Músicas Para A Vida escrita por Polly S


Capítulo 6
Capítulo 6 - The Truth Comes Out (Parte I)


Notas iniciais do capítulo

Boa noite meninas.
Vim aqui agradecer aos reviews. Obrigado mesmo. Amei cada um. Beijos e vão ler o capítulo.



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 A aula estava um tédio para Leah.

Um bilhetinho aterrissou ao lado de sua mesa. Olhou para trás e Seth sinalizava para ela apanhar.

Ela pegou e abriu.

Carrie tava muito estranha hoje, você não achou? Eu achei. Nessie parecia uma grávida no almoço. Acho que estava ansiosa. Sabe o por quê? E a última coisa... O que você acha de eu chamar a Carrie pra sair?

Era uma sorte o almoço já ter passado, ou Leah teria cuspido o que quer que fosse na hora.

Pegou sua caneta rosa e escreveu:

Não. Não notei. Nessie está ansiosa porque ela decidiu ser uma cantora profissional, mas está nervosa com a possibilidade. Sabia que ela teve que tomar duas pílulas de calmante no aniversário da Carrie para subir no palco? Ela morre de medo de ser vaiada. E quanto a Carrie, faz o que você quiser, eu não ligo!”.

Ela mandou de volta para ele.

- Então... Anna... Você descreveria o seu colega Seth com qual palavra descritiva de personalidade? – o professor falou.

A loira olhou para Seth e disse em uma voz mórbida:

- Otário.

A sala inteira riu. Com exceção de Carrie, Seth e Leah.

- Seth, gostaria de rebater?

Seth olhou para ela e disse:

- Solitária.

A sala inteira vaiou um “Pôôôôôôôô”.

Jacob levantou um braço.

- Sim, Jacob?

- Eu sei de uma palavra para descrever Seth. – ele disse.

Leah arregalou os olhos.

Fudeu” ela pensou

- Vá em frente. – o professor sem-noção falou.

- Bastardo. – Jacob falou com um sorriso malvado.

Foi questão de segundos. Seth estava socando Jacob, com toda a força.

Jacob não deixou barato. Socou o meio-irmão de volta.

Os dois se enroscaram em uma briga violenta.

Leah assistia tudo horrorizada. Claro, ela era conhecida por adorar brigas, UFC e essas coisas, mas ela também era uma garota bastante preocupada e não gostava quando seus amigos se envolviam em brigas como aquela a sua frente.

Foi quando Embry Call e Quil Ateara resolveram fazer algo que não fosse gritar ‘Briga, Briga, Briga, Briga’ ou um berro de ‘Parem ou eu chamo o diretor’ como o que o professor estava dando. Eles avançaram nos dois. Embry pulou em Seth que estava sentado em cima de Jacob socando-o com todo o ódio reprimido e Quil segurou Jacob que gritava insultos tão horrendos que além de horrorizarem Leah, deixariam um marinheiro envergonhado.

Carrie e Leah se entreolharam e engoliram seco.

- Os dois para a diretoria. AGORA! – o professor vermelho vociferou.

Ah, mas Leah não ia ficar de fora do furdunço nem que a vaca mugisse um “Seus pais se importam com você, Leah”. Por que: 1˚ - Seria mentira; e 2˚ - seria impossível.

- Puta que paril isso que foi uma briga fodástica. – ela falou alto quando Seth e Jacob iam saindo pela porta.

O professor a olhou feio.

- Srta. Clearwater... A Srta quer sair da sala de aula? – o professor ameaçou.

- Sonho com isso desde que conheci o senhor. – ela respondeu na cara de pau.

- Chega! Para a sala do diretor. AGORA!

Leah se levantou com um sorriso de satisfação.

- Qualquer coisa para não olhar para essa remela no seu olho é muito bem vinda. – ela caçoou saindo com Seth e Jacob que escondiam o riso que a turma não fazia a mínima questão de esconder.

Já fora da sala de aula, Seth olhou para a melhor amiga, risonho e disse:

- Você é louca!

Ela olhou para ele com um olhar maroto e disse:

- Você disse algo que nós dois sabemos desde sempre. – ela disse sorrindo convencida – A Nessie tem até atestado do meu psicólogo pra comprovar.

O atestado tivera uma história engraçada.

Colocaram uma Leah bêbada em um consultório de psicologia e a morena se soltou: fingiu ser uma leoa, comeu todos os doces do consultório, passou trote para a secretária, xingou seus pais e no fim fez xixi em cima da mesa da psicóloga, que ficou possessa, expulsando Leah e dando o atestado de que ela era louca.

Ambos gargalharam.

- Me desculpe por aquilo, mas eu queria te dar uma lição. Não imaginava que você iria traumatizar a psicóloga. – ele riu.

- Querido, esta é Leah Rose Clearwater. A doidinha indomável.

- Mentira. – Seth acusou – Só quem te controla é a Nessie...

Leah rolou os olhos.

- Renesmee Bob Swan é a nossa consciência. Ela controla todo mundo e nós controlamos ela, porque ela não sabe o que fazer consigo mesma e nós sabemos.

- Não seja tão cruel. – ele repreendeu – Nessie é apenas muito centrada... Ela só...

Leah encarou o amigo, incrédula.

- Seth ela vê os nossos problemas como equações de química e matemática. Ela não é normal, nunca será normal. A única vez que ela não pensa em equações é quando ela está pensando em música. Essa é a vida dela. Escola, música. Música, escola. Ela tem que tomar calmantes toda vez que aparece em público, seja para cantar como fez no aniversário da Carrie ou debates escolares.

Seth se calou e Leah se animou.

- HÁ! – ela gritou triunfante – Viu como eu sempre tenho razão? Você calou a boca querido amiguinho...

- Porque pela primeira vez você falou algo que preste. – ele rebateu e ela ergueu as mãos como se estivesse se rendendo, mas sem tirar o sorriso malandro e satisfeito de sua face.

Eles estavam tão absortos em sua conversa sobre Nessie (e sobre o fato de pela primeira vez em anos Leah ter conseguido calar a boca de Seth) que não perceberam que Jacob ainda os acompanhava.

E bolava uma idéia para se vingar da surra que levara na sala de aula.

Deve ser uma nerd chata, gorda, feia e cheia de espinhas. Com uma baixa auto-estima. Vai ser mole...” ele pensou sorrindo.

Nessie estava dividida entre mandar ou não a música para Edward analisar.

Suspirou mais uma vez.

Tentou se concentrar na aula, mas sua mente voltou para a música.

Ela não podia negar que adorara cantar aquela música. Era excelente. Muito boa mesmo. Ela se orgulhava da música.

Tentou mais uma vez se concentrar na aula, mas, de repente veio-lhe um surto de inspiração para criar uma música.

Virou a folha do caderno e pegou sua caneta azul.

Escrevendo freneticamente, fazendo mudanças e relendo a mesma frase cinco vezes ela estava bem entusiasmada para a música.

Devia ser o surto romântico. Na noite anterior ela, sua mãe e Rosalie assistiram a um filme de super-herói chamado: Thor. E ela, é claro, adorou o romance de Thor e Jane.

Até que alguém a cutucou.

Ela olhou.

Era uma das líderes de torcida. A loira estonteante apontou para o professor que esperava uma resposta.

- Desculpe professor. O senhor poderia, por favor, repetir a pergunta? – ela pediu com o mesmo olhar e a mesma voz dengosa que convencia sua mãe a lhe dar o que queria. Funcionou até Bella descobrir o truque dela.

O professor desfez a feição severa.

- Eu perguntei quantos são os cromossomos presentes em um óvulo.

- 23 cromossomos. Mas se o óvulo for fecundado serão 46.

- Pode me explicar o porque?

- Ahn... 23 cromossomos são do óvulo e 23 do espermatozóide que fecundou o óvulo. – ela respondeu.

- Nerd! – Lauren disse fingindo uma tossida.

Incrivelmente, Nessie ficou sem paciência com ela.

- Pode me chamar de Nerd se quiser Lauren. Porque isso significa que sou mais inteligente que você. Aliás... Garanto que meu Q.I. é bem mais elevado que o seu. Já que eu consigo responder uma pergunta diretamente e não inventar respostas ou enrolar o professor. E eu não preciso pagar alunos inteligentes para fazerem as minhas provas porque eu tenho capacidade mental de fazê-las sozinha e por mim mesma. Infelizmente, Lauren, você é uma tina de bestialidade sem tamanho.

Lauren olhou para ela incrédula.

Ela virou-se para frente emburrada.

Nessie sabia que tinha se exibido usando um dos xingamentos de Shakespeare, mas ela não se importava. Lauren era burra. Burra mesmo.

Assim que a campa bateu, ela saiu correndo para o único lugar onde não a ofendiam: Sua preciosa sala de tutoria.

Leah saiu quase gargalhando da sala do diretor. Seth balançava a cabeça negativamente para ela e Jacob não saiu. Ele tinha algo a discutir com o diretor.

- Você quer morrer? – Seth perguntou incrédulo. – Como você tem coragem de perguntar ao diretor se a mulher dele tinha se irritado e deixado ele sem sexo?

- Era a única razão para o mau-humor dele. – ela gargalhou.

Eles pararam de rir quando um furação vermelho passou gritando:

- Oi gente, tchau gente.

E entrou na sala de tutoria.

- Essa foi nova. – Leah disse – Vem vamos encontrar a Carrie!

Rose entrou na escola de música.

Estava louca para encontrar seu irmão.

- Com licença. – pediu a um aluno. – Sabe me dizer onde fica a sala de James Swan?

- Sim, terceiro andar. Primeiro corredor à esquerda. Sala 105. – garoto loiro respondeu.

- Obrigada. – ela agradeceu a detalhada explicação.

Ela chegou a sala do irmão.

Ele dava aula de canto para um grupo de adolescentes.

- Para! – James dizia. – Shaw lembre-se de apoiar. Madison lembre-se do bocejo. Cante como se estivesse bocejando.

Os alunos recomeçaram. Rose teve que admitir. Eles eram bons. James os ensinava bem. Sem dúvida Rose tinha os irmãos mais talentosos do mundo.

Quando eles pararam de cantar ela entrou em sua típica entrada:

Bateu palmas e disse:

- Finalmente você fez algo que preste, Jay. Aprimorou os talentos dessas crianças.

Ele se virou sorrindo e viu a irmã.

- Rose! – ele exclamou dando um abraço nela. Então se virou e disse aos alunos – Pessoal esta doidinha intrometida aqui é minha irmãzinha mais nova. E também a fotógrafa mais talentosa que eu já vi na vida.

- Oi. – ela saudou.

- Nessie vem aqui daqui a pouco. – ele informou. – Em uma hora e meia.

- Ah é! Ela faz aulas de canto aqui.

Ele riu.

- Ela costuma gravar as novas músicas dela no estúdio as terças. – ele sorriu. – Bem, estão liberados por hoje. Samantha tente fazer as escalas de fá menor sim?

A garota gordinha assentiu e saiu pela porta.

- Bella me disse que você está solteira. – James sorriu – Que bom, aceita jantar comigo?

Rose sorriu.

- Claro! você vai pagar certo?

- Não. Minha esposa vai. Aliás, Victoria não está podendo sair de casa, se importa de comer macarrão com molho a bolonhesa lá em casa?

- Nem um pouco. – Rose sorriu – E eu esqueci mesmo de te dar os parabéns. Primeiro filho aos 38 anos! Tava na hora mesmo!

Ele riu, corando e abaixou a cabeça.

- Vic estava com medo. E ela ainda tem 32. É uma gravidez de risco, sabe...

Rose assentiu.

- Ela tem placenta prévia não é? – perguntou penalizada pelo irmão.

- É. Repouso o dia inteiro, muita fruta, muito legume... – James passou a mão pelo cabelo loiro respirando fundo – E muito medo da minha parte. Só de pensar que ela pode sofrer uma hemorragia e morrer eu fico louco de medo.

- Devo imaginar. – a loira disse baixinho. – Mas eu vim aqui pra te pedir ajuda com uma coisa que deveríamos ter feito a mil anos e não fizemos.

James olhou confuso para a irmã.

- É melhor você ligar para o Sam, Jessica e para o Riley. Porque temos uma reunião as escuras para decidir o futuro de uma adolescente...

James compreendeu e assentiu.

- Eu ligo pra Jessica e pro Riley. Você liga pro Sam...

- Porque eu sou demais e ele só escuta a mim e a mamãe. – Rose se gabou pegando o celular.

Ambos pegaram seus celulares, indo para partes opostas da sala.

Nessie estava pregando alguns avisos no quadro da sala de tutores quando ouviu um pigarro.

Olhou e ficou tensa.

Era Jacob Black.

- Posso ajudar? – ela perguntou polidamente.

- Sim. – ele perguntou e olhou no papel. – Você saberia me dizer que é Renesmee Swan?

- Sou eu. – ela disse calmamente.

Jacob piscou em surpresa.

Ela não era gorda, nem feia... Tá, ela usava um poncho ridículo, mas era bonita... Seria mais fácil do que ele imaginava.

- Você é a minha tutora. – ele respondeu.

Ela puxou o papel da mão dele de forma bruta e urgente.

Ele esperou o suspiro. Esperou o sorriso. Esperou o “Sim, seria um prazer te ajudar”. Mas não foi isso o que ele recebeu.

Não foi o suspiro. Não foi o sorriso. Não foi a frase que metade das garotas já havia proferido a ele. Foi um:

- Deve haver um engano. – ela disse devolvendo o papel. – Eu não posso ser sua tutora.

- Bem... Se seu nome é Renesmee Swan, creio que será minha tutora. – ele disse convencido.

Nessie estava em pânico. Ela sempre fora tímida e não costumava falar sem gaguejar. Mas ela tentava centralizar toda a irritação que sentira por Lauren para conseguir fazer essa proeza.

Ela mordeu o lábio inferior. Jacob achou que ela ficou parecendo uma criança hesitante com aquele gesto.

- Sou amiga do Seth. – ela disse por fim, como se isso fosse um bom motivo para ele cair fora.

- E daí?

- E daí que eu não vou te ajudar com nada. – ela disse – não vou andar com você sendo amiga de um garoto a quem você só faz maltratar e humilhar. Sinto muito, mas não sou assim. E isso se aplica a te ajudar com uma matéria escola.

Para Jacob foi como um banho de água fria. Ela não só estava dizendo um não a ele, como também o estava dispensando de um modo típico dos nerds. Estava literalmente desejando que ele se desse mal nas provas.

- Não estou pedindo para andar comigo, só pra me ajudar a passar de ano. – ele protestou sentindo-se ridículo.

- Que parte de eu não vou te ajudar você não entendeu? Seth é meu melhor amigo e se eu tiver que escolher entre ele e pontos escolares não me faça dizer qual que eu escolheria. – Ela disse empilhando os papéis em cima de uma mesa. Abaixou-se e pegou sua mochila. Uma Kipling de cor cereja. Ela passou por ele dizendo: - Não sou uma traíra de meia tigela e nem uma vaca que fica fazendo as coisas ás escondidas. Não me confunda Jacob Black. Não me interessa se você é o capitão da equipe de futebol...

- Basquete. – ele a corrigiu.

Ela parou em frente a ele.

- Não me interessa. Eu odeio esportes e não ligo se você joga basquete, futebol, basebol e sei mais lá o que com bol. Não ligo pra você e não pretendo nem me importar com você algum dia.

Ela passou indo em direção da Leah Clearwater e a Carrie Withlock que o olhou nervosa.

Jacob sorriu ao encontrar o olhar de Carrie.

A loirinha se arrependera do que fizera.

Era bom ter algo contra Carrie.

Bella estava com uma baita dor de cabeça.

Estava com um pano úmido e gelado em sua testa, os pés levantados e apoiados em sua mesa esperando o efeito do tylenol que tomara havia alguns minutos.

Ouviu sua porta se abrindo.

- Katie. – ela gemeu – eu disse que não queria ninguém na minha sala, por favor, você pode sair e dizer que eu não vou atender ninguém hoje?

- Eu não sou ninguém. – a voz que ela menos esperava ouvir soou.

Ela tirou os pés da mesa e ergueu a cabeça de um modo tão absurdamente rápido que ela escorregou da cadeira, caindo no chão gritando:

- EDWARD! – ela se levantou rapidamente. – O que você está fazendo aqui? Como passou pela Katie...

- Sua secretária está em horário de almoço. – ele sorriu.

- Bela tentativa. – ela disse sarcástica – Katie sofre de anorexia. Ela só come uma vez no dia e é à noite, ou quando a mãe dela vem visitá-la.

- Bem, ela não estava no lugar de sempre... – Edward comentou confuso.

O rosto de Bella contorceu-se em preocupação.

- Ah não! – ela gemeu saindo apressada da sala.

Edward a seguiu, mas parou quando a porta que ela entrou indicava: Banheiro Feminino.

Dentro do banheiro Bella, preocupada, abriu todos os boxes a procura se sua secretária.

Achou-a chorando no último boxe.

- Ei... – Bella fez menção de tocá-la, mas a garota não deixou.

- Não é o que você está pensando. – Katie disse. – Meu pai faleceu há duas horas.

Bella ficou aliviada por ela não estar vomitando ou fazendo o uso de laxantes ou de qualquer coisa que os anoréxicos usam.

Bella se sentou ao lado dela e a abraçou.

- Se você quiser, pode tirar o resto do mês de licença. – falou – Sua mãe deve estar precisando de você lá em Boston.

- Sério? – Katie fitando-a com seus olhos inchados e vermelhos.

- É, pode ir. Eu coloco a Nessie ou a Rose para te substituir por esse tempo.

Katie abraçou a chefe.

- Obrigado, Bella.

Katie se levantou, assim como Bella.

- Vamos, você tem que comprar suas passagens e arrumar sua mala. – Bella disse.

Ao saíram do banheiro, Bella decidiu que não estava com cabeça para trabalhar.

Pegou o celular e mandou uma mensagem para James:

Não estou me sentindo bem. Vou ir pra casa, ok?”

A resposta dele foi curta:

Ok”.

Edward estava com a cabeça a mil. Não podia tirar da cabeça o relatório que lera sobre Nessie e Bella.

Ele sabia da verdade, só queria confirmar.

Bella saiu do banheiro com uma chorosa garota ruiva e digitou algo no celular.

- Podemos conversar agora? – ele perguntou – É sobre Nessie.

Ela assentiu.

- Na minha casa, por favor, não agüento ficar aqui por nem mais um minuto!

Edward assentiu. Se fosse falar o que iria falar. Ele não queria uma platéia olhando.

Nessie voltou à sala de tutoria, desta vez mais feliz. Louis, seu pupilo conseguira passar na matéria em que estava pendente. Ela mal esperava para anotar a nota dele, ao lado do seu mural.

Mal entrou na sala, seu sorriso se desfez e girou nos calcanhares.

- Não, espera. – Jacob pediu – eu só vim te agradecer.

Ela se virou para ele mais uma vez, total e completamente confusa.

- Pelo que?

- Por ter me ajudado tanto. Sabe... – ele disse sarcástico levantando uma prova que exibia um grande, vermelho e redondo zero. – Sua ajuda realmente me foi preciosa.

E dizendo isso ele saiu, passando por ela.

Ela suspirou e saiu da sala também.

Dane-se a escola de música. Ela queria mais era seu quarto para que pudesse pensar a vontade, conversar com sua tia e se esbaldar em chocolate.

Edward e Bella entraram na casa e Bella foi logo se desculpando:

- Eu sei que disse para passar no meu escritório, mas infelizmente hoje o dia está infernal.

- Percebi. – ele disse friamente. – Quero te fazer uma pergunta, Bella. – ele disse – de ex-namorado, para ex-namorada.

Bella ficou tensa.

- Sim? - perguntou hesitante.

- Quem é o pai dela? Da Renesmee?

Os olhos castanhos de Bella não poderiam estar mais arregalados.

- Não te interessa.

- Ah me interessa sim. – ele pressionou se aproximando dela. – Quem é o pai dela? Sou eu, ou você era tão vadia a ponto de me trair?

Bella travou o maxilar, com o tamanho da fúria.

- Eu nunca te traí. – ela disse com os olhos marejados, sem o fitar.

- Eu sou o pai dela não sou? – ele perguntou. – Me fala Isabella. Eu posso ter sido um drogado, mas burro eu nunca fui. Sei mexer com números e ela faz quinze anos esse ano não é? Não foi por essa data que você terminou comigo? Me deixou sem ao menos me contar que estava grávida?

- EU TENTEI TÁ LEGAL? – Bella se descontrolou. – EU TENTEI TE CONTAR, MAS VOCÊ SÓ QUERIA SABER DAQUELA MERDA DE SERINGA! SÓ PENSAVA EM SE DROGAR! EU NÃO IRIA FICAR COM VOCÊ DAQUELE JEITO! – as lágrimas caíam pelo rosto dela livremente – EU NÃO QUERIA UM VICIADO COMO PAI DO MEU BEBÊ. VOCÊ QUEBROU TODAS AS PROMESSAS QUE ME FEZ E EU NÃO QUERIA QUE NESSIE SOFRESSE COM VOCÊ O QUE EU SOFRI.

- EU SAÍ DAQUELA VIDA, POR VOCÊ. – ele esbravejou ficando vermelho. Estavam a menos de trinta centímetros um do outro. – VOCÊ NÃO QUIS ME OUVIR, NÃO QUIS FALAR COMIGO.

- EU ESTAVA GRÁVIDA, SOZINHA E MAGOADA. – ela gritou mais alto que ele. Ele não falou nada, completamente chocado pelas palavras dela. Ela caminhou para uma cadeira, se afastando mais dele – Você quebrou as promessas que me fez Edward. Uma por uma. Uma atrás da outra, sem pensar, sem raciocinar... Você acha que esse era um exemplo que eu queria para uma criança? Um pai drogado, bêbado, que não cumpre o que promete? Cujas palavras são vazias? Não. Eu saí daquela vida inútil porque eu fiquei grávida. A primeira coisa que passou pela minha cabeça foi o aborto. Mas eu decidi que iríamos discutir sobre isso. Eu e você. E o quê que você fez? Preferiu a merda de uma seringa com heroína do que o nosso relacionamento. Eu vi no que você se transformou e naquele momento eu... Eu só pude pensar que iria ter aquele filho. Com ou sem você. Eu iria ser motivo de orgulho para aquela criança. Ela nunca iria olhar para mim e dizer: ‘Mãe, você se drogou de novo?’ ou ‘mãe, pelo amor de Deus, tente ficar sóbria’. Nunca. Eu nunca faria isso com ela. E não fiz. Mas com você... – ela riu com escárnio e se um pingo de emoção. Um riso curto e sofrido – Com você ela teria que fazer pior. Seria o inferno. Eu nunca faria isso com um filho meu.

- Quando ela nasceu? – ele perguntou.

Bella fungou.

- Três dias antes do meu aniversário. – ela falou com a voz fina. – Você estava na clínica.

- E você não me contou nada! – ele acusou – você me privou de quinze anos da vida dela! Me privou de vê-la crescer e se transformar na jovem linda, educada, delicada e maravilhosa que ela é hoje. Você tirou de mim a vida da minha filha.

- Só porque você doou um espermatozóide para um óvulo meu não significa que você seja pai dela. Quando eu precisei que você fosse você só estava pensando em sexo e drogas. – ela falou calma e duramente. A mágoa que havia em seu rosto era difícil de ignorar.

- Ela precisa saber que eu sou pai dela. – Edward disse.

Um barulho foi ouvido e os dois olharam rapidamente, assustados.

Próxima à porta aberta estava uma Nessie chocada, a mochila caída aos seus pés, os olhos marejados, e uma expressão dolorosa em seu rosto.

- Nessie... – Bella arfou aflita e sem saber mais o que dizer o que fazer.

- Ele... Ele é o meu pai. – não era uma pergunta da garota. Era uma afirmação. Nessie estava catatônica.


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Notas finais do capítulo

Então, cá estamos nós com mais um capítulo.
Resolvi postar hoje porque HOJE É FERIADO. VIVAAAAAAA.
Então para comemorar os dias sem aula (já que aqui na minha cidadezinha sexta-feira é ponto facultativo)eu resolvi presentear a vocês com mais um capítulo fresquinho.
Amo vocês e aqui vai um bônus:
Próximo cap:
- Porque não me contou antes? Por quê? Você me disse uma vez que se algum dia encontrasse com ele iria falar sobre mim. Iria me falar quem era ele. Você me prometeu isso. Você quebrou a sua promessa. Você mentiu pra mim.
Bella parecia ter levado um tapa na cara.
......................
Carrie estava cada vez mais tensa.
Doía em seu íntimo ter que esconder o que fizera dos amigos.
Ela precisava contar a alguém. E não podia ser Nessie. A ruiva andava muito temperamental ultimamente e não sabia lidar com problemas que não fossem equacionais. Pelo menos essa era a opinião de Carrie.
Entrou no quarto de Leah.
O quarto da morena era o maior quarto que Carrie já havia visto. Ela era cheia de mimos e agia como uma badgirl ordinária. Vá entender!
- Oi loira! Leah saudou saindo de seu imenso closet com sua roupa mais relaxada. Uma blusa preta de alças e calça jeans descalça.
- Leah eu preciso te contar uma coisa. a garota comentou e Leah notou pela primeira vez que ela estava chorando.
Leah ficou séria imediatamente.
- O que foi?
Carrie fungou e soltou a bomba com um sussurro...
________________________________________________________
Meio troll não é... Até a próxima meninas



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