POV Freddie

Estávamos se beijando as uns vinte minutos em cima da cama dela, não havia ninguém no quarto e nenhum perigo de alguém entrar, então ficamos se pegando sossegados. Nossas línguas se encontravam sem muita pressa, o gosto do beijo era doce e aquilo estava muito bom...

– Sabe, é tão bom quando ficamos sem brigar - Sam falou parando os beijos

– Também acho... E como vai a Carly? - Perguntei

– Vai daquele jeito, triste mais tentando se animar - Ela respondeu - E o Nathan?

– Ele estar se sentindo culpado, e como é meio difícil para um garoto ficar chorando por ai triste, o Nathan estar sendo meio frio com as pessoas que perguntam Você tá bem?... - Expliquei - Entendeu?

– Acho que entendi e é tão triste vê casais desse jeito

– Verdade... - Disse começando a beijar ela novamente, mais ela logo interrompeu

– Freddie - Ela me chamou e eu a olhei - O que você iria falar se eu dissesse que estava pensando em tirar a carteira de motorista?

– Iria te chamar de burra - Respondi

– Por quê?

– Porque você tem a mim, e tirar a habilitação tendo um motorista sempre disponível, é pura burrice - Expliquei

– Você não estar sempre disponível - Ela retrucou - No ultimo final de semana, eu voltei com o Spencer

– Por infantilidade sua que não quis vim comigo

– Mais foi só porque você quis brigar por besteira, igual agora - Sam falou

– Não é besteira, e se você tirar a carteira de motorista, quem vai comprar um carro pra você? Sua mãe que não tem muito dinheiro? - Perguntei

– E seu carro? - Ela perguntou

– Meu carro?

– Ahh... Agora eu entendi... Você não quer que eu tire a carteira de motorista, pois não quer que eu dirija seu lindo e maravilhoso carro - Disse Sam

– Não é isso

– Claro que é, e olha aqui Freddie, eu não vou tirar habilitação nenhuma... Agora, sai do meu quarto que eu tenho aula daqui a pouco - Sam falou me empurrando para fora

– Sam, não fica com raiva de mim? - Pedi saindo

– Não vou ficar - Ela disse meio fria - Nós vemos às 19 horas?

– Não dá, eu tenho aula nesse horário, depois tem jantar e depois temos que ir para cama - Expliquei

– Então até amanhã - Ela falou e eu a puxei dando o último beijo...

POV Sam

Eu não acredito que o Freddie estar sendo tão mesquinha a ponto de não aceitar que eu tire a habilitação só para eu não dirigir seu carro... Terminei o resto das minhas aulas daquele dia e fui para meu alojamento... Chegando lá, vi Samuel saindo e ele logo me avistou

– Hey Sam - Ele disse beijando minhas bochechas

– Oi Samuel, o que faz aqui? Não é proibida a entrada de meninos nos alojamentos de meninas? - Perguntei estranhando

– É proibido entrar nos quartos, mais no refeitório é liberado, e eu vim dar aulas para uma menina. E você?

– Minhas aulas acabaram e eu vim comer - Respondi

– Legal, posso te acompanhar? - Ele perguntou

– Pode sim, vamos? - O chamei já andando, chegando ao refeitório, eu peguei uma comida para mim e me sentei em alguma mesa junto a Samuel

– Então? Novidades? - Perguntei começando a comer

– Minhas? Nenhuma e suas?

– Me deixa ver... Nesse final de semana, eu e o Freddie nos acertamos e prometemos parar com as brigas bestas - Respondi

– Que maravilha, é sempre bom ver um casal se acertando

– Mais hoje mesmo, meio que brigamos porque eu disse que queria tirar a carteira de motorista - Falei

– Poxa, e qual o problema que tem se você tirar a carteira?

– Porque se eu tirar mesmo, eu não teria um carro meu e ia acabar dirigindo o carro dele - Expliquei

– Entendi, mais isso é coisa de homem mesmo... Sabe, não querer deixar ninguém dirigir o carro dele... - Disse Samuel - Mais porque você não compra seu próprio carro?

– Porque eu não tenho dinheiro suficiente

– E sua mãe? - Ele sugeriu

– Ela mal trabalha, quem dera me dar um carro

– E o seu pai? - Samuel perguntou me lembrando que eu tinha um pai, e que por sinal, nunca mais aparentou estar vivo

– Eu tenho um homem que se diz meu pai, e que fez faculdade, então, ele deve ter dinheiro, mais nossa relação é meio complicada

– Por quê?

– A história é meio longa, mais resumindo, ele abandonou minha mãe grávida de mim e depois de 18 anos voltou tentando dar uma de pai querendo ser "pai" - Eu expliquei meio rápido

– Acho que entendi... Mais se ele quer ser pai e tem dinheiro, que tal pedi um carro para ele?... Aposto que do jeito que ele quer ser considerado "seu pai", ele te daria um rapidinho - Samuel sugeriu

– É uma boa ideia e você até que tem uma mente brilhante com ideias muito boas... Mais eu não me aproximaria dele só para me dar de bem e depois me afastar novamente - Respondi

– E se você se aproximasse, ganhasse seu carro e decidisse dar uma chance verdadeira dele ser seu pai?

– Não vai ser um carro que vai me aproximar dele e me fazer aceitá-lo - Eu disse

– Por quê?

– Porque quando ele voltou dizendo ser meu pai, ele contou uma história explicando por que abandonou minha mãe, quando ela estava grávida, mais eu não levei muita fé nele - Falei

– E por acaso, tem alguma coisa que ele possa fazer para você aceitá-lo? - Samuel perguntou bem interessado naquela história

– Talvez, acho que seria um bom começo se ele começasse me contando TODA a história, porque eu não acreditei muito naquela historinha que ele falou - Respondi

– Entendi

– Mais porque esse interesse todo? - Perguntei desconfiada

– Por nada, você só começou falando que a história era complicada, e eu só tentei entende-la ao máximo e até ajudar vocês a se acertarem talvez, porque digamos que é sempre bom ver uma relação de pai e filha abalada, sendo reconstituída - Samuel se explicou

– E como você ajudaria essa relação que não existe abalada ser reconstituída? Diria pra ele, o que eu te falei?

– Não, até porque eu não o conheço, mais eu tentaria colocar juízo nessa cabecinha sua e fazer você entender, que a paz é a melhor coisa - Ele respondeu

– Me desculpe Samuel, mais não vai ser você que vai fazer eu aceitar aquele homem como meu pai, e pra falar verdade, acho que ninguém conseguiria fazer isso, ao não ser, eu mesma... - Disse - E com você? Como é a sua relação com seus pais?

– Minha mãe morreu quando eu tinha 12 anos, e desde então, eu e meu pai vivemos meio que brigando - Samuel falou triste

– Nossa, meus pêsames por ela e desculpe pela pergunta

– Tudo bem, eu já me acostumei com isso... E sobre sua habilitação, você podia sim tira-la, mesmo não tendo um carro, afinal, algum dia eu aposto que vai ter um, ai já vai ser mais fácil e já vai saber dirigir, que tal? - Samuel sugeriu

– Não sei, o único dia que eu teria para tira-la, seria o final de semana, e que são os meus únicos dias de folga, fcaria meio apertado

– Mais não precisa ser aos finais de semana, você pode tirar a habilitação aqui no campus mesmo, eles tem professores para isso

– Sério? - Perguntei duvidando

– Sim, é só procurar o diretor e se registrar nas aulas, ai o diretor Robisson vai te indicar um professor disponível para seus horários livres e assim que puder, você começa as aulas, e é totalmente de graça - Explicou Samuel

– Como você sabe? - Eu perguntei estranhando

– Sei por que eu tirei minha habilitação aqui no campus durante meu primeiro ano de faculdade, e hoje estou no terceiro ano e sou um ótimo motorista sem carro - Ele respondeu me fazendo rir

– Você não parece um cara pobre, porque mesmo não tem carro?

– Porque meu pai odeia motos, e quando eu fui comprar meu carro, brigamos mais uma vez e só para deixa-lo com raiva, eu comprei uma moto

– Vish, que menino rebelde - Falei o fazendo rir

– Sou sim... Mais infelizmente agora já é noite e eu tenho que ir para meu quarto... Até qualquer hora Samantha e pense bem na sua habilitação - Samuel disse me abraçando se despedindo

– Vou pensar sim, até mais ver Samuel - Falei retribuindo o abraço e logo depois indo para meu quarto, Carly e Karen ainda não estavam lá, o que é estranho, mais elas logo devem chegar... Eu estava um pouco cansada e dormir rapidamente ao me deitar...