Músicas Para A Vida escrita por Polly S


Capítulo 12
Capítulo 11 - Drama is Drama


Notas iniciais do capítulo

Boa Noite meninas.
Hoje eu estou feliz e por isso resolvi presentear vocês, com um capítulo recém saído do forno.
Beijos



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Nessie sabia que estava em apuros.

– Você fez a mesma pergunta que nós queremos saber. – Edward disse severamente.

– Eu... ahn... – Nessie engasgou sem saber o que falar. Respirou fundo e resolveu que diria a verdade – Ele se ofereceu para de dar uma carona. Eu aceitei porque primeiro eu não queria ficar com bolhas nos pés e... – ela desviou os olhos dos de Seth – depois porque eu não vi mal nenhum nisso, uma vez que eu sou tutora dele.

A sala caiu em silêncio.

– Ahn... Nessie... quando eu disse pra você contar a ele não imaginava que seria assim. – Leah disse. – Sabe? Tipo... com seus pais na sala...

– Você sabia? – Seth se virou furioso para ela.

– Sabia. E só não te contei porque o problema não era nem meu e nem seu. Portanto, baixe sua crista que eu não vou tolerar abusos para cima de mim. E você está parecendo o Garfield em uma segunda feira se quer saber.

Seth fez cara de ofendido.

– Eu tenho razão para estar um pouco estressado não é?

– Na verdade não tem não. – Leah discordou – Ela é tutora dele e pronto. Se ela não te contou foi porque sabia que você iria agir assim, Garfield. E, por mais que você desconheça isso, ela considera demais a sua opinião, mas ela não deixa de fazer aquilo que acha que é certo e ela só está ajudando o cara a ser menos burro do que é. Agora para de histerismo, ou eu vou ter que te dar uns tapas no traseiro.

– Seth... – Nessie chamou – a gente pode conversar lá na piscina?

Seth passou por ela em direção a área da piscina e ela foi atrás dele.

Leah virou-se para Edward e Bella e disse:

– Querem bolo? Eu e Carrie que fizemos, inventamos um papo doido pra Nessie ir nessa festa pra gente fazer um bolo e para o tio Jazz aperfeiçoar as técnicas de barman dele.

– A gente só comemora o aniversário dela depois das nove e meia da manhã. – Bella disse carinhosamente as meninas.

– Por quê? – Edward perguntou.

– Porque ela nasceu as nove e meia da manhã, tio. – Carrie disse.

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– Por que? – Seth perguntou friamente.

Nessie tinha os olhos marejados.

– Porque eu achei que estaria ajudando todo mundo. Ele me pediu ajuda para estudar e eu disse não, mas você me conhece. Sabe que eu não costumo negar ajuda a ninguém... Eu pensei que ele te deixaria em paz se eu o ajudasse!

– Me deixaria em paz? Nessie, ele pode ter ficado sem me atormentar, mas a minha paz de espírito foi mais pro brejo do que a vaca!

– Não precisa se preocupar. – ela disse – Não tem a mínima possibilidade de rolar algo entre eu e ele... até porque eu pretendo me focar mais em mim, entendeu? Quero estudar e me dedicar ao meu futuro. E Jacob Black nunca fez parte dos meus planos. Seth me desculpe. Por favor, a última coisa que eu queria ou que eu quero é te magoar e eu sei que fiz exatamente isso.

– Sim, você fez.

– Me perdoa, por favor. Seth eu sei que eu sou um desastre ambulante, afinal eu sou humana, também peco, mas se eu perder a sua amizade eu não sei o que eu faço e estou me odiando por ter feito isso com você.

– Deveria. – ele disse e suspirou – E eu te perdôo sim. Não consigo ficar bravo com você.

Nessie não sorriu apenas abaixou o olhar.

Seth parecia aflito.

– Me promete algo? – ele pediu e ela esperou – Me promete que se algum dia sentir algo diferente em relação a ele, você vai me contar!?

– Seth... – ela ia protestar.

– Me promete. – ele insistiu.

– Ta, eu prometo.

Isso o deixou mais tranqüilo.

Ele a abraçou e disse:

– Me desculpe por agir como um louco descontrolado.

– Me desculpe por mentir e ocultar coisas de você. Não gostei de fazer isso.

Ele riu.

– Você é o meu melhor amigo, Seth... espero que tenha conhecimento disso.

– Você também é minha melhor amiga. Mais amiga que Carrie ou Leah.

Nessie sorriu.


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Naquela noite enquanto Nessie tomava banho, Leah contou suas suspeitas a respeito de Jacob Black para Carrie aos sussurros.

– Você acha que, talvez, ele possa estar interessado na Nessie de uma maneira romântica? – Carrie perguntou – Isso não faz muito o estilo dele.

– Eu sei, mas eu tenho ficado de olho nele. Quando eles estão no mesmo ambiente ele não tira os olhos dela. E, eu acho que a Rose e o Edward já sacaram, mas estão se fazendo de desentendidos por causa dela e da tia Bella.

– Seth parecia preocupado. – Carrie disse.

– E quem não estaria com uma coisa como essa? Ele está cada vez mais próximo dela. Nessie não é de ferro. E nós duas sabemos o quão sedutor e cafajeste ele pode ser. E Nessie é inocente. Não é boba, mas é ingênua e inocente. E isso faz parte dela. E me preocupa bastante se Jacob for... for mais um Drew na vida dela.

– Ele não vai ser nada. – Carrie disse – Nessie não pode se envolver com ele. Ele não a merece.

Leah não teve como contra-argumentar.

– Você tem um ponto. – disse por fim.


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Seth respirou fundo e tocou a campainha da casa que sempre evitara.

Infelizmente, Billy atendeu.

– Seth? – o homem pareceu surpreso. – O que faz aqui?

– Jacob já chegou? – perguntou ignorando a pergunta do pai.

– Ainda não.

– Obrigado. – falou dando as costas ao homem que mais odiava no mundo.

Se não fosse por seu tio Keith, ele não teria tido uma figura paterna, mas Keith estava tirando férias de seis meses na Europa para curtir o início da aposentadoria tão esperada e merecida.

Ele entrou no carro indo rumo a Casa de Praia, mas no meio do caminho viu o carro de Jacob, ele fez sinal para que o carro parasse e saiu do carro.

Curioso Jacob o imitou.

– O que foi? – perguntou rudemente.

– Já sei sobre suas aulas de tutoria. – disse indo direto ao ponto – e eu não sou idiota de não perceber que está de quatro por Nessie. Não vou te ameaçar, porque Edward já me disse que já fez isso por mim. Aliás... ele e Rose. Mas eu não iria fazer nenhuma ameaça, porque isso não é da minha natureza. Você gosta da Nessie e Nessie se importa com você. Só te dou um aviso: Ela é frágil, inocente e representa tudo de bom que ainda resta nesse mundo. Não vou te impedir de se aproximar dela, mas se a machucar... bem... só posso dizer que o inferno vai ser um SPA de relaxamento perto do que irei fazer com você. E isso não é uma ameaça. É um aviso. E se quiser evitar isso, só há um modo: MUDE. Prove ser digno dela e convença a mim, a Rose e principalmente a Edward que você vale a pena, ou eu te garanto que nunca será feliz na vida.

E com isso ele entrou no carro deixando Jacob estupefato no meio da estrada.


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Nessie estava ficando irritada.

Sua pele ainda não havia parado de formigar. Ela já havia molhado o lugar com água fria, água morna e água fervente.

Havia desistido de se livrar da ‘formigação’ há algumas horas, mas não conseguia dormir. E não era porque cedera sua cama para Carrie passar a noite.

Não. Era por causa de Jacob Black.

Ela não entendera o que fora aquele dia.

Ele fora confuso demais. Inconstante demais. Doce, estúpido, arrogante, gentil, cavalheiro, delicado, insistente, persistente e... merda! Ela se odiava por pensar nele, mas não conseguia tirá-lo da cabeça. Ele era a coisa mais doce que ela já vira na vida. E também a mais arrogante. A coisa mais linda. E também a mais ridícula.

Ele a fazia ficar em uma linha tênue onde ela não sabia para onde ir. Para o lado onde só havia coisas ruins ou para o lado onde só havia coisas boas. E nenhum deles era atrativo para ela.

Ela só sabia de uma coisa naquele momento: Ela queria que ele a tocasse mais uma vez. Talvez não na tatuagem, talvez na mão. Ou talvez simplesmente olhasse em seus olhos...

Ela se virou e socou o travesseiro.

Ela não podia estar gostando dele. Seria ironia demais isso estar acontecendo, mas sua pele que formigava era a prova de que isso era real. Era verdadeiro.

– Ai caramba! – ela sussurrou olhando para o teto. – Eu estou apaixonada.

De novo não!

Nessie engoliu seco e levantou-se.

Iria beber água, andar pela casa, adotar um gatinho em plenas 3:35 da madrugada, ela iria fazer qualquer coisa, ela não queria ficar deitada, não estava mais agüentando ficar parada.

Desceu as escadas indo em direção a cozinha.

Ela iria comer para se distrair.

Será que ainda tem bolo?” ela se perguntou.

Ligou a luz da cozinha e abriu a geladeira.

Ainda tinha bolo.

Pegou um generoso pedaço do bolo e encheu uma jarra de suco de laranja.

Sentou-se em cima do alto balcão de mármore (e teve que pular para conseguir sentar-se nele) da cozinha e pôs-se a comer em silêncio.

Um pigarro chamou sua atenção.

Olhou para a origem do pigarro.

Bella estava escorada na porta da cozinha sorrindo levemente parecendo resignada para a filha.

– Você tem que se parecer comigo? – a mãe perguntou.

– Como assim? – a garota perguntou confusa.

– Se não consegue dormir por pensar demais nos problemas e desata a comer.

Bella foi até a geladeira e tirou um pouco de pudim de chocolate e sentou-se ao lado da filha no alto balcão de mármore, pulando para conseguir sentar-se no mesmo.

– O que a deixa inquieta? – Bella perguntou a filha que rapidamente enfiou um grande pedaço de bolo para não ter que falar. Aquilo fez Bella abafar uma risada – Vamos! O que há de errado com minha única filha? É a puberdade? Insônia?

Nessie balançou a cabeça negativamente ainda mastigando.

Bella ficou mais séria e perguntou suavemente:

– Problemas do coração?

Nessie engoliu e sentiu os olhos marejarem.

– Porque que tudo tem que ser tão difícil?

– É o Jacob Black não é? – perguntou a mãe em um sussurro.

Nessie assentiu com a cabeça.

– Eu poderia gostar de um geek legal que soubesse quem é Gandalf, ou um CDF viciado em GTA, mas não. Tinha que ser por um jogador de basquete que tem um problema bipolar ferrado e que acha que tudo gira em torno do umbigo dele. – desabafou. – E o pior é que ele nem sequer me enxerga direito. Pra ele sou apenas uma nerd que está fazendo um favor a ele... uma amiga do Seth que se veste mal cujos pais são pessoas musicalmente influentes!

Bella riu.

– Posso concordar com a sua objeção e sua preferência em ter um namorado que seja geek ou um viciado em GTA, mas que ele não te enxerga direito? Nessie eu pensei que você fosse mais observadora que isso. Aquele rapaz já tem uma afeição enorme por você. Eu ficaria surpresa se não tivesse.

– Por quê? – Nessie perguntou confusa.

– Porque assim como seu pai e sua tia Alice é impossível não se apaixonar por você. Seu pai é... bem, eu não sabia disso quando o conheci, mas eu era apenas uma criança... Ele me conquistou logo de cara e sua tia Alice... – Bella gargalhou – Aquela ali não demorou um mísero segundo para ela se tornar a minha melhor amiga.

Nessie sorriu.

– Às vezes eu queria ser mais como à senhora, mamãe. – Nessie disse – A senhora sabe lidar com essas coisas de ‘sentimento e emoção’.

Bella riu.

– Eu não sei lidar com isso, querida. – Bella disse carinhosamente – Não vou dizer que fica mais fácil conforme a idade porque seria mentira. Mas fica, de certo modo, mais maduro. As emoções te dominam, o sentimento vem, mas você consegue pensar em algo além disso. O seu problema é a puberdade.

– Mamãe! – Nessie protestou – Não é hora para falar em mudanças corporais!

Bella gargalhou.

– Nem passou pela minha cabeça. Mas é verdade. Você sabe que a adolescência é um tempo de mudanças. Mudança de personalidade, mudança disso, mudança daquilo... E tudo fica mais intenso. A raiva, a tristeza, a alegria, a paixão... Tudo fica muito intenso. E é maravilhoso.

– Não estou vendo nada de maravilhoso aqui. – Nessie resmungou fazendo a mãe rir.

Bella colocou seu pudim de lado e abraçou a filha pelos ombros.

– Na hora a gente nunca vê. Se está difícil pra você imagine para mim que estava com uma melancia na barriga!

Nessie riu, mas ficou séria rapidamente.

– Mãe... Porque você deixou o papai? – perguntou curiosa. – Quero dizer, realmente, sem camuflar nada, omitir nada e sem desviar assunto.

Bella suspirou.

– Sabia que iria perguntar isso mais cedo ou mais tarde. Pois bem, aqui vamos nós... Nunca fez parte dos meus planos ficar grávida. Aliás, eu não queria ter filhos. Nunca. Mas eu fiquei. E depois de nove meses, exatos quinze anos atrás, você veio. Você mudou a minha vida, Nessie. Me transformou em uma pessoa melhor. No dia em que eu descobri que estava grávida eu fui até o seu pai para saber o que fazer. Eu não queria fazer um aborto, mas eu tinha apenas quinze anos. Também tinha que pensar em mim. E quando eu cheguei lá... – Bella respirou fundo para tomar coragem – seu pai estava verde, estirado na cama completamente chapado. Ele havia feito o uso de heroína, não sei se era a primeira vez, mas creio eu que não... Eu esperei ele acordar para brigar com ele e contar que estava grávida, mas depois que eu briguei ele tentou me convencer a usar heroína. A gente discutiu e eu decidi que não iria te criar perto de um drogado. Eu saí daquele lugar ressentida, magoada, com o coração em pedaços, em abstinência e grávida. A única certeza que eu tinha na minha vida era que eu iria ter o meu bebê e eu não iria tê-lo perto de um drogado. Eu fiquei com ódio do seu pai durante anos. Anos, Nessie. Pensar nele me fazia ter vontade de praticar tiro ao alvo nele com uma UZI. Mas aos poucos o ódio foi indo embora, substituído pelo amor que eu sentia por você e por ele. Dizem que amor e ódio andam de mãos dadas? Mentira. O ódio pode vir de início, ou depois, mas o amor... o amor é muito maior do que o ódio.

Nessie ficou calada. Internamente ficou feliz, por conseguir tirar sua mente de Jacob, mas não sabia que sua mãe chegou a sofrer tanto. De repente ela viu o porquê de sua mãe ter apenas 29 anos e ser mais madura que seus dois avós juntos. O sofrimento força as pessoas a crescerem, a amadurecerem, a ficarem amargas se não forem fortes o suficiente para suportar a dor. O sofrimento a transformou na mulher sábia e madura que ela tão bem conhecia.

– Obrigada por me contar. – Nessie sussurrou.

– De nada. – Bella disse. Ambas ficaram em silêncio até Bella comentar – Filha... se você resolver chutar o pau da barraca e namorá-lo... por favor... não tenha filhos antes do casamento e antes dos vinte e cinco anos.

– Mãe, eu me casaria depois dos trinta, e outra... eu tenho um propósito bem antiquado de querer me casar virgem.

Bella sorriu.

– Fico feliz em saber disso. – disse a mulher. – Eu não sabia que minha filha já não era mais uma menininha. Agora minha ficha caiu e eu estou horrorizada e orgulhosa de ter uma adulta como filha.

Nessie riu e depositou um beijo na bochecha da mãe.


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– Ziammmmmm. Ziammmmmm. – o coral aquecia com a ajuda do pianista e de James que regia o coral.

Era sábado. E Nessie estava aquecendo-se tanto vocalmente quanto fisicamente já que aquecia a voz acompanhando o coral e aquecia o corpo fazendo alongamentos com as bailarinas. Ela não havia feito outra coisa em seu aniversário que não fosse ajudar a mãe e os tios com a organização do evento da Escola de Música de sua mãe. Seu pai iria apresentar ao vivo o espetáculo que seria exibido por sua equipe de filmagem. Ele, como um famoso produtor musical espalhou que o musical ao vivo estaria sendo exibido em seu Site. E milhões de músicos, dançarinos e artistas iriam assisti-lo. Apesar de não ser o aniversário dos Sonhos ela não se imaginava fazendo outra coisa.

– Meninas da dança, por favor, se posicionem. Nessie, você sabe sua posição! – Marlene a coreografa dizia. Então a coreografa agarrou-a pelos ombros e disse: - Arrasa, garota. Essa noite é sua.

Provavelmente era porque era seu aniversário. E quinze anos só se faz uma vez, afinal, aquele espetáculo não era dela... podia parecer que sim, já que ela tinha significativa participação em tudo, menos artes plásticas.

– Nessie! – era sua tia Vicky, que estava grávida e parecia transtornada. – Querida eu sinto muito, mas você vai ter que trocar de papel com a Chelsea.

– O que? – ela surtou. – A Chel é a Julieta.

– Chelsea não está com condições e cantar e muito menos de dançar. Então você vai fazer a Julieta.

– Mas, eu... – ela começou a se preocupar.

Ela pôs as mãos nos ombros da sobrinha e disse:

– Você sabe as músicas. Você as compôs. A última música foi sem companhia e você vai se sair bem. Nós criamos as coreografias, você ensinou-as e você sabe bem como fazer.

Sem ter o que fazer a menina assentiu.


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Se havia coisa que Jacob odiava acima de baratas voadoras e seu pai... eram musicais.

Sua mãe, no entanto, fora convidada por Sue e Bella e comprometeu-se a ir... e o arrastou junto.

Ele não sabia se Nessie estava por perto. Esperava que sim. Queria vê-la, conversar com ela, queria tentar ganhar um sorriso e olhar para seus belos olhos castanhos.

– Bella! – Sarah acenou para a elegante mulher que usava um vestido vermelho e cumprimentava todos que entravam.

– Olá, Sarah, que bom que veio! – Bella sorriu para a mulher e dirigiu um sorriso simpático a Jacob, mas o olhar dela era observador. – Que bom que veio Jacob. Tenho certeza que apreciará o espetáculo... 

Lutando contra o impulso de dar os ombros e rolar os olhos ele assentiu educadamente para a mulher que pareceu encantada com o gesto dele.

Eles entraram e procuraram um lugar próximo ao palco.

A orquestra, já afinava seus instrumentos dando aquele som típico de teatro quando todos os músicos estavam afinando seus instrumentos ao mesmo tempo. O único ponto interessante era um computador e um instrumento de DJ que estava no lugar onde o maestro ficaria.

– Jacob? – uma voz o chamou fazendo-o querer ser qualquer outra pessoa menos ele naquele momento.

– Oi Lauren. – ele saudou.

– Não sabia que curtia musicais.

– Não curto. Estou acompanhando minha mãe. – ele apontou para a mulher ao seu lado que acenou para ela dando a entender que não gostava da loira.

Lauren não era burra, entendeu a dica de ambos e se afastou com um “Com Licença”.

– Nunca gostei dessa menina. – Sarah comentou.

– Nem eu. – ele disse surpreendendo a mãe.

– Mas você namorava essa menina. – a mulher protestou.

– Estava sem opções. – ele deu ombro, fazendo a mãe olhá-lo curiosa.

– E agora tem? – perguntou astutamente.

Jacob ficou feliz por não precisa responder a pergunta, pois o espetáculo estava começando.

O Maestro, era um cara de no máximo 18 anos, negro e com cara de boa pinta. Ele foi ovacionado e muito bem recebido

Um rapaz entrou no palco.

– Duas famílias inimigas. Montecchio e Capuleto. Filhos rivais. Opiniões diferentes que nunca conseguiam chegara um concenso. – ele narrou de modo intenso. Jacob pode ouvir meninas (e sua própria mãe) suspirando pelo cara – Uma história de amor que se iniciou com um baile... O baile dos Capuletos...

Ele saiu de cena e a cortina se elevou... E uma espécie de teto desceu onde ficaram alguns músicos com guitarras, violões, uma bateria e baixos elétricos e cinco rapazes de ternos, segurando microfones.

Jacob precisou piscar para reconhecer Nessie em cima daquele palco

– Aquela é Renesmee? – Sarah parecia tão surpresa quanto ele.

– Se não for, é um clone. – ele disse atônito.


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O rapaz entrou novamente.

– Romeu e Julieta apaixonaram-se imediatamente, mas havia um porém... além de suas famílias serem inimigas, o pai de Julieta havia prometido dar sua mão a um jovem chamado Paris. A aflição da jovem e inocente Julieta era incompreensível para sua Ama. Julieta preferia morrer a casar-se com alguém que não fosse o seu amado Romeu.

Então, Nessie entrou em cena. Usando um vestido longo, verde claro, que fazia maravilhas em sua pele.

Jacob não conseguia tirar os olhos dela. Ela estava só. Apenas um canhão de luz iluminando-a.

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Ela brilhava naquele palco. Seus olhos brilhantes por causas das lágrimas não derramadas, sua expressão desolada. Ele queria consolá-la, mas sabia que aquilo era apenas uma peça.

Sua voz era a coisa mais linda que ele já ouvira.

A música acabou e tudo ficou escuro.

A partir daquele momento Jacob desligou-se da peça, apenas quando Nessie aparecia sua atenção era despertada.

Ela interpretava com tanta veracidade que ele não pode conter o contentamento por ver uma outra parte da vida dela.

No intervalo para os atos ele pegou seu telefone. Tinha algo a fazer.


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Nessie terminou de refazer sua maquiagem. Agora ela só apareceria para fingir-se de morta e cantar a música final.

Não poderia dar errado.

De repente, sua mãe apareceu atrás de si soltando-lhe os longos e perfeitos cabelos avermelhados.

– Fique com eles assim. – Bella instruiu. – Você fica mais bonita com eles soltos.

Nessie lembrou-se que Jacob falara algo semelhante.

– Você estava fantástica, querida. Continue desse jeito. Seu pai está eufórico. Disse que depois dessa sua apresentação vai ser fácil te lançar no mercado.

Nessie riu.

– Eu só quero dar o meu melhor. A senhora merece. Colocou todas as suas esperanças nesse espetáculo.

Bella acariciou o cabelo da filha.

– Eu coloquei todas as minhas esperanças em você. Mesmo que você não saiba. Você é muito talentosa, filha. E de você eu só espero o melhor. Mas não ficarei desapontada se vir um mais ou menos ou um horrível. Posso ver como vida de artista é difícil. Só saiba que eu te amo mais que tudo.

E dizendo isso a mãe saiu.


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O palco estava escuro, a peça parecia ter acabado, mas então um canhão de luz branca iluminou uma figura ruiva que usava um vestido branco, cabelos soltos. Para Jacob, era a visão de um anjo.

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A música nem havia terminado quando as pessoas começaram a aplaudi-la. Algumas –tipo, a maioria – choravam de emoção.

Ao final da canção Nessie disse com lágrimas escorrendo por seus olhos que fitavam Jacob com uma discreta surpresa:

– Jamais esqueçam o amor de Romeu e Julieta. Uma estória triste, trágica, no entanto bela e emocionante. William Shakespeare disse uma vez: Jamais houve estória mais triste do que a de Romeu e sua Julieta. E ele estava certo. É uma estória triste, porém ela fala sobre o amor. É difícil viver sem a pessoa que você ama do lado. Mas pior ainda é não conhecer o amor. Não saber o que é esse sentimento. Romeu e Julieta viveram esse sentimento intensamente. Por pouco tempo, mas viveram... Já se perguntaram por que muitos procuram desesperadamente o amor? Porque o amor é a coisa mais procurada no mundo? – ela fez uma pausa – É porque é o mais próximo que temos de Deus. É o mais próximo que temos da mágica. É tudo o que homens e mulheres querem: Amor.

Os aplausos ficaram ensurdecedores, mas Jacob mantinha os olhos nela e ela nele.

A cortina se fechou e quando se abriu novamente era para o último número de dança da noite.

Ele não sabia como as bailarinas conseguiam se trocar tão rápido.

Lá estava Nessie. No meio das bailarinas.

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Após isso, as cortinas só se abriram para os artistas receberem os aplausos.


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– Como foi? – Nessie perguntou nervosa a Alice.

– Você foi perfeita, querida. Meus parabéns. Ah, seus avós estão bem ali, querendo te dar um abraço.

Carlisle e Esme viram a menina, que conheceram como amiga de Carrie e agora sabiam que era sua neta vir em sua direção nervosamente.

– Oh, querida! – Esme a abraçou – Você estava linda lá. Estou muito orgulhosa de você.

Carlisle sorriu feliz para a neta e disse:

– Bem vinda a família Cullen. – disse.

Nessie deu um brilhante sorriso.

Na hora uma voz chamou:

– QUEM É RENESMEE SWAN?

Nessie olhou para saber quem a chamava e viu um entregador de flores.

– Sou eu. – falou.

– São pra você. – o cara falou entregando-lhe as flores.

Nessie pegou as flores e deu dois dólares para o cara.

Era um buquê imenso. E eram brancas e vermelhas. Rosas brancas e vermelhas.

Como alguém saberia que era a sua combinação favorita.

– Quem mandou? – Esme perguntou divertida.

– Não faço idéia. – ela disse chocada – Tem um cartão aqui.

Ela pegou o cartão e passou o buquê a Esme.


Espero que tenha acertado na escolha das flores. Parabéns, você estava magnífica. Com amor e admiração: Jacob B.


Ela estava sem fala.

– Quem mandou? – Bella perguntou admirando as rosas que estavam com Esme.

– Jacob Black. – disse num sussurro.

Bella sorriu para a filha como quem diz: “Eu não disse?

– Com licença. – Nessie pediu e saiu correndo do camarim.

Ela estava usando um vestido amarelo claro, sapatos altos vermelhões e não fazia idéia de como ela conseguia estar correndo, mas ela tinha que ter uma conversa com Jacob.

E ela não iria largá-lo até que tudo ficasse as claras. E tudo iria ficar.

Ou ela não se chamaria Renesmee Bob Swan.



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Notas finais do capítulo

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