Lances da Vida escrita por CaahOShea


Capítulo 12
Capítulo 10 - O acompanhante secreto de Rose


Notas iniciais do capítulo

Oooi minhas lindas amoras, tudo bem? * vergonha*
Como passaram o ano? Espero que bem, e um feliz 2013 atrasado um pouco kkk
Eu sei, faz tempo qu eu não apareço por aqui e me sinto mal por isso. Como leitora eu sei como é terrivel quando uma autora demora a postar e que vocês minhas lindas e melhores leitoras do nyah merecem uma explicação. Bem meninas, é o seguinte, eu não demorei por vontade flores, nesse mês foi super corrido pra mim, e eu tive um periodo de falta de inspiração terrível, e acreditem, isso é péssimo e mesmo tentando escrever nada saia coerente e bom.
Me desculpem, de verdade flores. ):
Mas bem, mesmo coma demora, aqui estou com um capítulo fresquinho, eeee! * comemora*
Agora queria agradecer imensamente a todas vocês que comentam, e especialmente a minhas novas lindas leitoras e irmãs, Val e Juliana, por terem deixado recomendações tão lindas! Obrigada amores! E claro, a minha amiga Bella por me ajudar com o capítulo, você é um anjo amiga!
Bem, sem mais, boa leitura e espero que gostem!



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No capítulo anterior...


Dei dois passos para trás.




– Oi amor, eu esqueci o meu... – A voz de Bella soou distante, mas ainda sim perto demais. – Tânya?!




E então nos viramos imediatamente a tempo de ver Bella nos encarando com expressão furiosa.


– Bella?

– Eu posso saber o que está acontecendo aqui?!



POV. Bella Swan



Raiva.

Essa foi à primeira coisa que eu consegui identificar quando entrei no apartamento e vi Tânya Denali ali. A segunda e não menos importante foi um imenso desapontamento que apertava meu coração fazendo-o bater erraticamente. Como ele deixou aquela mulher entrar na nossa casa?!


Edward permanecia em silencio e com seus orbes verdes extremamente arregalados como se eu fosse algum tipo de extraterrestre que estivesse prestes a abduzi-los.

– Olá queridinha. – A voz estridente e extremamente irritante da loira a minha frente me tirou dos meus devaneios.

Ela estendia a mão para mim em cumprimento com um sorriso de deboche dos lábios carnudos estavam extremamente lambuzados de batom vermelhos, como se tivesse beijado alguém de maneira selvagem e descontrolada. Só esperava sinceramente que sua cobaia não tenha sido o meu namorado.

Empinei o queixo e engoli a vontade de chorar. Eu não iria me diminuir na frente dela, não mesmo, e acima de tudo iria provar a ela que eu não era apenas uma garçonete pobre, e sim uma mulher que merecia respeito. Alguém muito melhor do que ela.

Eu não iria gritar, pelo menos não ainda.

– Vamos, Edward. Estou esperando uma explicação. – Grunhi me irritando com o seu silencio, ignorando completamente a presença de Tânya que ainda mantinha a mão estendida. – O que ela faz aqui?

– Tânya, acho melhor você ir embora agora. – Ele sussurrou se afastando dela e vindo para o meu lado. – Eu preciso conversar com Bella.

Ed, eu não estou me sentindo bem. – Ela disse fazendo biquinho e tocando o braço dele. – Vai mesmo deixar essa mulherzinha mandar em você?

Bufei.

– Essa mulher é minha namorada, Tânya. – Falou passando as mãos pelo cabelo. Oh ele estava nervoso. Eu reconhecia aquele gesto. – E essa é a nossa casa e você deve respeito a ela, não vou permitir que a trate mal, estamos entendidos?

A boca dela se abriu num falso gesto de indignação e seus olhos ficaram marejados de repente. Eu ainda estava furiosa com ele por tê-la deixado entrado aqui, mas não poderia negar que gostei de sua atitude de colocá-la em seu lugar.

– Tudo bem, tudo bem. – Disse levantando a mão em rendição. – Eu sei quando não sou bem vinda. Ser indesejada não é nenhuma novidade para mim. Passem bem!

E então ela saiu pisando duro com o barulho de seus saltos ecoando sobre o velho piso de madeira e pude ouvir a porta sendo fechada com violência. Cruzei os braços sobre o peito encarando Edward que esfregava a mão desconfortável. Ah não, ele não iria se fazer de vitima.

Nãofale

Eu sei o que você está pensando

Eu não preciso das suas razões

Não me diga por que isso magoa

♫ Don't Speak - No Doubt [letra / video] ♫

– Então é assim, eu esqueço o meu celular em casa e quando venho pegá-lo encontro uma loira enfiada dentro da minha casa?! – Falei alto sentindo minhas bochechas queimaram de raiva. Era como se algo estivesse entalado em minha garganta, me sufocando. – Responda Cullen!

– Bella, por favor, me escute não é nada disso que você está pensando, tá legal? – Disse com um longo suspiro. – Por favor, não faça um drama em copo d’agua. Eu só quis ajudá-la!

– Ajudá-la? – Disse irônica – ESTAVA TENTANDO AJUDÁ-LA A ENCONTRAR O QUARTO MAIS RAPIDO?! OU A SE LIVRAR DAS ROUPAS EM TEMPO RECORDE?!

– Bella! - Sua voz soou mais alarmada como se eu tivesse falado a coisa mais absurda do mundo. – Já disse não é nada disso que você pensando!

– Só pode ser isso! – Gritei apontando o dedo em seu tórax musculoso, tentando em vão intimidá-lo com meu corpo diminuto e franzino. - Tânya vive se esfregando em você e a única atitude que você toma é colocá-la dentro da nossa casa?

– ME DEIXA PELO MENOS EXPLICAR, DROGA! - Gritou fechando os olhos em fendas. Eu me encolhi assustada por ele ter alterado a voz pela primeira vez. – Ela apareceu de repente dizendo que estava passando mal, ela vomitou e mal se mantinha sobre as pernas. O que queria que eu fizesse?

– Eu não sei, não sei, você poderia ter feito tudo menos colocá-la aqui dentro, Edward! – Falei sentindo meus olhos e meu nariz arderem. – E ela não me parecia nem um pouco bêbada!

– Você está descontrolada!– Gritou passando mais uma vez as mãos nos cabelos acobreados – Eu sei que eu errei e não queria magoar você e peço desculpas. O que posso fazer para você acreditar em mim?

– Eu não sei. – Murmurei sentindo as lágrimas intrusas caindo pelo meu rosto enquanto caminhava de um lado para o outro enquanto a cena anterior inundava a minha mente. – O que você faria se estivesse no meu lugar?! Eu estou confusa!

E não pude me conter mais. Aquele perfeito momento de certezas e amor que vivemos durante as ultimas semanas de esvaíram como fumaça e agora só restava uma dor lancinante no meu coração, acompanhada por um imenso sentimento de traição.

Eu sabia – ou pelo menos queria acreditar – que ele jamais me trairia. Mas o que doía é saber que ele dava corda para as investidas de Tânya e isso era o que mais me deixava magoada.

– Me deixa sozinha, por favor. – Funguei deixando meu corpo escorregar pela parede fria. Eu o encarei por alguns segundos naquele momento e seus olhos antes carinhosos e acolhedores agora pareciam carregar uma sombra dentro deles, como brasas sendo consumidas. – Por favor...

– Como quiser, Isabella. – Grunhiu saindo com passos duros me deixando sozinha ali.

Eu me encolhi em torno de mim mesmo, puxando minhas pernas em direção ao tórax. Desde pequena, sempre que eu levava uma bronca infundada da minha mãe eu me encolhia assim em torno de mim mesma e chorava. Era como se ali eu estivesse segura da dor, como se lagarta protegida em seu casulo.

Não sei quanto se passou quando o silencio voltou a reinar no apartamento, mas eu pude ouvir o barulho do registro sendo aperto e a agua corrente do chuveiro caindo. Eu não estava em condições de voltar à festa dos Wilson e não tinha a mínima vontade de enfrentar Irina e seu pitis.

Talvez a nossa briga tenha sido um aviso de que nosso relacionamento seja um grande erro e que ainda havia tempo de concertá-lo. Talvez pessoas de mundos diferentes como nós não devessem mesmo se dar o direito de se apaixonar.

Infelizmente essas perguntas eu sinceramente não saberia responder.

Pelo resto da noite nos ignoramos como suas crianças brigadas que uniam os dedinhos ao fazer as pazes. E isso doía em mim. Doía à forma como eu precisava dele como precisava de oxigênio ao respirar.

Naquela noite eu não consegui pregar os olhos. Enquanto eu embolava sobre os lençóis da cama e lutava contra o sono que não chegava me lembrei de uma frase da minha amiga Ângela:

‘’ Às vezes, quando você ama uma pessoa você tem vontade de arrancar a cabeça dela fora, mas o mesmo tempo quer mostrar que ela é o seu mundo’’

Edward era o meu mundo e isso eu não poderia negar. Foi ai que eu percebi a grande besteira que havia feito. Sim, ele tinha errado ao deixar Tânya entrar em nossa casa, mas eu também tinha uma boa parcela de culpa nisso. Eu tinha desconfiado dele sem ao menos dá-lo chance de se explicar e tinha gritado com ele.

Não sei por quando tempo cochilei, porém percebi que ainda era noite quando acordei com o telefone tocando insistentemente e não fiz questão nenhuma de atendê-lo. Me afundei ainda mais no travesseiro tentando espantar a sensação de culpa que me corroía.

‘’ Oi Bellinha, é a Alice. – A voz soou após o bip da secretária eletrônica – Bem, eu gostaria de saber se você e Ed gostariam de almoçar aqui no Domingo. Vai ser legal, tipo um encontro de casais. E também vamos comemorar o novo emprego do Emm – Ela riu animada do outro lado da linha. – Me avise se vocês vierem e eu não aceito não como resposta mocinhos. Beijos. ‘’

Fim da ligação.

O que eu faço agora?!

E lá estava o meu lado racional aparecendo novamente. Ele nunca tinha me dado motivos para desconfianças, e não era apenas um namorado maravilhoso, mas também uma pessoa incrível que se apaixonou pelo que eu sou e viu além de uma garota humilde.

Eu tinha cometido uma grande injustiça.

POV. Edward Cullen:

Levei o cigarro até a boca dando uma grande tragada e soltando a fumaça logo em seguida, formando uma nuvem cinza próxima a mim. Eu não fumava a algumas semanas, mas depois da briga com Bella fumar foi à única forma que encontrei de me acalmar.

Eu estava me sentindo péssimo.

Com um longo suspiro eu encarei o céu difuso e prateado, onde algumas estrelas perdidas brilhavam timidamente no céu. A vista daqui era realmente de tirar o folego. Dava pra ver praticamente todo o centro de Nova Iorque daqui. Os arranha-céus, o Central Park, e as algumas lojas iluminadas por luzes de Natal que se aproximava.

Faltavam dois meses.

– Será que tem lugar para mais um? – A voz de Bella me tirou dos meus devaneios e meu como se tivesse vida própria meu corpo estremeceu apenas ao ouvir sua doce voz. Levantei o rosto e quase perdi o folego quando nossos olhares de encontraram. Seus olhos chocolate estavam menos brilhantes e tímidos, e seu rosto estava num tom vermelho e seu pequeno corpo envolto por um grosso cobertor felpudo com estampa de zebra.

Eu apenas dei de ombros apagando o cigarro.

Estava com muita raiva de mim mesmo por ter sido tão tolo e ter caído na cena que Tânya havia montado. Agora pensando com mais clareza era obvio que tudo aquilo fora planejado e que ela não estava bêbada e sim muito sobria.

– Eu pensei que estivesse parando – Bella murmurou apontando para o cigarro se sentando ao meu lado em posição de índio. – Sabe, isso faz mal.

– Eu estava, mas tive uma recaída. – Disse apenas e notei pela minha visão periférica ela se encolher sobre o cobertor. Por mais que ela pensasse ao contrario, não estava zangado com ela. Estava apenas decepcionado por ela não ter confiado em mim quando eu contei a verdade. Eu nunca a trairia, ela é tudo para mim, por que é tão difícil para ela acreditar nisso?

– Será que é muito tarde para eu me desculpar? – Ela perguntou sua voz num tom preocupado enquanto mordia os lábios inocentemente. – Eu sei que eu errei, me perdoe. Me perdoe.

– Bella... Não há por que se desculpar. Eu admito que fui um tolo. – Disse num longo suspiro. – Eu apenas fiquei chateado, entenda, você não confiou em mim em nossa primeira prova de fogo. – Pausei – Eu nunca te trairia meu amor, eu te amo mais do que minha própria vida.

– Então você não me odeia?

– Claro que não. –Disse sorrindo puxando-a para mais perto de mim – Eu nunca te odiaria, e acho que teria a mesma reação que você. – Sorri tocando seu rosto – Só que quero que confiemos mais um no outro, está bem?

Ela assentiu sorrindo se aconchegando mais a mim.

– Eu também tenho que me desculpar sabe. Fui um tolo e não deveria ter deixado Tânya entrar aqui e nem gritado com você. – Admiti acariciando seus cabelos - E você tem razão, pensando bem acho que ela armou mesmo tudo aquilo.

– Isso não me surpreende nenhum pouco. – Disse sincera tentando conter um bocejo – Mas eu tenho que admitir que gostei quando você a enxotou daqui.

Sorri afagando seu rosto com carinho.

– Eu te amo.

– Odeio o modo como você está sempre certo. E odeio quando você mente. Odeio quando me faz rir muito e odeio ainda mais quando me faz chorar. Odeio quando não está por perto. – Ela disse escovando os lábios sobre os meus. – Mas odeio o fato de não conseguir te odiar, nem mesmo por um segundo. Eu te amo, Edward.

Uni nossos lábios acabando com a distância entre nós, a última coisa que eu queria agora era me afastar dela. Nossos lábios se movendo em perfeita sincronia enquanto minha língua pedia espaço timidamente entre a boca macia e doce de Bella, que concedeu espaço em nosso beijo suave e urgente. Meu nariz deslizava suavemente por seus cabelos sedosos com um irresistível cheiro e minhas mãos acariciavam sua cintura.

Cheirava a Morangos.

Separamo-nos arfantes e sorri ao ver as bochechas de Bella coradas mordiscando os lábios timidamente.

– Amo quando você cora – Falei acariciando uma mecha do seu cabelo castanho e suas bochechas tingiram-se de vermelho de uma forma que jamais achei ser possível quando beijei sua bochecha.

– Acho que essa foi nossa primeira briga e passamos com louvor por ela – Concluiu e um imenso sorriso, um sorriso que mal cabia em meu próprio rosto, tomou conta de mim, enquanto uma felicidade abrasadora me consumia.

–Aqui tem lugar para dois, vem cá.

Seus olhos castanhos-achocolatados perfuravam os meus. Sentimentos, emoções, palavras, uma centena de sensações passavam diante de seus olhos, era como se ele estivesse me dizendo algo que meu cérebro não poderia compreender, mas meu coração entendia perfeitamente.

E naquela dormimos nós dormimos ali abraçados enquanto ela afagava meus cabelos.

• • • • • • • • • • •

– Claro, pode deixar que eu aviso, Al... – Peguei o final de frase de Bella ao telefone assim que entrei na cozinha. Com certeza pelos risinhos de ela dava estava falando com Alice o que me fez rolar os olhos instintivamente.

– Bom dia – Anunciei sorrindo indo até ela e abraçando-a por trás. – Dormiu bem?

– Bom dia, Romeu. – Brincou sorrindo unindo nossos lábios num selinho casto. – Ouvindo conversas alheias?

– Não. – Bufei abrindo a geladeira e pegando uma caixa de leite gelado – Por que eu me interessaria por algo que a fadinha Polegar falar para você a essa hora da manhã?

Bella sorriu mordendo os lábios em seguida.

Naquele momento eu percebi o quanto amava aquele lindo sorriso em seus lábios e o quanto queria que ele jamais se apagasse e aquilo aquiesceu meu coração.

– Você deveria mesmo se interessar – Murmurou baixando o olhar – Sua mãe voltou e está na casa de Alice.

Minha boca se abriu em ‘’O’’ e eu a encarei piscando atônito. Esme estava de volta à Nova Iorque depois de semanas longe e não esperava que ela voltasse tão cedo.

– Uau, isso me pegou de surpresa. – Respondi baixinho. Eu sentia tanta falta da minha mãe, das suas palavras doces, dos seus afagos ou mesmo do seu olhar acalentador e seu colo que estava sempre a disposição caso precisássemos.

Eu estava tão absorto em meus pensamentos que nem mesmo tinha reparado na expressão de Bella. Ela olhava sua xicara de café com seus olhos castanho-achocolatados distantes e logo ela soltou um longo suspiro e afastou a xicara, pensativa.

– Não vai tomar café, amor?

– Eu perdi a fome. – Disse dando de ombros prestes a se levantar da mesa– Vou arrumar o quarto.

– Ei, aconteceu alguma coisa? – Perguntei pousando minhas mãos sobre as suas. – Ainda está chateada sobre ontem?

– Não, não – Apressou-se a negar. – Eu... Bem... É... Suamãequermeconhecer.

Franzi a testa não entendendo uma só palavra do que ela disse.

– Amor, eu não entendi uma palavra sequer. – Falei rindo baixinho quando suas bochechas tomaram um tom rubro – Talvez se falar mais devagar eu possa ajudar.

– Alice avisou que sua mãe quer me conhecer, no Domingo. – Ela disse com um longo suspiro. Sorri com a notícia, afinal eu tinha certeza que Esme adoraria Bella quando as duas se conhecessem e vice versa. – Eu não sei se deveria ir a esse almoço.

– Por que, amor? – Perguntei e sulcos de preocupação logo se formaram em minha testa – Eu não entendo, minha mãe é uma ótima pessoa, jamais te julgaria meu anjo.

– E eu não duvido disso, Edward. – Ela suspirou – Mas é diferente. Eu estou em um relacionamento com o filho dela agora, entende? – Pausou mordendo os lábios – Eu sou apenas uma garota humilde que veio atrás de sorte numa cidade grande. O que eu poderia oferecer a você?

– Você é minha vida, Bella. E você ofereceu o mais precioso que poderia me dar... – Falei brincando com uma mecha do seu cabelo cacheado – O seu coração.

– E seu ela não me aprovar? – Murmurou agoniada – Eu não quero interferir na sua família Ed, não quero que se afaste dele por minha causa. O que ela vai pensar de mim, que estou levando você para o mau caminho?

Eu tive que prender o riso.

– Qual a graça?

– Me levando para o mau caminho, Bella?! Não seja exagerada... – Brinquei tocando seu rosto – E ela jamais te desaprovaria sabe por quê? – Pausei e ela negou com a cabeça – Por que você é perfeita para mim e com certeza ela ficara feliz por nós, por que eu estou feliz.

Ela sorriu acanhada e fez sim que sim, em seguida molhou seus lábios com a sua língua. Mesmo que não fosse a minha intenção, não consegui desviar meus olhos durante o movimento tão natural e tão sexy ao mesmo tempo, algo que só ela conseguia fazer, e me lembrei da sensação acolhedora que senti de manhã ao acordar com ela em meus braços.

– Acho que talvez você tenha razão. – Disse ainda sorrindo – Eu aceito ir a esse almoço.

– Fico feliz, eu tenho que admitir que estou morrendo de saudades dela. – Falei dando-lhe um beijo na testa – E não fique apreensiva Bella, aposto que ela será uma ótima sogra.

Ela fez uma careta engraçada quando eu disse a palavra ‘’sogra’’.

– Você provavelmente deve estar achando muito engraçado, mas queria ver se fosse estivesse no meu lugar, Cullen. – Disse mostrando a língua – Como reagiria se conhecesse meus pais?

– Eu me apresentaria como seu namorado. – Disse dando de ombros tentando me mostrar calmo – Não é isso que namorados fazem?

Ela torceu os lábios.

– Eu não deveria ter medo... Deveria?

– Não, é claro que não. – Disse pegando as xicaras sobre a mesa e virando-se de costas – Ah menos que tenha medo de policiais armados.

Engoli seco.

– O que?!

– Ah, esqueci de dizer amor, meu pai é policial em Forks. – Disse sorrindo – Ele é o Xerife.

Oh oh, mal sinal.

Eu tinha certeza que naquele momento se eu pudesse me olhar no espelho eu estaria mais branco do que papel.

– Ed, está tudo bem? – Disse quando viu minha expressão de pânico – Você está pálido. Foi alguma coisa que eu disse?

– Sua pequena matreira, está tentando me assustar é? – Disse brincalhão me recuperando do choque. – Eu não tenho medo do seu pai.

Ela uniu as sobrancelhas numa expressão de desafio.

– Não?

Assenti em negação.

–Me beije, Edward.

E eu não pude esperar mais. Uni nossos lábios num beijo cheio de paixão e me assustei ao perceber que era beijo mais intenso de todos os anteriores e isso fez minha pele arrepiar sobre o tecido da camiseta. As mãos delicadas de Bella voaram até o meu cabelo me puxando para mais perto dela, enquanto nossas línguas duelavam por espaço e minhas mãos grandes tocaram seu pescoço, descendo pelos ombros até sua cintura delgada. Meu coração batia alto o bastante para eu me perguntar se ela conseguia ouvir.

– Pare, por favor. – Ela gemeu baixinho quase num choramingo de suplica. – Pare!

Eu me afastei abruptamente dela assustado e só então entendi o motivo do seu pedido quando senti que minhas mãos apertavam fortemente o tecido da camiseta de Bella que já estava erguida um pouco abaixo do umbigo.

Droga!

– Bella, me desculpe. – Disse com voz alarmada. – Desculpe, eu perdi o controle. Eu... Eu...

– Tudo bem, não precisa se desculpar. – Respondeu ainda ofegante – Eu, nossa, não pensei que tivesse um autocontrole tão bom.

‘’ Queria poder dizer o mesmo’’ Pensei nervosamente.

– Você é tão bom para mim... – Sussurrou afagando meus cabelos com carinho – Às vezes eu acho que não mereço você, Edward. Você foi à luz que apareceu pra iluminar as trevas que pairavam na minha vida.

Ela era tão pequena. Parecia tão frágil enquanto lágrimas escorriam por seu rosto de porcelana. E eu estava ali de mãos atadas sem entender absolutamente nada.

– Eu preciso te contar uma coisa. – Fungou secando as lágrimas com a ponta dos dedos. – Sobre as minhas cicatrizes.

Eu congelei no lugar imediatamente assim que entendi o significado de suas palavras. Ela confiava em mim. Confiava em mim a ponto de me contar o seu segredo, talvez o único segredo que guardava em sua vida. Apesar disso, eu não me sentia confiante. Sentia-me apreensivo, com medo do que estava prestes a ouvir.

Um baque surdo na porta me fez retesar ainda mais no lugar e vi Bella sair rapidamente sibilando um ‘’ Eu atendo’’.

– Mamãe?! – A voz de Bella soou estridente da cozinha, completamente surpresa e podia jurar mesmo sem vê-la que ela estava de olhos arregalados – Papai?

POV. Bella Swan:

– Ele é mesmo um pedaço de mau caminho... – Minha mãe murmurou no meu ouvido afagando meus cabelos enquanto eu repousava minha cabeça em seu colo.

Eu mal podia acreditar que meus pais estavam aqui, comigo!

– Mamãe! – A repreendi sorrindo e ela revirou os olhos verde-água que eu tanto amava.

Eu não tinha notado até aquele momento o quão imensa era a saudade que eu sentia dos meus pais Charlie e Renée, mas meu coração parecia completo com eles aqui. Sentia muita falta desse jeito brincalhão, extrovertido e às vezes atrapalhado de minha mãe, e do jeito calado e amoroso do meu pai.

E acredito que não preciso dizer que foi um choque vê-los parados na frente da minha porta com duas malas imensas a tira colo, não é? Mas ainda sim não deixava de ser uma grande alegria.

– Oh, agora diga para mamãe, você gosta mesmo dele? – Ela perguntou com os olhos transbordando de curiosidade.

Ali estava a Renée que eu conhecia. Apesar de ser minha mãe às vezes ela parecia uma adolescente cheia de hormônios, mas ao contrário da maioria eu adorava isso e nos tornava acima de tudo grandes amigas.

Mordi os lábios, completamente desconcertada o que fez minha mãe arregalar os olhos.

E eu não tinha duvidas sobre a resposta que daria a Renée.

– Você o ama! – Ela disse levando a mão a boca aberta e deu pulinhos – Filha isso é incrível filha, é um sinal de que você está superando tudo que aconteceu!

Meu largo sorriso se desfez instantaneamente.

– Eu nunca vou superar completamente, mãe.

Ela suspirou pesadamente.

– Me desculpe, querida.

– Tudo bem, mãe. – Suspirei – Mas respondendo a sua pergunta, eu o amo muito, mãe. Foi tudo tão intenso, mas desde que eu o conheci tudo pareceu se encaixar. Com apenas um olhar posso saber o que ele está pensando e vice versa. Tudo está perfeito agora com ele aqui. – Pausei sorrindo ao ver que minha mãe já chorava. – Mãe, não chore.

– Okay, sou uma manteiga derretida. – Disse brincalhona – Você está tão linda, já é uma mulher!

– Sinto muito sua falta, mãe. – Choraminguei abraçando-a com força – Por que não me avisaram que viriam?

– Isso faz parte da surpresa, querida. – Sorriu – Seu pai pegou duas semanas se férias na policia, e decidimos fazer nossas malas e vir direito pra cá.

Sorri largamente me aconchegando mais a ela.

– Agora chega de coisas sérias – Falou sorridente – Eu trouxe um presentinho pra você, filha.

– Presente?

– Sim, está naquela mala. – Concluiu apontando para uma mala verde gosmento de zíper sobre a cômoda.

Hesitante eu sai de seu colo e abri a mala com cuidado excessivo, enquanto mamãe me olhava com olhos ansiosos. Não demorou muito para encontrar um embrulho prateado com um delicado laço.

– Abra, querida.

Incentivou Renée.

Abri o embrulho rapidamente, tomada por uma centelha de curiosidade e quase cai para trás e não acreditei no que estavam vendo e meus olhos se arregalaram em resposta.

Era uma lingerie.

Meu presente era um conjunto de lingerie azul celeste que contratava perfeitamente com minha pele branca e leitosa.

– Gostou, querida?

Aspirei o ar ainda em choque.

– S-i-m – Gaguejei.

– Oh querida, não precisa ficar envergonhada – Falou sorrindo – É só um lingerie, que é linda por sinal. Tenho certeza que seu namorado vai adorar.

Corei violentamente.

– Mãe!

– Querida, fazer amor é normal entre casais que se amam. Eu e o seu ainda temos muito fogo, sabia? – Deu de ombros e riu provavelmente da minha expressão de pânico – Não é como se você ainda fosse virgem não é querida, com aquele deus grego lá na sala isso é improvável.

– Mãe!

– Está bem, tá bem. Vamos mudar de assunto– Resmungou enrugando o nariz– E então como conheceu o gostosão lá fora?

Respirei fundo.

Essas seriam duas longas semanas.

POV. Edward Cullen:

– E essa é a minha preferida, minha Glock– O homem de bigode preto a minha frente, exibindo com o orgulho a sua belíssima arma. – É incrível, não é?

Engoli seco.

Sim, caros leitores, você não entendeu errado. Meu sogro, Charlie Swan – que por sinal eu acabara de conhecer – estava me mostrando sua coleção de armas e eu estava suando frio por baixo do casaco.

– É muito... Interresante.

– Sim, sim. – Respondeu me fitando com o olhar centrado enquanto coçava suavemente o bigode – Ela é minha preferida, sabe, eu uso para espantar caras mal intencionados. Você entender, não é?

Engoli seco duas vezes seguidas.

Eu apenas consegui assentir, olhando em volta a procura de socorro. Eu tinha a impressão que o senhor Swan pularia de poltrona onde estava sentado e apontaria aquela arma na minha cabeça e mandaria que eu fizesse minhas malas e desse o fora antes que Bella pudesse notar.

– Bem – Pausou – E então, quando você e minha filha começaram a namorar?

– Ah algumas semanas, senhor.

Ele assentiu não parecendo surpreso com a minha resposta.

– Acho que devo perguntar quais são suas intenções com a minha filha, não concorda Edward?

– Eu a amo, senhor. Quero fazer Bella feliz. – Falei sincero. – E sei que ela ficaria feliz se tivéssemos a aprovação do senhor e de sua esposa.

Ele fez que sim analisando minhas palavras.

E então naquele momento antes que ele pudesse responder pudemos ouvir risos ecoando pelo corredor e logo Bella e sua mãe entraram na sala, abraçadas.

Sorri involuntariamente assim que vi o rosto de Bella corar a me ver ali.

– Charlie, espero que não esteja torturando o pobre garoto. – Minha sogra disse aos risinhos- O pobrezinho está suando frio.

O senhor Swan bufou rolando os olhos para a mulher.

– Não estou torturando ninguém – Retrucou enquanto minha sogra se sentava em seu colo – Estávamos apenas conversando, não é Edward?

– Sim, sem problemas senhora Swan. – Falei dando de ombros.

–Já disse querido, apenas Renée. - Ela disse sorrindo.

– Certo, Renée. – Corrigi – O senhor Swan apenas estava me mostrando suas... Armas.

–Charlie!

– Eu estava apenas tentando ter uma conversa saudável com meu genro. – Resmungou – E conhecer as intenções do garoto!

Renée revirou os olhos.

– Acho que ele gostou de você – Bella sussurrou no meu ouvido sorridente entrelaçando nossos dedos. Eu a encarei desconfiado e olhei para o meu sogro que me encarava também discretamente. –Ele confia em você.

Será?

– Tremeu na base, não é Cullen? – Ela brincou – Mas não se preocupe, ele não morde.

Eu sorri para ela.

A hora do jantar chegou logo e naquele momento, eu tive certeza que o senhor Swan me aprovava.

– Eu sei que Edward será um bom marido – Disse entre uma garfada e outro do espaguete que Bella havia preparado com a ajuda da mãe – E eu sei disso porque eu sou um policial e eu sei usar uma arma.

Todos nós rimos da piada e eu me senti aliviado.

As coisas estavam entrando nos eixos.

Ou talvez não...

POV. Rosálie Hale ( POV. Especial):

Senti minha mente sonolenta recuperar a lucidez, e a primeira coisa que percebi foi que minha cabeça doía, me fazendo ter a sensação de que tudo estava girando.

Resmunguei me espreguiçando e tentando em vão lutar contra a claridade.

Eu estava enrolado em um lençol e podia sentir a minha cama fofa e macia debaixo do meu corpo que parecia pesar milhões de toneladas.

Tentei me mexer na cama, mas algo parecia estar me prendia, me atava a ela. Eram braços. Braços fortes circundavam a minha cintura e eu travei instantaneamente.

Forcei minha mente a se lembrar dos últimos acontecimentos da noite, e por alguma razão, algo parecia estar errado, fora do lugar.

Abri os olhos, assustada.

Ele estava deitado de frente para minhas costas, seu rosto mergulhado nos meus cabelos loiros, as pernas e braços ao redor de seu corpo e uma das mãos descansando em meu rosto. E assim ele dorme tranquila e profundamente.

Meus olhos se arregalaram e eu me levantei num pulo.

– Bom dia, Rose.

–AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!

Gritei com toda força que poderia ter naquele momento.



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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? Espero que sim!
Poois é lindas, como todo casal, Ed e Bella tiveram sua primeira briga. Mas, não deixaram abalar, e é isso que importa não é. ^^
E uau, kk, quem gostou da chegada surpresa da Renée e Charlie levanta a mão? * Eeeu** Eu adorei escrever essa parte, ficou muito legal!
E quase a Bella conta sobre as cicatrizes, mas não foi dessa vez =( Será que o surgirá outra oportunidade? Veremos!
E uau, Rose tem um acompanhante secreto! Quem será? Façam suas apostas! Ainda essa semana eu posto um Bonus, mas vou postar lá no grupo do facebook que eu criei especialmente para postar novidades sobre a fic, então, quem ainda não add faça isso, por lá vou postar o Bonus:
http://www.facebook.com/groups/532398066778670/
Bem, e quem não tem face, me manda uma MP avisando, es tá bem? Assim eu envio o bonus pelo email ;D
Ah outro assunto importante, algumas meninas me falaram que estao com problemas para recomendar a fic, se algumas de vocês tiverem esse mesmo problemas, me avisem tá? Mandem um MP que dependendo eu tenho que avisar a moderação. ;D
Bem flores, é isso, espero que tenham gostado e até o próximo capítulo!
Beijos da Caah!