76th Hunger Games escrita por Liz Ambrose


Capítulo 56
As pessoas mudam, Patch também


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora leitores. Sei que vão me matar por ser um capitulo muito pequeno. Mas queria postar rápido para vocês terem um gostinho da fanfic :3
Obriigada



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Eu estava de volta ao quarto dourado. Minha cabeça estava doendo muito, e parecia que todo meu corpo estava dormente. Eu não queria me mexer, nem olhar para os lados. Na verdade, eu queria adormecer e nunca mais acordar.

Mas eu não podia deixar meus amigos ali. Eu sabia que Jev estava por ali em algum lugar. Ele podia ter me ferido de uma maneira horrivel na aldeia, mas eu ainda o amava. E Math... Também devia estar por ali. Provavelmente nervoso para saber onde o irmão estava.

O irmão que era um traidor. Eu não podia culpar o pequeno Peter, ele provavelmente tinha sido chantageado ou algo do tipo. Pois nunca que ele faria uma coisa naquelas porque vontade própria. Ele não estava do lado da Capital. Na verdade, ninguém realmente estava. Todos praticamente seguiam as regras de Margareth e de sabe lá quem.

Essa garota deve ser maluca. Fingiu a própria morte para ajudar a Capital a nos sequestrar. E pensar que um dia ela ficou com Math, aposto que tudo era parte do seu fingimento bem feito. Ninguém nunca ia desconfiar. Algumas coisas faziam sentido. Muito sentido agora que eu sabia tudo. Como os números que uma vez encontrei no aerodeslizador que nos levava para o Brasil, e até mesmo o papel que Patch tanto queria.

Dez poderia representar Margareth. Por causa do seu distrito. Cinco, o de Patch. Que visivelmente estava metido em toda essa maldita história. Onze é o número de tributos que foram capturados. Algumas coisas faziam sentido, outras ainda estavam perdidas no meu mar de pensamentos.

Estava tão mergulhada nos meus pensamentos sobre o assunto dos mistérios, que nem ao menos tinha percebido que alguém estava parado no meio do quarto. Era a garota avox. Com a língua cortada. Ela me encarava pacificamente, com a franja acima dos olhos grandes azuis. 

-- Por que você não sai daqui? -- Pergunto -- Quero dizer... Fugir. Não precisa viver nisso. Já foi punida demais.

A garota olha as câmeras ao meu lado disfarçadamente. Erguendo uma das sobrancelhas. Como se estivesse de alguma maneira me avisando para não falar mais nada, pois estavamos ambas sendo figiadas.

-- Eu quero que eles se fodam! -- Grito, olhando para as câmeras furiosa. Tento me levantar, mas a dor na minha cabeça aumenta, fazendome-me voltar a ficar paralisada na cama.

Lágrimas de raiva invadem meus olhos sem permissão. Eu não queria chorar, não queria que eles vissem aquilo. Era humilhante, e isso só mostrava o quanto eu era fraca.

Escuto a porta se abrir, e dela surgir Patch. O cabelo louro desarrumado e estranhamente sexy, os olhos sérios e sem nenhum vestígio do perigo ou do desejo que neles antes existiam.

-- Me dê um tempo com ela -- Patch faz um gesto para que a garota avox saia.

A menina me olha mais uma vez, antes de sair do quarto. Eu não entendia bem, mas ela tentava me mandar um aviso. Seus olhos parecia impacientes quando saiu.

-- Olá Rosy. Você parece melhor -- Diz sínico, olhando-me com um sorriso meio que sarcástico e debochado -- Está na hora de me satisfazer.

Suas palavras e seus gestos de aproximação parecem tão fora do comum, que a unica coisa sensata que pude fazer foi rir. Não um riso que logo depois para, mas uma gargalhada que se segue com um vestígio de sarcasmo.

-- Te satisfazer? Por favor né... -- Falo, encarnando-o enquanto se aproxima cada vez mais da cama -- Juro, se encostar em mim eu te mato.

Ele da uma risadinha, antes de se sentar na cama ao meu lado. Parecendo totalmente tranquilo e sem ligar para a minha ameaça verdadeira.

-- Você nem tem armas para isso

-- Posso não ter armas -- Me afasto dele, sentindo um pouco de dor na cabeça -- Mas tenho mãos, e pode apostar, sei muito bem usar elas para quebrar um pescoço.

Patch da uma risada alta. 

-- Você não pode nada contra mim. Sou mais forte que você, e nas suas condições, eu ganho uma luta com fácil...

Ele esta certo. Sem duvida, eu tinha levado uma porrada na cabeça. E simplesmente era um milagre eu ainda estar mexendo minhas pernas e falando normalmente. Na verdade, era um milagre eu estar viva com a tamanha violência que me acertaram.

-- Não vou fazer nada com você -- Tento me levantar da cama, mas acabo caindo de joelhos no chão. Arfando com a dor na minha cabeça.

Em menos de dois segundos Patch esta me ajudando a levantar. Me colocando na cama e deitando sobre mim. O rosto muito próximo do meu. Tento empurra-lo, mas o movimento mais parece uma caricia em sua cintura do que o empurrão que deveria ter saído.

-- Calma Ambrose... -- Ele sorri presunçoso -- Prometo que será bom. Melhor do que o de Jev.

-- Eu não quero! Não quero -- Grito -- Você nunca vai ser como ele! Me larga! Não quero nada com você!

Eu entro em total desespero só de pensar em ter alguma relação com Patch naquele momento. Para minha surpresa, o garoto se afasta. Sentando de joelhos ao meu lado. Me examinando de um jeito que chegava a ser caridoso.

-- Ótimo. Rosy, o que aquele cara tem que eu não tenho? Hein? -- Patch parece desesperado, seu cabelo caia sobre os olhos. Deixando-o assustador.

-- Ele é simplesmente a pessoa que eu amo, enquanto você não é nada. Apenas o garoto que tentou me matar. E que agora me prende como um bichinho de estimação! Você me da nojo.

Patch fica em silencioso. Talvez digerindo lentamente minhas palavras. Eu sabia que tinha pego pesado ao dizer tudo aquilo, mas também sabia que era a mais pura realidade. E ele tinha que ouvi-la, mais cedo ou mais tarde.

-- Você acha mesmo que eu pedi por isso? Que ajudei aquela maluca loira por pura vontade? -- Patch parecia ser sincero falando tudo aquilo -- Eu não! Fui obrigado. Pois... Sou filho bastardo do ex presidente. Meu nome é Patch Snow, sabe o que significa?

Penso um pouco. Tentando me relembrar da antiga história da Panem. Snow. Ele governava a antiga Panem antes da grande rebelião que fez seu governo cair. O cara tinha sido horrivel e cruel.

-- Significa que seu pai foi horrível para Panem. E que morreu por causas naturais e até mesmo comicas no dia que seria morto por Katniss.

Os olhos do garoto parecem confusos.

-- Não... Katniss matou meu pai. Ela o matou, assim como fez com a tia de Margareth, que praticamente a criou todo aquele tempo. É sério, ela contou! Eu nem era nascido na época, Margareth sim...

Paro um pouco. Pensando. As palavras dele pairando na minha cabeça de um jeito que me fazia ficar confusa.

-- Margareth mentiu. Katniss nunca matou aquele velho. Ela só matou a Coin. Pera... Esta querendo dizer que...

-- Margareth é a sobrinha de Coin. A favorita, a criou quando a mãe morreu. E a garota agora quer vingança -- Patch parece cansado e derrotado quando diz aquilo -- Eu já falei demais Rosy. E digo tudo isso para provar que te amo.

As palavras eram tão sinceras e engraçadas, que não contive um sorriso. E pude ver os olhos de Patch brilhando com a excitação de aquele breve elevar de lábios fosse algum sinal para ele.

-- Obrigada. Mas se quer mesmo me ajudar, tire eu e meus amigos daqui -- Consigo dizer. Correndo o risco de ter falado besteira.

O garoto pensa um pouco. Me analisando, olhando em volta. Parecendo repensar as coisas na sua cabeça. Era estranho o fato de Patch ter mudado de uma hora para a outra. Tudo porque dizia que me amava. Talvez fosse uma armadilha para me testar, mas naquele momento, eu não pensava em mais nada, a não ser tentar convence-lo a me ajudar a fugir.

-- Os tributos que foram trazidos? -- Eu faço que sim silenciosamente para sua pergunta -- Vai ser dificil. Mas posso tentar. Rosy, quero que saiba que faço isso tudo por você. Me dê uma chance depois disso tudo. Eu sei que errei, mas me perdoe.

Mordo o lábio. Eu não queria engana-lo, mas também não podia iludi-lo com a ideia de ter alguma coisa comigo depois daquilo tudo.

-- Patch... Eu não posso prometer nada. -- Digo sinceramente -- Eu não sei se posso confiar totalmente em você.

Ele se levanta da cama, parecendo por um momento um garotinho bonito que queria ser apenas meu amigo. Com um sorriso estranho nos lábios. O que me impressionou e me deixou assutada, foi que toda aquela cara estranha de durão e de assassino tinha sumido de suas feições. Deixando apenas um menininho louro com rosto de anjo.

-- Sei que não poderia confiar. -- Ele vai em direção a porta -- Eu amo você, Ambrose. Pode parecer loucura eu falar isso para você depois de tudo que fiz. Mas não posso mudar o passado, me perdoe. Mas prometo tentar mudar o futuro.

Eu ia abrir a boca para dizer algo -- qualquer coisa -- mas Patch sai do quarto rapidamente. Eu fiquei ainda mais confusa. Ele tentou me matar. Disse que me odiava. Agora me amava. E iria me ajudar.

Afundo nos travesseiros macios da grande cama, a dor de cabeça aumentando. Tributos... Só sabem confundir minha cabeça.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Mereço reviews? Recomendações? Criticas serão bem vindas forever :3 Obrigada leitores ♥



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