It Cant Be Wrong. escrita por valentinavale


Capítulo 10
Come one, come all...Into nineteen eighty-four...




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– Toma, isso aqui é para você, não sei se vai gostar, mas acredito que sim! - entregou o pacote preto que tinha as letras em dourado.

– Shannon eu te disse que...

– Shiuu, é um presente por ter vindo comigo, eu sei o quanto é massante!

– Diria que até parecia uma garota! - começou a rir e a abrir a sacola - Oh Meu Deus, é linda!

– Eu não sei bem se está do seu gosto, mas a menina da loja disse que era a última moda e que combinava com você!

– É um vestido com gola Peter-pan! É realmente lindo! - automaticamente o abraçou - Obrigada, amei, amei!

– É, de nada! - falou um tanto constrangido.

– Acho que deve servir não é?! - colocou a roupa sobre o corpo e ele a olhou de cima abaixo.

– Bom, se você engordar um pouco vai ficar perfeito!

– Tem razão! - sorriu fraco e voltou a colocar o vestido na sacola - Vou guardá-lo para uma ocasião especial. - Posso te pedir uma coisa?!

– Claro...

– Podemos ir naquele fliperama ali?! Faz tempo que não vejo um desses...

– É que daqui a pouco tenho que voltar para o hotel, hoje tem show!

– Por favor?! – fez um bico.

– Está certo... vamos! Mas só quinze minutos!

– Ok!!! – saiu correndo de forma desengonçada.

Os dois ficaram durante um tempo, mais do que esperado, jogando um game de luta antiga. A garota ganhava de Shannon que não parecia se importar muito, principalmente quando o telefone tocou.

– Bom, J., acho melhor irmos, já está ficando meio tarde! – Shannon disse ao desligar o telefone.

– Quem era?! Ah, me desculpe, é mania...

– Tudo bem! Era o Jared, ele parecia um pouco nervoso, vamos?!

– Tá! – tirou uma coisa de m dos bolsos da calça – Toma, é para você!

– Obrigado! – disse sem entender – Mas por que?!

– Estou retribuindo o presente, não é tão caro, mas é útil!

– Mas eu não fumo!

– Mas garotas fumam, e uma delas pode pedir para que você ascenda o cigarro delas! Entende?! – piscou para ele, que pegou o duplo sentindo.

– Vai me ser bem útil!

– Eu disse!!!

Algumas horas depois, o show já havia acontecido e poucos estavam no hotel, a maioria havia saído para comemorar.

– E então, tem certeza de que não quer vir?! – William afagava os cabelos da irmã.

– Tenho Will, vou ficar bem?!

– Bom, qualquer coisa me liga tá?! Ou liga para o Siska!

– Tabom! Agora ande, trate de arrumar uma cunhada pra mim, quero sobrinhos!!! – piscou para ele que saiu rindo.

Estava sozinha, no andar que estava destinado a banda não havia ninguém, resolveu então deitar no sofá e ler alguma coisa. As horas passavam e cada vez mais ela ficava sem ter o que fazer e depressiva, foi então, tomada de um desespero que tirou de dentro do tênis um pacotinho que continha um pó branco.

Afastou as coisas que tinham em cima da mesa, estava quase tudo preparado para abrir o pacotinho quando ouviu passos vindos em sua direção e, automaticamente, ela escondeu o pacote debaixo de uma das almofadas do sofá.

– Atende, atende!!! – alguém falava ao telefone enquanto ela se recompunha. – Droga! – desligou o celular e o jogou no sofá, acertando a garota.

– Ai, ai!!! – ela passou a mão na cabeça – Toma cuidado!

– Ah, desculpe, eu não tinha te visto...

– Sei... você estava só vendo a chance de se vingar de mim por aquele dia!

– Podia até ser...mas não! – ele começou a rir, mas logo parou. – O Shannon tá ai?!

– Não, ele saiu com meu irmão e o Siska, e a Emma também não está! Fiquei sozinha!

– Posso te fazer companhia?!

– Claro, senta ai, o sofá é bem grande, mas se preferir tem as poltronas e o outro sofá! – abriu um sorriso enquanto ele se sentava na ponta do sofá que ela estava – E você não ia sair também?!

– Ia, falou bem, me deram um bolo!

– Quem?! Sua namorada?!

– Acho que ela não é mais minha namorada...

– Por que?!

– Ela diz que eu sou muito imaturo, sabe, espera algo a mais de mim...

– Casamento?!

– Exatamente...

– Eu não tenho problemas quanto a isso, casamento é pura furada, sabe, se juntar a uma pessoa esperando que ela vá resolver seus problemas é furada! Pensa, é mais problemas, porque a pessoa a qual você se junta vai ter problemas também!

– Não penso assim, as pessoas se juntam para resolverem os problemas umas das outras!

– Toda vez que me juntei a alguém me fodi mais ainda!

–E é por isso que você faz isso?!

– Isso o que?! – ela não tinha entendido.

– Isso! – ele jogou o pacotinho com o pó branco em cima da mesinha de centro.

– Não é meu! – falou com firmeza.

– Não me enrola porque eu não sou bobo! Relaxa, eu não vou falar para o seu irmão!

– Sim, é meu, e daí?!

– Por que faz isso?!

– Não te interessa...

– Bom eu não gosto disso, mas vou ter que chantageá-la.

– Você é sempre assim?! Arrogante e com ar superior?! Se você tivesse passado por metade do que eu passei não estaria mais aqui! Isso... apontou para o pacote - ... é a única coisa que me faz esquecer a realidade, que me dá forças pra continuar...

– Quer dizer que você se segura em drogas para sobreviver?!

– É a única coisa que parece se importar comigo!

– Cala a boca, garota! Você não vê o que está fazendo?! Seu irmão te ama, faz tudo por você e aposto que seus pais sofrem com isso...

– Eu não tenho pais senhor sabe tudo!

– Continua não sendo motivo para se drogar... – ele diminuiu o tom da voz e se encostou ao sofá.

– Realmente, pode até não ser, mas quem sabe isso seja?! – ela tirou a blusa do irmão, não vestia nada por baixo, e postou-se de costas para ele.

– Mas o que... – ele olhava as costas dela com algumas marcas de cicatrizes, pareciam ter sido feitas a faca.

Jared passou de leve os dedos sobre a pele dela, fazendo-a se arrepiar por inteiro, até que ela voltou a colocar a blusa.

– Satisfeito?!

– Mas o que foi isso?!

– Não quero falar, ok?!

– Tudo bem! Só prometa que não vai mais se drogar...

– E porque não?!

– Olha, eu não posso dizer motivos relacionados aos meus sentimentos por você porque eu não os tenho, mas é porque eu me preocupo, de certa forma...

– Obrigada... mas não é o bastante! E nem pense em falar sobre o William que também não vai adiantar.

– E que tal por isso?! – avançou sobre ela e beijou-lhe de forma calma, sem sentimentos ou algo do tipo, mas os dois estavam gostando.

– Um beijo?I – ela e separou dele – Mesmo?!

– Se fizer isso de novo pode morrer e nunca mais terá a oportunidade de fazer isso novamente!

– E quem disse que eu quero, ainda mais o seu beijo?!

– Se não quer, então porque retribuiu?! – sorriu de lado, de uma forma cafajeste.

– Você é louco isso sim! – revirou os olhos.

– Não...mas não interessa, já selamos um pacto, você não vai mais fazer isso...

– Que?! Quem selou um pacto?!

– Eu e você! – ele se levantou – Sabia que na Idade Medieval, quando se tinha acordos de vassalagem eles selavam com um beijo na boca?! Pois bem...foi o que fizemos! – piscou para ela e foi se retirando – Boa noite, J.


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