Quase Mãe escrita por Jereffer


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Yo, Leitores e Leitoras. Apenas uma one curtinha em homenagem ao dia das mães (eu não acho que ninguém que ler essa fanfic já é mãe, mas todos são filhos, então leiam isso, se emocionem e saíam do pc para passar o dia com suas mães :P)



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Sua amiga tagarelava alegremente enquanto ela escolhia os produtos que ia levar. Ao seu lado, o jovem Gray encarava i balcão entediado, lamentando-se de ter tirado o palito mais curto e sido escolhido como o carregador naquele dia.


– Você tem uma paciência admirável, arranjar dois aprendizes logo nessa idade - disse ela com um risinho enquanto se debruçava sobre o balcão - Mas vendo por outro lado, eles são tão fofinhos! você não quer me dar um quando tiver crescido não?


Ela teria feito um afago nos espessos cabelos negros de Gray, se o mesmo não tivesse recuado rapidamente para trás... Apenas para ser agarrado por Ur e içado no ar por ela, que colocou as mãos debaixo de seu braço para isso.


– Para que esperar tanto! - brincou ela para a indignação do seu pupilo - Tem certeza que não quer ficar com esse? É teimoso como uma mula, tem o senso de humor de uma árvore, o raciocínio de um peixe-boi e a sabedoria de um ganso, mas em todo caso, é compacto, não come muito e refrigera a casa. Topa?


Aquilo fez as mulheres rirem, e um Gray indignado conseguir se desvencilhar da sua mestra, e bufar indignado, enquanto arrumava suas roupas agora em desalinho.


– Eu vou esperar lá fora, onde o risco de ser atacado é menor - avisou ele, enquanto saía para a varanda da loja, deixando uma rajada de vento entrar ao abrir a porta.


– Bom, ele não tem lá um senso de humor muito apurado, não é? - comentou a outra mulher enquanto Ur pagava pelos produtos.


– Eu tinha a esperança de fazê-lo ocasionalmente sorrir, mas acho que a dor de perder a família ainda é pesada e recente demais - disse ela com um sorriso triste - Bom, é só isso por hoje. Deixe-me ir procurar o meu aprendiz antes que ele saía andando nu por aí.



Ela foi encontrar seu aprendiz na varanda, observando de forma carrancuda algo do outro lado da rua. Sua camisa e seu casaco haviam sumido.


– Gray, suas roupas! - repreendeu ela, sabendo que ele estava desenvolvendo uma compulsão inconsciente por se despir.


Ele olhou para si mesmo e se sobressaltou de surpresa.


– Quando foi que eu as tirei? - disse ele surpreso, enquanto recolhia as vestes do chão, notou o que ele observava.


Do outro lado da rua, havia um intenso tráfego de crianças com suas mães, e então ela se lembrou que hoje era um feriado dedicado as mesmas. Flores e crianças sendo milagrosamente boazinhas estavam para todos os lados.


Ela deu um sorriso de compaixão para o pequeno mago de gelo ao entender o que ele estava sentindo.


– Sabe Gray - disse ela dando um afago na cabeça dele enquanto - Não há vergonha nenhuma em se sentir triste.


– Eu não estou triste! - se defendeu ele instantaneamente, enquanto ela sentava ao seu lado no comprido banco de madeira onde ele estava e colocando o braço nos ombros estreitos dele.


– Então você está sendo bobo, e o apelido de Rainha de Gelo está na pessoa errada - disse ela em um tom suave de diversão - Por que nós não haveríamos de sentir inveja daqueles que tem ambos? Eu perdi minhafilha e você, a sua família.


Ele trincou os dentes perante aquela verdade dura, mas internamente ele estava surpreso de ouvir Ur citar a sua filha. Aquilo sempre foi um marco silencioso de dor para ela.


– Então vamos ambos nos deprimir hoje - disse Gray dando os ombros - Já que não temos mais ninguém!


– Ora, não diga isso - disse ela enquanto aninhava Gray nos braços - Eu tenho meus aprendizes e você tem a mim.


– Você não é minha mãe - disse Gray em um tom sombrio, sem perceber que aquilo podia soar cruel. Ur não se ofendeu com as palavras desmedidas do seu aprendiz.


– Nem você a minha filha, mas cada um, ocupa o coração com o que têm -disse ela sorrindo - Mas porque nós não finjamos que sim, só por hoje? Não se preocupe, vamos ter bastante tempo para treinar quando voltarmos!


O pequeno mago ponderou aquelas palavras, antes de assentir com as bochechas rosadas.


– Não conte ao Lyon - pediu ele, e recebeu um beijo na testa em resposta.


–Eu prometo - garantiu ela, antes de rir e o levantar no ar - Agora, já que você concordou, hora de eu me sentir uma mãe novamente e forçar você a experimentar uma centena de roupas, mesmo sabendo que compraremos no máximo duas.


– E-ei, espera...


A lembrança daquele dia aqueceu Gray durante a longa e solitária viagem que o levou até Fiore e conseqüentemente, á Fairy Tail.



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Ano X795, residência dos Fullbuster



O som de choro de criança os acordou.


– Deixe, eu vou - murmurou ele sonolento, enquanto a esposa apenas se virava na cama. Ultear não era uma pessoa fácil de se acordar.


Aos tropeços, Gray Fullbuster avançou pela casa, e foi mais sorte do que raciocínio que ele acabou por trombar com o berço, onde uma garotinha de cabelos negros chorava e um urso de pelúcia caído no chão ao lado do berço, ele apanhou a pelúcia e a criança.


– Prontinho, Ur, papai está aqui - disse ele a içando por debaixo dos braços, o movimento lhe trouxe lembranças. A criança o fitava com os olhos ainda úmidos - você sabia que você teve uma avó incrível, pequenina?


O bebê obviamente não respondeu, então ele apenas lhe deu um beijo na testa e a colocou novamente para dormir.




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Notas finais do capítulo

Comentários?
Ps: Primeira fic sobre a Ur no site?(nunca vi nenhuma)
Ps: Primeira fic minha livre, soou bem adequado para o dia ;D