Colide escrita por DaSmaalLea


Capítulo 5
Capítulo 4 - Hunger Games (Jogos Vorazes)


Notas iniciais do capítulo

AEEE! Reviews novos hehe! Fiquei tão feliz com todos os elogios à fic, sério lindas muito obrigada e bem vindos novos leitores!
Eu sei que ia postar quando tivesse pelo menos 10 reviews, mas muitos de vocês pedirão para eu postar com mais frequência por isso cá vai o Cap 3!
Espero que todos AMEM lê-lo, porque eu definitivamente AMEI escrevê-lo. :)
xoxo



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Hunger Games (Jogos Vorazes)

POV HARRY

Liam Payne. Ia possivelmente convidar-me para ir a algum lado com ele. Bem… acho que nunca vou estar tão perto de ter um amigo de novo… exceptuando da vez quando deitei o Niall Horan ao chão.

Aí a culpa foi toda minha.

Não interessa. É quarta, não tenho de estar mais nesta merda de lugar e não tenho prova esta semana por isso posso simplesmente andar a vaguear pelas cidades ou tentar que o meu padrasto não beba muito.

A escola estava totalmente silenciosa, pelo menos naquele corredor. Parecia uma igreja. Era um pouquinho assustador até, por isso aprecei o passo.

- O QUÊ? COMO É QUE ISSO ACONTECEU. ME EXPLIQUE…. CALMA O CARALHO! QUERO RESPOSTAS!

Parei subitamente. Vamos Styles… vai ignorar os gritos e continuar o caminho para casa como qualquer pessoa normal… ou vai ceder ao desejo idiota de ir ver quem está a berrar dessa maneira?

Irónico não? Sou mais tímido que alguns gatos - eu adoro gatos - mas depois sou mais curioso que eles.

Pus a mochila nos dois braços para não fazer tanto barulho e accionei o meu 'modo espionagem'. Tá isto até era divertido. Continuei a seguir os berros cada vez mais nervosos para os confins da escola. Mas à medida que me ia aproximando do local, aquela voz ia ficando menos desconhecida aos meus ouvidos. Dobrei uma última esquina antes de chegar à sala e quase me quis arranhar (eu adoro gatos) por ser tão estúpido.

Louis estava aos gritos ao telemóvel, sem camisa, com o cabelo todo desalinhado. O grande alto que tinha nas calças dava a crer que se tinha estado a divertir. Espreitei mais um pouco e vi finalmente a garota com quem tinha estado a curtir.

Era a Eleanor J. Calder, a princesinha do colégio. Mas naquele momento era mais 'safadinha' do colégio porque estava apenas de sutiã e saia e tinha uma expressão muito irritada na cara.

- … eu vou já para aí. Sim desculpa Tia…

Ele desligou e eu encolhi-me atrás da coluna de pedra na esquina. Bem… isto foi interessante… afinal sempre deu para apanhar o Louis sem-…

WOAH. Merda. Não. Não. Você odeia o Louis, Styles. Você NÃO acha o Louis atraente, com aqueles bícepes enormes… PORRA! FOCO HARRY.

- Ah… Elie, hoje não vai dar.

- Desculpe? Eu faltei a um treino de dança e-…

- Hoje. Não. Vai. Dar. Acho que fui claro. - ele interrompeu em tom mais grave enquanto se compunha e agarrava na mochila cinzenta. A garota simplesmente assentiu, pegou nas suas coisas e foi-se embora sem dizer mais nada.

Depois disto o diabo correu. Louis tinha uma expressão lívida na cara, como se algo muito pesado lhe tivesse caído em cima.

Foi nessa altura que eu decidiu segui-lo.

Não tinha nada a perder hein? E até posso descobrir interessante… ele até pode ser traficante de armas ou droga. Finalmente teria algo para contra-atacar quando ele me humilhasse amanhã.

… Ok, mesmo que tivesse acho que mantinha a boca fechada.

Um tremelique de emoção percorreu-me o corpo à medida que avançava pelas ruas da cidade que àquela hora exibia tons rosa e laranja. Louis corria um pouco mais à minha frente e eu tentava manter a maior distância possível sem que o perdesse de vista. Aquela zona de Londres era-me bastante familiar, por isso quando comecei a entender para onde ele ia tirava atalhos por parques e jardins. Houve uma vez em que o notei parar de repente e eu estava no meio de uma passadeira… acho que o meu coração parou nesse instante e todos os sentidos do meu corpo gritavam "fudeu.". Mas ele não olhou para trás e voltou a correr como se nada fosse.

Uff. Esta vai ser daquelas para contar aos seus filhos.

[…]

Já era de noite quando o Tomlinson finalmente abrandou.

Finalmente…! Dei um suspiro escondido atrás de uma árvore e espreitei para que rua ele ia agora, já a passo rápido. Ou ia para a St. Makes ou… ia para a rua da clínica.

Foi então que o vi passar a rua St. Makes a correr e entrar directamente na clínica.

***

POV ZAYN

Ah.

Essa.

Não.

Alguém tem uma guilhotina de serviço? PLEASE?

- Me matem agora… - ouvi murmurar o Payne entre dentes e virei a cara. O raio do velho disse que ia arranjar um "substituto competente", não um "idiota de merda".

- Bem… eu… tenho que ir.

O Brooks praticamente empurrou o idiota para dentro da sala e desapareceu com um simples "boa sorte". Depois disso as coisas tornaram-se um pouco estranhas. Ele simplesmente olhava para mim, como se eu não passasse de um insecto irritante. A minha vontade era pôr-me a gritar-lhe montes de palavrões e sair porta fora, mas por alguma razão, senti que de aquela era capaz de não ser a melhor estratégia.

Continuei a olhar para ele de olhos semicerrados até que o idiota suspirou muito, muito profundamente, poisou a pasta na secretária e começou a tirar coisas dela.

- O que é que você tem aí dentro? Tijolos? - gozei apontando para a pasta que tinha as alças quase a arrebentar pelo peso.

- Não. A quantidade de viagra que você toma por dia. - Liam sorriu com falsa inocência e eu rosnei.

Havia qualquer coisa sobre este sujeito que me irritava profundamente. Oxalá eu tivesse feito como o Tomlinson e levar uma garota qualquer para uma sala. Aquele filho da mãe fica sempre com a melhor de tudo.

Mas mesmo assim, eu queria ver até onde chegava. Uma coisa era certa, bocas quaisquer com este tipo não me iam levar a lado nenhum… estava na altura de trazer a artilharia pesada.

- Então Liam…? - comecei num tom casual, o que o fez levantar o sobrolho enquanto puxava uma cadeira - quantos anos você tem mesmo?

Ele fixou-me durante algum tempo e deu um sorriso de canto.

- Zayn… só mesmo para ver você engolir seu cuspo. Eu tenho 17 anos, sou sobredotado, ganhei as olímpicas de matemática em Londres do ano passado e há três meses recusei um pedido dos Serviços Secretos para ser o psicólogo deles.

Mas que… que raio?

Sondei a sua expressão facial na procura de sinais de que estava a mentir, mas ele parecia tão à vontade e confiante que eu tive mesmo que engolir meu cuspo e desviar do olhar.

- E pagavam bem? - sussurrei sem saber muito bem o que dizer.

- Quem, os serviços secretos? Não. Porque essa era mesmo mentira, estava só a ver onde podia chegar.

E depois riu-se na minha cara.

Na minha cara.

Ninguém faz pouco da minha pessoa e a seguir ri-se da minha cara. Uma torrente de adrenalina passou-me nos braços quando saltei na cadeira e o levantei do chão pela gola da camisa aos quadrados. Tinha a minha cara a centímetros de distância da dele. Aquele… aquele filho da mãe ordinário.

No entanto ele continuava a olhar-me da mesma maneira, com o sorriso de lado sempre plantado no seu focinho.

- Não vai chegar assim a lado nenhum idiota. Até me pode partir um braço, vou sempre partir seu orgulho aos pedacinhos a seguir.

- Cala a boca.

- Me obriga.

Rosnei ainda mais do fundo da garganta e atirei-o ao chão com raiva, não conseguindo suportar mais aqueles olhos de impertinência em minha cara.

Payne levantou-se a custo, sacudiu o pó, limpou um pouco de sangue que lhe tinha caído do nariz e deu uma risada melodiosamente irónica. Eu sorri descaradamente quando o vi tentar ver discretamente se estava tudo bem com o braço. Decidi agir como ele, por isso sentei-me na minha cadeira, cruzei meu olhar com o dele e tirei uma caneta do estojo.

- Então… vamos começar com que disciplina?

***

POV NORMAL

Harry viu estupefacto o líder do Gang Tommo a entrar na clínica onde a sua mãe estava internada. O que é que Louis ia ali fazer? Trabalhava lá alguém da família, só podia ser isso. Mas então porque estava tão chateado e tinha aquela expressão de desespero na cara?

Eram demasiadas as perguntas e naquele momento Harry sentia-se demasiado envolvido e curioso para simplesmente deixar Louis ali entrar sem  o seguir.

O curls entrou devagar no edifício branco sujo e escondeu-se atrás de um vaso enorme, vendo Louis na recepção. O moreno parecia preocupado ao ouvir as palavras da mulher de bata azul. A mulher estava atrapalhada com as palavras e obviamente tinha cometido um erro, pelo olhar acusador que o garoto tinha nela.

Deixando-a a falar sozinha, Louis simplesmente entrou pelo bloco de quartos a dentro, rapidamente seguido por Harry. Passaram vários corredores que pareciam labirintos, passando esquinas que não faziam sentido nenhum.

Mas depois Louis desapareceu.

Num minuto, estava ali, mas depois de Harry olhar para a senhora do quarto 123 durante um milissegundo, já não estava.

O curls saiu do seu esconderijo, espreitando para todos os corredores visíveis e suspirou, irritado consigo mesmo por ter perdido Louis daquela maneira. Ia a voltar para trás quando sentiu uma mão quente a tapar-lhe os lábios e outra a empurrá-lo para uma dispensa.

Atirado contra as prateleiras de forma violenta, Harry ergueu as mãos numa atitude de defesa e esperou um murro ou algo pior, mas para sua surpresa a voz que saiu do atacante estava apenas irritada.

- Devia ter mais cuidado quando está a seguir alguém idiota. 

Louis fechou a porta atrás de si com um pé e encostou-se à parede da dispensa, olhando Harry de alto a baixo. Mas o que Louis não sabia é que este era o território do outro. Harry aqui sentia-se mais seguro, talvez porque tinha a mãe por perto, talvez porque tinha sido o local onde estavam as únicas pessoas que se preocupavam com ele.

- V-você tem um gosto particular em me prender em sítios fechados. - gaguejou Harry. Era uma acusação insegura e tímida, mas era alguma coisa. Pelo menos estava a responder e não a encolher-se como um animal indefeso.

Louis franziu o sobrolho e olhou Harry com desprezo.

- Porque é que me estava a seguir? - desta vez a voz saiu mais manhosa e controlada, a mesma voz que Louis utilizava com Harry no colégio.

- …

- Responda, raios! O que é que você faz aqui?

Perante o silêncio do curls o moreno deixou soltar um esgar mais irritado e aproximou-se de Harry, pegando-lhe nos caracóis com força e puxando-o para si. Aquilo doía imenso para Harry depois do embate nas prateleiras e ele não evitou deixar sair um gemido de dor.

- RESPONDE.

- E-eu… a…

- FALA PORRA, OU ACABO COM VO-…

- A MINHA MÃE! A MINHA MÃE ESTÁ AQUI INTERNADA! - gritou Harry alterado, sentido os seus olhos verdes a ficarem húmidos. Sabia que ia chorar mais não se importou, deixando as lágrimas caírem sem pudor. Estava farto de tudo e aquela pressão de falar sobre a mãe era demasiado para ele. Já nem queria saber se Louis amanhã o ia humilhar por isso.

Mas então o inesperado aconteceu.

Louis largou-o imediatamente e quando Harry olhou para cima no meio de todas as lágrimas, jurou ter visto um raio de pena e mágoa a passarem pelos olhos do moreno.  


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Notas finais do capítulo

Reviews são sempre bem vindus :3



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