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Sem sonhos, a vida não tem brilho.
Sem metas, os sonhos não têm alicerces.
Sem prioridades, os sonhos não se tornam reais. Sonhe, trace metas, estabeleça prioridades e corra riscos para executar seus sonhos. Melhor é errar por tentar do que errar por omitir!

(Augusto Cury)

– O que? – Nessie perguntou pensando que ouvira errado.

– Casa comigo? – ele repetiu.

Nessie fitou-o por um instante e depois o empurrou suavemente dizendo um:

– Para com isso.

– Parar com o que?

– Isso, essa sua mania de me deixar sem palavras.

– Então aceita? – ele perguntou esperançoso.

– Jacob... Nós temos quinze anos. Estamos no colegial, começando nossas vidas. Nenhuma pessoa normal se casaria aos quinze anos de idade. A não ser que esteja grávida e resolva se casar ou os pais obriguem os indivíduos o que não é o nosso caso.

– Corrigindo o seu pensamento. Eu já tenho dezesseis. E quanto à ‘normalidade’... o que eu sinto não é normal, Ness... E a última coisa que eu quero é ser normal com você.

– Jacob eu te amo e eu também não quero ser normal com você porque o que sinto também não é normal, mas... caramba! Nós somos adolescentes! Eu não tenho nem idade pra dirigir e você não é bem prudente no transito. E mais o que as pessoas iriam pensar?

Jacob suspirou.

– Dane-se o que pensam.

Ele fitou intensamente os olhos de sua garota.

– O que importa é que eu vou poder dormir e acordar ao lado da mulher da minha vida. E isso é tudo o que eu poderia querer. Ok... talvez um pivetinho daqui a uns dez ou nove anos, quem sabe?

Nessie riu levemente, mas depois ficou séria parecendo hesitante.

– Me da um tempo, ok? Sexta, depois do jogo eu juro que te dou uma resposta.

Aquilo era tudo o que Jacob poderia esperar.

– Ok. – ele beijou o nariz dela e teve uma idéia de maluco. – Essa árvore é aquela perto da quadra não é?

– É, sim. Porque quer saber?

Ele sorriu.

– Nada não. Por um instante pensei em subir de madrugada e entrar pela janela, mas seu pai tem uma audição de tuberculoso e possivelmente iria me pegar e me castrar.

Nessie gargalhou.

– Você é tão dramático. – ela disse.

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Carrie estava pensativa naquela tarde. A biblioteca municipal estava tão quieta que até o som das batidas dadas por seu coração pareciam altos.

Ela havia acabado de sair da aula de reforço e queria revisar o assunto. As vezes – tipo, a maioria das vezes para não dizer sempre – ela desejava ter o cérebro de Leah e a dedicação de Nessie.

Leah nunca precisara estudar e sempre tirava notas altíssimas e Nessie era dedicada como sua mãe quando cozinhava para a família – o que era raro, já que Alice parecia estar sempre trabalhando e Jasper era quem cozinhava na maioria das vezes.

Ela desistiu de tentar revisar os logarítmos e saiu da biblioteca.

Para o seu azar estava chovendo.

– Merda! – praguejou não acreditando em sua falta de sorte.

– Precisa de carona? – ela se assustou ao ouvir a voz de Drew em seu ouvido.

– Se não incomodar. – ela disse.

– Nem um pouco. Vamos, ele esta ali na cobertura. – ele apontou para o Mustang 1996, preto e conversível.

Ela o seguiu e assistiu divertida ele entrou pelo lado do carona para não se molhar já que o lado do motorista estava debaixo d’água e entrou logo depois dele.

– Obrigada! – ela agradeceu.

– De nada. – ele deu ombros – sei como é sair embaixo de uma chuvarada. Não é nada legal. Você estava estudando o que?

– Matemática. E você?

– Fui buscar um livro de bebês. – ele disse – minha filha da mais trabalho que um time de basquete.

Carrie riu.

– Devo imaginar. Qual é o nome dela?

– Danneel, eu a chamo de Dannie. – ele sorriu orgulhoso. – Eu tenho uma foto dela em algum lugar do porta-luvas se quiser ver.

– Posso? – ela perguntou.

– Fique a vontade. – ele sorriu e ela abriu o porta-luvas e viu a foto de uma menininha linda.

Ela tinha os mesmos olhos castanhos de Drew e o mesmo sorriso bonito e contagiante, mas tinha o cabelo loiro e liso – provavelmente de Kebi, mas ela não se lembrava de Kebi ter cabelos loiros.

– Ela é loirinha... – comentou.

– Eu nasci loiro, o cabelo escureceu com o passar dos anos. – ele explicou – fisicamente ela se parece muito comigo, e na maior parte da personalidade também. Mas ela tem alguns hábitos da mãe...

– Deve ser difícil pra você. – ela disse – criar um bebê desse modo...

– Você nem faz idéia. Minha mãe me ajuda quando tem jogos ou quando eu tenho que ir a escola... ela, ao contrário do meu pai, ainda liga pra Dannie.

– Seu pai não gosta dela?

– Ele costuma dize que ela foi um erro que atrasou a minha vida. – ele deu ombros. – Dannie também não gosta dele o que veio bem a calhar já que eles não tem que ficar juntos o tempo inteiro.

– Hmmm... eu gostaria de conhecê-la. – disse. – se você permitir é claro.

– Desde que não tente roubar minha filha ou transformá-la em uma roqueira viciada em drogas, por mim tudo bem. – ele brincou.

Carrie riu, mas depois ficou séria.

– Eu nunca conheci a minha mãe. – disse – ela me deixou pouco depois que eu nasci.

– Pensei que Alice fosse sua mãe.

– Ela é minha mãe. Mas eu quis dizer, mãe biológica, essa eu nunca conheci.

Ele ficou em silêncio.

– Sei lá, as vezes eu fico pensando nela... me perguntando porque ela não me quis, ou porque ela teve que ir embora... mas no geral o que eu realmente quero é saber sobre ela. Saber em que eu sou parecida com ela, saber se nós temos alguma mania em comum, ou alguma coisa que faz as pessoas pensarem nela quando me vêem fazendo a mesma coisa... Mas aí eu acordo e vejo que eu não quero realmente conhecê-la.

– Deve ser difícil pra você. – ele disse.

– Um pouco. – ela deu ombros – eu me identifico com sua filha. E sei que vai chegar um momento em que ela vai sentir a falta da mãe e quando você contar a verdade pra ela, que a mãe a abandonou ela vai sentir raiva pra depois ficar depressiva e triste até ela decidir se quer ou não procurar a mãe, conhecê-la e saber sobre ela.

– Meu maior medo é esse. – Drew confessou – Dannie é tudo pra mim e sei que Kebi seria uma decepção e tanto pra ela. Kebi era legal e gentil, mas não era do tipo que se apegava. Não era do tipo que curtia sentimentalismo ou que dissesse um ‘Eu te amo’. Na verdade ela só amava uma pessoa: Ela mesma.

Carrie assentiu.

– Meu pai me disse a mesma coisa quando eu perguntei sobre a minha mãe. E desde então eu tenho feito de tudo para não ser igual a ela.

– Você é uma pessoa esperta, Carrie Withlock. – Drew sorriu e parou o carro em frente a casa de Carrie.

– Obrigada pela carona, Drew.

– Disponha sempre que precisar. – ele sorriu amigo.

Ela devolveu o sorriso e saiu do carro correndo para a segurança de seu lar, onde não entravam goteiras de chuva e nem pessoas absurdas, tipo Gianna Ludwick, sua mãe biológica a quem ela nunca iria conhecer e não ligava pra isso... Ok, talvez ela ligasse só um pouquinho.

DOMINGO 00:30 DA MANHÃ.

– Será que você não pode me deixar em paz? – Jacob perguntou furioso a Billy.

– Não. Não quando você fez aquela bobagem de abandonar o seu sonho para ficar com aquela garota. Jacob ela está estragando o seu futuro!

– Em primeiro lugar: O sonho era seu e não meu, Billy. E em segundo lugar: Nessie é a melhor coisa que já me aconteceu, agora me faz um favor vai embora. Eu tenho prova amanhã e tenho que estudar.

Billy olhou magoado e furioso para o filho antes de bater a porta do apartamento dele.

Jacob suspirou.

Ele odiava quando seu pai tentava controlá-lo.

Socou a mesa.

Ele não conseguiria se concentrar mais.

Fechou o livro e andou de um lado para o outro.

Olhou para o relógio e pegou as chaves de seu carro saindo de seu pequeno apartamento.

NA MANHÃ SEGUINTE...

– Jake! Jake! – Nessie sacudia o namorado, sonolento ele olhou para ela – Já estava na hora de acordar dorminhoco. Você está quinze minutos atrasado.

– Fui dormir tarde ontem. – ele sorriu ainda com muito sono.

– Oh, eu sei. Eu também fui. Porque não é todo dia que seu namorado bate na sua janela às uma e quinze da madrugada, sendo que esse namorado vive sozinho em um apartamento.

Jacob sorriu ainda mais.

– Não que eu não tenha gostado, mas eu realmente estava no maior amasso com Morfeu.

– Morfeu? – ele gargalhou.

– Todas as noites eu me apaixono por ele e deito nos braços dele. – ela sorriu marota e ele gargalhou mais ainda.

– Acho que ontem ele ficou decepcionado. – Jacob disse – e Bom dia pra você, princesa.

Ela sorriu e ele puxou-a para a cama de sopetão fazendo a garota gritar de susto e surpresa e rir em seguida.

– Você é louco, meus pais estão em casa! – ela riu.

– Nunca percebeu? Eu sou louco. Louco por você.

Nessie riu e deu um selinho no namorado.

– Lembra da conversa que a gente teve sábado? – ela perguntou mordendo o lábio – eu pensei muito, não contei a ninguém, é claro... e eu decidi aceitar o seu pedido de casamento.

Naquele momento, Jacob travou.

Ele estava tão surpreso que não teve reação.

Nessie se preocupou.

– Alô? Tem alguém aí dentro? – perguntou passando a mão na frente dos olhos dele – Será que você ouviu que eu aceitei seu pedido de casamento?

Jacob piscou ‘acordando’ e sorriu beijando-a com vontade.

– Eu já disse que te amo hoje, Nessie Cullen?

– Ainda não. – ela sorriu.

– Eu te amo muito, garota.

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Bella ouviu o grito de Nessie e em seguida a sua risada e rolou os olhos.

– Esse moleque não se manca não? – Edward perguntou revoltado. – Entra pela janela de madrugada e fica na sacanagem!

– Você não sabe se eles estão na sacanagem. – Bella comentou com um sorriso maroto.

Edward bufou e resmungou algo inaudível.

Bella balançou a cabeça e foi até a escada:

– NESSIE, LEAH, JACOB! CAFÉ DA MANHÃ. AGORA! – berrou a plenos pulmões em seguida voltou a cozinha tranquilamente. Tirou a panqueca da frigideira e colocou a mesma em cima de uma pilha. Desligou o fogão e sentou-se a mesa colocando frutas em sua tigela e um pouco de leite desnatado em uma xícara.

– Está de dieta? – Edward perguntou confuso. Afinal, Bella não era muito fã de leite desnatado e sempre preferia um belo achocolatado fumegante com rabanada e duas panquecas com geléia no café na manhã.

– Sim, até o bebê nascer... Hoje vou fazer uma ultrassom se quiser ir será na mesma clínica as duas e meia.

Edward sorriu assentindo e voltou a prestar a atenção no jornal que lia.

QUARTA-FEIRA 18:30 – APARTAMENTO DE JACOB

Nessie entrou no apartamento de Jacob e não ficou surpresa ao ver o namorado e Quil jogando vídeo-game.

– Olá meninos. – saudou indo deixar as compras que fizera no balcão da cozinha.

– Oi Nessie. – Quil saudou.

– Oi amor. – Jacob sorriu. Deu uma pausa no vídeo-game – Não trapaceia Quil. – disse ao amigo que perdia e foi até a namorada.

– Não precisava fazer isso.

Ela encostou-se no balcão e disse:

– Se tudo sair como planejamos esse lugar também vai ser meu em poucos dias, nada mais natural do que fazer compras.

Ele sorriu e encostou-se no balcão de frente para ela.

Quil vendo que o amigo estava distraído deu play no jogo e pegou o joystick do amigo pronto para fazê-lo perder.

– Você não existe, sabia? – ele perguntou cruzando os braços divertido.

Ela riu levemente tirando as coisas da sacola.

– Oh, existo sim. Existo a 15 anos, sou sua namorada e tem uma penca de gente pra comprovar.

Ela se virou abriu o armário e colocou o macarrão que comprava na última prateleira, tendo que ficar na ponta dos pés para que conseguisse alcançar.

Foi nesse mínimo movimento que Jacob viu algo.

A blusa dela levantou deixando parte da pele exposta e ele viu um 23 tatuado lá.

Ele franziu as sobrancelhas.

Nessie havia tatuado o seu número – o número que havia escolhido para usar em suas camisetas de jogos - no cofrinho?

Ela se virou e ficou confusa com a expressão dele.

– O que foi? – perguntou.

– Você tem sorte de o Quil estar aqui. – ele comentou com um sorriso maroto – ou eu te atacava aqui e agora.

Ela o olhou arqueando uma sobrancelha com um sorriso de canto e Jacob não podia achá-la mais sexy.

– Bem. – ela disse – você também tem sorte de o Quil estar aqui.

Ainda fitando os olhos um do outro eles disseram em uníssono:

– Quil, vai embora.

– O que? – o rapaz se assustou parecendo indignado – isso é que da ter amigos comprometidos...

Jacob e Nessie não se agüentaram e caíram na gargalhada.

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– Sério mesmo? – Carrie perguntou – Você e Seth? Sua safada! Tirou a pureza dele!

– Eu te garanto que de puro ele não tinha nada. – Leah sorriu marota.

Carrie balançou a cabeça.

– E a Nessie? – Leah perguntou – tem falado com ela? Ultimamente ela tem estado em uma bolha com Jacob e eu me sinto excluída.

– Não estou sabendo de nada.

– Bem, eu sei de algo. Parece que alguém vai casar, por que ele subiu pela janela dela na madrugada de domingo para segunda e de manhã ela falou algo sobre ‘casamento’. Só não sei quem vai casar.

Carrie balançou a cabeça.

– Escutando atrás das portas de novo?

– Eu não. Eles é quem falam alto! – Leah se defendeu – e você amiga, alguma novidade?

Carrie respirou fundo e disse:

– Eu vou conhecer a filha do Drew no sábado.

– Sério? Tenso.

– Não acho. Acho que é bem interessante, sabe? Drew parece ser solitário e tal e... eu acho que ta rolando alguma coisa entre eu e ele.

O queixo de Leah caiu.

– Me conta tudo. – ordenou a morena.

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QUINTA-FEIRA 14:30

Nessie e Jacob entraram na casa da menina e ela temerosa, perguntou:

– E se eles disserem não?

– Isso a gente não vai saber se ficarmos aqui. – ele disse nervoso.

Ela assentiu concordando.

Eles entraram na cozinha onde Rose lia o jornal e tomava café.

– Olá crianças. – a loira saudou.

– Oi. Cadê a minha mãe? –perguntou Nessie.

– Mamãe chegando! – Bella disse aparecendo com um balde de roupa limpa para dobrar – Olá, Jake, que bom te ver. Entrou pela janela de novo?

Jacob corou levemente e disse:

– Não, pela porta da frente!

– Bom trabalho. – elogiou a morena sorridente.

– Mãe, será que a gente pode conversar com a senhora e com o papai? – Nessie pediu.

Bella largou a roupa e fitou a filha com uma mão na cintura.

– Você está grávida? – perguntou a mãe severamente.

– O que? – Nessie guinchou surpresa.

– Grávida. Sementinha no útero. Engoliu uma melancia. Cegonha trazendo um bebê. Entendeu?

– Bella, pare com isso! – Rose disse com um olhar maroto – você sabe tão bem quanto todo mundo que Nessie é virgem. O que na minha opinião é uma vergonha.

Nessie corou fortemente.

– Tia, eu quero falar com os meus pais... a sós.

Rose rolou os olhos.

– Ok. Entendi a indireta. Mas não vai adiantar de nada, eu vou ficar sabendo de cada palavra depois. Me liga, caçula, e me conte os detalhes sórdidos depois. – Rosalie pediu a Bella que piscou um olho, marota.

– O papai está em casa? – Nessie perguntou quando Rose saiu.

– Está tentando concertar o balanço. – disse Bella indo para a porta da cozinha. – EDWARD! COZINHA AGORA! NESSIE ESTÁ GRÁVIDA!

Se Nessie pudesse cavar um buraco no chão, ela o faria com o maior prazer. E Jacob estava até se divertindo com aquilo, mas jamais iria admitir para Nessie ou correria o risco de apanhar da menina.

Edward entrou limpando as mãos com um guardanapo. Ele estava vestido de um modo que Nessie nunca vira. Com bermuda cáqui e uma velha camiseta branca completamente suja.

– Então, meu filho vai ganhar um sobrinho? – perguntou fuzilando Jacob com o olhar.

– Na verdade não senhor. – Jacob negou – nem cheguei perto de fazer isso.

– Bom. Entrou pela janela de novo?

– Não, querido, Jacob foi um educado rapaz que entrou pela porta.

– Pela porta? – Edward duvidou – Bom garoto. – disse como se falasse com um cachorro.

– Paizinho será que a gente pode ter uma conversa séria, agora?

Bella e Edward se entreolharam.

– Ela usou o ‘paizinho’ ela quer algo. – Bella avisou.

– O que foi? – Edward se sentou a mesa da cozinha e Bella fez o mesmo sendo imitados pelos adolescentes.

Jacob e Nessie se entreolharam.

– Eu sei que ainda somos muito jovens... – Jacob começou – e sei que pode parecer loucura, mas eu queria pedir a mão da sua filha em casamento.

Para a surpresa dos dois adolescentes, os dois adultos começaram a gargalhar.

Eles se entreolharam.

– Isso é sério? – Bella perguntou quando percebeu que eles não haviam rido.

– É. – Nessie disse.

Edward balançou a cabeça.

– Esqueça isso, Nessie. Estude, dedique-se a sua carreira e cresça na vida. Casamento está fora de questão antes da faculdade.

Bella fitou a filha e disse:

– Esperem os dois aqui. Edward e eu vamos pensar com calma no assunto. Edward, porão.

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– Esse assunto não deveria nem ser discutido, Bella. – Edward disse.

– Edward, Nessie não é mais criança. Ela sabe o que quer!

– Ela só tem quinze anos!

– Ok, você tem um ponto, mas pense comigo. – ela pediu se colocando de joelhos no sofá do porão. – Nós não permitimos, ela se revolta, começa a beber, a fumar, a passar a noite fora de casa e de repente ela acorda no jardim do vizinho e aí, BUM, ela está grávida e...

– Começa a usar crack. – ele disse – ela é uma criança.

– Ela é mais adulta que nós dois, Edward. É mais madura e mais responsável, sabe o que seria de mim sem ela para me lembrar de estudar todos os dias na faculdade? Eu não seria nada.

Edward suspirou.

– Ok. Você venceu, mas tente ver o meu ponto.

– Eu vejo o seu ponto e também acho que ela é muito nova, ainda tem muito o que viver antes de se entregar de cabeça em uma relação, mas ela é forte e vai saber lidar com isso. E também vejo o ponto de vista dela. Ela o ama e quer passar a vida inteira com ele. Se isso não acontecer, vamos ter um neto logo, logo e uma filha para entrar na reabilitação, porque você conhecer adolescentes revoltados tão bem quanto eu.

Edward respirou fundo.

– Eu vou ligar para Jasper. – disse por fim – ele precisa dar entrada em alguns documentos de casamento e permissão para menores de idade se casarem.

Bella sorriu satisfeita.

– Ela está jogando fora a vida dela e você está compactuando com isso! – Edward avisou.

– Ela só está seguindo seu coração. Porque grande parte dos sonhos dela você já realizou. – Bella disse beijando no noivo no rosto.

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SÁBADO 09:00

Seth estava animado.

Seu maior sonho era sair em um mochilão com seu tio desde que era menino.

Agora ele tinha essa chance.

Leah aceitara tudo de boa. Desejara-lhe boa sorte, disse que o amava que se ele pensasse em recusar ela iria transformar “o seu bonito traseiro em cereja”.

Leah era a força personificada. Aceitava quase tudo de boa e se não aceitava fingia que estava de acordo com algo apenas para deixar a pessoa feliz. Ela era altruísta. E era uma das razões para Seth gostar tanto dela.

Ele bateu na porta do apartamento de Jacob e o mesmo atendeu após alguns segundos usando nada menos que um samba canção e uma toalha ao redor do pescoço e estava... feliz demais para o gosto de Seth, sendo que eles perderam o jogo da noite passada!

– Bom dia! – Jacob sorriu.

– Bom dia. – Seth disse – eu vim me despedir. Estou embarcando em um mochilão com Keith!

– Que legal. Bom pra você. – Jacob disse sinceramente – Eu acho que a Nessie gostaria de ter esse momento ‘tchau melhor-amigo’ com você, ela é melhor que eu nessas coisas.

– É, eu sei. Eu to indo lá agora me despedir dela e da Leah.

Jacob riu.

– O que foi? – perguntou Seth confuso.

Jacob apenas sorriu bem humorado e gritou:

– NESSIE! SETH QUE FALAR COM VOCÊ.

Ele fechou a porta atrás de Seth e uma Nessie de roupão e cabelo molhado apareceu.

– Oi, Seth! – ela sorriu.

Jacob entrou no quarto do qual a menina havia acabado de sair.

– Você dormiu aqui? – Seth perguntou.

– Dormi. – a menina sorriu radiante e Seth entendeu: Nessie e Jacob haviam transado!

– Pensei que só iria transar depois do casamento!? – ele disse confuso – Não era você a ‘puritana Cullen’ como Leah costuma dizer.

– Bem eu fiz. – Nessie disse.

– Sim, você fez sexo.

Jacob saiu do quarto vestindo uma camiseta e um calção e abraçou a menina pelos ombros.

– Não isso, Seth... ok, isso também... mas a gente se casou. – ela disse erguendo a mão esquerda onde um anel dourado e simples repousava.

Seth arregalou os olhos.

– Puta merda! – ele exclamou – Leah vai surtar!