Ps: I Love You escrita por Ghst


Capítulo 22
Capítulo 21 - Something with no name in the air




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- NEM PENSE NISSO! – exclamou Kenna.
- Fala baixo! – retrucou Win, não querendo levar mais uma bronca da bibliotecária.
- Nem pense nisso. – Kenna repetiu, diminuindo o tom de voz. – Winter, você não vai se apaixonar por James Sullivan, entendeu?
Win levantou os olhos das bizarras e monstruosas equações a sua frente, que pareciam querer se rebelar contra a garota, para encarar Kenna, com os olhos estreitos.
- Eu já disse, não estou apaixonada por aquele grosso! – a morena se defendeu. – Francamente Kenna, eu só disse que tinha caído em cima dele. Um acidente.
A menina riu sarcástica, voltando o olhar ao livro de matemática.
- Claro, e disse também que ficou sem ar, que perdeu a fala, que sentia como se os lábios dele tivesse um magnetismo com os seus, e por ao vai, né? Win, minha querida amiga, isso é sintoma de paixão, entende?
- Ah, é? E como você sabe?
Kenna revirou os olhos,como se dissesse que aquilo era tão obvio quanto dois mais dois são quatro.
- Simples, eu cai uma vez em cima do Tony. – ela sorriu, e depois descansou a cabeça nas mãos, sonhadora. – Mas eu lembro que ele tava sem camisa... E, bom, também não me odiava.
Win riu da amiga.

- Valeu o incentivo!
- Desculpa, mas o Tony... Gosh, como eu posso explicar? O Tony é o Tony, entende?
- Ouvi meu nome?
As duas se viraram para o rapaz em si. Ele tinha os cabelos desarrumados como sempre e tinha a mochila jogada por cima do ombro. Ele também sorria abertamente para as duas.
- TONY? – Kenna tornou a gritar, completamente vermelha. – Digo, Tony, o que você faz aqui?
- Ué, a gente combinou de estudar pra prova de matemática juntos. – ele disse confuso, sentando-se ao lado dela.
- Ah, sim, claro! Eu tava conversando com a alejadinha e esqueci disso! – Mentira, Tony, eu não tenho capacidade de esquecer você!
O rapaz perdeu o sorriso naquele mesmo instante, olhando o braço engessado de Ju.
- Como você escreve sozinha? – ele perguntou, não mais tão animado.
- Bem, o trouxa do Sullivan deveria estar aqui. – ela disse, sem se deixar irritar.
- Obrigado pela parte que me toca. – disse outra voz que ela bem conhecia.
Novamente a cena das duas meninas olhando para trás, em direção a entrada da biblioteca se repetiu. Agora era Jimmy que chegava apressado, sabia que estava atrasado.
- Ai, não agradeça, não é mais do que você merece. – ela disparou.
Ele sentiu vontade de sorrir para ela. Seus lábios quase se moveram como queria, mas ele mesmo não deixou.
- A minha namorada é mais sensível que você!
- Ah claro, nós sabemos como a Leana é uma flor. – murmurou um Tony extremamente irônico.
- Como? – perguntou Kenna.

Repita isso e me faça feliz, pelo amor de Deus, Tony, meu amor.
- Eu? C-como? – ele tossiu disfarçadamente. – Eu não disse nada.
A expressão feliz de Kenna murchou.
- E então, vamos começar? – perguntou Win, agilizando a todos.
Logo eles começaram a rever toda a matéria de matemática.
De um lado, Tony tentava resolver todos os exercícios com muita dificuldade. Na verdade, ele apenas os concluía quando Kenna parava de sonhar acordada olhando pra ele e começava a ajudá-lo.
Contudo, eles não estavam saindo-se melhor que a dupla ao lado.Jimmy estava particularmente – e até estranhamente – empolgado e Win não estava tendo tenta dificuldade para ensiná-lo o conteúdo como imaginara. Percebera, inclusive, que ele não era tão tapado como pensara, apenas era um pouco mais lerdo que o normal.
Alias, pra ser bem sincera, ela achava mesmo que o clima ali estava começando a ficar estranho.
Tony e Kenna ficavam trocando olhares como dois namorados, fazendo-a pensar que talvez Tony já gostasse de Kenna secretamente. Mas e ela e Jimmy? Estavam... Sobrando?
Sendo sincera mais uma vez, ela admitiu aos seus pensamentos que estava se sentindo estranha perto dele. Por um lado furiosamente incomodada e a fazia sentir-se odiada, já por outro, sentia-se segura e protegida.

O que era aquilo afinal? Parecia que tinha um clima diferente no ar, um o qual nunca havia presenciado.
- Ei, Winter, não adianta ficar quietinha não. – disse Jimmy, tirando-a daquele devaneio. – Você não pode escrever, mas tem que me ajudar aqui. Caso você não se lembre, eu estou com notas bem baixas.
Ela suspirou, era incrível como em um momento tão reflexivo ele podia irritá-la.
- Me dá isso! – exclamou, puxando, com a mão sã, o papel nas mãos dele.

Jimmy chegou em casa. Sua cabeça fervia pura matemática e ele achava que a qualquer momento ela explodiria, liberando uma infinidade de números assassinos.
Bom, isso era um bom sinal, não? Significava que Win havia conseguido realizar a praticamente impossível missão de ensinar matemática à James Sullivan.
Ele sentiu-se quente por dentro. Estava com uma vontade loucamente grande de rir e nem ao menos sabia o porquê!
Depois de ver se havia alguém em casa – e não havia –, ele subiu para seu quarto, rindo abertamente.
Sentia-se um completo idiota. Idiota ao máximo, ao extremo, ao nível Zacky de idiotice e felicidade.
A quanto tempo não se sentia assim? MUITO. E porque estava sentindo agora? Realmente, não tinha a mínima idéia.

Abriu o grande toca CD do seu quarto e colocou Counting Crows para tocar alto. A primeira música a ecoar alta pelo quarto foi Accidentaly in Love. Jimmy sorriu. Porque diabos estava sorrindo tanto?
Não quis nem saber. Apenas tirou o tênis de maneira desajeitada e sentou-se em frente ao computador, com um sorriso grande estampado no rosto.

A única coisa que ele não sabia era que, menos de cinco minutos depois uma morena de olhos castanhos também adentrou a casa, chamando pelos Sullivan.
Notou que estava sozinha e subir para seu quarto, vendo o quarto de Jimmy de porta fechada e com uma musica saindo fraca de lá dentro. Não conseguia reconhecer qual era.
Win deu os ombros, estampando um sorriso lindo e branco no rosto.
Ela foi para o quarto e arrancou o all star rapidamente, abrindo o CD Player e colocando seu mais novo CD comprado na Calisfórnia pra tocar. Wake Up encheu o quarto de uma animação que ela não conseguia medir.
Ela sorriu ainda mais ao ouvir a música chegar no refrão e, depois, começou a dançar a música.
Por mais que parecesse idiota dançar trancada no quarto, ela precisava se mexer. Era como se a sensação contagiante dentro dela a obrigasse a pular, gritar e cantar sem parar.
Depois de um tempo, sentindo-se mais relaxada, jogou-se na cama, olhando para o teto. Seu sorriso acompanhava o embalo da música.


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