– Madison! – Kori foi o primeiro a se manifestar. – E... Victoria?

Ela sorriu, assentindo.

– Victoria! Você voltou! – O garoto de olhos puxados exclamou, levantando-se e indo abraçar a amiga. Logo Tom, Amber e Louie fizeram o mesmo.

– A gente estava com saudades de você! – Amber exclamou enquanto abraçava-a.

– Verdade. O grupo não é o mesmo sem você! – Tom concordou.

– Sem dúvidas. Até a escola conseguiu ficar ainda mais sem graça. – Louie completou.

– Valeu gente! Eu também estava com muita saudade de vocês! – Victoria sorriu novamente.

– Sentem aí, meninas. Vamos comer. – Kori indicou duas cadeiras lado a lado e Madison e Victoria tomaram os lugares.

Os seis adolescentes começaram a conversar, e em pouco tempo já pareciam o mesmo grupo de alguns meses antes, rindo e fazendo brincadeiras e piadas.

– Então quer dizer que agora vocês estão morando juntas é? – Kori perguntou com um sorriso de canto. – Nessas horas eu agradeço por não ser vizinha dessas duas. – Ele completou e a mesa inteira riu.

Madison deu-lhe um tapa no braço, seu rosto assumindo um tom avermelhado. Victoria passou os dedos pelo seu rosto, chegando os lábios perto da sua orelha.

– Relaxa, pequena. – Ela sussurrou. – Você bem sabe que o Kori tá certo.

Victoria olhou em seu rosto e mordeu o lábio, deixando a garota ainda mais vermelha e fazendo Kori e Tom rirem ainda mais.

– Por favor né, gente! Vão lá para o apartamento de vocês, pelo menos. Aqui é um lugar público! – O descendente de japoneses reclamou, fazendo a mesa inteira rir de novo.

Muitas brincadeiras depois, todos já haviam comido e se despediam para ir embora.

– Então amanhã, sem faltas, eu quero as duas na praça. Faz muito tempo que eu não vejo essa Inglesa humilhando a gente. – Tom praticamente ordenou, fazendo Madison e Victoria rirem.

– Não é para tanto, por favor. – A garota de cabelos curtos sorriu.

– É sim e não se discute. Agora eu vou embora, por que tenho que resolver umas coisas lá em casa. – Kori deu de ombros, mirando a tela do celular.

– É. A gente também já vai. – Amber deu de ombros, olhando para Louie que tinha um braço ao redor de sua cintura.

– Eu já estou indo. Vou dar uma de nerd e estudar uma matéria que tá meio em falta comigo. – Tom levantou as mãos.

– E eu... bem, tenho um certo assunto não terminado para resolver com essa garota. – Madison disse, olhando para Victoria e fazendo Tom e Kori rirem novamente.

– Pelo menos vocês vão esperar chegar no apartamento dessa vez. – Tom brincou, gerando ainda mais risadas.

– Se depender dessa pessoa aqui, eu acho difícil. – Victoria riu, indicando a namorada.

– E você quase não provoca né? – Madison sorriu.

– Tá bom, tá bom. Eu já disse para vocês terminarem no apartamento. Agora vão lá que vai ser melhor para todo mundo. – Kori interrompeu.

– Menos para os vizinhos! – Tom exclamou entre risos.

Os seis se despediram novamente e as duas garotas caminharam até o carro de Madison, voltando ao prédio.

Assim que Victoria adentrou o apartamento, ouviu o seu celular tocar. Era Jordan que lhe ligava para avisar que a matrícula já havia sido feita, e na segunda feira ela já poderia voltar a estudar no colégio.

Ela contou a novidade à Madison e as duas começaram a comemorar como crianças, pulando no meio da sala.

Depois disso, as duas resolveram ver um filme para ocupar o resto da tarde.

– Qual você quer ver? – Madison perguntou.

– Tanto faz para mim. – Victoria deu de ombros.

– Vem cá escolher, ué. – Madison riu e Victoria foi até ela. As duas sentaram-se no chão e começaram a ver os filmes que estavam na gaveta do hack da TV.

– Imagine Eu e Você! Esse filme é perfeito! – Victoria exclamou, vendo a capa do DVD.

– Eu também acho. Vamos ver esse, então? – Madison perguntou.

Victoria assentiu e a outra colocou o filme. As duas sentaram-se no sofá e começaram a assistir, mas depois de algum tempo, um beijo tirou toda a atenção das duas.

Com as mãos seguras na cintura de Madison, Victoria subiu lentamente a camiseta que esta vestia, deixando à mostra a pele delicada ali. Ela continuou subindo a peça, até que esta estivesse jogada sobre o sofá.

A mais nova começou a distribuir beijos em todo pescoço e colo da namorada, enquanto suas mãos desciam até as suas coxas. Logo ela conseguiu que Madison enlaçasse as pernas em seu quadril, e dessa forma levou-a até o quarto no mezanino.

Ali ela deitou Madison na cama, beijando-lhe novamente os lábios, o pescoço e o colo até onde o sutiã preto não cobria. Logo esse obstáculo foi retirado, e os seios delicados e rosados de Madison foram expostos.

Victoria tocou os lábios naquela área com toda a delicadeza, fazendo a outra garota se arrepiar e soltar um suspiro alto. Seus beijos eram úmidos e lentos enquanto as mãos se ocupavam em tirar os shorts brancos que Madison vestia.

– V-vick! P-por favor, não me tortura. – Madison pediu, mas a sua voz saiu como um sussurro.

– O que? – Victoria perguntou, fingindo não ter ouvido.

Naquele momento, as suas mãos se ocupavam em deslizar as curvas de Madison, assim como a língua, que passeava pela pele.

– N-não faz isso, Vick. P-por favor. – Madison pediu novamente, com a sua voz sussurrada e carregada de um timbre de prazer.

– Já que você pediu... – Victoria deu de ombros, saindo de cima da namorada e colocando-se de pé à sua frente.

Ela mordeu o lábio inferior ao ver como Madison estava. Quase totalmente nua, entregue e vulnerável a ela.

E essa cena a incitou.

Mas mesmo diante daquilo, e com mais de um mês separadas, Victoria não conseguiu resistir ao impulso de provocar Madison ainda mais. E assim, ela sorriu e começou a se despir.

A blusa do Superman caiu no chão, junto ao sutiã branco. Logo a bermuda também estava integrada ao montinho de roupas, deixando Victoria vestida apenas com sua boxer azul-clara.

Madison não se movia na cama. Seus olhos atentos acompanhavam cada movimento de Victoria, sentindo em si a força daquela provocação.

Victoria ajoelhou-se na cama. Cada joelho de um lado das coxas de Madison. E abaixando-se lentamente, ela tomou os lábios da namorada nos seus.

A garota que estava deitada agarrou a nuca da outra, puxando-a para si. Victoria acabou deitando-se sobre o corpo de Madison, e bastou apenas aquele beijo para que o jogo virasse.

...

O celular de Victoria tocou, fazendo ela e Madison despertarem do sono leve. Madison esfregou os olhos e Victoria sentou-se na cama, procurando seu celular no criado mudo. Ele não estava ali e ela não estava com a menor vontade de se levantar para procurá-lo, mas teve de fazer isso ao ouvi-lo tocar outra vez.

Victoria enfiou-se em uma boxer que pescou ao enfiar a mão no armário, e vestida apenas com ela, desceu as escadas do mezanino e começou a procurar seu aparelho. Ele tocava no chão, perto do braço do sofá.

Ela abaixou-se e pegou o aparelho, surpreendendo-se ao ver que o nome que piscava na tela era o de Yuri.

– Yuri? – Ela perguntou com um sorriso.

– E aí, Tori! Quanto tempo! – Ele respondeu, fazendo a garota rir.

– Realmente, menos de vinte e quatro horas é muito tempo. – Ela ironizou e o garoto riu. – Mas e aí, o que há?

– Ah, é que a nossa mudança foi adiantada. Nós vamos entrar agora no avião para Fort Lauderdale. – Ele disse, trazendo um sorriso para o rosto da garota.

– Sério? Que ótimo! Mas vocês já conseguiram uma casa aqui? – Ela perguntou, pegando a camiseta de Madison sobre o sofá e dando uma risada.

– Já. – Ele riu. – Tinha um apartamento vendendo num prédio do East.

– No East? Sério? – Ela perguntou.

– Sim, por quê?

– Agora só falta dizer que o prédio é o mesmo que eu e Madison moramos! – Victoria exclamou, fazendo o garoto rir.

– Será?

– Saberemos mais tarde. – Ela brincou e olhou para as escadas do mezanino, as quais Madison descia vestida apenas com uma camisa xadrez azul aberta.

– Tori? Tori! – Yuri chamava Victoria através do telefone, mas ela nem ao menos parecia ouvir, perdida na cena que se fazia a sua frente.

– Foi mal, Yuri. Me distraí aqui. – Ela respondeu, para logo depois beijar rapidamente os lábios da namorada.

– Se distraiu, é? – Ele perguntou, rindo.

– Não é fácil se concentrar na ligação quando tem uma garota caminhando até você vestida só com uma camisa xadrez aberta. – Victoria respondeu, fazendo Madison corar.

A primeira riu, passando os dedos por sua bochecha vermelha e depositando um beijo ali.

– Ah... sim... entendo. D-depois eu te ligo, n-não sabia que estava atrapalhando. – Yuri gaguejou, visivelmente constrangido pelo comentário de Victoria.

Ela riu.

– Não precisava se preocupar, mas tudo bem. Até amanhã, Yuri.

– Até. – Ele respondeu simplesmente e Victoria riu mais, desligando o telefone.

– Yuri? – Madison perguntou assim que Victoria colocou seu celular na mesinha de centro na sala.

– Ele mesmo. – Ela deu de ombros.

– O que ele queria? – Madison perguntou, levemente enciumada. Victoria não deixou de perceber.

– Só avisar que vem para cá hoje. E não precisa desse ciúme, tá bom? – Ela disse, tocando os lábios da outra.

– Como você pode ter certeza? – Madison virou de costas, cruzando os braços.

Victoria riu.

– Eu só tenho olhos para você, garota! – Ela exclamou, abraçando a outra por trás.

– Mas e ele?

– Posso te contar um segredo? – Victoria perguntou e Madison deu um sorrisinho, assentindo. – Eu acho que ele está apaixonado por um menino. – Ela sussurrou.

– É sério?

– Sim. Dá para perceber pelo olhar dele. – Victoria deu de ombros e ela sorriu.

– Se é assim, então tá tudo bem.

– Ainda bem. – Victoria sorriu e girou Madison em seus braços, beijando-lhe os lábios com delicadeza.

– Estou com fome. – Madison reclamou logo que o beijo foi partido.

– Pudera. – Victoria disse simplesmente, causando risos entre as duas.

– Deixa de besteira e vamos comer. – Madison praticamente ordenou, puxando Victoria pelo pulso até a cozinha.

– Posso pelo menos vestir uma blusa? – Ela pediu.

– Eu gosto de você assim. – Madison sorriu, correndo seu indicador pelo abdome de Victoria e fazendo-a se arrepiar.

– Sei disso. Mas não é muito confortável. – Victoria riu. – Eu vou vestir só para tomar o café. – Ela disse, aproximando os lábios da orelha de Madison. – Depois te deixo tirar. – Sussurrou.

Madison mordeu o lábio.

– Ok. Se for assim eu deixo. – Ela riu.

– Já volto. – Victoria sorriu, atravessando a sala e subindo as escadas do mezanino.