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Enquanto  os boêmios escreviam suas poesias e ainda as belas madames compravam essências de flor de laranja na Casa dos Desmarais. Madeleine, uma bela francesa, estava sentada tomando um ótimo chá de erva-doce. A sala, levemente decorada com cristais e espelhos, agora ao pôr-do-sol brilhava em rubro tom.

Madeleine estava parada ao lado da janela como um enfeite de cera quando algo se quebrou no andar superior e fez suas mãos tremerem. Levantou-se e começou a andar. Passou pela cozinha e já estava na copa quando uma suave música saída de um violino invadiu a sala. A música ia fiando cada vez mais próxima e mais próxima...

Tentou em vão abrir a porta pois ela estava trancada. Alguém lhe segurou pela cintura e passou em seu rosto com uma adaga fria. Ela tentou gritar mas a única coisa que saiu de suas cordas vocais foi um gemido. Foi jogada ao chão. O homem sentou-se sobre ela e tirou uma das cordas do violino. Delicadamente enroscou a corda no pescoço da pobre Madeleine.

Após mata-la, cortou todos os laços de seu corpete deixando-a nua, contemplou-a por um tempo demasiado curto e foi embora sentindo o familiar gosto amargo em sua garganta.