Baby Mine - Especial Dia Das Mães escrita por estherly


Capítulo 1
Capítulo Único - Baby Mine


Notas iniciais do capítulo

Uma dica? Ler o capítulo com a música Baby Mine. Ela é do filme Dumbo, mas se encontra em outras vozes também.



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"O coração das mães é um abismo

no fundo do qual se encontra

sempre um perdão."

- Oh meu amor... – sussurrava Rose vendo a filha se aconchegar no peito dela.

Meu bebê, não chore

Meu bebê, enxugue suas lágrimas

Descanse sua cabeça perto do meu coração

Para nunca ir embora

Meu bebê

Lágrimas escorriam dos olhos da ruiva... Estava segurando um pedacinho seu. Um pedacinho que carregou por nove meses e mais um tempinho. Um pedacinho que ela cuidou. Um pedacinho que ela quis mimar. Um pedacinho que ocupou seu coração no momento que descobriu que a esperava. Um pedacinho que é a mistura dela e de Scorpius.

– Tenho que fazer isso. – disse Rose tentando convencer mais a si mesmo que a filha que não entendia nada. – Mamãe tem que fazer isso. – disse ela sentindo que fraquejaria. A menina de olhos azuis olhou para a mãe. O que estava acontecendo ali?

Pequeno, quando você brinca

Não se importe com o que dizem

Deixe esses olhos cintilarem e brilharem

Nunca uma lágrima

Meu bebê

Olhou para frente. A porta colorida e com bonecos dançando e pulando alegremente. Como podia ser um lugar feliz se ela estava morrendo. Pensou que aquela seria a melhor coisa a se fazer... Não tinha tanta certeza. Ela repousava ali nos seus braços, sentindo-se protegida. Rose se perguntava se ela se sentiria assim nos braços de outra pessoa. A cena da sua pequena chamando outra de mãe, amando outra como mãe, era de partir o coração. Mas não tinha opção, tinha que fazer aquilo.

Se eles soubessem como você é doce

Eles acabariam te amando também

E essas mesmas pessoas que te insultam

O que dariam apenas pelo direito de abraçá-lo

Abriu a porta colorida e sentiu-se num cubículo, onde só tinha duas saídas. Continuar e esquecer aquilo. Voltar seria suicídio, sem o apoio dos pais e parentes e sem o pai da pequena junto, fraquejaria. Então, a única opção seria aquela que ela estava tomando.

Da cabeça aos pés

Você é tão doce, Deus sabe

Mas você é tão precioso para mim

Tão fofo quanto pode ser

Meu bebê

Meu bebê, meu bebê

Meu bebê, não chore

Meu bebê, enxugue as lágrimas

Descanse sua cabeça perto do meu coração

Para nunca ir embora

Meu bebê

- Bom dia. – disse a mulher sorridente. Rose olhou para ela. Será que cuidariam da sua filha como ela queria cuidar? – Em que posso ser útil? – perguntou ela sorrindo. Rose não tinha coragem de sorrir e fingir que estava tudo bem.

- Eu... – começou Rose hesitante. – Eu queria colocar ela para doação. – disse Rose sentindo lágrimas caírem no rosto. A mulher analisou Rose detalhadamente.

- Posso saber o motivo? – perguntou a mulher saindo de trás da bancada e se aproximando delas.

- Eu... Eu não tenho condições de cuidar dela. – disse Rose colocando o dedo na mãozinha da filha. – E eu quero dar um futuro melhor do que eu daria para ela. Meus pais e família não me apoiam e... E o pai, não quer saber dela. – disse Rose olhando para a filha indefesa.

Se eles soubessem como você é doce

Eles acabariam te amando também

E essas mesmas pessoas que te insultam

O que dariam apenas pelo direito de abraçá-lo

- Cuidaremos dela. – disse a mulher abrindo os braços, para Rose entregar a filha.

- Eu... – começou Rose chorando mais ainda. Entregar a filha é como se ela estregasse uma parte de si.

- Querida. – chamou alguém na porta. O coração de Rose disparou e por pouco não deixou a pequena cair no chão.

- Scorp... – começou Rose desacreditando que ele estaria ali.

- O que está fazendo querida? – perguntou ele cautelosamente se aproximando delas.

- Eu... Eu não tenho condições de cuidar dela. – disse Rose chorando. Olhava para a pequena em seus braços e viu ela olhar para o pai. – Não sozinha. – comentou ela.

- Você não estará sozinha. – disse ele se aproximando dela. Ao longe, Draco e Astória Malfoy apareciam. – Eu fui um estúpido. – disse ele. – Me perdoe. Vamos cuidar da nossa filha, juntos.

- Oh Scorpius. – murmurou ela indo até ele e sentindo os braços dele envolverem ela.

- Eu te amo Rosa. – disse ele no ouvido dela.

- Eu também. – respondeu Rose. – Oi meu bem. – disse Rose se afastando de Scorpius e olhando para a filha que olhava o pai. – Olha quem está aqui. – disse Rose apontando para Scorpius que sorria abobado.

Pequeno, quando você brinca

Não se importe com o que dizem

Deixe esses olhos cintilarem e brilharem

Nunca uma lágrima

Meu bebê

- Oi princesa. – disse Scorpius. Viu a filha sorrir para ele e aquilo o emocionou muito. – Venha aqui com o papai. – disse ele esticando os braços. Rose se posicionou para colocá-la nos braços dele. – E se eu deixar ela cair? – perguntou ele nervoso. Rose riu da pergunta dele.

- Você é o pai. É o instinto não deixar ela cair. – disse ela carinhosamente.

- Oi princesa. – disse ele segurando a filha nos braços. – Vamos para casa? – perguntou ele olhando para a menina que sorriu e olhou para a mãe. – Vamos para casa? – perguntou ele olhando para Rose dessa vez. – Seremos uma família? – perguntou ele. Rose sorriu e enganchou no braço dele.

- Obrigada senhor e senhora Malfoy. – ela disse abraçando ambos.

- Minha neta e minha nora sempre terão um lugar em casa. – disse Astória emocionada. Rose sorriu e olhou para Scorpius que brincava com a mãozinha da filha dela. Rose olhou para Draco.

- Irei falar com o Weasley. – disse ele sério. Rose engoliu em seco.

- Eles não quiseram ela como neta e nem eu como filha. – disse Rose indiferente. – Me deserdaram. Vai perder seu tempo. – disse ela fria. Draco e Astória se entreolharam.

- Depois vemos isso. Agora, para casa. – disse Astória animada. Rose sorriu e foi com Scorpius para longe daquela prisão infantil. Viu os olhos da filha encararem os seus e sorriu.

Da cabeça aos pés

Você é tão doce, deus sabe

Mas você é tão precioso para mim

Tão fofo quanto pode ser

Meu bebê

- Meu bebê. – murmurou Rose.

- Nosso bebê. – corrigiu Scorpius. Rose sorriu e encostou a cabeça do ombro do loiro. Seu dedo brincava com a mãozinha da filha. – Temos que conversar quando chegarmos.

- Sobre o que? – perguntou Rose.

- Casamento.– disse ele simples. 

Scorpius ajeitou-se ao lado de Rose e ambos aparataram. 

Seriam uma família. 



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Notas finais do capítulo

Feliz dia das mães!