POV Percy

Reyna chamou um semideus romano para informar os centurões e membros fieis do senado sobre a reunião. Enquanto isso já no senado, eu e reyna ficamos em silêncio tentando desvendar os sonhos que havíamos tido.

O sonho de Reyna me deixou encabulado, não sabia o que pensar. Não sabia qual o papel hazel poderia desempenhar, era tudo muito confuso. Por um momento me passou pela cabeça que Hazel poderia estar escondendo algum segredo de todos, com o passar do tempo aprendi a ficar desconfiado de tudo e de todos.

Por isso não descarto a possibilidade do segredo.

A única conclusão que consegui retirar disso tudo foi o problema que Hera falou que Annabeth iria representar. Era meio que obvio.

Liguei os pontos.

Antes da festa da fortuna, na missão do Alasca, eu tive um sonho com Gaia onde ela dizia que eu iria ser o seu peão, a chave da guerra.

A parte da chave eu havia entendido. Eu tinha seu sangue, assim os seus poderes fazendo com que ela não pudesse voltar totalmente e lutar inteiramente sem seu poder completo. Ela me usaria para lutar ao seu lado ( o que não vai acontecer) e para acabar com os deuses pegaria seu poder de volta e os mataria para sempre.

Se Annabeth não existisse esse plano não teria o menor cabimento.

Mas essa era a questão, o ponto x do problema.

Annie existia e Gaia sabia de sua importância para mim, obviamente vai usa lá. Provavelmente irá me chantagear ou machucar Annie, o que eu com certeza não deixaria.

Eu não fazia a mínima ideia de como impedir isso, como irei proteger Annabeth? Não podia imaginar Gaia botando suas mãos nela e a machucando.

Meus pensamentos foram interrompidos assim que Octavian entrou no Senado, apenas movimentei meus olhos e voltei a olhar para o horizonte, percebi que Reyna fez o mesmo.

- Pela linda cara de vocês, as coisas estão indo de mal a pior, acertei? – Octavian sugeriu.

- Está usando sua cabeça para alguma coisa pelo que vejo. – Reyna respondeu docemente.

- Sim Octavian, as coisas estão bem piores do que pensávamos. -O informei.

 Apesar de adorar o comentário de Reyna para Octavian ele ainda era um Centurão e muito fiel pelo visto, merecia informação. Já que o seu acampamento estava em perigo também.

Por mais que odeie ele, sei que no fundo (por mais impossível que pareça) Ele deve ter algum sentimento.

- Ruim o suficiente para vocês ficarem com essa cara de otimismo? – Octavian falou.

Ignorei ele completamente.

Estava pensando de que iria ter que falar da maldição do meu sangue por Gaia.Mas como todos reagiriam?

Um vento frio desceu pela minha espinha.

“Não conte a ninguém Perseu, a sua vida estará em jogo duplamente, muitos em sua volta irão ver como única solução matar você para parar Gaia e precisamos de você para vencer essa guerra.”

Era Atena. Me perguntei: “ Como ela sabe da maldição?

“ Eu sei de muitas coisas Perseu, mas isso é uma informação que consegui recentemente, vasculhei a mente de muitos deuses e semideuses, nenhum deles sabem. Se duvidar nem a própria Gaia deve saber, já que após seu longo sono, muitas partes importantes de sua memória foi retirada, não é atoa que vários semideuses daqui para frente irão sumir, ela está desesperada atrás de quem tem a metade dos seus poderes. Por isso mantenha a boca fechada, se ela descobrir que é você isso fará que ela venha mais rapidamente atras de quem você ama.

“Irei fazer um bom plano que de um jeito neste problema.”

Mas se ela não sabe como tive aquele sonho? Pensei que Gaia tivesse entrado em minha cabeça de novo.

“Por Zeus, como você é lerdo. Acabei de falar que sou a única deusa que sabe sobre esse segredo. É meio obvio que fui eu.”

Enfim, isso indica que eu tenho poderes sobre a terra?

“Você a METADE dos poderes de ganha semideus, creio que possa fazer bem mais que controlar a terra, mas não tente de maneira alguma aperfeiçoar seus poderes, ou Gaia sentira e virá em sua busca. Tenho que ir, já te dei avisos e conselhos demais. Não me desaponte Perseu.”

Não percebi que tinha fechado os olhos, mas quando os abri de novo a sala do senado já estava quase lotado. Annabeth me olhava com um olhar do tipo: “ Temos que conversar urgentemente!”. Acenei que sim com a cabeça, ela pareceu relaxar.

O ultimo romano entrou e a reunião do senado foi iniciada.

- Vou ser breve por que tenho muitos ajustes e assuntos a tratar. Os semideuses e centauros estão vindo TODOS para cá.

- Por que isso? Já não bastam esses semideuses gregos? – Alguém comentou.

- Pelo simples fato que tivemos vamos dizer, um sonho. Nele foi deixado bem claro uma coisa: Apenas um dos acampamentos podem ser salvos. Eu e Percy deliberamos e decidimos que o Romano será salvo, enquanto os semideuses gregos viram para cá.

- Por que eles não podem ficar e defender seu acampamento? – Dakota falou.

- Por que eles irão perder, do mesmo jeito que se atacassem o romano, nós iríamos perder.  E não podemos perder semideuses gregos ou romanos, todos serão essências na guerra. Já estamos em pouco numero de soldados, não podemos perder os únicos que nos resta.

- O acampamento não é grande o suficiente para abrigar tantos semideuses Reyna. – Jason expos o obvio.

- Exatamente, por isso os chamei aqui, para encontramos uma solução. Percy quantos semideuses mais ou menos estão vindo para cá.

- 105 semideuses exatos. –Respondi.

- Como é possível? Quando saímos de lá, tinha em média 200 semideuses ou mais. – Leo falou.

- Muitos semideuses desapareceram Leo, na verdade Gaia os sequestrou para o seu lado. – Respondi.

- Você sabe quem exatamente Percianna? – Clarisse perguntou. Na sua voz tinha um pouco de angustia, era difícil de perceber, mas estava lá.

- Chris está bem Clarisse. – Sabia o motivo da sua pergunta.

Ela suspirou aliviada.

- Enfim, o que iremos fazer? – Annabeth perguntou.

- Podemos construir algumas cabines improvisadas no campo de batalha. – Piper sugeriu.

- Mas teríamos que suspender os jogos por conta das cabines e isso não podemos nos dar o luxo, precisamos de treinamento. – Hazel falou.

- Poderíamos colocar alguns semideuses na cidade de Roma. – Frank sugeriu.

- Terminus não permitiria e quem cederia a casa para um semideus que está indo para combate? –Reyna descartou a ideia.

- Podemos construir cabines de dois andares em cima das existentes, nos podemos fazer isso em menos de um dia. – Annabeth propos.

- Essa é a ideia mais aceitável por enquanto. – Falei.

- Concordo com a filha de minerva, temos capacidade para isso, construímos valas e posto de guerras em menos de um dia, creio que criar um segundo andar improvisado não seja problema. – Octavian disse.

- Então o senado concorda com a ideia?

Todos levantaram as mãos.

- Ótimo, irei avisar aos semideuses romanos hoje e começaremos a construção hoje de tarde. - Reyna informou. – Estão todos dispensados.

Todos se levantaram lentamente e Reyna saiu para fazer os ajustes no novo plano.

Annabeth saiu e eu fui atrás. Ela parou no lago que estava sem ninguém a sua volta o que não era comum já que muitas pessoa adoravam ficar nas margens.

- Temos que conversar cabeça de algas, tive um sonho, quer dizer pesadelo muito sério ontem.

- Pode falar sabidinha.

- Mas antes queria perguntar, você tem algo a me dizer? Tenho a leve impressão de que você sabe do que se trata o meu sonho.

Ela me olhou nos olhos e no momento sabia que ela sonhou com o mesmo que eu e que sabia do segredo.

Você contou a ela também Atena.

“Ela deve saber.”

Arg! Não vou nem comentar.

- Você sabe sobre a minha maldição, certo? – Fui breve.

Ela fechou os olhos e suspirou. – Sim eu sei, tive um sonho com isso. – Annabeth falou. – Mas desde quando você sabe disso e quando pretendia me contar?

- Fiquei sabendo ontem de noite também. – Fiz uma careta de angustia, não gostava de lembrar sobre aquele sonho.

De repente os olhos da minha Sabidinha se encheram de lágrimas, era difícil ver Annie chorar.

- O que iremos fazer percy? Eu sei que ela vai vir atrás de mim para manipula-lo, mas não é isso que me preocupo, eu sei que se ela começar a me machucar você não vai resistir, você vai fazer o que ela mandar. – A voz dela saiu apertada, como se doesse falar aquelas palavras.

Levantei sua cabeça para que pudesse olhar em seus olhos.

- Annie. – Respirei fundo. – Amor. - Ela abriu os olhos, eu nunca havia chamado ela assim. – Nada vai acontecer, entende? Principalmente com você. Gaia ainda não sabe sobre mim ainda, ela perdeu a memória e está atrás do semideus com o seu sangue. Por isso que está sequestrando vários.

Eu ia falando fui aproximando nossos rosto, Annie já estava com os olhos fechados e respirando fundo, tentando se acalmar.

Quando faltava apenas 1 cm para colar seus lábios nos meus eu disse:

- Você é minha vida agora sabidinha, nada e nem ninguém pode tirar você de mim. Não se tira pessoas que já estão marcadas no coração.

Assim que terminei acabei com a distância entre nos e a beijei.

Foi um beijo calmo e lento, mas que com o ritmo vou esquentando e aumentando a velocidade. Quando dei por mim, estávamos sentados, ela estava em cima de mim com uma das suas mãos em meu rosto e a outra na minha nuca me puxando para aprofundar mais o beijo.

Já eu estava com uma das minhas mãos em sua cintura e a outra no seu cabelo, tentando como aprofundar mais o beijo.

Nossas línguas dançavam em harmonia, eu explorava todos os cantos da sua boca com a minha língua e de vez em quando mordia seu lábio inferior, na ultima mordida Annie deixou escapar um suspiro que saiu meio que um gemido.

Aquilo me excitou loucamente, mas me segurei. Não podia deixar ela pensar que eu era um tarado ou algo do tipo.

Nos separamos em busca de ar, os dois estavam ofegantes. Annie saiu de cima de mim ( Tirou as pernas da lateral da cintura do percy ) E descansou a cabeça no meu peito, eu comecei a fazer carinho no seu cabelo e algumas vezes depositava um beijo em sua testa.

Ficamos ali simplesmente olhando a água.

Aproveitando os poucos momentos de paz que tínhamos.