Músicas Para A Vida escrita por Polly S


Capítulo 39
Capítulo 02/18 - Sad Story


Notas iniciais do capítulo

Eu disse que postaria amanhã, mas não aguentei.
Aqui estou eu, postando antes do previsto.
Aviso: Drama exagerado. Mortes. Terrorismo.
E isso não é um drama meu.
Obrigada pelos reviews meninas. Amei e respondi a todos. Um big abraço pra vocês fofuxas do meu ♥.
Capítulo dedicado a alinica. Você sabe o porque, meu pote de Nutella.



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A correria se iniciou.

Leah correu para o lado de fora da escola.

Jacob que acabara de chegar a viu e a puxou confuso.

– O que aconteceu?

– Um tiro. – Seth se meteu aparecendo “do nada”.

– Onde estão Carrie e Nessie?

– Carrie estava bem atrás de mim. O tiro foi na biblioteca. Estávamos indo pra lá. E a Nessie eu não sei. A gente tinha combinado de se encontrar na biblioteca. OHMEUDEUS E SE O TIRO PEGOU EM UMA DELAS?

Jacob ficou pálido e saiu correndo rumo a escola que já estava sendo cercada por policiais.

Um policial tentou agarrá-lo, mas ele se desviou com facilidade.

– VAI ATRÁS DELE! – Leah berrou desesperada para Seth que tratou de correr atrás do irmão, fazendo sinal para os policiais deixarem Jacob com ele, chegando a jogar-se em cima do irmão quando chegou perto o suficiente para fazê-lo parar.

Jacob saiu rolando pelo gramado e se pôs de pé.

– Jacob, pára. – Seth bradou. – Tem um louco atirando lá dentro e você quer entrar?

– Nessie está la dentro, Seth. – Jacob disse em tom de desespero. – Se eu tiver que levar um tiro pra ela sair sã e salva dessa escola eu levo quantos tiros eu precisar.

Seth viu a determinação nos olhos do irmão e soube que não poderia dissuadi-lo da idéia.

Então, bufou e disse:

– Vamos logo buscar essas meninas.

E os dois entraram juntos.

Leah assistiu aquilo tentando soltar-se do policial que tentava mantê-la longe junto com os outros estudantes.

– ME SOLTA! – ela gritou chorando de raiva – MEUS MELHORES AMIGOS ESTÃO LÁ DENTRO. ME DEIXE IR LÁ.

Leah sentia-se uma inútil. Seus melhores amigos estavam em perigo e ela nem estava por perto para ajudar.

Carrie e Nessie estavam perdidas dentro daquela escola juntamente com outros estudantes e ela ali, plantada sem poder fazer nada.

Sem fazer nada uma ova” ela pensou puxando celular e ligando para Jasper, Edward, Sarah e Sue.


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Sue estava servindo um hambúrguer a um cliente quando Keith entrou deixando-a tensa.

– Oi. – disse suavemente torcendo seu avental verde de cintura.

– Oi. – ele disse desconfortável. – Eu, ahn... gostaria de falar com você.

– Claro. – ela disse. – Deb! – ela chamou a moça que servia um café para duas mulheres. – Você pode cuidar de tudo pra mim por um instante?

– Claro. – Deb concordou.

– Vamos pra cozinha? – Sue sugeriu.

– É perfeito. – ele disse.

Assim que eles entraram o Chef Howard os olhou e disse em seu sotaque sulista:

– O terraço é de vocês. A cozinha é minha. Minha comida não pode sentir tensão. PARA FORA OS DOIS.

Sue e Keith rapidamente obedeceram.

Keith respirou fundo e abriu a boca para falar, mas Sue fora mais rápida.

– Eu quero pedir desculpas. – ela disse com uma expressão culpada. – Eu estraguei o que deveria ser o dia mais feliz de sua vida. Me desculpe.

– Está brincando? Você me salvou de um buraco. Muito obrigado. – Keith disse sorrindo tranquilão como era seu jeito. – Mas não foi por isso que eu vim.

– Não? – Sue perguntou confusa, com o coração a mil por hora.

– Não. – ele confirmou. – Aquilo que você me disse antes de me contar sobre Jenna... Sobre me amar... é verdade?

Sue respirou fundo e disse:

– Keith, por favor... – ela começou.

– Só me diz ‘sim’ ou ‘não’. – ele insistiu.

– Sim. – ela disse resignada. – Cada palavra.

Keith a puxou dando-lhe um beijo forte e intenso.

Sue foi pega de surpresa, mas não tardou a corresponder. Ela abraçou o corpo dele apertando-o contra ela.

Keith agarrou sua cintura aproximando-a mais de seu corpo.

Suas línguas dançavam, explorando cada canto da boca um do outro. As respirações eram profundas, exigentes, arfantes.

Keith afastou-se o suficiente para respirar e disse com um sorriso:

– Nunca te disse isso, mas eu sou amarradão em você desde o Ensino Médio. Enquanto você era a Capitã das Líderes de Torcida e namorada do meu irmão, e eu um nerd viciado em Liga da Justiça. Mas eu sempre fui caidão por você.

Sue gargalhou feliz e puxou-o pelo cabelo voltando a beijá-lo.

Ela adorava aquela sensação. O calor em seu peito. Os cabelos macios dele entre seus dedos. As mãos dele explorando seu corpo como um artista explora sua musa inspiradora. Como se ele fosse um devoto e estivesse admirando, explorando e conhecendo sua deusa. Como se ela fosse feita do vidro mais fino e quebradiço e ele estivesse tomando cuidado a cada momento para não quebrá-la.

O beijo foi interrompido pelo celular de Sue que tocou.

Sue gemeu de frustração e puxou o celular frustrada.

– Se não for uma emergência desligue agora mesmo. – ela disse ao atender.

– Sue. – a voz de Leah era desesperada. – Tem um pistoleiro descontrolado na escola e Seth está la dentro.

O chão de Sue caiu naquele momento.


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Edward estava ficando louco.

Há dias não conseguia dormir direito. Há dias estava para atirar-se em uma banheira de Red Bull só pra permanecer acordado enquanto ajudava Bella a cuidar do pequeno Ronan, que estava muito espertinho para um bebê de um mês e oito dias.

Ele esfregou seus olhos enquanto lia um e-mail de sua secretária Jane que dizia que Nessie estava cuidando tão bem da gravadora que ele poderia até se aposentar.

– Edward? – Bella sussurrou entrando no quarto de Ronan onde ele vigiava o bebê dormindo. – Meu bem, você... você ficou aqui a noite toda?

– Fiquei. – ele respondeu cansado.

Bella fez uma cara de pena e disse:

– Vá tomar um banho quente e dormir um pouco.

Edward esfregou os olhos com as pontas dos dedos e se levantou da poltrona.

Ele estava saindo do quarto com todo o cuidado para não acordar o filho e seu celular toca fazendo o menino acordar e começar o berreiro.

Frustrado ele olhou no visor vendo que era Leah.

– O que foi, Leah?

– Tio... – Leah soluçava deixando-o preocupado – Tem um terrorista na escola.

Edward arregalou os olhos.

– A escola foi evacuada, mas tem gente la dentro ainda... Eu to sozinha aqui fora. – ela disse chorando – Nessie, Carrie, Jacob e Seth estão lá dentro.

Edward ficou em choque. O celular caiu no chão e seus joelhos tremeram fazendo-o cair desesperado no chão.


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Jasper estava analisando um relatório quando seu telefone tocou.

– Jasper Withlock falando. – ele atendeu.

– Tio... Sou eu a Leah. – Leah estava histerica e aparentemente chorando fazendo Jasper se alarmar.

– Sim?

– Tem um cara com uma arma na escola. E a Carrie ta la dentro. Por favor, venha pra cá urgentemente. Alguém precisa estar aqui quando ela sair.

– Estou indo o mais rápido que posso. – disse já se levantando e colocando seu paletó.


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Nessie trancou a porta da sala de tutoria e se afastou assustada.

Dentro da sala, estavam Marvin, Skills, Rachel, um garoto que ela não conhecia, Bruno Grey, e uma menina que ela não conhecia.

– Você trancou a gente? – Rachel perguntou nervosa.

– Quer que eu deixe a porta aberta? Quem sabe assim o assassino psicótico não entra e fica brincando de UNO com agente. – ela disse irritada. – Se não tiver uma idéia melhor fique de bico calado.

Rachel engoliu em seco.

Nessie escorou-se na parede.

Seus músculos estavam rígidos. Ela mal conseguia controlar a respiração.

Por favor, não” ela pediu, e mesmo não sendo religiosa, ela orou “Um ataque claustrofóbico agora não... Deus, eu nem sei se você existe, mas se existe, por favor, ajude-me a manter a calma e a agüentar essa situação com calma e maturidade de modo que possa tranqüilizar a todos. Amém”.

– Então... estamos trancados? – Skills perguntou.

Nessie assentiu com a cabeça, de olhos fechados tentando normalizar sua respiração.

– Respira fundo. – Marvin aconselhou. – Mantenha a calma.

Nessie o olhou e mesmo na tensão resolveu fazer piada para tentar descontrair o ambiente tenso.

– Tenho cara de Hulk?

Marvin deu um pequeno sorriso entendendo a piada.

– Não. Tem cara de Pepper Potts após levar aquele susto no final de Homem de Ferro 2. Pálida e assustada.

Marvin abriu a mochila de Skills e tirou uma bombinha de dentro.

– Ei! – Skills reclamou.

– Não precisa. – Nessie disse recusando a bombinha. – Eu to bem. Só... preciso ter pensamento positivo.

Marvin sorriu e assentiu dando a ela o espaço que precisava.


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Seth fechou a porta com cuidado atrás de si.

– Jacob! – chamou e Jacob saiu de uma sala segurando um bastão de baseball.

– Você vai procurar Carrie na biblioteca. Se encontrar mais alguém no caminho leva pra fora. Se encontrar o atirador, se manda.

– Pra que esse taco de baseball? – Seth perguntou confuso.

– Não vou sair daqui sem Nessie. Se eu encontrar o atirador não estou desarmado. – ele explicou.

– Cara, o maluco tem uma arma. E você um taco de baseball. Pese na balança.

– Tem algo melhor com você? – Jacob desafiou e Seth fez que não, dando razão irmão.

– Ótimo.

– A gente deveria fazer que nem aqueles filmes de espiões. – Seth disse. – Manter contato.

– Boa idéia. Ta com seu fone aí? –Seth assentiu – Ótimo. Coloca o seu celular no bolso traseiro e leva o fone pela costa até o ouvido.

Seth obedeceu e Jacob fez o mesmo enquanto pegava do chão um celular caído e o deu a Seth.

– Caso encontre o atirador e ele peça o celular.

– Você também deveria ter um.

– Eu tenho. Meu velho celular ta sempre comigo.

Seth assentiu e foi para a biblioteca.

– Vamos, Nessie. – Jacob murmurou andando cuidadosamente – Onde você se trancaria?


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Edward chegou à escola ao mesmo tempo em que Sue e Keith chegaram.

– NESSIE! – ele gritou vendo os estudantes se abraçarem aos prantos.

Ele olhou em desespero a procura de sua filha.

– SETH! – Sue gritou desesperada.

– Onde está Jacob? – eram Billy e Sarah perguntando desesperados.

– Eles... eles... – Leah estava tão nervosa que mal conseguia terminar a frase.

Billy a agarrou pelos ombros e gritou:

– ONDE ESTÃO MEUS FILHOS SUA MALDITA?

Leah engoliu em seco.

– Não fale com ela desse jeito! – Sue brigou.

– Eles... Seth e Jacob entraram na escola quando viram que Nessie e Carrie não haviam saído. Tem um grupo como refém lá dentro. Foi só o que consegui pescar enquanto ouvia os policiais. – ela disse contendo os soluços.

– Nessie está... – Edward murmurou e desmaiou, sendo socorrido pelos paramédicos.

Um carro freou tão forte que fez barulho quase atropelando os adolescentes.

– Onde está Carrie? – Jasper perguntou saindo do carro. – Onde está a minha filha? CARRIE! CARRIE! – ele gritava olhando em volta desesperado passando a mão pelos cabelos loiros em sinal de impotência. Seus olhos estavam marejados de lágrimas de desespero.

Leah mal conseguia falar.

Temia por seus amigos, temia que algum deles tivesse sido acertado com o tiro.

Sentia-se a pior amiga do mundo por não poder defendê-los e protegê-los.

Leah foi amparada por uma enfermeira que tentou lhe dar um calmante, mas a menina resistiu.

– Tira isso de perto de mim. – Leah disse.

– Senhoria, você está muito nervosa... – a enfermeira tentou mais uma vez. – Precisa se acalmar.

– Se eu quisesse me acalmar já tinha tomado essa porcaria. Agora tira essa porra de perto de mim antes que eu faça você precisar de uma cirurgia plástica para retirada de um sapato do meio da bunda.

A enfermeira arregalou os olhos.

– Agora sai de perto de mim. – avisou saindo de perto da enfermeira.

– TODOS OS ESTUDANTES PARA O ÔNIBUS! – o treinador Whitey gritou.

– O que? – Leah perguntou confusa e então foi agarrada por Embry. – O QUE? NÃO! NÃO. ME SOLTA! – ela gritou. – ME SOLTA. EMBRY, MEUS AMIGOS ESTÃO LÁ DENTRO.

– Os meus também, Leah. – ele disse triste, mas decidido– mas você precisa manter a calma. Eles precisam de nós nesse momento, mas não podemos fazer nada a não ser manter a calma.

– Cara, não peça isso pra ninguém. – Quil disse sério e abalado. – Ninguém está em condições de manter a calma.


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Nessie estava muito nervosa. Ela sentia seu coração martelar em seu peito.

Ao menos Jacob estava fora da escola.

A maçaneta girou dando um susto em todos.

Nessie levantou-se do chão e encarou a porta afastando-se como todos ali.

Então algo passou por debaixo da porta.

Nessie pegou e viu com um terrível alívio a quem pertencia.

– É o Jake. – disse indo abrir a porta.

– Espera! – um menino disse puxando o braço da menina no meio do caminho. – A gente não sabe se é ele. Vai que o atirador roubou a carteira dele.

Nessie pensou e teve uma idéia.

– Sei como tirar essa dúvida. – ela se soltou do menino com um forte puxão e aproximando-se da porta sussurrou: - Para sempre.

– E eternamente. Criativo citar os nossos Votos, Nessie. – ela ouviu a voz dele e seu coração se acalmou.

– É ele. – disse girando a chave. Sua voz era um suspiro aliviado.

– Espera! – o menino tentou impedi-la, mas Skills o puxou pela camiseta jogando-o contra a parede e com o braço prendendo o pescoço do menino disse:

– Escuta aqui Collin, se ela diz que é o Jacob, então é o Jacob. – ele virou-se para a amiga e disse: - Abre logo essa merda.

Nessie abriu e foi atacada pelos braços de Jacob.

– Estão todos bem? – ele perguntou se afastando dela.

– Sim. Estamos todos bem. – ela disse.

– Ótimo. Vamos sair daqui. Acho que o atirador fugiu. Não vi ninguém no caminho pra cá, mas temos que ser cuidadosos.

– Sim, claro. – Nessie concordou e quando todos se levantaram para sair, Bruno disse:

– Não. Ninguém sai.

Todos olharam curiosos para ele e assustaram-se ao ver o menino com uma arma.

– Bruno? – Marvin fitou o amigo incrédulo.

– Ninguém sai, sem que eu permita. – Bruno, obviamente não queria fazer o que estava fazendo.

Rachel levantou as mãos na altura da cabeça.

– Saiam de perto da porta. – Bruno ordenou. – AGORA!

Todos se moveram.

– Largue esse bastão, Black. – Bruno ordenou. Jacob hesitou, frustrado. – Se não largar agora eu atiro na sua namorada. – ele disse apontando a arma para o peito de Nessie.

Jacob largou imediatamente.

Nessie agarrou o braço de Jacob.

– Bruno, o que você está fazendo? – ela perguntou o medo evidente em cada uma de suas palavras, em cada poro de seu corpo, em seus olhos em sua expressão facial.

– Apontando uma arma pra você. Todo mundo pra aquele lado. – ele ordenou.

Todos se moveram. Jacob colocou-se na frente de Nessie protetoramente.

Ela respirava pesadamente tentando manter a calma. Sentia sua testa suando e uma fraqueza em suas pernas.

Oh, não. Por favor, nenhum ataque de pânico” ela pensou apavorada.

Jacob segurou a mão dela, tentando lhe passar uma confiança que não sentia. Apenas queria que ela mantivesse a calma e não desmaiasse. Ela estava tremendo como se estivesse tendo uma hipotermia.

Ele a sentou em uma das cadeiras da sala e sentou-se de frente para ela.

Skills e Marvin sentaram-se com Rachel e a outra menina.

Collin, sentou-se próximo aos Blacks.

– Obrigada. – Nessie sussurrou pegando a mão de Jacob e a apertando com uma incrível força e tranqüilidade. – Pode parecer egoísmo, mas eu estou feliz de ter você aqui comigo. Não sei se conseguiria passar por tudo isso sozinha. É loucura.

– Eu jamais iria te deixar aqui sozinha, Nessie. Não sabendo que tem um louco com uma arma e você presa aqui dentro. – ele disse baixinho.

– Eu ouvi o que você disse, Black. – Bruno disse.

– Que bom. – Jacob disse irritado. Bruno se aproximou dele e o puxou pelo colarinho.

– BRUNO! – Nessie gritou em desespero, temendo o pior para seu marido.

Bruno o atirou contra a parede e apontou a arma para ele, tirou uma pequena batata da perna e a colocou na frente do cano da arma, para abafar o som e atirou.

O tiro pegou na coxa de Jacob.

Nessie gritou horrorizada enquanto Jacob caía no chão com um grito de dor.

– JAKE! – ela, Skills e Marvin gritaram. Nessie correu até o marido ajoelhando-se ao lado dele.

– Se alguém der um único passo eu atiro na cabeça dele. – Bruno ameaçou.

– Porque está fazendo isso Bruno? – Jacob perguntou em uma voz contida. Ele continha sua vontade de xingá-lo até a última geração, continha o grito de dor e continha a vontade de gritar para Nessie sair correndo para que a mesma não acabasse levando um tiro.

Bruno sorriu com um nervoso escárnio.

– Você pergunta... Todos esses populares idiotas que fazem bullying com pessoas como eu. Todos vocês. São um bando de merdas. Tudo o que importa pra vocês é o status. A posição social em que estão. Quantos amigos tem, aquele maldito anuário escolar em que vocês assinam milhares de vezes durante o último dia de aula. E de que isso adianta? Aos vinte e um anos os jogadores de basquete estarão bêbados e jogados em algum bar, as líderes de torcida estarão gordas e esquecidas... – ele fez uma pausa parecendo querer chorar de tristeza - Eu fui atropelado há quatro semanas e ninguém foi me visitar. Ninguém notou a minha falta. Nem mesmo os professores. E quando eu voltei foi como se eu nunca tivesse sumido. Nem mesmo o meu “bom” amigo Marvin estava lá por mim. Enquanto eu apanhava dos jogadores de Rúgbi, ou enquanto o time de futebol atirava meus livros no chão do corredor. Ou até mesmo quando as líderes de torcida atiravam chicletes em mim. NINGUÉM SE IMPORTOU SE EU ESTIVESSE MORRENDO. – ele bradou – POR QUE EU DEVERIA ME IMPORTAR COM VOCÊS?

– Você não é cristão? – Rachel perguntou, seu rosto vermelho e inchado pelas lágrimas de medo. – Não é isso que vocês fazem?

– Minha mãe é. – ele cuspiu. – Você, me transformou no que eu sou hoje. Ah, e não vamos nos esquecer de nossa estrela. Renesmee Cullen. – ele disse com cinismo fazendo tanto Nessie quanto Jacob enrijecerem. – Tão meiga e doce e corajosa e simpática... e mesmo assim usou Garrett Keller para subir na vida. Uma alpinista social.

– Eu nunca usei ninguém. – Nessie disse em fúria contida. – Se tenho o que tenho hoje é por trabalho duro e determinação. Não esqueçamos do talento também.

– CALA A BOCA SUA VADIA. – Bruno gritou – EU NÃO MANDEI NINGUÉM FALAR MERDA NENHUMA.

Foi então que o celular de Collin tocou.

– Me dá esse celular. – Bruno disse.

Collin puxou o celular do bolso e olhou no visor.

– Cara, é a minha mãe... – ele tentou pedir.

– ME DA ESSA MERDA. – Bruno gritou.

Resignado e com uma arma apontada para si, Collin obedeceu.

Bruno atendeu ao celular e gritou:

– SE LIGAR MAIS UMA VEZ SEU FILHO TA MORTO!

E atirou o celular com força na parede.

– Coloquem todos os celulares em cima da mesa.

Muito irritada, Nessie colocou seu iPhone na mesa, assim como Skills que parecia muito puto, Rachel, Jacob e a menina.

– Então quer dizer que você está ameaçando todo mundo com uma arma, bancando o Bin Laden porque não é popular? – Collin perguntou incrédulo.

– Acho que você é mais burro do que aparenta. – Bruno disse nervoso. – Os populares me mataram gradualmente. Jacob, inclusive deu descarga nos meus livros ano passado.

Jacob nada disse. Estava muito puto e a única coisa que queria era tirar Nessie dali, mesmo que tivesse que levar outro tiro. A dor em sua perna parecia pequena em comparação a preocupação que tinha com a menina ao seu lado que segurava sua mão com força e o abraçava pelos ombros.

Ele apertou a mão de Nessie sentindo-a gelada.

– Você. – ele apontou para a menina desconhecida. – Qual é o meu nome?

– Bruno. – ela respondeu com medo por ter a arma apontada para si.

– Meu nome inteiro. – ele exigiu.

– E-e-e-eu... Eu não sei. – ela gaguejou com medo.

Jacob e Nessie se entreolharam preocupados.

– Bruno, por favor... – Nessie implorou.

– Fala qual o meu nome. – ele exigiu da menina.

Nessie respirou fundo e disse:

– Bruno George Grey. – ela disse chamando a atenção dele. – E você é um bom garoto. Não precisa fazer nada disso. Não faça isso consigo mesmo.

A mão de Bruno estava tremendo tanto que dava para ver na arma que ele segurava.

– É tarde demais. E desde quando se preocupa comigo?

Nessie engoliu em seco.

– Acha que eu não sei como é se sentir sozinha? Rejeitada? Tão triste a ponto de me matar? Eu sei exatamente como é isso. Acha que é fácil crescer acreditando que seu pai te rejeitou? Que você não tem um pai, porque ele não te quis? Já imaginou como é difícil lidar com tudo isso durante catorze anos de sua vida? Eu sei o que é sofrer bullying porque eu sofro bullying desde que pus os meus pés na escola. Eu não tinha um pai e todo mundo sabia disso. Minha mãe me teve aos quinze anos após ter saído de uma clínica de reabilitação, você acha que é fácil ser conhecida como “a filha da adolescente drogada que não tem pai”? Não é. Eu sei como você se sente. Sei como é difícil lutar todos os dias para levantar da cama e enfrentar mais um dia sabendo que será tudo como o dia anterior. Sei como é essa sensação que te corrói o peito e te faz sentir uma dor tão intensa que você sente vontade de chutar o pau da barraca e se vingar de todo mundo que te fez chorar e sofrer. Mas a que preço você faz isso? A preço de uma bala em algum estudante. É isso que você quer pra sua vida?

Bruno tinha lágrimas nos olhos.

– Todo mundo indo pra parede agora. – ele ordenou tentando fazer sua voz ficar firme.


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Carrie lutava para não deixar um soluço sair.

Seu corpo estava todo molhado com o suor e o sangue em seu pé a deixava a beira de um ataque histérico. Ela só conseguia sentir a dor em seu pé.

É, agora ela tinha 100% de certeza de que era a maior azarada da face da terra. Dentre 678 alunos na Forks High School, justo ela tinha que levar aquele tiro. E para piorar era no pé.

Ela escondeu-se detrás de uma estante de livros, chorando de dor silenciosamente.

Ela ouviu um som baixinho. Era a porta se abrindo.

Ela cobriu sua boca com a mão, para não deixar nenhum som sair. Ela chorava e tentava regular a respiração para que não fizesse nenhum ruído.

– Carrie! – era um sussurro. – Carrie, sou eu, Seth.

Ela deixou sua respiração sair.

– Seth. – sua voz era um gemido de dor.

Ele seguiu o som com pressa e se ajoelhou ao lado dela.

– Puta merda! – ele exclamou ao ver o pé da menina ensangüentado notando que ela havia sido baleado. – Eu vou tirar você daqui, Carrie.

– Seth. – ela gemeu o fazendo parar. – Me diga que a polícia está aí fora.

– Está, quando eu entrei tinha um bocado de viaturas.

Carrie assentiu.

– Fico mais tranqüila em saber que o cara vai ser pego. Assim posso morrer em paz.

– Deixa de bobagem! – ele a repreendeu. – Você não vai morrer. Eu prometo. – então ele ficou sério e pressionou algo em sua orelha. – Ah, não.

– O que?

– Vamos.

– O que foi? – ela insistiu.

– O atirador... é Bruno Grey. A gente precisa sair daqui o mais rápido possível.

– Como sabe?

– Estou mantendo contato com Jacob por telefone.

Carrie sorriu entre as lágrimas.

– O truque do fone escondido... Obrigada. – ela agradeceu. – Obrigada por estar aqui.

– Disponha sempre. – ele sorriu pegando-a no colo.


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Keith aproximou-se de Mike Newton.

– Xerife. – ele chamou. – Eu gostaria de entrar na escola.

– Fora de cogitação, Keith. – Mike disse. – ROGERS! QUERO QUE VÁ ATÉ A ENTRADA DA ESCOLA E IMPEÇA OS PAIS DE SE APROXIMAREM. DIGA QUE PODEM ENCONTRAR SEUS FILHOS NA DELEGACIA. MARKS! TENTE ESCUTAR O QUE SE PASSA LÁ DENTRO. Tem um grupo preso na sala de tutoria.

– Escuta. Eu sei que posso falar com o atirador. Conheço todo mundo dessa cidade. – Keith insistiu. – Me deixe fazer uma tentativa. Você me conhece.

Mike hesitou e pegou seu rádio.

– Matthews, quero um colete para Keith Black, ele vai entrar e não podemos arriscar um civil ferido. Escute bem – ele disse virando-se para Keith - se eu ouvir qualquer tiro eu entro atirando com aquela equipe que está subindo pelas paredes para entrar e atirar no maldito, ouviu bem?

Keith quase sorriu ao ouvir a resposta dele.


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Marvin não podia ignorar a culpa. Não podia impedir de pensar que se tivesse sido mais amigo de Bruno, nada daquilo estaria acontecendo. Não teria uma arma apontada em sua direção, não teria Bruno amedrontado e sem saber o que fazer enquanto segurava uma arma.

Sua atenção foi movida por Nessie que ia em direção a Abbey Hitchcook, que tinha sido desafiada por Bruno a lhe dizer o nome do mesmo.

– O que foi? – Bruno perguntou a Nessie que estava agachada em frente a Abbey.

– Estou tentando descobrir. – Nessie disse pacientemente. – Qual o seu nome?

– Abbey. – ela disse com a voz fraca.

Nessie pegou o pulso dela para sentir a pulsação e notou uma pulseira que só havia visto em seu bisavô pouco antes dele falecer.

– Ela é diabética. – disse assustada chamando a atenção de todos. – Você tem alguma insulina com você? – perguntou.

– No meu armário. – Abbey disse fracamente, não passando de um murmuro.

– Deixe-a ir. – Rachel pediu.

– É. Deixa a garota ir. – Skills reforçou.

– Não. Não posso. – Bruno disse.

– Se você não deixar ela vai morrer. – Skills disse.

– Aproveite e deixe a gente sair também. – Collin disse e levou um soco de Jacob.

– Fica calado. – ele disse sombrio fazendo uma careta de dor pelo ferimento em sua perna que doera. – Deixe apenas ela sair. Se ela não tomar a insu... o que é mesmo?

– A insulina ela vai sofrer até morrer. – Nessie disse completando o marido.

Bruno hesitou, mas olhou para o rosto pálido e suado de Abbey e disse:

– Só ela, se mais alguém tentar sair eu meto bala. – ele disse e Nessie apoiou a menina em seu corpo. Skills foi ajudar e juntos os dois deixaram Abbey na porta, a menina se soltou deles e saiu se apoiando na parede.

Nessie respirou fundo e andou até o lado de Jacob.

Skills sentou-se ao lado dela.

Jacob estava exausto, emocionalmente falando. Ele não conseguia não se preocupar com Nessie, e felizmente Seth o informara que achara Carrie. O problema é que ela também havia sido baleada. A bala havia acertado seu pé direito. E para completar tinha uma bala enfiada em sua coxa.

Nessie arrancou um pedaço de sua blusa e amarrou-a na perna de Jacob para tentar estancar o sangue que manchava sua calça.

– Ei. – Skills o chamou baixinho. – Evita se estressar agora. Somos dois cuidando da sua garota. Collin e Boca estão montando guarda em Rachel. Abbey já foi, pelo menos ela está a salvo. O problema agora é manter todo mundo aqui vivo. Inclusive Bruno.

Nessie concordou com a cabeça.

– E mais uma vez o Bullying faz um estudante fazer uma coisa dessas com uma criança. – ela disse parecendo magoada.

– Ei. – era Rachel que se aproximava e sentava-se no chão ao lado deles. – Posso me sentar aqui?

– Já está sentada. – Nessie murmurou hostil.

Rachel suspirou.

– Desculpa, Cullen. Sei que estava bêbada, mas isso não é desculpa pra dar em cima do seu homem, então, estou pedindo desculpas, porque uma briga vai piorar as coisas e você sabe bem que sempre pode piorar.

Nessie assentiu contra a sua vontade.

– Nós precisamos ficar unidos. – Boca disse. – Bruno está magoado, ferido. Ele precisa de ajuda. Quase tanto quanto nós.

– Precisa de mais ajuda do que nós. – Collin disse irritado. – Ajuda psicológica, isso sim.

– Cale a boca! – Nessie disse furiosa. – Você nunca teve um coração partido pra saber. Nunca teve o problema de não ser aceito por ser quem é. Bruno está com o coração despedaçado. E por mais que ele tenha ajuda... Você não pode, realmente, concertar um coração. Não quando o dele está despedaçado como o dele. Ele vai conseguir passar por isso eventualmente. Mas não agora. – ela fitou Bruno que olhava atentamente os corredores e a janela da sala. – Ele precisa é de compreensão.

Collin bufou.

Foi então que outro barulho foi ouvido.

Bruno abriu a porta e disse aos que estavam dentro.

– Se alguém sair eu atiro assim que ver no corredor. – avisou e saiu para verificar.

Nessie abraçou Jacob passando suas mãos pelo pescoço do marido.

– É Seth e Carrie. – ele disse sombrio fazendo todos arfarem em terror.


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Seth tentou a todo custo não bater a porta da biblioteca, mas realmente não foi muito fácil quando se esta com as duas mãos ocupadas carregando Carrie.

Ele andou com cuidado tentando não fazer mais nenhum barulho até a saída mais próxima e então Bruno Grey apareceu com a arma apontada para ele.

– Bruno... – ele começou – Eu só quero tirá-la daqui... A bala pegou no pé dela, ela não consegue andar.

Bruno tinha as bochechas molhadas pelas lágrimas e vermelhas pelo choro.

– Ninguém sai daqui. – ele disse parecendo forçar as palavras.

– Bruno, por favor... – ele implorou olhando para a porta que estava há seis metros de distância.

Naquela hora, uma figura alta e adulta entrou.

Keith.

– Seth? – Keith arregalou os olhos ao vê-lo segurando uma Carrie encolhida e com o pé descalço e sangrando. Ele se aproximou de onde eles estavam.

– Quem te mandou aqui? – Bruno perguntou nervoso. – A polícia?

– Ninguém me mandou aqui, Bruno. – Keith disse com cuidado. – Eu vim aqui pra fazer uma troca. Você deixa Seth levar Carrie para a ambulância e eu fico na mira da sua arma, o que acha? – ele improvisou sabendo que Mike escutava tudo e provavelmente estava aos berros ali com os outros oficiais.

Bruno engoliu em seco pensando e então disse:

– Se você não levá-la ela vai morrer?

– Possivelmente. – Seth disse fitando a face suada e pálida de Carrie.

– Então saia daqui. – Bruno ordenou e Seth quase correu para a saída dando uma olhada preocupada em Keith.

Ele saiu e foi logo ajudado por paramédicos e policiais.

– Carrie! – era Jasper que corria para a filha que era colocada em uma maca.

– Papai. – ela disse chorando aliviada.

– Você é o pai dela? – uma enfermeira perguntou.

– Sou. Eu posso ir com ela? – ele perguntou.

– Sim. Pode. – a enfermeira abriu espaço para ele entrar e Seth pode ouvi-lo confortando a filha.

– Vai ficar tudo bem, princesa. Você vai ficar bem e logo, logo nós vamos pra casa.

Seth sentiu a mão de sua mãe tocar seu ombro e ele a abraçou.

– Seth! – ela arfou aliviada. – Ah meu Deus, querido! – Sue chorava de alívio ao ter o filho novamente em seus braços. – Nunca mais faça uma coisa como essa. – ela disse.

– Se nunca mais acontecer algo assim eu juro que não faço. – ele tentou fazer piada.

– Você viu Nessie? – Edward perguntou saindo de uma ambulância.

– Não. – ele sacudiu a cabeça impotente. – Ela deve estar com Jake. Nós nos separamos para acharmos as meninas, ele deve ter achado e ter sido feito de refém.

– Você viu o atirador? – o xerife perguntou.

– Vi sim. – Seth disse transtornado – É Bruno Grey.


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Keith tinha as mãos na altura da cabeça.

– Você não precisa fazer isso, Bruno. – Keith disse.

– Sim, eu preciso. – ele disse.

– Você sabe que não. Sabe que isso é admitir uma derrota. Uma derrota contra si mesmo. Seu interior te acusa disso. Você sabe que para conseguir o que quer não é preciso disso. Bruno, eu te conheço. Você me conhece. Sabe que eu não minto. Você é um rapaz inteligente com um futuro pela frente. Não manche esse futuro matando uma pessoa.

Bruno engoliu em seco e disse:

– Você não sabe como é.

– Sim eu sei. Eu sei como é essa dor e pressão que você sente.

– ISSO DÓI. – ele gritou. – DÓI DE QUALQUER JEITO. EU ACABEI DE ATIRAR NO BLACK AGORA A POUCO. ATIREI EM CARRIE QUE NUNCA ME FEZ NADA. – ele respirou fundo como se tomasse uma decisão - Se eu desistir disso, vou pra cadeia.

– Não. Eu não vou deixar.

Bruno riu tristemente.

– Você não é o xerife, Keith. – ele disse antes de dar um tiro em sua própria cabeça.

– NÃÃÃÃOOO. – Keith gritou e abaixou-se próximo ao corpo.

Ele não ouvira o som do tiro e se Mike não havia entrado com sua patrulha ainda é porque Bruno tinha comprado alguma substância que diminui o som do tiro.

Uma criança tinha morrido. Vítima de si mesma. Vítima da sociedade.

E ele não conseguira salvá-lo. Ele tocou no pulso de Bruno para sentir a pulsação e não sentiu nada. Tentou o pescoço. Nada novamente.

Bruno morrera.

Ele viu um par de sapatos masculinos de couro aproximar-se e ergueu os olhos.

Billy se aproximava.

– Ele morreu, Billy. – ele disse tristemente.

Billy se abaixou e pegou a arma.

– O que está fazendo? – Keith perguntou alarmado e confuso.

– Você pôs fogo na minha Concessionária e tentou me matar. – ele disse fazendo o olhar de Keith ser mais confuso e indignado ainda.

– Billy... – Keith começou – Você está louco?

– Você conhece o ditado da família? O que nosso pai costumava falar? “Antes ele do que eu”. Eu encaro isso como “Antes você morto do que eu”. – ele disse e atirou direto no peito do irmão.

O tiro soou como em um estrondo e Billy largou a arma rapidamente na mão de Bruno e saiu correndo por onde entrara, retirando as luvas que usava para não deixar suas digitais. Ele abriu a porta da oficina e saiu para o tumulto que havia na frente da escola.


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Quando o tiro foi ouvido. Nessie encolheu-se ao lado do marido apertando a mão do mesmo com uma força que nem ela sabia que tinha.

Silenciosamente, o casal rezava para que nem Carrie e nem Seth houvessem sido atingidos pelo tiro.

– Ahmeudeus! – Rachel sussurrou amedrontada.

Skills segurou a mão dela.

– Vamos manter a calma. – ele disse nervoso. Então a porta se abriu e ele deu um grito assustado.

Era Mike Newton e outros dois policiais.

– Achamos os reféns. – ele disse pelo rádio. – Temos aqui, Marvin McFadden, Renesmee Cullen, Jacob Black, Antony Barton, Collin Farewell e Rachel Bradson. Precisamos de uma maca e de um paramédico, temos um ferido aqui. Rogers, Matthews, tirem os adolescentes daqui.

– Eu não saio daqui sem Jake. – Nessie disse determinada.

– Não me faça chamar seu pai. – Mike ameaçou.

– Pois chame. – Nessie desafiou – Sou emancipada e tenho total responsabilidade por meus atos. E eu não saio daqui sem ele.

Mike se ajoelhou ao lado da sobrinha e sussurrou:

– Querida, temos uma penca de repórteres lá fora. Seria melhor você ir logo antes que aqueles abutres te encontrem e a estressem de um modo que você vá parar em alguma capa de revista de um modo ruim.

– Acha que eu me importo com isso? – ela perguntou. – Eu sou a esposa dele, tio. E eu não vou a lugar algum sem ele.

– Nessie... – Jacob começou.

– Nem termine. – ela ameaçou em um tom de censura.

Sem alternativa eles saíram da sala com Jacob na maca e Nessie ao seu lado. Ao passarem pela entrada principal, os adolescentes horrorizaram-se ao verem os corpos de Bruno e Keith.

– Aimeu... – Nessie disse sentindo uma onda de vertigem.

– Passa reto, passa reto. – Mike ordenou quase gritando.

Ao chegarem do lado de fora da escola, Nessie foi atacada por jornalistas. Graças a Polícia, ela conseguiu se desviar de todos eles.

– NESSIE! – ela ouviu a voz de seu pai.

– Papai. – ela sussurrou aliviada e correu para abraçá-lo.

Eles se abraçaram aliviados.

– Nessie... – ele não sabia mais o que dizer.

– Eu preciso ir ao hospital. – ela disse subitamente deixando-o assustado. – Jake foi baleado.

Edward assentiu.

– Vá na ambulância eu sigo você.

Ela assentiu e foi para dentro da ambulância sendo seguida por vários repórteres.

– ME DEIXEM EM PAZ. – ela gritou implorando e chorando a eles enquanto corria para a ambulância.

Sarah estava lá.

A mulher comprimiu os lábios e disse:

– Pode ir na ambulância. Poderemos conversar no hospital.

Tensa, Nessie assentiu e entrou para ficar junto ao marido.


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Leah torcia as mãos em nervosismo.

Carrie havia estava sendo submetida a uma cirurgia há quase uma hora. E ela estava a ponto de enlouquecer com a espera.

Quando Sue e Seth entraram, ela notou que havia algo de muito errado. Muito mais errado do que um atirador maluco fazendo estudantes inocentes de reféns. Tudo bem que Rachel, Jacob e Nessie não eram assim tãããão inocentes, mas elas não haviam cometido nenhum crime.

Mas Sue estava em estado de choque e desespero.

Uma enfermeira a levou e Seth foi a seu encontro.

Ele parecia ter levado um tiro. O que ela sinceramente esperava que não.

– O que aconteceu?

Seth passou a língua nos lábios e disse com uma voz que não parecia a dele.

– Keith morreu.



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Notas finais do capítulo

Muitas não esperavam isso, e vou dizer que escrever esse capítulo foi mais difícil do que eu lembrar de fazer o dever de casa. Eu passei a minha viagem inteira querendo estar em casa para digitar tudo o que eu tinha. Findou que ontem eu dormi a tarde inteira (pq o meu vôo era as 5 da manhã) e passei a noite escrevendo. Vim dormir eram quase 6 horas da manhã e acordei ainda a pouco só pra fazer a capa e vir postar, porque eu não estou me aguentando de ansiedade.
Bem, é só isso.
Próximo capítulo terá (soltando um spoiler geral): enterro e muito melodrama. Me recuso a soltar algum outro spoiler geral.
Então, espero vocês nos reviews.
Quarta-feira sai o próximo e depois disso apenas no dia 28 de Janeiro (que por um acaso *mentira* é o dia do meu aniversário.).
Beijos pra vcs minhas geléias de amora.