Os Jogos da Capital escrita por Mario Gustavo


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

E depois de 2mn983gh9h anos ta aí outro capítulo, espero que gostem



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Com dificuldade saímos de dentro da sebe que parece ficar mais densa a cada segundo. Conforme avançamos os lados do labirinto parecem se estreitar, estamos alguns metros a frente da folhagem quando Coraline para.

Ela se vira para trás e caminha em direção aos galhos e folhas. Grito seu nome mas ela me ignora, dentro da folhagem ela se abaixa e pega alguma coisa. Finalmente nos livramos totalmente da sebe e chegamos a um lugar onde tudo parece estar normal.

–O que você tinha na cabeça para fazer aquilo?- pergunto afobada mas Coraline pede para que eu faça silencio e percebo que não gosto de quando ela faz isso. Coraline olha para o alto e grita algo para mim enquanto leva as mãos aos ouvidos.

Faço o mesmo a tempo de ouvir o barulho de uma explosão que faz meus ouvidos doerem como nunca doeram antes. Só quando Coraline tira as mãos de seu ouvido faço o mesmo. O barulho passou mas ainda estou perplexa, como Coraline descobrira o que aconteceria.

–Como?- é a única coisa que sai da minha boca.

–Eu vi o movimento da sebe em nossa direção então deduzi que fosse algum barulho muito alto.- explica Coraline.

–Você é demais, como sabe de tantas coisas?- pergunto, se não fosse por ela eu provavelmente já estaria morta.

–Simplesmente não passei quinze anos da minha vida cuidando de minha aparência.- diz a garota me fazendo sentir culpada- Me desculpe, não quis te ofender.

–Mas não ofendeu.- minto- Então quer dizer que você é um tipo de Carreirista?

–Não, ou será que sim? Não sei.- diz Coraline- Não é melhor irmos andando? Não gosto de ficar parada.

–Então- começa Coraline- Eu já vi todas as edições dos Jogos Vorazes, não por gostar mas por querer saber mais.

–Entendo.- digo enquanto viramos a direita e depois a esquerda.

–E não é só isso, eu e mais alguns amigos formamos um grupo em que treinávamos com armas roubadas.- diz Coraline.

–Nossa.- digo, não quero falar muito, quero ouvir o que ela tem a dizer.

–É mentira!- diz Coraline com um sorriso travesso e acabo sorrindo também- Achei que a gente precisava descontrair um pouco.

–E o que foi aquilo que você parou para pegar enquanto a folhagem nos perseguia? – pergunto.

–Veja!- responde ela estendo uma garrafa de plástico com um líquido transparente dentro- Mas não tenho certeza se é água.

–Eu estou com sede demais para esperar você ter certeza.- digo pegando a garrafa da mão de Coraline.

Abro-a rapidamente e dou um longo gole quando ela toca meus lábios porém ao invés de sentir alívio sinto uma queimação. Como se eu tivesse engolido um fósforo aceso e ele não tivesse se apagado.

Quando eu era pequena já tinha ouvido falar que álcool em excesso causa essa sensação mas sei que o líquido que bebi não era álcool, era veneno.

Começo a cair no chão quando Coraline me segura, a sensação de queimação não para de crescer em meu corpo e parece que vou morrer quando um paraquedas prateado pousa a minha direita.

Agilmente Coraline o pega e tira um pequeno frasco de dentro. Sem pensar ela destampa o fraco e despeja seu conteúdo em minha boca. Lentamente a sensação desagradável deixa meu corpo e tento me sentar.

–Você conseguiu patrocinadores.- diz Coraline.

Nós conseguimos patrocinadores.- corrijo-a- Nós somos um time.

Coraline pega a tira de papel que veio com o frasco e lê: “Vocês vão saber o que fazer – P”

–Peeta...- sussurro e Coraline assente.

Depois de alguns minutos me recuperando digo a Coraline que podemos continuar a caminhar. A essa altura a sede e a fome esta nos matando e relutantes comemos a maçã que restava.

É então que ouvimos três tiros de canhão, um separado do outro por três minutos ou menos. A primeira coisa que vem em minha cabeça é que o grupo de Dinathy achou Trenton, Bliss e Abraham e os matou porém ao virar para a esquerda fico aliviada.

Eu e Coraline chegamos na Cornucópia, que esta repleta de armas e suprimentos chamando-nos e com uma machado na mão e a roupa toda ensanguentada esta Bliss. A garota lutara contra três tributos e os corpos deles estavam ali.

–Bliss!- digo enquanto corro em sua direção, abraço-a brevemente e volto minha atenção para um malote de garrafas de água próximo.

Enquanto bebo o máximo de água que consigo Caroline encara Bliss e os corpos dos três tributos com um sorriso no rosto. Depois de alguns segundos elas duas se juntam a mim e nós três comemos e bebemos água ate não aguentar mais.

–Conte-nos como tem passado Bliss.- peço e Coraline ri- O que foi?

–Você perguntou como se Bliss fosse uma amiga que veio tomar chá em sua casa após duas semanas de ausência.- diz Coraline rindo, seu senso de humor nas horas inconvenientes é admirável.

–Eu passei bem, obrigada.- diz Bliss- Havia água e carne desidratada em minha entrada para o labirinto. Cheguei aqui um pouco antes de vocês, os três garotos estavam me perseguindo e comecei a correr sem saber para onde estava indo.

“Acabei chegando aqui e matei os três com esse machado.- diz garota de forma normal, até um pouco fofa.

Depois que os corpos dos três meninos são recolhidos resolvemos descansar. Aceito ficar de guarda porque comi demais e não conseguiria dormir. Quando as duas meninas fecham os olhos um aerodeslizador aparece no céu alaranjado e começa a soltar bombas em um determinado local.

Quando o bombardeio acaba o aerodeslizador some e o som de um canhão soa.

Durante a noite o hino de Panem começa a tocar e juntas eu, Coraline e Bliss assistimos à exibição das fotos dos tributos mortos. São eles: Flynn, Wendrew, Dustin, Johnattan e Zafira.

Nada de Trenton ou Abraham, ainda bem.


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Notas finais do capítulo

Mortes:

Flynn morreu de frio durante a noite
Wendrew, Dustin e Johnattan foram mortos por Bliss
Zafira foi morta pelo bombardeio

O bombardeio foi uma espécie de vingança pelo bombardeio que matou a Prim



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