Amor À Distância escrita por Apenas uma Sinner


Capítulo 17
Capítulo 17 - Último Capítulo.


Notas iniciais do capítulo

Perdão por demorar tanto, meus amores, mas está ai =) Espero que tenham gostado e se emocionado com essa história que se acaba em capítulos mas continua na imaginação de todos nós.
Espero que gostem =)



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Alguns dias depois tive alta do hospital. Foi muito estranho perceber que as perfurações que haviam em minha barriga não estavam mais ali. E foi mais ainda perceber que eu havia feito uma cirurgia, já que eu sempre tive pavor. Mas tudo que interessava estava ao meu lado, eu havia passado por tudo aquilo por ele. Pedro Lucas esteve sempre comigo, até quando estava furioso com meu gênio meio ignorante, e eu precisava fazer aquilo, como uma prova de amor. Eu devia isso a ele.

Enquanto ele arrumava minhas coisas dentro da mala, eu me trocava. A felicidade dele era incrivelmente grande, já que a cada peça de roupa que ele colocava na mala era um sorriso bobo. Eu o olhava fascinada, apreciando o que eu havia ganhado por tudo aquilo: a felicidade dele. Era o mais importante pra mim. Saímos daquele lugar triste nos despedindo de todos os amigos que fizemos, e eu, mesmo tendo passado momentos de dor e de angústia ali, ia sentir falta, já que fui meio que “centro das atenções” por algum tempo. Eu e Pedro andamos de mãos dadas até o carro de minha mãe, mas achei estranho ela não estar lá.

– Cadê minha mãe, Pedro Lucas? – Perguntei espantada e ao mesmo tempo tentando ser um pouco engraçada.

– Falei pra ela que não íamos pra casa direto. – Falou me ajudando a entrar no carro, muito calmo e a única coisa que não estava assim era seu sorriso que continuou em seu rosto por todo o percurso até aquele momento.

– Primeiro: O que você fez pra ela deixar a sua filhinha querida sair do hospital e não ir pra casa com ela? Segundo: Pra onde você vai me levar? – Eu não estava esperando aquilo.

– Bom, entendeu que era por uma boa causa e ela confia em mim, sabe... – Falou, irônico. Eu dei uma leve risada, ainda olhando para seu rosto com uma expressão de dúvida. – Você já vai entender... – E eu apenas relaxei no banco e esperei. Se realmente era por uma boa causa, eu confiaria nele também...

Andamos de carro mais ou menos uma hora até chegarmos ao nosso destino, que era um parque à beira de um lago. Pedro saiu rapidamente do carro, deu a volta e abriu a porta para mim. Logo depois foi para a parte de traz do carro e retirou uma cesta e uma toalha xadrez. Deduzi rapidamente que se tratava de um piquenique e assenti com um sorriso, o mais animado que consegui expressar. Fomos para debaixo de uma grande árvore que ficava mais a frente e ele colocou a toalha e a cesta. Me sentei com cuidado e ele fez o mesmo ao meu lado. Quase que automaticamente me recostei em seu ombro e ele me abraçou.

– Você não sabe o quanto eu fiquei desesperado... Não sabe mesmo... V-você é a pessoa mais importante do mundo pra mim, eu não vivo sem você... E vê-la naquela situação me deixou meio sem reação... Como eu iria ficar ao ver a minha princesinha daquele jeito? – Falou.

– Por que você esta falando isso agora, PL? Eu sei de tudo isso... Mas... Eu fiz isso por você, eu preferi passar por isso ao ver você sofrer... Só não vamos mais falar disso, ok?! – Tentei falar o mais calmamente possível.

– Tudo bem... Eu... Te amo, ta? – Me virou pra ele, com muito cuidado, e olhou profundo em meus olhos. – Nada vai me separar de você, não posso mais ficar sem você como foi naqueles primeiros meses...

– Eu sei... Foi... – Dei uma pausa e fiz uma careta – Agoniante... Eu não sabia se ia poder estar perto de você algum dia... Eu provavelmente ia ter de passar o resto da minha vida sonhando com você e tendo de agüentar aquelas duas pestes da minha vida... – Falei e me aninhei mais ainda nele, por ter ligeiramente lembrado da sensação de não tê-lo perto de mim. Foi muita sorte tudo ter acontecido desse jeito, tudo mais fácil. Ele, em resposta ao meu movimento, apenas me abraçou muito forte.

– Não vou deixar nada nos separar... NADA. – Repetiu. Era só o que eu precisava ouvir, isso foi o suficiente para eu relaxar em seus braços e me sentir segura, pois eu sabia que era verdade. Dessa vez eu tinha certeza que era, não foi como da última vez que ele o disse, no começo de nosso namoro, em que eu não podia ter garantia do que ele dizia...


Flash Back:

PL Diz:

Por que você ta fazendo isso comigo, Luana?


Luana Diz:

Por favor, me entende... O que vai ser de nós se alguém descobrir isso?


PL Diz:

Não importa, agente se ama. Só isso que importa!


Luana Diz:

Falar é fácil, Pedro Lucas, mas você sabe como o meu pai é. Ele nunca vai entender isso. Não dá mais...


PL Diz:

Por favor, Lu, não faz isso comigo... :/ Eu amo você, e eu não vou deixar nada separar agente, ta?! Nem que eu venda tudo o que eu tenha só pra ir praí...


Luana Diz:

Mas e se não der certo? =(


PL Diz:

VAI dar certo, entendeu? Nada vai nos separar! Eu amo você... Acredita em mim...


Luana Diz:

Também te amo... E eu acredito... =)


PL Diz:

=) s2


.....


*Não tinha como ele me prometer isso, ele também sabia que qualquer coisa que desse errado seria o fim... Mas eu não tinha forças pra terminar, e se ele estava me prometendo... Eu também tinha o direito de sonhar um pouco...

Fim Do Flash Back

Depois de um tempo que ficamos ali abraçados, me lembrei que tinha esquecidos alguns remédios no carro, e ele fez questão de ir buscar. Ficar longe dele, mesmo sendo alguns metros, era uma tortura, mas me serviu para alguma coisa ao menos. Me fez pensar em algumas coisas que não tive capacidade de lembrar naquele quarto totalmente branco e silencioso em que ficara nos últimos dias. Pocha, tudo aquilo que eu passei... Foi mesmo verdade? Houve um momento em que minha mente apenas se concentrou em relembrar de sensações que me fizessem perceber que era verdade. Um momento em que você se pergunta: Quem sou eu? Por que fiz isso? Arriscar a vida por uma coisa dessas? ; Logo depois vieram as respostas: Você é apenas mais uma pecadora nesse mundo, e fez isso porque se deixasse acontecer com ele você iria realmente morrer, pois você é fraca nesse sentido. Você percebeu que teria mais chance de resistir dessa maneira. Ou melhor, seu instinto percebeu, já que você não teria essa capacidade.

Sacudi minha cabeça, meio incrédula de que estava pensando daquela maneira, e o pior é que era tudo verdade. Eu era realmente uma fraca e egoísta de um certo ponto, pois eu só queria ele pra mim, só ele. Eu não teria capacidade de vê-lo daquela maneira, mas o deixei me ver assim... Percebi que foi também egoísta, mas necessário. Parei de pensar um pouco naquilo e percebi que ele estava voltando, então desmanchei minha cara séria e apavorada e substituí por uma expressão melhor, ou então ele perguntaria o que aconteceu, o que não seria agradável de explicar.

Pedro chegou com os tais remédios e um copo de água, os entregando a mim. Os tomei, fazendo cara feia a cada um que descia minha garganta, todos amargos, e logo depois empurrei alguns goles de água pela mesma. Entreguei o copo a ele, que o jogou para o lado e me entregou um bombom de chocolate branco, meu preferido. Sorri e abri a embalagem, desesperada para tirar aquele gosto horrível de minha boca. Depois de algumas mordidas o doce acabou, e reparei que havia ficado alguma coisa no delicado plástico: uma pequena corrente dentro de uma renda. Era de ouro e com um pingente com as letras P e L. Meus olhos se encheram de lágrimas e fiquei paralisada por alguns segundos, apenas reparando em cada pequeno detalhe que foi entalhado no lindo presente que estava me entregando.

– Espero que tenha gostado... Eu sei que nunca vai ter sido o suficiente por ter salvado a minha vida, mas...

– Cale a boca, Pedro Lucas... Como você pode dizer uma coisa dessas! – Falei indignada, lhe dando um susto – Claro que eu amei... – falei, o acalmando. Ele apenas sorriu e pegou a corrente de minha mão.

– Então deixe que eu coloco. – Falou e a colocou delicadamente em meu pescoço. Logo depois o beijou, me dando um arrepio. Ele sorriu e me abraçou novamente. Relaxei em seus braços novamente, apenas apreciando seu calor e seu toque suave em minha pele, os quais me eram necessários para viver, assim como o oxigênio. Passamos o resto da tarde naquele parque vendo o pôr-do-sol refletir na água do lago, que passou de escura para laranja pelos raios do sol.

E ele era o que eu iria ter pelo resto de minha existência, e nada poderia me tirar isso. Nada mais nos impedia de sermos felizes, de estamos juntos como no começo, e era o que me trazia paz, o que me acalmava, e a certeza de que a presença um do outro seria o suficiente e o que reinava em nosso pequeno mundinho feliz.


“Naquela nuvem, naquela,
mando-te meu pensamento:
que Deus se ocupe do vento.

Os sonhos foram sonhados,
e o padecimento aceito.
E onde estás, Amor-Perfeito?

Imensos jardins da insônia,
de um olhar de despedida
deram flor por toda a vida.

Ai de mim que sobrevivo
sem o coração no peito.
E onde estás, Amor-Perfeito?

Longe, longe, atrás do oceano
que nos meus olhos se aleita,
entre pálpebras de areia…

Longe, longe… Deus te guarde
sobre o seu lado direito,
como eu te guardava do outro,
noite e dia, Amor-Perfeito.”

– Helena Kolody.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do final, tentei fazê-lo o mais simples e bonito que consegui =)
Vou tentar iniciar mais uma história o mais rápido possível, e provavelmente será sobre Ryden (se preparem Sinners =D)
Beijos, e até a próxima história =)