Ele foi me arrastando pelas escadas até chegar no meu quarto, me jogou na cama e fechou a porta. Ele olhou pra mim e sorriu. Eu estava com medo. - O Thiago era um amor quando namorávamos, ele me mandava sms o dia todo, me mandava flores, presentes. Eu não sei o que aconteceu com ele. Ele tá violento, e tá me deixando com bastante medo. O que eu faço? Ai meu Deus! - Quando olhei pra ele, ele estava tirando seu cinto, e em seguida abriu o zíper da sua calça, chegando mais perto de mim. Fechei os olhos, assustada.

Senti a cama se mexendo e a sua mão em minha boca:
- Olhe pra mim! OLHE PRA MIM! – ele gritou, e eu abri os olhos, vendo sua cara raivosa sobre o meu rosto.
- PARA THIAGO! EU NÃO TE QUERO MAIS, ME LARGA! – gritei, tentando chamar a atenção de alguém.
- Você é e sempre será minha! E o que nós vamos fazer agora só vai comprovar isso. – ele falou essa ultima frase num tom ameaçador.

POV's Lanza

Acordei com vontade de ver a Maduda. Deu saudade, não sei por que. Eu sei que eu tava com ela ontem, mais mesmo assim. Vou lá na casa dela.
Tomei banho, troquei de roupa, escovei os dentes, estava pronto. Fui até a garagem, peguei meu carro e fui dirigindo até a casa dela. Cheguei, fui em direção a porta, quando fui apertar a campainha percebi que a porta estava entreaberta. A abri mais um pouco e olhei pra dentro. Não vi ninguém.

- Maduda? – falei alto. - Tem alguém aí?
Pegue meu celular, pra ligar pra ela. Quando eu coloquei o celular no ouvido, ouvi um grito.
- Não Thiago! Para com isso, por favor! – era a voz da Madu. Mais quem é Thiago?
- Parar por quê? Você é minha, já disse! – era uma voz de homem, acho que desse Thiago.
Ele gritava, ela também. Pude perceber que ela estava chorando. Subi as escadas, desesperado.

Cheguei no corredor, não sabia em que quarto eles estavam. Ouvi a voz da Madu novamente.

- Thiago, eu imploro, não faz isso! – ela falou entre os soluços de seu choro.
Depois disso descobri em que quarto eles estavam. Entrei com tudo, vi a Maduda deitada na cama com o tal Thiago em cima dela com a calça aberta e tentando tirar o short dela. Ela me olhou assustada e ele também. Ela conseguiu se soltar dele e correu pra me abraçar. Ela me abraçou muito forte, chorando muito. Eu a abracei de volta.
- Calma, eu tô aqui. – falei alisando seus cabelos.
Ela não conseguia responder de tanto chorar.
- Quem é você seu idiota? – ele falou, irritado.
- Eu que pergunto. – falei me soltando da Maduda.
- Sou o namorado dela. – ele deu um sorriso sarcástico.
- É mentira Pe. – a Madu falou, ainda chorando.
- Eu sei disso. – falei olhando sério pro Thiago.
- Sabe? Como? – ele me olhou, confuso.
- Porque EU – falei num tom mais alto – sou o namorado dela.
- O que? – ele perguntou sem acreditar.
A Madu me olhou sem entender nada.
- É isso mesmo! Agora vaza daqui antes que eu te dê uma surra! – falei dando um passo a frente.

- Eu vou porque tenho que fazer um compromisso, não porque me ameaçou. Mais eu volto pra nós terminarmos. – ele disse passando pela Madu e alisando o rosto dela. 
- Sai fora! – eu o empurrei.
- Ih, já tô indo brigão! – ele riu.
- Seu... – eu ia bater nele, mais a Madu me segurou.
- Não! – foi só o que ela pode falar, ela estava chorando muito.
Fui andando até a escada e vi quando o idiota saiu. Eu estava com muita raiva. Olhei pra Madu, ela ainda estava chorando, e me olhando. Eu corri e a abracei. Desci com ela até a cozinha e dei um copo d’água pra ela se acalmar, ela estava tremendo.

- Calma, ele já foi. Está tudo bem agora. – falei acariciando seu rosto.
- Eu sei, ai meu Deus Pe, se você não tivesse aparecido, eu não sei o que podia ter acontecido. Quer dizer, eu até sei. – ela colocou a mão no rosto.
- Tá, para de pensar nisso, e se acalma. Afinal, ele não fez nada. – eu a abracei. - Vem, onde tem banheiro aqui? Você tem que lavar esse rosto. – falei.
- Lá no meu quarto.
- Então vamos. 
Peguei na mão dela, ela colocou o copo na pia. Subimos para o quarto, me sentei na cama. Ela entrou no banheiro e lavou o rosto.
- Pronto, agora eu tô vendo a minha Maduda. Lindona. – eu sorri, ela sorriu de volta.
- Só você pra me fazer sorri numa hora dessas, Pe.
- Vem cá. – estendi meu braço.
Ela pegou na minha mão, eu a puxei pra mais perto e sentei-a no meu colo, dei-lhe um beijo intenso.