76th Hunger Games escrita por Liz Ambrose


Capítulo 47
O Estagio do Vesgo e da Estressada


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora. É que minha net estava um anus. Por isso. GEEEENTE, Estou pedindo. Quero muito reviews de vocês, falando sobre o cap poxa ]: Isso que me emotiva a escrever mais. E ultimamente todo mundo está me abandonando nesse quesito ]: Obrigada.



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NOTAS INICIAIS --x-- IMPORTANTE

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Estou toda dolorida. Mas é uma dor boa, daquelas que você quer manter por um tempo. Tinha tido um sonho tão bom com Jev… Que não sabia que onde tinha tirado todas aquelas cenas. Talvez os efeitos de admitir que amava alguém causava isso.

Abro meus olhos, com um meio sorriso no rosto ao sentir o sol no meu rosto. Olho para o lado e vejo roupas jogadas no chão. Olho para a cama e vejo os lençóis amassados e travesseiros jogados para todos os lados. Não… Tinha sido um sonho!

Me levanto apressada da cama, pegando as roupas do chão e enfiando tudo no guarda roupa. Sem me importar com as de Jev. Pego uma calça e uma blusa qualquer e me dirijo ao banheiro apressada.

Rapidamente entro no chuveiro e deixo a água o mais gelada possível. Para me fazer acordar. Pois… Eu ainda não podia acreditar que tinha transado com Jev! Meu melhor amigo. Suspiro quando começo a me lembrar de tudo que tinha acontecido. Logo depois de dormir, a madrugada tínhamos acordado de novo. E a noite quente tinha se repetido com mais vigor. Agora eu sabia porque tanta dor nas pernas…

Tomo um banho rápido, lavando os cabelos. Saio apressada e coloco minha roupa depressa. Seco meus cabelos até eles ficarem um pouco menos molhados. Penteio e os deixo soltos. Arrumo meu colar no espelho, deixando o bem posto no pescoço.

Saio do banheiro a tempo de sentir um maravilhoso cheiro de torradas com morango. O cheiro me atrai e saio correndo pelas escadas até a cozinha. Para minha total surpresa, quem está do outro lado do balcão é Jev.

Ele parece bem concentrado no que faz. Então aproveito para embosca-lo por trás. Vou com passos lentos e leves, para não fazer barulho. Quando estou bem atrás dele, eu o abraço. Fazendo um enorme esforço para poder alcançar sua orelha.

— Bom dia — Murmurando.

Jev da uma risadinha e se vira, entrelaçando os braços em torno da minha cintura, aproveitando para me dar um longo beijo gentil, que me faz derreter por inteira.

— Bom dia peixinha, seu café da manhã está pronto — Ele mostra a mesa cheia de torradas com morango, cereais e sucos.

— Você fez isso? — Ele assente com um meio sorriso metido. Definitivamente, Jev não sabia cozinhar. Mal conseguia deixar uma torrada não queimar inteira, era improvável ele ter feito tudo aquilo — Diga a verdade pescador…

Ele revira os olhos, me empurrando até uma cadeira á mesa. Ele se senta a minha frente, ainda com um sorriso nos lábios. Como as pessoas ficam mais bestas do que o normal depois de uma noite de amor.

— Ok, eu tive uma pequena ajuda.

Passo geleia em uma torrada e dou uma mordida. Saboreando o sabor fresco e delicioso da geleia. É, Jev nunca faria algo assim.

— Que tipo de ajudinha? Ou melhor, que milagre aconteceu?

Ele revira os olhos com o meu tom de descrença.

— Meeh me ajudou hoje mais cedo. Ela é ótima para cozinhar, fiquei até com medo quando ela me apareceu com uma geleia tão boa. — Ele diz tomando um gole do suco — Aliás, os outros tributos chegaram. Isso inclui Katniss e Johanna.

Engulo minha torrada em seco, o que quase me faz engasgar.

— Elas estão bem?

— Claro. Tirando o fato da Johanna quase ter tido um ataque do coração ao me ver saindo da sua cabana só de cueca… As duas estão bem — Ele da uma risadinha, e não posso deixar de rir com ele.

— Já avisou á elas que… Patch sobreviveu também? — Pergunto, não deixando de hesitar ao morder minha torrada.

O maxilar de Jev fica rígido, e os olhos brilham com aquele desejo selvagem de querer arrancar a cabeça do loiro vesgo. Acho que ele ainda não tinha se esquecido do que acontecera no aerodeslizador. E tinha também a leve sensação de que se eu falasse que Patch que tinha me salvado da tragedia, ele ainda ficaria não gostando do garoto.

— Eu nem sabia que ele estava vivo até vê-lo andando pelas cabanas aqui perto. Mas… Elas já sabem. E não estão nem um pouco felizes ao saberem que os outros dois tributos estão mortos — Ele fala, encarando a janela — Ninguém está. Muito menos Math.

Foi quando me caiu a ficha. Margareth estava morta, e ela era a namorada do Math. Ah Deuses… Só de pensar que ele tinha sido ferido emocionalmente duas vezes no mesmo dia, fazia-me sentir pior ainda. Ferido pela perda dela, e por mim. Droga!

— Mas… Ele tá bem né? — Me arrependo de perguntar quando Jev me lança um olhar frio — Que foi, não posso mais perguntar?

— Ele tá bem. Na verdade, muito bem — eu o encaro de uma maneira que diz “pode ir me contado tudo" — Ele arrumou uma nova amiguinha na aldeia. Bonita ela…

Esse comentário é o bastante para me fazer sair da mesa. Sem me importar em colocar os pratos na pia, ou ajuda-lo a arrumar a mesa. Saio da cabana ouvindo Jev pedir desculpas e me chamar de ciumenta. Mas eu não liguei.

Quando dou cinco passos para fora da minha “casa”, levo um susto. As cabanas que ontem pareciam vazias e abandonadas, agora estavam cheias de gente e tributos andando de um lado para o outro.

Ando pelos tributos que acenam para mim, — O que foi realmente estranho, já que eu não falo com nenhum deles praticamente — indo em direção a aldeia. Caminho sem pressa, só querendo analisar tudo que estava acontecendo. Pelo que pude ver, todos os tributos tinham uma cabana só para eles. Interessante, então não moraríamos na “cidade” como os habitantes da aldeia.

Estou prestes a chegar na trilha que dá para a aldeia, quando avisto Katniss Everdeen acenando para eu espera-la. Ela veem correndo de uma das cabanas ali perto, com a mesma trança e roupa de guerra.

— Rosy! Espera, quero falar com você — Ela me alcança e começa a andar ao meu lado.

— Eu… Fiz alguma coisa? — Pergunto com certo medo. Era obvio que eu ficava bem apreensiva ao lado de Kat.

Ela da uma risadinha sarcástica.

— Claro que não — Ela diz — Devia me preocupar se você fez alguma coisa?

O olhar de mãe brava que ela me lança me faz sorrir. Inesperadamente, Katniss me fez lembrar minha mãe. Não pelo rosto, mas as vezes pelo seu jeito.

— Não, Não! — Fala rápido demais.

Ela de ombros, o que me fez ficar mais tranquila.

— Só queria saber como se salvou da queda — Ela diz, a voz com aquele tom serio que me fazia ficar tensa — Por que… Seria impossível! Patch e você deram muita sorte.

Ao ouvir o nome dele não deixo de reprimir um tremor que me percorre o corpo todo.

— Ele que me salvou, eu… Não sei como sobrevivi — Admiti, vendo a expressão surpresa dela.

— Já teve algum problema com essa garoto Rosy? — Ela pergunta, fazendo-me parar no meio da trilha — Você fica perturbada quando fala dele.

Bingo. Katniss percebeu. Ótimo, eu não podia falar que ele era um provável maniaco. Que escrevia coisas sem sentido num pedaço de papel. Por mais que eu quisesse contar para ela tudo que tinha descoberto, alguma coisa dentro de mim dizia que não seria nada bom.

— Eu só não fico bem falando sobre o assunto da queda — Consigo esconder meu rosto deixando o cabelo pender um pouco de lado, não queria que a Everdeen visse o quando parecia culpada ao esconder tanta coisa dela.

— Tem certeza?

Dou um suspiro longo, e olho para ele com um sorrisinho.

— Claro. É só o assunto que me deixa assim. Afinal, eu quase morri — Digo voltando a caminhar. Katniss me lança um olhar desconfiado mas logo volta ao normal.

Depois disso nenhuma de nos falou nada até chegar na aldeia. Que por sinal, estava bem movimentada. Podia ver pessoas indo de um lado para o outro um pouco mais agitadas do que o normal.

Algumas iam para os mercados que estavam abertos, outros para suas casas onde poderia se sentir melhor. Mas a maioria ficava na rua.

— Hoje anoite vai ter uma reunião no grande edifício, e quero você lá. Enquanto isso, Lyce vai te mostrar algumas coisas por aqui. — Ela me aponta uma garota que esta encostava relaxa em uma das casinhas da aldeia. E depois Katniss sai correndo sumindo no meio das pessoas.

Vou andando até Lyce. A garota é até bonita. Com cabelos castanhos avermelhados e olhos cinzentos. Usa uma roupa não muito tipica de nativa da ilha. Como uma jaqueta de couro e calças do mesmo material, ela parecia realmente uma garota difícil de lhe dar.

— Você é Rosy? — A garota pergunta. Percebo que tinha parado no meio do caminho, e estava encarando-a. Sinto meu rosto esquentar um pouco.

— Er… Sou.

Para minha surpresa, a garota da um largo sorriso e me puxa pelo braço, me fazendo andar ao seu lado a força.

— Prazer, Lyce. Serei… — Ela parece procurar a palavra certa — Sua guia por uns dias. Espero que me aguente.

— Ah claro

Lyce me arrasta pela cidade me mostrando absolutamente tudo. Desde o colégio até os estágios onde os adolescentes eram obrigados a fazer. Ela me mostrou seu estagio, que era de luta e esgrima. E depois os estábulos, onde uma loura chamada Bianca Malik tomava conta. Logo depois ela me leva até o estagio dos animais. Para minha outra surpresa eles cuidavam de lobose outros bichos esquisitos do lugar. E a garota que ficava cuidando daquele estagio era Stella Firelight. A morena parecia se dar muito bem com aqueles animais.

Andando mais um pouco, Lyce me mostrou o estagio hospitalar, onde uma garota tomava conta de todo o processo dos pacientes. Flavia Wayland, era realmente a medica que todos gostariam de ter em suas cidades.

— Ela curou um braço quebrado meu em menos de um mês, serio… A garota faz magica — Comenta Lyce ao meu lado.

Depois a garota me faz percorrer toda a aldeia. Meus pés começam a doer quando ela para no ultimo estagio. Caça.

— Esse é seu estagio — Fala Lyce, para minha surpresa.

— Menos mal — Murmuro quando nos aproximamos de uma cabana bem perto das árvores. Do lado de fora posso ver peles de animais estranhos espalhados pelos cantos.

Quando entramos na cabana, vejo que ela era uma pequena casa. Logo na entrada tinha uma pequena cozinha coberta de peles e sangue de animais de caça. Um mural cheio de facas. Um deposito com armas. Uma escada no canto, e uma pequena sala com uma lareira aconchegante. A primeira pessoa que noto ao entrar é Math. Que estava sentado em uma poltrona olhando fixamente para a lareira. E a outra é uma garota loira, com olhos de um azul que fica em duvida entre o verde. Quando a menina percebe que Lyce e eu estamos na cabana, faz uma cara de desgosto.

— Já disse que não quero estranhos aqui… — Resmunga olhando de mim para Lyce, que parece segurar um riso.

— Fica calma Roberta, essa é a sua nova caçadora. Rosy Ambrose.

Quando Roberta escuta meu sobrenome, parece amolecer um pouco. Me analisa com os olhos, e depois da de ombros um pouco indiferente.

— Eu falei para Robert que não queria mais ninguém aqui… — Ela se vira indo até um canto cheio de facas — Já tenho o Math e o outro loiro. Não preciso de uma garota, isso só vai atrapalhar.

— Eu sei caçar muito bem para sua informação. E você também é uma garota, do que está reclamando? — As palavras saem da minha boca em um tom frio e seco que desconheço completamente. Até me deixa assustada.

Roberta se vira para me encarar com uma faca na mão, os olhos estão incompreensíveis e aquilo me dava um certo medo.

— Ok! Parem — Math se intromete, me empurrando para trás — Rosy sabe caçar. Muito bem. É absolutamente boa em arco e flecha. Nunca erra o alvo.

Roberta faz uma careta estranha, mas abaixa a faca.

— Só quero ver. Se perder alguma presa, está fora desse estagio — Ela se vira novamente, e sobe uma pequena escadaria no canto da cabana.

— Ela é sempre estressada assim? — Pergunto olhando para Lyce e Math.

— Só com pessoas novas, ela ficou assim comigo também — Diz Math — Mas depois melhorou. Ela não gosta muito de garotas caçando com ela.

— Idiotice…

— Também acho — Se intromete Lyce — É por isso que meu estagio é luta e esgrima. E falando nisso, já tenho que ir.

A garota da um breve aceno e some pela porta da frente. Me deixando sozinha com Math. Eu o encaro, e ele me encara. É inevitável pensar que ele estava sofrendo agora por eu ter escolhido Jev. O olhar que ele me lançava me deixava culpada com a escolha.

— Desculpa… — Começo falando.

— Você não tem nada do que se desculpar — Ele se encosta na geladeira — Eu que peço perdão. Fui um idiota tentando forçar as coisas com você.

Não tenho mais nada a dizer á ele. Não conseguia encontrar as palavras certas a não ser desculpas. Não tinha mais nenhuma forma de consolo para Math. Eu só queria que ele não sofresse mais com aquilo tudo. Mas… Infelizmente eu não achava as palavras certas para demonstrar aquilo.

A unica coisa sensata que consigo fazer é assentir e me virar para ir embora daquele lugar. Não conseguia mais encarar Math.

Ando apressada de volta para as ruas da aldeia. Sem ligar para Math me chamando. Eu implorava na minha cabeça para que ele não me seguisse.

Estou andando distraida em direção ao centro da aldeia, quando uma pessoa para bem a minha frente. É alta. Os cabelos louros caindo nos olhos negros. Patch.

— Eu quero o papel… — ele murmura, a voz rouca me deixa assustada.

— Eu… Não sei do que você está falando — Consigo dizer, recuando um pouco.

Patch estava macabro. Se vestia todo de preto, e tinha uma lança em suas mãos. O cabelo cobria os olhos negros de um jeito estranhamente assustador e sexy. O que chegava a ser nojento pensar dessa maneira.

— Ele sumiu do bolso do meu jeans no mesmo dia em que encontrei você no meu quarto… — Ele segura a lança com mais força, fazendo seus dedos ficarem brancos — Onde está?

— Não está comigo! — Exclamo. A mentira quase saindo engasgada. Estou suando frio. E ele percebe, pois da um sorrisinho sarcástico como se não acreditasse em minhas palavras.

— Vou te dar uma semana para me entregar aquilo — Ele ameaça — E se mais alguém ficar sabendo do que estava escrito, as coisas vão ficar bem piores para você.

Ele passa por mim esbarrando no meu ombro. Indo em direção ao estagio de caça.

— Onde você vai?! — Pergunto, me arrependendo quando ele se vira com aquele famoso sorriso perverso. Estremeço.

— Vou para o meu estagio. Tenho muito o que caçar… — Ele pisca — Seremos companheiros de caça, peixinha.

Quando ele se vira para voltar a caminhar, só consigo pensar em uma coisa. Eu estava definitivamente ferrada com ele no meu estagio.



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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado
AAAAAAAA~
Mereço reviews sobre o cap? Recomendações? hihi, obrigada ♥