Evolet antes que ela morresse asfixiada.

_Evolet acorde. - mandei.

Ela resmungou como da outra vez e se virou de costas para mim.

Ótimo, eu tinha uma namorada viciada em dormir.

Fiquei olhando Evolet dormir por uns dois minutos, ela ficava linda quando dormia. Sem contar que ela não falava ou reclamava o a deixava mais bonita ainda.

Não que eu não gostasse da voz dela, mas de vez em quando Evolet reclamava demais.

Resolvi que era melhor deixar que ela acordasse a hora que quisesse, sabia que quando ela acordasse nos iriamos acabar discutindo então achei melhor adiar a briga.

Apaguei a luz e me enfiei embaixo do edredom junto com ela, virei seu corpo de frente para o meu e a abracei pela cintura.

Inconscientemente Evolet se enroscou em mim e escondeu o seu rosto no meu peito jogando seus cabelos no meu rosto.

Aspirei o perfume de seus cabelos, eu amava o cheiro da Evolet.

É Draco, quem diria que um dia você iria se apaixonar pela irmã do Testa-Rachada, disse a mim mesmo.

É, quem diria.


PDV Evolet Potter


Quase morri do coração quando acordei.

Sabe o que é acordar no escuro, em um quarto que não é o seu e com alguém te abraçando como se você fosse um ursinho de pelúcia?

É. Eu sei. E acredite, ate você lembrar onde esta é apavorante.

Sorte do Draco é que eu lembrei rápido que tinha vindo para o quarto dele espera-lo, se não ele ia ver o que era uma Potter berrando.

Acho que acabei dormindo enquanto lia e ele não quis me acordar.

_Draco? - chamei baixinho - Tá me esmagando.

E ele estava mesmo. Draco estava com os dois braços em volta de mim e uma de suas pernas estava por cima das minhas me deixando presa.

_Draco, acorda. - chamei um pouco mais alto.

_O que é? - ele respondeu meio dormindo ainda.

_Tá me esmagando - respondi.

_Não estaria se você tivesse acordado a hora que eu te chamei e tivesse ido para o seu quarto - ele disse parecendo um pouquinho irritado - Agora para de reclamar e volta a dormir.

Fiquei um tempo em silêncio, ele estava bravo comigo. Isso era um fato.

_Você ta bravo? - perguntei.

_O que você acha Evolet? - pela pouca luz que entrava pela janela eu pude ver que ele estava com uma expressão séria e ao mesmo tempo cansada no rosto - Você me deixar sozinho em um corredor para ver o que estava acontecendo com o seu irmão ate tudo bem. Potter estava passando mal. Mas sumir no dia seguinte junto com os Weasley sem nem se despedir e depois me mandar um bilhete dizendo que explicava o que tinha acontecido depois já não da para aceitar. Se eu conheço você, e eu conheço, você no meu lugar não estaria falando calmamente igual eu estou, estaria gritando comigo ate cansar.

_É, acho que você ta bravo - murmurei mais para mim do que para ele.

_Vai me contar o que aconteceu? - ele perguntou.

Pensa Evolet, pensa.

Merda. Eu não tinha arrumado uma desculpa e não podia contar a verdade.

_Você não pode contar. - Draco afirmou e deu um suspiro cansado.

_Não tudo. - assumi e senti meu rosto esquentar, odiava ter que esconder as coisas dele - Mas eu posso te contar que o Harry passou mal e que o Sr. Weasley teve um acidente de trabalho então Dumbledore deixou a gente sair de férias antes e ir para a casa dos Weasley’s - menti só a parte de ir para a Toca.

_Eu soube do acidente do pai deles - Draco disse, ele não falou nada sobre a gente ter ficado na Toca, mas percebi que ele sabia que não era verdade.

_Como sabe disso? - perguntei curiosa - O acidente não saiu no jornal.

_Papai me contou - Draco deu de ombros.

_E como o seu pai sabia? - perguntei desconfiada.

Mas a resposta era obvia, o pai de Draco era um Comensal, o Sr. Weasley tinha sido atacado pela cobra de Voldemort, não era difícil imaginar como o Sr. Malfoy sabia.

Draco não respondeu a minha pergunta então resolvi deixar pra lá.

_Vi você e o seu pai no Beco Diagonal - contei - Vocês estavam discutindo.

_Eu sei - Draco deu um suspiro cansado - Meu pai te viu, ele sabe sobre a gente.

_O que? - perguntei pasma - Como assim Draco? Ele não pode saber da gente.

Me soltei dele e sentei na cama. Draco fez o mesmo e ficou de frente para mim.

_Mas ele sabe.

_Draco você perdeu o juízo? - perguntei irritada - Você não podia ter contado, seu pai é um Comensal, eu sou a irmã do menino que sobreviveu acha que ele vai aceitar isso? E o pior é que Vold...

_Não diga o nome. - Draco mandou - Eu sei de tudo isso e não contei a ele. Acha que quando a gente começou a namorar eu não queria contar a ninguém por quê? Sei que pode ser perigoso se isso cair nos ouvidos de Você-Sabe-Quem.

_E como ele descobriu? - perguntei desconfiada.

_Eu levei o Boris para casa quando vi que você ia deixa-lo no castelo - Draco começou a contar - Meu pai não disse nada quando viu o gato, mas eu percebi que ele ficou desconfiado. Então no dia em que a gente foi no Beco Diagonal meu pai te viu olhando a gente pela janela da Floreios e Borrões e ligou as coisas. Ele te viu com o gato na estação quando você foi pegar o expresso no começo do ano. Não precisava ser exatamente um gênio para ligar as coisas.

_Que merda! - foi a única coisa que eu consegui dizer.

_É. - Draco concordou - Mas ele prometeu que não iria contar a ninguém desde que eu...

Draco deixou a frase morrer e abaixou a cabeça.

Tive um mau pressentimento.

_Desde que você o que? - perguntei.

_Nada - ele sussurrou sem me olhar - Não é nada importante.

_Draco o que foi que você aceitou fazer?

Ele não respondeu, mas me olhou de uma forma suplicante. Pedindo com o olhar que eu não fizesse mais perguntas.

Balancei a cabeça, sabia que iria me arrepender de não insistir que ele falasse, mas se eu escondia coisas dele tinha que aceitar que ele também escondesse coisas de mim.

_Então, tirando a parte que você não pode contar, como foram as suas férias? - Draco perguntou desesperado para mudar de assunto.

_Boas, consegui ver o Chris e a Laurie - disse com um sorriso no rosto - E as suas?

_Nada de interessante - ele deu de ombros - Mas eu não quero falar sobre as férias.

_E tem alguma coisa melhor para fazer Sr. Malfoy? - perguntei.

_Acho que sim. - ele respondeu, sua boca se contraindo no sorriso torto que eu adorava.

Draco foi ate seu malão que estava aberto no meio do quarto e começou a procurar alguma coisa por lá, um tempo depois ele voltou com uma caixinha pequena e preta amarrada por um laço de cetim verde nas mãos.

_Pra você - ele disse me estendendo a caixinha - Presente de Natal.

Peguei a caixinha e desamarrei o laço e a abri, dentro havia uma correntinha de prata com dois pingentes, um era uma cobra com pedrinhas verdes nos olhos, e o outro um centauro. Os dois também eram pratas como a corrente e estavam prontos para atacar o inimigo, o centauro empinado para dar um coice e a cobra enrolada para dar o bote.

E o que mais me impressionou é que não eram pingentes quaisquer, tinham significados, a cobra significava a Sonserina, minha atual casa, e o centauro significava a Lucttore, minha antiga casa em Beauxbatons.

(N/A: Não sei se essa casa existe mesmo, achei em um site: http://merlinmagazine.blogspot.com.br/2012/03/saiba-mais-sobre-as-casas.html).

_Eu adorei. - disse sincera e o beijei levemente - Obrigada.

_Eu achei que fosse gostar, e assim quem sabe você para de dizer que sente tanta falta de Beauxbatons. - ele fez uma careta.

Rolei os olhos e ignorei seu comentário.

_Seu presente está no meu quarto, - avisei e olhei para baixo constrangida - mas não é nada tão legal como o seu. Não consegui ter uma ideia muito boa então comprei um livro.

Draco gargalhou.

_Um ótimo presente para mim que adoro ler. - ele disse sarcástico.

Draco não era muito fã de leitura, mas eu fiquei extremamente sem ideias pra presentes nesse Natal.

Da próxima vez faço como Chris e compro Sapos de Chocolate.

_O que vale é a intenção - disse irritada e cruzei os braços.

_Isso, o que vale é a intenção. - ele concordou - E quem sabe eu começo a ler mais graças ao seu presente.

_Devia mesmo, ainda mais agora que os N.O.Ms estão chegando e...

_Quer mesmo falar sobre os N.O.Ms? - Draco me cortou - Porque eu prefiro muito mais fazer outra coisa.

_Tipo o que?

_Tipo isso - ele respondeu e passou as mãos pela minha cintura me puxando para perto dele.

_Estava com saudades - Draco sussurrou.

Draco nos deitou na cama e me beijou com entusiasmo, eu correspondi no mesmo ritmo enquanto suas mãos exploravam meu corpo.

Por Merlin, como eu estava com saudades do fuinha.

Infelizmente nosso beijo só durou ate eu escutar patinhas batendo e arranhando a porta.

Draco parou de me beijar e bufou irritado.

_Evolet eu vou jogar o seu gato infeliz no lago - Draco avisou olhando para a porta - Ele me encheu o saco as férias inteira e agora vem nos atrapalhar.

_Draco, não fale assim do Boris - reclamei irritada e me soltei dele para ir abrir a porta - Ele é lindo tá, e é sua obrigação cuidar dele enquanto eu não estiver.

Abri a porta e peguei Boris no colo, ele miou e eu fechei a porta.

_A é? Por quê? Agora eu sou o pai desse gato? - Draco perguntou debochado.

Olhei do Boris para o Draco e depois do Draco para o Boris.

_Bom, - comecei e fui me sentar ao lado dele ainda com Boris no colo - você é meu namorado, Boris é meu filho, não custava nada você adotar o Boris como pai dele - dei de ombros.

Boris se soltou de mim, foi ate o Draco e o lambeu no rosto.

_Vocês só podem estar de brincadeira - ele resmungou irritado e empurrou Boris para longe dele.


(...)


Ate agora a segunda e as aulas de terça tinham passado rápidas, voltar à rotina de aulas e lições de casa ate o pescoço era horrível - entenda uma coisa, eu ate gosto de ser inteligente e de devorar os livros, mas ODEIO aulas, lições e provas, gosto de me exibir e responder as perguntas dos professores e consequentemente irritar a Granger quando respondo no lugar dela, só que ter que aguentar os professores falando o tempo todo cansa a minha beleza - mas pelo menos agora eu tinha Draco e Boris, e não estava quase morrendo de tédio como estava no Largo Grimmauld.

Cheguei ate a sentir saudades do Sirius e queria poder falar com ele, o que não seria difícil graças ao presente que ele me deu quando nos despedimos, era um espelho de dois sentidos, eu poderia falar com Sirius se chamasse por ele no espelho, só que eu sabia que era melhor para ele que eu ficasse quieta. Ainda mais agora que eu teria aulas de Oclumência com Snape.

Harry tinha tido a primeira aula dele ontem e disse que foi horrível.

Assim como Harry eu não estava nem um pouco empolgada com essas aulas, eu já era obrigada a ficar no mesmo local que o ranhoso - adorei o apelido do Sirius - por causa das aulas de poções, agora teria que ficar no mesmo local que ele, sem mais ninguém, e com ele invadindo a minha mente.

Podemos dizer que não é exatamente o sonho de toda adolescente.

_Acha mesmo que eu vou acreditar que você esta tendo aulas de reforço com Snape? - Draco perguntou com uma sobrancelha arqueada quando contei a ele - Você Evolet? Sério?

Eu sabia que essa seria uma péssima desculpa, mas não tinha outra.

_É, eu estou tendo aulas de reforço, e você deveria ter também porque não é lá essas coisas em poções não é Draco - disse.

Dei um beijo nele antes que ele voltasse a dizer que eu estava escondendo alguma coisa e sai.

Faltava pouco menos de cinco minutos para as seis quando eu disse a Draco que teria aulas com Snape e agora estava atrasada por ter que explicar a ele.

_Esta dez minutos atrasada Potter - Snape disse seco quando eu entrei na sua sala.

_Sério? - perguntei sarcástica - Nem percebi.

A sala de Snape era escura e tinha prateleiras abarrotadas de frascos com poções e plantas em todas as paredes.

Em um canto tinha um armário e no outro uma escrivaninha, Snape estava sentada atrás dela e em cima da escrivaninha tinha uma bacia de pedra. Já tinha visto uma daquelas em um livro, era um Penseira.

_Feche a porta - Snape mandou quando viu que eu estava parada na porta observando a sala.

Fiz o que ele mandou e me sentei na cadeira à frente dele.

_Sabe porque esta aqui, - ele foi direto, mas não ríspido, diferente do normal Snape falava calmamente - então espero que seja mais competente que o seu irmão.

_Talvez Harry só tenha dificuldades nas suas aulas porque você não para de insulta-lo ao invés de ensina-lo - respondi deixando bem claro que ele era o problema e não Harry.

_Pode ser a cara da mãe, mas é tão arrogante quanto o pai - Snape disse mais para ele mesmo do que para mim.

Resolvi ficar quieta dessa vez.

_No entanto - ele continuou - Felizmente você é inteligente como Lílian, então acho que não terei problemas em ensina-la.

Snape me elogiou?

Alias, isso foi um elogio a mim ou a minha mãe?

_Como sabe, este ramo de magia fecha a mente de alguma intrusão que possa ter e à influência mágica.

_E por que eu preciso aprender isso? - perguntei.

Snape deu de ombros, mas pude perceber que ele sabia de alguma coisa que não estava me contando.

_O Prof. Dumbledore acha que pode ser útil futuramente. Algumas pessoas, como o Lorde das Trevas, por exemplo, sabe quase sempre quando alguém esta mentindo para ele.

_Então é possível mentir ate mesmo para Voldemort? - perguntei.

_Não pronuncie o nome do Lord das Trevas– Snape disse ríspido e depois continuou a falar calmamente - Desde que seja um perito em Oclumência, apenas esses podem esconder sentimentos e lembranças que contradiriam a mentira.

_E ele poderia saber o que estamos pensando agora?

_Não - Snape respondeu - O contato visual é quase sempre essencial à Legilimência.

_Mas ele pode ler a mente do Harry, não pode? - perguntei - Mesmo a distância.

_Parece que Potter tem uma ligação com o Lord das Trevas por causa da maldição que não conseguiu mata-lo.

Assenti com a cabeça, era exatamente o que eu tinha pensado antes. Um motivo obvio para Harry estudar Oclumência, mas não para mim já que eu não tinha nenhuma ligação com Voldemort.

_Agora - Snape disse calmamente e tirou a varinha das veste - Acho que devemos parar com as explicações e começar a aula.

Snape levou a varinha ate a têmpora e puxou um grosso fio prateado e o levou ate a Penseira. Ele fez isso por mais duas ou três vezes e depois levou a Penseira ate o seu armário.

_Levante-se - ele mandou depois e guardar a Penseira - Você pode usar a varinha para se defender de qualquer modo que possa pensar.

Eu me levantei e segurei a varinha na mão ao meu lado.

_Eu irei tentar penetrar a sua mente no três. - Snape avisou - Um... Dois... Três... Legilimens!

Snape me atacou e lembranças que eu nem me lembrava de ter começaram a passar na minha mente como um filme. Primeiro eu tinha quatro anos e estava apanhando de uma das mulheres que trabalhavam no orfanato por ter derrubado o meu prato de comida e sujado o chão.

Depois veio outra lembrança, era o meu primeiro dia na escola trouxa, eu estava com seis anos e usava um vestidinho vermelho um pouco mais claro que o meu cabelo, depois eu estava maior e estava chorando presa no porão do orfanato. Então o dia em que Dumbledore e Madame Maxime foram me contar que eu era uma bruxa e a minha despedida da Laurie e do Chris na estação antes de vir para Hogwarts.

Senti que estava caindo e as lembranças param, percebi que eu tinha fechado os olhos com forças.

Me obriguei a abri-los e me vi caída em frente a escrivaninha do Snape.

_Está bem Potter? - Snape perguntou, acho que reconheci um pingo de preocupação na sua voz.

Achei estranho, mas assenti.

_Ótimo, - ele disse - não achei que fosse conseguir de primeira mesmo. Vamos outra vez.

Me levantei do chão e segurei a varinha com mais força, tentei bloquear a minha mente, estava decidida a bloqueá-lo dessa vez.

_Um... Dois... Três... Legilimens!

E outra vez eu senti a minha mente ser invadida, primeiro eu vi os meus primeiros indícios de magia, uma garotinha do orfanato estava brincando com uma linda boneca de pano, eu estava com tanta inveja que fiz a boneca explodir, naquela época eu não achei que tivesse sido eu quem tinha feito aquilo.

Então algumas cenas do meu primeiro ano em Beauxbatons, e o meu primeiro jogo de Quadribol em Beauxbatons.

Depois eu tinha treze anos e estava dando o meu primeiro beijo em um garoto loiro de olhos castanhos. Nunca gostei verdadeiramente dele.

Parei de prestar a atenção nas lembranças e tentei bloquear Snape, vendo que não conseguiria ergui a varinha e gritei:

_Expelliarmus!– a varinha de Snape voou de sua mão.

_Muito bem Potter - Snape elogiou e foi buscar a varinha - Tenha mais concentração e conseguira me bloquear sem o uso da varinha.

_Ahan - respondi cansada, minha cabeça estava começando a doer.

_Era você jogando Quadribol? - Snape perguntou, parecia realmente interessado.

_Sim - respondi.

_Apanhador? - ele perguntou.

Balancei a cabeça.

_Artilheira, não é tudo em que eu sou parecida com Harry ou meu pai.

_Sim - Snape me olhou profundamente - Eu já percebi isso.

O jeito que Snape me olhava de vez em quando chegava a incomodar, mas resolvi ignorar.

Ficamos nesse invade mente por mais meia hora ate que eu disse que não aguentava mais e que a minha cabeça estava doendo e Snape permitiu que eu fosse embora.

Não tinha tido muito progresso, quase consegui bloquear Snape com a mente na última tentativa mais foi só.


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Notas finais do capítulo

Comentem!