Meu Falso Namorado escrita por Lílly


Capítulo 10
Cuidando de Laura


Notas iniciais do capítulo

Bom eu só iria postar esse capítulo na segunda, mas não resisti e, como ele já estava pronto postei hoje.. espero que gostem ^^



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Não sei o que deu em mim, mas saí atropelando todas as pessoas que encontrei no caminho até onde Laura estava. Quando aquele idiota estava prestes a beijá-la eu a puxei, deixando-o falando sozinho, aliás, não entendi nada do que ele estava falando.

– Aii Tom, me solta. - Ela reclamou. – Eu não quero ir embora.

Saímos daquela boate, atravessei a rua praticamente arrastando Laura, que mal conseguia caminhar de tão bêbada.

Abri a porta do carro e ela sentou-se, parecia estar mal.

– O que fizeram com você? Falei inconformado com seu estado, me abaixei passando a mão em seu rosto.

Ela se virou para mim, sua expressão havia mudado, vi a tamanha tristeza em seus olhos. Ela fez um carinho em meu rosto, sorriu e, voltou a olhar para frente.

– To com frio. Ela mirou o chão.

No banco de trás havia um casaco meu, peguei e ela vestiu.

– Obrigada. - Ela sorriu. Levantei-me e antes de fechar a porta ela segurou meu braço. – Tom... – Me abaixei novamente. – Trás algo pra eu beber, minha garganta ta seca...

– O que você quer? Ela agora segurava minha mão.

– Qualquer coisa...

– Já volto.

Fui a um barzinho que tinha ali perto, comprei uma garrafa de água e voltei pro carro. Quando cheguei lá ela estava sentada na calçada, chorando.

– O que foi? Sentei-me ao seu lado.

– Eu não posso perder ele. Ela dizia entre lágrimas.

– Ele quem? Entreguei-lhe a garrafa.

– Nicholas. De novo esse Nicholas, mas quem era esse garoto pra deixá-la nesse estado?

– Quem é Nicholas? Perguntei curioso.

– Eu não posso perder ele Tom, não posso. Ela me olhou chorando ainda mais.

– Você não vai perdê-lo. Abracei-a.

Ficamos ali sentados na calçada abraçados, por mais algum tempo.

– Quero ir embora. Ela já havia parado de chorar.

Ajudei-lhe a entrar no carro, e seguimos para casa, não estávamos nem na metade do caminho e ela dormiu.

Estacionei o carro e sai.

– Lara! Lara! Acorda!

– Hmm. Ela se mexeu no banco.

– Chegamos.

Com muito esforço ela abriu os olhos e saiu do carro.

Fui atrás dela para evitar qualquer acidente, já que ela mal conseguia andar, ainda mais com aquele salto.

Com muito custo ela atravessou a sala, sentou-se nos primeiros degraus da escada e tirou o sapato, levantou-se e continuou subindo, depois de uns 4 ou 5 possíveis tombos ela chegou ao topo e, antes que rolasse escada abaixo a segurei. Levei-a até seu quarto, quando entrou e se atirou na cama.

Não podia deixar ela daquele jeito, precisava de um banho gelado de preferência.

Mas eu não sei se conseguiria fazer isso, decidi chamar Bill, para me auxiliar no que fazer.

– Kika? - Me espantei ao encontrá-la há essa hora aqui em casa. – O que está fazendo aqui?

– Ai Tom, me assustou... Eu, o Bill me convidou pra vim pra cá já que você e a Lara tinham saído aí eu acabei dormindo aqui.

– O Bill é? – Espero meu irmãozinho, só a cara é de quietinho – Mas ainda bem que você está aqui..

– Por quê?

– A Lara ta bêbada e, precisa de um banho e você entende né eu não posso da um banho nela.

– Por que não? Ela deu um sorrisinho sínico.

– Kika!

– O que foi? Vocês não são namorados?

– Ta vai me ajudar ou não?

– O que quer que eu faça?

– Ajude ela a tomar um banho.

– Ta.

Depois de alguns minutos Laura saiu do banheiro e atrás dela Kika toda encharcada. Tive que rir daquela cena.

– A princesa ta pronta. Kika disse.

– Obrigado.

– Bom agora quem precisa dum banho sou eu. Ela saiu do quarto.

– Está se sentindo melhor agora? Perguntei.

– Sim. - Ela se sentou na cama. – Obrigada Tom. Ela ajeitou-se na cama e apagou.

Não pude deixar de lhe observar dormir, parecia um anjo. E antes que a baba escorresse a cobri e fui para meu quarto.



[Lara]


Acordei com uma forte dor de cabeça e, com o despertador berrando. Eram 7 da manha.

Fiquei imaginando como é que eu vim parar no meu quarto, e como é que consegui trocar de roupa, por que não me lembro absolutamente nada da noite passada.

Desci, e fui para a cozinha tomar um remédio.

– Toom! Assustei-me quando o vi na cozinha.

– Está melhor? Ele me olhou.

– Onde tem algum remédio, minha cabeça vai explodir.

Ele se levantou e abriu um dos armários pegou um remédio e me deu. Tomei e, fiquei espantada com sua atitude.

– Obrigada. - Ele apenas sorriu. – O que aconteceu ontem? Não me lembro de nada.

– Você estava bêbada, muito bêbada e...

– E?

– Drogada. Ele completou a frase.

– O quê? Eu bebi? E me droguei? Ai Meu Deus!

– Não acredito que tenha feito isso, mas aquele seu amigo...

– Giulian... Sussurrei para mim mesma. Nesse momento algumas coisas me vieram em mente. Virei-me para voltar ao meu quarto.

– Aonde você vai? Ele perguntou.

– Me arrumar, preciso trabalhar daqui a pouco.

– Não. – Ele veio em minha direção. – Fique aqui, não teremos muito trabalho pela manhã, vá para o estúdio somente à tarde.

– Ok. Subi para meu quarto.


[ Tom ]


Acordei cedo, pra falar bem a verdade eu mal consegui dormir, fiquei pensando em Laura. Não sabia o que estava acontecendo, porque essa garota mexia tanto comigo? Eu sinto que devo protegê-la, eu a quero perto de mim.

Levantei e fui para a cozinha, fiquei lá até a Laura aparecer. Depois que ela subiu fui para meu quarto me arrumei e sai para ir ao estúdio.

Ao passar pela porta do quarto de Laura, vi que estava entreaberta e havia outra voz lá dentro.

– Você está louca garota? – O ser berrava ao telefone. – Quer se matar?

– Calma Isa, eu não queria ter feito isso, perdi o controle sei lá, minha vida não tem sido nada fácil ultimamente e você sabe muito bem disso.

– Mas não podia resolver as coisas de outra maneira? Sabe que não pode beber. Lembra o que te aconteceu da ultima vez que fez isso? Por pouco não foi parar no cemitério.

– Eu sei, mas não aconteceu nada! Eu estou bem. E isso não vai mais se repetir.

– Assim eu espero, por que não pode fazer nada você sabe Nicholas precisa de você viva de preferência.

– Ta Isa... Ouvi um barulho nas escadas, então continuei meu trajeto e não pude ouvir mais nada, que droga justo agora que eu poderia descobrir que é esse tal de Nicholas.

Mas fiquei intrigado com o que a garota que falava com Laura no telefone disse, por que ela não pode beber? A vida de Lara era um mistério, pelo menos pra mim, nada sabia a seu respeito.

Acordei do transe quando escutei alguém me chamando.

– TOM! TOM! TOM!

– Ah Kika, sim?

– Você ta bem?

– To, por quê?

– Sei lá, parece meio estranho... Mas enfim onde Laura está no quarto?

– Está.

Desci as escadas e fui para a garagem, entrei em meu carro e fui em direção ao estúdio.



[ Laura ]


Estava arrumando algumas coisas quando Isa ligou, coloquei no auto-falante para continuar a fazer meu trabalho. Ela me xingou muito por ter bebido, e me drogado, apesar de não me lembrar disso. Mas foi o que Tom falou. Ainda não acreditava por que Giulian teria feito isso comigo, ele pareceu tão legal na primeira noite em que dançamos juntos.

– Toc-toc. Kika entrou no quarto.

– Oi. Disse.

– Você não vai ir pro estúdio?

– Não, só à tarde, Tom me liberou pela manha. Sorri.

– Ele deve ter ficado com pena em mandar você ir trabalhar de ressaca. Ela gargalhou.

– Ah que ótimo Tom já lhe contou o que aconteceu, foi?

– Não se lembra de nada?

– Não, to até com medo de perguntar o que aconteceu.

– Você me deu um banho ontem, mas foram hilários os tombos que levou.

– Ah ta a parte do banho, isso eu lembro vagamente, to toda roxa por causa disso. - Ela ria da minha cara. – Mas não são os roxos que me preocupam.

– E o que te preocupa?

– Isso pode ser meio estranho, eu tenho alergia a álcool não posso beber.

– Alergia a álcool? Isso existe?

– Sim, existe, é uma coisa rara, poucas pessoas têm.

– E o que acontece se você beber?

– Dependendo do tipo da bebida pode causar uma reação alérgica, ou até mesmo uma crise de asma.

– Ah só falta você me dizer que tem asma. Ela riu.

– Eu tenho asma. Falei.

– Ta brincando?

– Não. É sério, mas o meu caso é asma intermitente.

Isso não é incrível, a doença podia ser extremamente rara, mas é lógico que eu teria que tê-la, e se não bastasse isso asma também, sabe eu me considero uma pessoa muito sortuda por isso.

– Caramba, eu é que não queria estar na tua pele. – ela riu. – sabe deve ser difícil isso.

– É muito difícil, por que se isso causar uma crise de asma eu posso até morrer, como já aconteceu uma vez, quando eu descobri que tinha essa alergia.

– Nossa tua vida é mais trágica do que eu pensei. Bom eu preciso ir, até depois no estúdio. Ela saiu.



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Notas finais do capítulo

Reviews??
Então queria agradecer pelos reviews.. muito obrigada a quem deixou!
Até o próximo capítulo que provavelmente será postado na quinta-feira, antes não vou poder a escola vai tomar todo meu tempo e, como na quinta não terá aula eu posto bjuss e até lá...