10 Finn Hudson x 97 Quinn Fabray

-Hudson! Está um fracote hoje!

Sentei-me no sofá.

-Ah, desculpa Quinn. São só os problemas mesmo, trabalho, Rachel..

A garota de óculos sentou-se ao meu lado.

-E isso vai te levar a perder em um jogo de tiros para uma garota! Fracote, fracote, fracote.

Nós dois rimos.

-Ela não fala mais comigo.

-Calma, um dia ela vai notar o canalha que namora.

Ao terminar de dizer essas palavras, alguém bateu a porta. Quinn recuou, e cuidei logo de ir antender, pois não esperávamos ninguém naquela hora.

Rachel Berry estava encharcada. Seus cabelos pingavam, seu corpo tremia, e a parte mais característica: Seus olhos estavam pretos. Completamente pretos. Rodeados de preto.

- Oh, Barnabas, estamos em NYC, não em Collinsport, mas, é bem vindo em nosso lar, claro, mas sem sangue ou bruxas!

Disse isso em meio á uma gargalhada. Rachel não riu. Apenas passou do meu lado. Quinn abafou um gritinho.

-PEQUENA BERRY!

Rachel sentou-se no sofá, encolheu as pernas, e continuou a tremer. Quinn veio correndo com um termômetro, uma manta, uma toalha e um casaco.

-RACHEL BERRY? O QUE HOUVE? CADÊ O ST JAMES?

Rachel não respondeu. 

-Finn! Faça alguma coisa!

Corri até a cozinha e esquentei um pano de enchugar pratos no microondas. Não era um gênio da medicina, mas isso poderia dar para o gasto. 

Rachel permanecia no sofá. Agorá, coberta e com um termomêtro. Coloquei o pano sobre a sua cabeça. 

-Ela está queimando. Precisamos tirar essa roupas molhada dela.

-PRECISAMOS? - Perguntei surpreso.

-Não precisam. Vire-se Finn Hudson. - Rachel sussurrou com uma voz rouca e em meio a toces. Só a vi novamente com um grande moleton e uma calça que eram de Quinn. Enrolei a tolha no seu cabelo e eu e a transportei no meu colo até seu quarto.

-Então. O que houve? 

-Primeiro. Finn Hudson não poderá sair deste quarto nem tomar nenhuma atitude diante do que vou contar agora. Depois, por favor não digam "eu avisei".

-Saí daqui no começo da noite. Fui ao granger's encontrar o Jesse e nós beberíamos um pouco, vocês sabem, dar uns beijos enfim. Peguei um engarrafamento e acabei me atrasando. O telefone do Jesse só dava desligado. Apesar da chuva, o taxista me largou uma quadra antes do restaurante. Corri e levei duas quedas, toda molhada, cheguei ao restaurante. Comecei a conversar com Jesse, e simplesmente do nada, ele acabou tudo comigo! Disse que estava partindo para LA, que sentia muito. Ele me largou lá! Não encontrei um táxi e tive que andar na chuva até aqui!

-QUE CANALHA! EU SABIA!

Gritei. E quando ia cruzando a porta para ir acertar as contas com Jesse, me lembrei da promessa feita a Rachel alguns minutos antes. Voltei, e sentei-me do seu lado novamente.

-Rachel! Você deveria ter me ligado! Que canalha mesmo..

-Seu celular não atendia, e eu não queria falar com ele pois estava com raiva..

-Ele? Ele quem?

-Ele.

Ela olhou para mim.

-Mas enfim, agora que tá tudo bem, vou dormir. Vocês que se entendam.

Quinn saiu do quarto. Rachel tinha um nariz vermelho, e ficava linda daquele jeito. 

-Você sabe, acho melhor eu dormi aqui hoje.

Rachel fez uma cara incrédula, como se eu fosse um bêbado soltando uma cantada.

-Na sala, Rachel.

-Tudo bem. Pegue os lençois, sabe onde ficam.

A beijei na testa e saí do quarto.