76th Hunger Games escrita por Liz Ambrose


Capítulo 22
Reviravoltas :: {Visão de Jev}




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Fiquei sentado nas escadas do quarto andar. Observando a noite se desenrolar. Vendo minha respiração flutuar pelo ar por causa do frio que fazia, mas eu não ligava. Na verdade, eu já não me importava com nada.

Rosy estava em algum lugar dessa maldita arena, provavelmente sendo torturada. Gritando por causa da dor, e provavelmente desejando morrer. Enquanto a mim? Eu estou aqui, sentando com o meu enorme traseiro em um inútil pedaço de metal que é essa maldita escada. Sem poder fazer nada, pois simplesmente tenho um bando de tributos atrás de mim.

Estou tão estressado comigo mesmo, que gostaria de ter forças suficientes para me atirar agora mesmo deste prédio. Talvez fingir me desequilibrar e cair em queda livre. Quebrar o pescoço e sair daqui. Esperar por Rosy em um lugar melhor do que essa droga de vida.

Estou tão perdido em pensamentos, que não escuto de imediato um grito. É baixo, e parece distante. Mas isso é o bastante para uma pontada de esperança percorrer meu corpo. Olho para cima, e percebo no 9º andar, uma luz ligada. Sem esperar mais saio correndo, subindo os degraus freneticamente. O coração acelerado e apertado. Aquele poderia ser o grito de Rosy, um grito apavorado e cheio de dor.

Sexto andar. Ainda pareço uma lesma correndo tentando não fazer muito barulho pelos degraus velhos. Oitavo andar, diminuo o passo, pois sei que deve ter tributos por ali. E não queria correr o risco de ser atacado sem armas.

Chego no 9º andar, a tempo de ouvir outro grito. Definitivamente é Rosy. Tento me controlar para não pular naquela hora para dentro da sala. Espio pela janela que está aberta. Lá dentro vejo Rise e Zaccy. E presa em uma cadeira, toda suja com sangue, está Rosy. Seu cabelo está sobre o rosto, e ela respira com dificuldade. Sinto meu coração se quebrar naquele instante.

Rise segura uma faca de corte cruel, e traça uma linha no braço de Rosy. Ela se contorce e grita de dor. Sem aguentar mais, desço as escadas correndo. Precisava de alguma arma, iria tirar Rosy de lá nem que fosse a ultima coisa que faria.

Logo no primeiro andar, entro correndo pela janela. Acabo assustando Peter, que me da uma rasteira com a espada.

— Belo reflexo garoto… — Murmuro me levantando.

— Desculpe — Ele diz.

Vejo que Math e Meeh dormem em um canto, me surpreende eles não terem acordado com o tamanho barulho que fiz. Pego uma unica faca, iria matar Rise daquele jeito. Cortando-lhe o pescoço devagar. Ela iria pagar por ter feito Rosy sofrer.

Peter me olha assustado. É quando percebo que encarava a faca como um completo maluco.

— O que você vai fazer? — Ele pergunta.

Balanço a cabeça

— Eu preciso que fique bem quieto, e faça os dois continuarem aqui. Não deixem eles saírem por nada! — Falo, indo em direção a janela e a pulando facilmente. — Eu vou voltar logo.

Peter assente silenciosamente, e volta a seu posto. Guardando a janela, muito bem pelo o que pude notar.

Enquanto subo as escadas indo novamente para o 9º andar, vejo o sol amanhecer devagar. Como se os próprios idealizadores quisessem um tempo lento e cruel. Perfeito para mortes sangrentas. Giro a faca na mão. Escuto mais gritos de Rosy, o que faz eu apertar o passo. Estou no oitavo andar, quando ouço a risada de Rise. Como se ela tivesse feito algo espetacular e cruel o bastante para deixa-la satisfeita.

Sem me aguentar saio correndo, paro na janela e observo. Rosy está caida no chão, o rosto cortado completamente. Vejo sangue por toda parte, e Rise limpando a faca com a língua.

— Que rostinho lindo garotinha. Se não contar onde o Odair está eu posso arruma-lo melhor… Se é que me entende — Ela diz ainda encarando Rosy como uma doente mental.

— Não vou falar… Não machuquem ele. — Ela murmura, parecendo esgotada — Ele não fez nada…

Ela tosse sangue nos pés de Rise. Vejo que os olhos da garota maluca brilham em tom perveso.

— Que coisa feia sujar meus sapatos…

Rise vira de costas para a janela onde estou enquanto tortura Rosy de algum jeito. Falha a dela, Rise cometeu um deslize. Tão rápido que me assusto, entro na sala e ataco a garota pelas costas.



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Notas finais do capítulo

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