Meu Falso Namorado escrita por Lílly


Capítulo 28
A beautiful lie


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores *-*
Desculpa a demora, não deu pra postar na sexta, mas enfim, penúltimo capítulo, triste, mas espero que gostem...



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Fique acordado na cama à noite

E pense sobre a sua vida

Você quer ser diferente?

Tente esquecer a verdade

As batalhas da sua juventude

Porque isso é só um jogo

É uma linda mentira

É uma perfeita negação

Tão linda mentira para se acreditar

Tão linda, linda mentira, que me faz...

É hora de esquecer o passado

Passar uma borracha no que aconteceu

Esconda-se atrás de um rosto vazio

Não tem muita coisa a dizer

Porque tudo isto é só um jogo

É uma linda mentira

É uma perfeita negação

Tão linda mentira para se acreditar

Tão linda, linda mentira, que me faz...

A beautiful lie - 30 Seconds To Mars



Quando se ama, e quando é correspondido tudo, absolutamente tudo se torna tão perfeito. Você flutua, sorri a toa e a felicidade é tanta que transborda. Eu me sentia tão bem, tão feliz, eu me sentia em um conto de fadas.

Apesar de tudo, Tom sempre foi quem eu mais amei, desde garota. Todos os planos que havia feito, simplesmente, foram desfeitos eu não sabia o que seria da minha vida a partir de agora, eu só queria estar ao seu lado, independente do lugar. Só importava se eu estivesse com ele.

Eu não tinha certeza se continuaria morando na mansão, agora, que Tom sabe de Nicholas, quero trazê-lo para morar aqui, comigo.

– Ei, Laura! Laauraa! Acorda menina. Kika dispersou-me de meus pensamentos.

– Hã? O quê? Disse.

– Eu sei que é tudo muito lindo, vocês se amam e tal, mas temos que planejar a festa do meu aniversário.

– Ok. Onde nós paramos?

Continuamos planejando a pequena festa que Kika daria para comemorar seu aniversário, atrasado, que seria no dia seguinte, segunda-feira, à noite. Perguntava-me quem em plena consciência dava uma festa em uma segunda-feira, mas desisti de entender, afinal hoje era domingo e estávamos todos no estúdio, trabalhando.

Fazia um bom tempo que Bill e Tom estavam trancados em um das enormes salas do estúdio discutindo algo, quando, finalmente, Tom aparece com uma cara de quem está exausto e ainda teria quase a tarde toda para decidirem as coisas do novo álbum.

– Que cara é essa? Ri e ele sentou-se ao meu lado.

– To cansado. – Sorriu. – Kika, podia me fazer um favor né?

– Diga. Ela olhou para ele.

– David pediu café, podia dizer pra Marli levar na sala pra gente?

– Ah, Tom, ela já foi teve um imprevisto em casa, aí eu liberei ela.

– Tudo bem então. Ele levantou-se.

– Deixa que eu busco. Falei.

– Não precisa Laura.

– A cafeteria é logo ali, não me custa nada. Levantei e peguei minha bolsa, indo até o elevador e, assim, até a cafeteria.


[Tom]


Eu estava tão feliz, pela primeira vez na vida, eu estava apaixonado, amarrado a uma mulher e nunca, nunca mais queria me separar dela. Laura me fazia tão bem, jamais imaginei me ver nesse estado. Quando ela chegou, confesso, dava em cima dela, mas por brincadeira, tecnicamente ela não fazia o “meu tipo”. Tantas coisas aconteceram, ela mudou, cada vez ficou mais linda, eu estava igual a um bobo apaixonado, eu amo tanto aquela garota, minha garota, minha Laura, para todo o sempre, minha.

Fiquei esperando Laura voltar com o dito café, mas estava demorando um pouco. Desci até a portaria do estúdio, talvez, algo tivesse acontecido. Olhei em direção da cafeteria, e surpreendi-me com o que vi. Não acreditando. Não podia ser verdade. Laura não podia estar aos beijos com aquele cara da boate, o mesmo que a drogou, ela não podia ter feito isso comigo. Fiquei paralisado, vendo a cena, era como se tivessem arrancando meu coração com a mão. Uma dor tremenda. Não sabia definir se era ódio, raiva, ou sei lá o que estava sentindo.

– Tom? Ouvi alguém me chamando.

– O quê? Virei-me e vi Bill.

– O que está fazendo aqui? Você sumiu da reunião, vem temos que decidir isso hoje.

– Vamos. Segui-o, depois eu resolveria esse assunto.


(...)


Cheguei em casa, já era noite, Bill, pra variar um pouco foi para a casa de Kika, o que até seria melhor, assim ninguém se intrometeria em minha conversa com Laura, que aliás não voltou mais para o estúdio.

Subi até o quarto dela, a porta estava entreaberta e ela falava ao telefone.

– Não Isa, não posso fazer isso... Eu sei, mas não posso, simplesmente, acabar com tudo... Mas eu o amo demais para desistir agora, não posso deixá-lo seria o mesmo que morrer! - Sua voz era chorosa. Entrei no quarto sem ao menos bater na porta. – Ah Isa, preciso desligar, nos falamos depois. Laura me olhava assustada.

– Sua mentirosa! Por que mentiu pra mim? Disse encarando-a raivosamente.

– Do que está falando? Ela sentou-se rapidamente na beirada da cama.

– Não se faça de desentendida. Eu vi você e aquele homem, o mesmo da boate, lembra aquele que te drogou, queria me fazer trouxa? É isso?

– Não, jamais, Tom. Por favor, não tire conclusões precipitadas, não foi exatamente isso que aconteceu, ele me agarrou, Tom...

– AGARROU? AHH LAURA NÃO TENTE ARRUMAR DESCULPAS, NÃO VAI MAIS ME FAZER DE TROUXA! NÃO ACREDITO MAIS EM VOCÊ!

– Tom, por favor, acredita em mim. – Ela levantou-se. – Estou dizendo a verdade, eu jamais te trairia, eu amo você...

– Não, você não ama, só quer me fazer de idiota. Era esse seu plano? Fazer-me ficar bancando o babaca e, na primeira oportunidade me enfiar um par de chifres? E além do mais é burra, em frente ao estúdio? Achou que eu não veria?

– CHEGA TOM, ASSIM VOCÊ ME OFENDE...

– NÃO BANQUE A OFENDIDA AGORA LAURA! Você é como todas as outras, não vale nada!

– Ok. Não quer acreditar em mim? Tudo bem. Agora não vai ficar aqui me insultando, eu sei que está cego, mas ok não vou discutir e, eu sei que aqui é SUA casa, mas esse quarto, por enquanto, ainda é meu, então, por favor, sai, vai embora, me deixe em paz, me esquece...

– Eu vou mesmo, não consigo ficar aqui nem mais um segundo ouvindo mentiras. Dei as costas e saí batendo a porta com toda a força possível.


[Laura]


O barulho da porta se fechando ecoou pelo quarto, me senti completamente fraca, sem forças eu só queria chorar. Sentia tanta repulsa só em lembrar de Giulian, bêbado, drogado e sei lá o que mais, me agarrando a força, se não fosse pelo dono da cafeteria eu nem sei o que teria acontecido. Eu queria esquecer o que tinha acontecido, mas a enorme mancha rocha em meu braço não permitia, aquele monstro tinha me machucado. E Tom estava tão cego de raiva que nem isso viu, só soube me culpar, talvez, Isa tivesse razão, era melhor eu desistir de tudo e voltar para a Alemanha. Aliás, é exatamente isso que eu farei. Não ficarei, de forma alguma, aqui para ver Tom me insultando e me culpando por algo que não aconteceu. Se ele acreditasse em mim, veria que não tive culpa, aquele ogro me agarrou, eu não tinha como me defender.

Peguei minhas malas, abri-as, tranquei a porta e passei quase toda a noite arrumando minhas coisas. Só ficaria ali por mais um dia, e antes da festa de Kika acabar, eu iria embora, sem chamar atenção de ninguém, e quando notassem minha ausência, já estaria longe.

A verdade sobre o amor chega às 3h da manhã

Você acorda fodido e pega uma caneta

E você diz pra si mesmo

Eu vou descobrir isso, eu vou descobrir esse código

Vou quebrar isso, vou quebrar isso

Estou cansada de todas essas perguntas

E, agora, é apenas irritante

Porque ninguém tem a resposta

Então eu acho que se deve

Achar a verdade sobre o amor

Como ele vem, e como vai embora

Uma estranha fascinação com seus lábios e brinquedos

Sopro da manhã, olhos no quarto de um rosto sorridente

Marcas vermelhas queimadas com cobertura de açúcar

Chocando-me toda, eles podem comer seus olhos

Se a verdade sobre o amor

Eu acho que seria perfeito

A única pessoa de meus sonhos

Eu nunca nunca nunca fui tão feliz

Mas agora alguma coisa mudou

E a verdade sobre o amor é uma mentira

Eu pensei que você era a pessoa certa, e eu odeio despedidas...

The Truth About Love - Pink

Acordei toda dolorida, havia dormido entre as malas, no chão. Olhei o relógio e era quase uma hora da tarde. Achei que tivesse dormido demais, mas na verdade eu tinha pegado no sono quase no amanhecer, chorei tanto durante toda a noite que me faltavam lágrimas.

Tomei um banho e me vesti, mesmo estando quente, coloquei uma blusa de manga longa, para, justamente, a marca roxa não aparecer. Coloquei um óculos escuro, porque, mesmo estando maquiada, as olheiras eram notáveis, e fui até o quarto de Bill. Bati, e, então, ele abriu.

– Laura? Seu tom de voz era um tanto surpreso.

– Oi Bill, a Kika está aí?

– Está sim...

– Ouvi meu nome. – Ela apareceu na porta. – Laura?

– Posso falar com você?

– Claro, eu já volto Bill. - Ela veio junto comigo até meu quarto. – O que aconteceu? Estava chorando né? Não queria te desanimar, mas esses óculos não disfarçam nada. E essas malas? São pra quê?

– Tom e eu brigamos. Falei.

– O quê? Mas você não vai embora por causa disso, vai? Não pode ir embora Laura.

– Não posso mais ficar aqui. Tom acha que eu traí ele, ele não acredita em mim.

– Traiu? Do que você ta falando?

– Ontem a hora que eu saí pra comprar os cafés, eu encontrei com Giulian e, ele estava muito bêbado começou a dizer umas coisas estranhas, eu tentei fugir, mas ele me agarrou a força. Mostrei a marca em meu braço a ela.

– Que monstro! Mas e Tom , ele não viu isso?

– Ele não acreditou no que eu disse. Eu já chorava novamente.

– Quando você vai?

– Hoje à noite. Vou aproveitar que todos vão estar na sua festa, não quero que ninguém saiba disso, por favor, não conte nada ao Bill.

– Não direi nada a ele, mas tem certeza que isso é o melhor a fazer?

– Sim. Não tenho outra opção.

– Vai me deixar aqui, sozinha? É minha única amiga de verdade nesse lugar.

– Ah Kika, você foi um anjo em minha vida, nunca vou te esquecer, mas vamos voltar a nos ver, eu prometo. Abraçamos-nos.

Depois de mais algum tempo conversando, Peguei minhas coisas, já que iria ajudar Kika com os últimos detalhes da festa e, me arrumaria lá, o que era muito melhor. Desci e lá estava ele, não tive coragem de olhá-lo, mas senti seu olhar sobre mim. Kika, percebendo meu incômodo, me levou para fora da mansão, para, então, irmos até sua casa.

O restante da tarde passou muito rápido. Até foi divertido ajudar Kika com a decoração da festa. E depois de tudo pronto, e de alguns convidados chegarem, fui até o quarto de hóspedes, e me arrumei. Passei maquiagem sobre meu braço, para tentar disfarçar a marca, não ajudou muito, mas como era noite ninguém repararia.

A festa já havia começado, e depois de algum tempo tive coragem de sair do quarto e ir até lá, seria difícil, eu sabia que ele estaria ali.


[Tom]


Somente depois de um bom tempo, após a festa começar, vi Laura, estava divina, pra variar. Eu não estava com vontade alguma de vir, fiz isso somente por Kika que é uma ótima funcionária e faz meu irmão feliz.

Durante a festa toda, tentei me divertir, mas não conseguia desviar os olhos de Lara, que ficou o tempo todo conversando com algumas garotas, de vez em quando me olhava e eu sentia o incômodo em seu olhar, de estar ali.

Já era tarde, quase no final da festa, quando ela levantou-se e foi até o quarto, voltou com uma jaqueta em mãos e então Kika e ela se abraçavam de uma maneira esquisita, como se fosse uma despedida. Laura foi vestir a jaqueta, só então, reparei na enorme mancha em seu braço. Ela foi em direção a porta, Kika e ela se entreolharam uma última vez, uma lágrima escorreu, a porta se fechou. Eu precisava saber o que tinha acontecido, precisava saber quem tinha feito aquilo com a minha Laura. Cheguei ao elevador e não a vi. Desci pelas escadas, desesperadamente, e quando cheguei à portaria, Laura estava prestes a sair.

– Laura! – Gritei. – Espera. O que aconteceu com você? Com seu braço? Ela me olhou.

– Não é da sua conta. Voltou a caminhar.

– Onde está indo? Insisti.

– Pra que quer saber? – Ela se virou. – Pra me insultar novamente? Se eu disser que estou indo a cafeteria da esquina, vai acreditar?

– Sem gozação, Laura. Quem fez isso no seu braço?

– Me esquece, Tom. Pude sentir o ódio em suas palavras, ela bateu a porta, e eu a segui.

– Laura! Ela começou a correr em meio à chuva fina que caía.

– Táxi. Ela acenou para o táxi que passava do outro lado da rua. Começou a correr, novamente, atravessando a rua sem olhar para os lados.

– LAAURAAA! Gritei e ela olhou para o lado, mas o carro freou tarde demais.

Imediatamente corri até ela, caída no chão, à primeira coisa que me veio em mente foi a sua conversa ao telefone.

“... não posso deixá-lo seria o mesmo que morrer!”



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Notas finais do capítulo

Então? Gostaram? Reviews?
Então pessoal é o seguinte, não vou postar nessa sexta, ok? Final de semana tem o Enem e eu vou fazer e to atolada de trabalhos da escola, então só na terça, ou no máximo quinta da semana que vem eu posto.
Até mais ;*