O natal, não foi como Draco esperava. Havia comensais por toda parte e não parecia mais um ambiente familiar como custamava ser nessa época do ano. Na noite de natal, Draco jantou sozinho no seu quarto um elfo foi levar a comida lá, ele preferiu ficar por lá mesmo. Junto com o banquete o elfo trouxe vários feijões de todos os sabores e entregou ao garoto.

– Obrigado - agradeceu.

– O meu senhor parece muito triste, tem algo que possa fazer para aliviar sua dor? - o elfo, murmurava.

Draco olhou com ternura aqueles grandes olhos,e por um momento desejou com todas as suas forças estar com a Luna.

– Não, nada. - Draco pegou um pouco do jantar e entregou ao elfo. - Sei o que dão pra vocês comerem, então nessa noite façam um banquete.

O elfo quase não cabia dentro de si de felicidade, então deixou o garoto sozinho no quarto.

A neve caia muito forte ao lado de fora, estava mais frio do que o normal. Quem sabe. Draco então ouve um barulho na janela, bicadas de coruja. Era uma coruja grande de penas cinzas e olhos amarelos gigantescos, ela trazia uma carta pequenina amarrada na perna.

– Luna... - sussurrou ao abrir e reconhecer a letra dela.

Draco,

Essa noite está sendo mais dificil para mim do que imagina, eu realmente sinto muito por tudo que aconteceu. Queria poder conversar com você pessoalmente por carta fica complicado, e há tanto para se falar que eu precisaria de muitas para lhe dizer tudo. Não quero que fique triste, e quando voltarmos as aulas vamos conversar? Acho que precisamos.

Feliz natal, mandei um presente para você. Espero que goste.

Luna.

Então ele percebeu que a coruja carregava um pequeno embrulho, ele correu e pegou abriu devagar e viu que era o colar de tampas de cervejas amanteigadas que ela costumava usar, o preferido dela. Draco sorriu, mal podia acreditar que ela estava pensando nele, que ela queria falar com ele, e enfim ele voltaria a ter sua Luna de novo.

Catou o baú embaixo da cama, seu coração pulando da garganta, pegou um bracelete feito com pequenas pedrinhas catados do jardim de Hogwarts, ela ajudou ele a achar as pedras e ele montou o bracelete que um dia daria a ela. Então embrulhou e pegou um pedaço de pergaminho e sua pena e escreveu sua carta:

Luna,

Eu não sei dizer o quanto estou feliz por você ter me mandado essa carta, significou muito para mim. Sinto a sua falta mais do que imagina e eu mais do que ninguém quero conversar com você, espero que a volta as aulas não demorem. Estou lhe enviando algo que eu fiz para você há um tempo atrás, desculpe não sou tão bom quanto você. E eu adorei o colar, vou usa-lo sempre agora. Obrigado.

Feliz natal

Draco.

Ele amarrou no pé da coruja e ela voou em direção a noite escura. Draco pegou o colar e pendurou no pescoço, e continuou comendo sua noite bem melhor do que nunca.

As semanas se passaram e já estava quase na hora de voltar as aulas. O malão arrumado e o coração disparando, enquanto sua mãe ia com ele até a estação para pegar o Expresso de Hogwarts.

– Muito bem, tenha uma ótima volta as aulas... - ela sorriu mas seus olhos não tinham expressão.

– Vou ter mãe, vou ter...

Ela sorriu e abraçou com força seu filho.

– Quando tudo isso acabar, seremos pessoas melhores. - ela sussurrou.

– Eu não vejo a hora. - concordou Draco.

Ele entrou no Expresso e acenou antes de entrar na cabine onde Crabbe e Goyle estavam.

– Ansioso para voltar a Hogwarts? - perguntou Crabbe.

– Você nem imagina...

Dizendo isso sentou-se no banco e esperou a longa viagem passar.