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Nessie estava chocada com a notícia.

- E a Carrie? – ela perguntou – como ela está?

- Péssima. – Seth disse – Leah tentou de tudo. Brigadeiro, pizza, bolo, The Cure, One Direction, até mesmo uma ridícula dança das Spice Girls não funcionou, ela está em estado catatônico. Alice e Jasper estão seriamente preocupados.

- Até eu estou. – Nessie suspirou – estou pegando um avião pra Forks agora.

- Jean vai ser cremada amanhã. – ele disse. – Carrie vai espalhar as cinzas dela em La Push, como ela queria, mas se ela não estiver em condições a coisa vai ficar feia. Os pais e os irmãos de Jean estão vindo também.

Nessie balançou a cabeça.

- Eu estava me preparando para quando isso acontecesse, mas eu não sabia que seria tão cedo e nem que ninguém nunca está preparado para uma coisa dessas. E eu não sei até quando a Carrie vai aguentar tanta coisa.

- Também estou preocupado com isso.

- Tudo bem, Seth eu tenho que ir. Estou saindo do estúdio da Oprah e pegando o primeiro avião, ok?

- Te vejo em algumas horas.

- Tchau. – ela disse desligando e entrou na limusine. – Pai, precisamos voltar para Forks agora.

- O que aconteceu? – ele perguntou.

- A mãe da Carrie morreu.

- ALICE MORREU? – ele gritou assustado que sua irmã mais velha tivesse partido dessa pra melhor.

- Não, a outra mãe, a biológica. – ela disse. – E ela não está nada bem.

- Nessie, não dá. – ele disse – não temos tempo!

- O Show é um Las Vegas, amanhã a noite. – ela disse – Eu vou pra Forks nem que seja andando. Minha amiga precisa de mim e eu quero estar lá. Eu vou passar o tempo que der com ela e vou pra Las Vegas, que tal assim?

Edward suspirou.

- Não vou conseguir dissuadi-la dessa idéia não é?

- Não. – ela disse firmemente.

Ele puxou o telefone.

- Jane, prepare o jatinho estamos indo para Forks. – ele disse.

OITO HORAS MAIS TARDE.

Nessie saiu do carro correndo antes mesmo de o carro desligar.

Jacob quase tombou para trás ao vê-la.

- Nessie? – ele perguntou.

- Oi amor, também estou com saudades, mas agora to sem tempo. Cadê ela?

- No quarto. – Leah disse e um móvel se quebrando soou. – Quebrando o banheiro.

Nessie correu para o andar de cima.

Carrie estava chorando caída no chão, o espelho quebrado. Seus soluços eram de partir o coração.

Ela se aproximou cuidadosamente.

- Hei... – sussurrou a ruiva.

Carrie olhou para ela e pareceu surpresa.

- Você não estava em Jacksonville?

- Estava. – Nessie admitiu sentando-se ao lado dela no chão. – Mas se um dos meus amigos precisar de mim eu sou capaz de virar a Mulher Maravilha e vir voando para cá!

 Carrie riu suavemente.

- Drew não veio. – Carrie disse – Eu não o culpo. A Dannie ta gripada, ela é a prioridade.

Nessie deu ombros.

- Eu não tenho filhos, então você é minha prioridade. – ela disse e abraçou Carrie pelos ombros. – Você vai passar por isso. Nem que eu tenha que te beijar pra isso acontecer.

Carrie riu.

- Você viraria lésbica por mim?

- Se eu não fosse louca pelo Jake, talvez. – Nessie brincou.

Carrie gargalhou.

- Você tem que ser forte, Jeannie. – Nessie disse suavemente. – Jean não iria querer te ver assim. Seja forte não por mim, ou por Leah, ou por qualquer pessoa que você conheça, nem por Jean. Seja forte por você, porque você vai precisar dessa força muitas vezes. Por exemplo, quando você for uma famosa produtora de livros ou uma desenhista famosa que precisa ficar viajando o tempo inteiro, você precisa ser forte para deixar seu marido sozinho, principalmente se ele for lindo e gostoso e aí você vai ficar ligando pra ele a cada cinco minutos por causa da saudade.

Carrie sorriu tristemente.

- Eu sempre vou estar presente quando você mais precisar, Carrie. – Nessie prometeu.

Carrie olhou para a amiga e disse:

- Você é a única que não tentou me animar.

- Porque eu sei que essa é a última coisa que você quer. – Nessie disse – Não estou tentando fazer você esquecer que a Jean... se foi. – ela disse tomando cuidado para não dizer ‘morreu’. – Estou tentando fazer você se levantar, sacudir esse cabelo e tentar se manter de pé pelo máximo de tempo possível.

- Vou tentar, Bobbie. – Carrie brincou. – Por mim. Prometo.

- É assim que eu gosto das coisas. Que tal tomar um banho, escovar esses dentes, por que sem ofensas você ta fedendo pra caramba. – Nessie disse fazendo a amiga rir – E depois você desce pra comer algo. Seus pais estão preocupados.

Carrie assentiu.

- Eu já vou lá. – Carrie disse.

Nessie beijou a bochecha da amiga que disse baixinho:

- Lésbica!

Nessie gargalhou.

- Só com você. – ela brincou e se levantou – Vou fazer um sanduíche. A minha especialidades, ok?

- Ok.

Nessie desceu e encontrou olhares ansiosos.

- Ela vai tomar um banho, escovar os dentes e descer pra comer, foi só o que sugeri, tentem ir devagar, ok? – ela pediu indo para a cozinha.

Lá, ela fez um sanduíche imenso com pão francês, nutella, pasta de amendoim, geléia, queijo, alface e tomate.

Leah fez um chocolate quente.

Era tradição das amigas, se uma estava para baixo, elas faziam a “Especialidade” que era chamado assim por ser algo que elas criaram em uma tarde de quarta-feira em que Leah estava chorando por causa de mais uma briga de seus pais, um mega sanduíche e chocolate quente, que sempre as acalmava. E as vezes ela atiravam balões d’água nas pessoas do telhado do Sue’s quando estavam com raiva ou tristes. Sempre melhorava o humor.

- Obrigada. – Leah disse. – Eu não sabia o que fazer.

Nessie fitou a melhor amiga e disse:

- Eu fiz o que qualquer uma de nós faríamos.

Leah assentiu.

- Eu desenhei o seu vestido. – a morena disse mudando de assunto. – Soube que você vai cantar na BBC Radio.

- É, vai ser publicidade para o meu novo álbum. Que por sinal, é RED.

Leah rolou os olhos.

- Jacob me mostrou a música. É muito boa. – ela disse. – Só que eu senti algo mais pop vindo aí.

- É, está uma mistura de Country e Pop. – Nessie disse.

- Que está romântico demais. – a morena sorriu.

- Eu sou romântica, bitch! – Nessie brincou.

Leah rolou os olhos.

Quando Carrie apareceu foi inevitável a onda de alívio na casa.

Jacob se aproximou da esposa e a abraçou por trás.

- Você é um anjo que veio para salvar a pátria. – ele sussurrou no ouvido dela.

- Não sou um anjo. – ela sorriu.

- Você é sim e vive salvando as pessoas. Me tirou de uma vida de playboy fajuta, colocou um pouco de juízo na cabeça da Leah e agora ta ajudando a Carrie. Você é muito boa, Nessie.

Antes que ela pudesse retrucar, ela viu Leah se retirar para os fundos.

Aquilo a intrigou ao extremo.

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Desde que Leah recebera a mensagem ela estava tremendo de medo.

- O que você quer? – ela perguntou tentando fazer sua voz não tremer.

- Conversar. – Felix disse.

- Não tenho nada, pra falar com você. – ela rosnou. – Agora sai daqui.

- Quero te pedir desculpas. – ele pediu. – E queria voltar com você.

Leah arfou incrédula.

- Desculpas? Vira e mete essas desculpas bem no meio do teu rabo seu... figlio de La puttana. – ela xingou ao estilo Assassins Creed. – E eu nunca voltaria com você porque primeiro: O que você fez não tem perdão. E segundo: A gente não pode voltar sendo que a gente nunca foi.

Felix arregalou os olhos.

- Agora me faz um favor e vai pra puta que te paril e me deixa em paz!

E dizendo isso ela saiu com o queixo empinado e uma sensação de dever cumprido.

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NO DIA SEGUINTE...

As cinzas de Jean foram atiradas na praia de La Push como era do desejo dela.

Jacob e Nessie estavam ambos de preto, em consideração a Carrie. Assim como Leah, Edward e Bella, Alice e Jasper, Drew, Seth, Keith e Sue.

Os avós biológicos de Carrie não haviam falado muito com a neta, apenas a abraçaram e disseram que ela era muito parecida com a mãe. Os tios de Carrie mantiveram certa distância em respeito a dor da moça.

- Quando tem que pegar o avião? – Carrie perguntou a Nessie.

- Tenho que estar em Las Vegas as oito pra cantar as nove e meia. Em oito horas. – Nessie disse.

- Obrigada, por ter vindo. – a loira disse. – foi muito importante para mim.

Nessie abraçou a amiga.

- Seja forte ok? – ela sussurrou.

- Não vire lésbica antes de mim. – Carrie tentou brincar, mas apesar da piada, nem uma das duas conseguiu rir.

Carrie abraçou Jacob e palavras não foram necessárias.

Ela sabia que nunca poderia ter algo romântico com Jacob, e nem queria, mas nunca o imaginou como um amigo.

Ela foi falar com Edward e Bella.

- Oi, querida. – Bella abraçou a menina fortemente. – Meus pêsames.

Carrie fungou e assentiu.

- Faz parte da vida. – disse. – Obrigada por virem.

Edward abraçou a sobrinha.

- Sempre que precisar, você pode contar com a gente ok? – ele disse.

Carrie assentiu mais uma vez.

Drew apareceu perto dela logo depois que ela se distanciou dos Cullens.

- Como você está? – ele perguntou abraçando-a.

Drew era alto, mas Carrie estava de salto alto o que a fazia ficar uns cinco centímetros mais alta que ele.

- Vou ficar bem, eu acho. – ele disse – Se nada der certo viro lésbica. – ela brincou.

Drew não riu.

Carrie só o via rir quando ela brincava com Dannie, ou quando ele brincava com a filha. O fato era: Ele não a achava engraçada.

Ela tirou o salto-alto porque seus pés, já estavam doendo, com isso ela ficou na altura de Drew.

- Obrigado. – ele agradeceu.

Ela o encarou confusa.

- É estranho a sua namorada ser mais alta que você. – ele explicou. – Apreciaria se você pudesse evitar usar saltos altos.

- Por causa da altura? – ela questionou.

- Tudo bem, se você quiser usar, é só que me deixaria menos desconfortável.

Carrie assentiu.

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Leah chegou em sua casa arrasada.

Ver Carrie triste daquele jeito era de partir o coração.

Ela queria ser uma amiga como Nessie, que sempre poderia tirá-la do quarto com cinco minutos de conversa.

Mas Leah não era assim, ela não levava jeito com as palavras. Sempre falava de mais e com uma sinceridade que chegava a ofende, ela tinha que comprar um filtro verbal.

- Eu sei, Tom! – Victória dizia ao telefone – Vai ser fácil convencê-la... Tudo bem, te vejo em Paris, semana que vem.

E ela desligou.

- Mãe? – Leah chamou. – Quem era?

- Leah! – Victória se assustou. – Não se assusta ninguém dessa maneira. Era da empresa. Temos uma reunião em Paris em alguns dias.

- Pensei que a empresa estava falida. – ela comentou.

- A parte do seu pai está falida, a minha não e tenho que cuidar para que permaneça assim. Afinal, está tudo sob suas costas e não queremos ficar na sarjeta não é?

Leah assentiu ainda meio desconfiada.

- Claro, eu vou pro meu quarto... estudar. – mentiu e subiu a escada correndo.

Sua mãe não poderia estar usando-a para manter suas mãos no dinheiro. Leah não agüentaria outro baque desses! Não, ela não a estava usando. Era apenas coisa da cabeça dolorida e louca dela. Tinha que ser.

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Bella colocou a xícara de chá verde para Nessie e uma xícara de chá vermelho para si.

- Me deixa angustiada ver Carrie tão triste. – Bella disse.

- Precisava ver como eu a encontrei. – Nessie disse. – Foi de partir o coração.

Bella suspirou.

- Eu não quero mais falar sobre isso, estou grávida e devo evitar estresses e fortes emoções. Como você está? Com o Jacob, a turnê e tudo o mais?

Nessie suspirou.

- A turnê está fantástica, apesar de eu estar longe do Jake. – ela disse e sua expressão tornou-se sonhadora – É incrível ouvir as pessoas gritando meu nome, cantando as letras das minhas músicas, é maravilhoso vê-las ali, por mim, sabe?

Bella sorriu para a filha.

- Eu fico muito feliz em ouvir isso. Seu pai me mandou as duas últimas musicas que escreveu. Ficaram realmente boas. – ela gargalhou – Jacob te transformou numa boba romântica.

Nessie corou.

- Porque todo mundo fica falando isso? – ela questionou.

- Porque é verdade e você tem que admitir. Bata um martelo nessa sua cabeça dura e enfie isso nela.

Nessie ficou emburrada fazendo a mãe rir.

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Nessie e Jacob foram ao aeroporto por volta as cinco e meia da tarde.

- Eu realmente vou sentir mais saudades. – ele disse abraçando-a pela cintura.

Nessie o abraçou de volta.

- Eu também. – ela sussurrou.

Jacob abriu a boca para pedir que ela lhe ligasse quando chegasse, mas ao olhar para quem vinha em sua direção soltou um:

- Que porra é essa? – ele perguntou fazendo Nessie o fitar confusa e seguir seu olhar seu queixo caiu e seus olhos se arregalaram.

Era uma menina, usava preto dos pés a cabeça. Os olhos castanhos contornados por lápis de olho preto e algo vermelho que lhe dava um ar de morte. Os cabelos estavam com mechas brancas e pretas.

Era uma gótica assustadora e o pior... eles a conheciam.

- Carrie?