Dream Or Reality? escrita por Aneliese Fanfictions, Michi S2


Capítulo 17
2 Temporada - Capítulo 2° - Renascida


Notas iniciais do capítulo

Não sei se ficou bom, não sei escrever bem interpretado outras pessoas.
Mas espero que gostem.
Boa Leitura. *_*



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Edward POV

A cada dia que passa, a cada hora, minuto, segundo, sentia como se a dor no peito aumentasse. Não importa quanto tempo passe, a falta que Zoey me faz nunca diminuiria. A necessidade que tenho dela, de sua presença, nunca dissiparia. Agora sou como um drogado sem a sua droga, numa tentativa forçada de reabilitação que chega a beirar a loucura. Impossível.

Tentei ao máximo me esforçar, pela minha família, mas é como se a dor da perda e da culpa fossem fardos tão pesados, que me mantêm preso no passado, nas lembranças. Como se não bastasse ter o corpo físico aprisionado pelo tempo nos meus eternos 17 anos, minha alma, se é que eu a tenho, meu interior, está aprisionado às lembranças de Zoey. E mesmo que Alice me prometa que tudo dará certo no final, que mesmo para nós há uma felicidade reservada, chego a pensar que talvez a minha penitência eterna é carregar sozinho a culpa e a dor de perdê-la.

Antes de Zoey, minha vida era uma noite sem lua. Muito escura, mas havia estrelas... Pontos de luz e razão... Depois, ela atravessou meu céu como um meteoro. De repente tudo estava em chamas; havia brilho, havia beleza. Quando Zoey se foi, quando o meteoro caiu no horizonte, tudo ficou negro. Nada mudou, mas meus olhos ficaram cegos pela luz. Não pude mais ver as estrelas. E não havia mais razão para nada.

Hoje, 16 de março de 2066, vejo mais um crepúsculo, mais um fim de um dia, o retorno da noite e novamente a escuridão solitária vem me abraçar, mas diferente dos outros desses últimos 60 anos, no horizonte surge a primeira estrela da noite, brilhando intensamente para mim, como se me chamasse. A primeira estrela que vejo desde que Zoey se foi. Algo me dizia que a partir daquele momento, minha existência enfrentaria mais uma transformação irremediável.

Gabriele POV

“Oi, meu bebê. Daqui a pouco papai chega. Já está com saudade do papai?”

Estava na sala, estendida no sofá, conversando com meu barrigão de 9 meses. Sempre falam que conversar com o bebê é essencial para seu bom desenvolvimento e que ele reconhece a voz dos pais. Nas últimas semanas venho conversando muito com ele, sem nada o que fazer em casa, à espera de seu nascimento.

“Marie Claire,” esse é o nome do nosso bebê, meu e de Henry, “não acha que já está na hora de nascer? Sei que aí dentro é seguro e quentinho, mas já faz 9 meses que você está aí dentro, se você demorar mais, mamãe vai ter que fazer uma cirurgia para tirar você daí. Não quero te perder.” Santas palavras, parece que ela me ouviu e resolveu me obedecer porque logo que terminei de falar uma dor aguda no ventre me fez gritar de dor.

Rindo, completei:

“Podia pelo menos ter esperado seu pai voltar, né?”

Nesse instante, escuto a por se abrindo com estardalhaço.

“Querida! O que foi, escutei você gritar!” disse alarmado.

“Calma, Henry, vá pegar as minhas coisas, Marie Claire vai nascer.” Pronunciei com o tom mais calmo que consegui, mas parece que não surtiu efeito. Henry estava plantado na minha frente, com os olhos arregalados, a boca entreaberta, encarando minha barriga.

“Marcos! Acorda! Vai pegar as minhas coisas logo! Quero ter esse bebê ainda hoje!” gritei a plenos pulmões enquanto uma nova onda de dor me atingia.

Minutos depois, descia as escadas um Marcos desengonçado tentando segurar as bolsas coisas minhas e do bebê. Foi correndo para o carro enquanto eu me esforçava para levantar do sofá.

Fui caminhando cuidadosamente até a porta e logo Marcos apareceu para me ajudar a sair da casa e entrar no banco de trás do carro. Agradeci mentalmente por não termos comprado um apartamento.  A casa, embora escura, era aconchegante. Recém adquirida para que minha família crescesse lá. Era perfeita para mim, mas aqueles degraus da varanda na entrada estavam me matando agora. Tentar descer aqueles poucos degraus, grávida, sem poder enxergar onde pisa por causa do barrigão e em trabalho de parto, foi um desafio e tanto. Ainda bem que Marcos estava me ajudando.

Henry POV

Acho que nunca dirigi tão rápido em minha vida, chegamos no hospital em tempo recorde. Parei o carro de qualquer jeito perto da entrada, desci e fui ajudar Gabi . Fomos entrando quando uma enfermeira no abordou. Não dei a ela tempo para se pronunciar, me adiantei explicando a situação.

“Por favor, minha filha vai nascer. Minha mulher está em trabalho de parto. Rápido!”

“Calma, senhor. Vamos cuidar da sua mulher.” Ela fez sinal para outros enfermeiros e logo uma cadeira de rodas estava presente para que Gabi sentasse. “Vamos acomodá-la num quarto enquanto a hora certa não chega, logo o doutor irá examiná-la.” Gabi sentou e um enfermeiro a levou para um quarto. “Enquanto isso, preciso que o senhor assine alguns papéis.” Acompanhei-a e preenchi todos os formulários, depois me juntei à Roberta.

“Como está, amor?” perguntei acariciando seu rosto. O suor começando a aparecer.

“Fora as dores horríveis que estou sentindo, está tudo bem.” Abriu um sorriso fraco.

Sorri. Só ela mesmo para usar ironia numa hora dessas.

Nisso, a doutora apareceu. “Agora, papai. Nos dê licença para que possamos fazer os exames e preparar sua esposa para o parto.”

Dei um beijo nos cabelos de Gabi e saí de lá, não sem antes me pronunciar. “Te amo, amor. Doutora, qualquer coisa me chame.”

                                         ................... 

As horas foram torturantes, liguei para a mãe dela e logo ela chegou.

“Como estão minha filha e minha neta?”

“Ainda não deram notícias, mas está tudo bem.”

“Certo, certo.”

Gabrielle POV

Depois de algum tempo, a doutora me disse:

“Já há dilatação para o bebê nascer, está tudo pronto. Preparada?”

Concordei com a cabeça.

“Então vou chamar o anestesista.”

Na sala preparada para o parto, toda a equipe médica estava apreensiva. Pelo que pude perceber, tudo estava pronto para minha Lucinda nascer. Eu me esforçava, mas ela não vinha...

A doutora recolheu um pouco do líquido amniótico da bolsa. Ele estava sujo e pela cara dela, não parecia ser coisa boa. Foi então que ela decidiu.

“Precisaremos fazer uma cesariana. Vai dar tudo certo, Sra. Maxwell.”

Depois de rápidos minutos para a preparação, a cirurgia começou.

Não sentia mais dor por causa da anestesia, era estranha a sensação do ventre sendo rasgado pela lâmina do bisturi. Mas não havia dor. Não havia motivos para pânico. Tudo ia dar certo.

Estava meio alheia a tudo, até que ouvi um choro de bebê. O meu bebê. Minha Lucinda. Depois de limpá-la, uma enfermeira trouxe meu bebê para perto de mim, para eu vê-la. Demorou ainda algum tempo para fechar os pontos, o que eu achei estranho.

Depois da cirurgia, levaram meu bebê fará fazer alguns exames e para limpá-la melhor. Enquanto isso, fui para o quarto. Descansei um pouco, não sei quanto tempo demorou o parto, só sei que estava esgotada, mas estava feliz.

Quando acordei,Marcos estava ao meu lado, me observando.

“Como está a nova mamãe?” Carinhoso como sempre.

“Bem, só um pouco cansada. Dar a luz à Marcos foi um tanto trabalhoso...” sorri. “Mas valeu a pena. Ela é linda!” meu sorriso se alargou mais.

“E eu não sei? Passei no berçário, Lucinda é o bebê mais bonito de lá. É a sua cara.” Disse com um sorriso bobo nos lábios.

“Ora, não diga asneiras, o narizinho é igual ao seu.” Ri com vontade.

Logo a doutora apareceu, interrompendo-nos e começou a explicar o que tinha acontecido.

“De início, iríamos fazer o parto normal, mas devido à demora sem motivo aparente, recolhemos uma amostra do líquido amniótico. Parece que devido ao esforço para sair da barriga da mamãe, o bebê fez uma tremenda sujeira.” Ela deu um sorriso e prosseguiu. “Decidimos então fazer a cesariana, de última hora para não perder mais tempo e evitar que o bebê sufocasse. Graças a Deus, ela está bem! Não se preocupem.” Ela completou para evitar nosso pânico prematuro e continuou. “A menina estava com o cordão umbilical em volta do pescoço, duas voltas, por isso não saía. Após o nascimento, fizemos uma limpeza cuidadosa no seu útero. E agora está tudo bem. Com a bebê e com a senhora. Fiquem tranqüilos. Depois de 5 horas em trabalho de parto, a menina nasceu às 23 horas em ponto. Ela pode estar um pouco fraquinha, mas é normal devido ao esforço que fez ao nascer. Daqui a pouco ela estará aqui com vocês, mas a Sra. Maxwell terá que permanecer um tempo conosco para o pós operatório e somente depois poderá retornar para sua casa, onde deverá manter o repouso até sua total recuperação, enquanto isso, a menina tem que se recuperar do esforço que fez para o nascimento. Tudo bem, Sr. Maxwell?”

“Certo, doutora.”

“Tudo bem, vou deixá-los um pouco a sós. Já trago a criança.” Dito isso, ela saiu.

“Quem diria, Marcos... parece que Lucinda não queria mesmo deixar o meu útero e encarar esse mundo, né?” Tentei fazer graça.

“Não diga isso, querida. Vamos dar a ela todo o nosso amor. Ela não se arrependerá de ter nascido.” E me deu um beijo cálido nos lábios.

“Sabe, querida... estava aqui pensando... Lucinda é um nome um pouco comprido, não é? Precisamos achar um apelido para ela...” disse com o semblante pensativo. Nisso uma enfermeira entra, trazendo um embrulho nos braços.

“Com licença, mamãe, papai. Aqui está a sua filhinha.” Me entregou o embrulho nos braços e logo saiu. “Qualquer coisa é só apertar a campainha.”

Voltei a atenção ao nosso bebê. Ao abrir os olhinhos, fiquei maravilhada. Tinha os olhos azuis mais lindos que eu já havia visto. Sorri encantada e ela retribuiu meu sorriso. Enquanto eu e Marcos a admirávamos, um de seus bracinhos escapou da manta e, para nossa surpresa, na sua mãozinha tinha uma pequena marca mais clara que sua pele, no formato de uma meia lua. Virei-me para Marcos e nossos olhares se encontram. Sorrimos.

“Que tal Luce como apelido?” ele sugeriu.

“Perfeito para ela.” Concordei e completei. “Luce, tal como essa marca em forma de meia lua, tal como o luar que traz beleza às nossas vidas.”



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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?
Comentem
Até o próximo.
Bjuxxx.. *_*



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