Naquela Tarde De Verão... escrita por Miss_Miyako


Capítulo 1
Naquela tarde de verão...


Notas iniciais do capítulo

OH YEAH~ ^^ Bom~ Aí está minha primeira one-shot de FT *U*
Nom sei se consegui "escrever o Natsu" muito bem, ele é meio complicado *tapa* Beeem, espero que gostem, xingo não é crítica e Boa Leitura~



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O fim de tarde em Magnólia estava lindo com sempre, pessoas andavam despreocupadas pelas ruas, crianças brincavam no parque, até as criaturas da floresta resolveram ficar quietinhas em seus cantos.

Era o dia perfeito para deitar e relaxar.

Bem, seria. Se uma certa loira não estivesse com bloqueio criativo e que passara o tempo todo de frente para a escrivaninha.

–Ugh... – Murmurou Lucy enquanto batia a caneta na testa, ignorando completamente o lindo tempo lá fora. Estava tão concentrada que nem percebeu dois vultos – um de tamanho normal e outro bem menor – entrando pela janela.

Só percebeu algo estranho ao sentir um cheiro. Peixe sendo assado. Tirou os olhos do papel e encontrou Natsu e Happy em cima da cama, os punhos em chamas de Natsu assando o peixe.

Em. Cima. Da. Cama.

No segundo seguinte, Natsu e Happy estavam caídos no chão, graças a Lucy que chutou eles para fora da cama.

–Ow... – Natsu se sentou e esfregou a parte de trás da cabeça. – Pra quê isso, Lucy?

–O que vocês pensam que estão fazendo? – Perguntou Lucy, uma aura negra surgiu ao seu redor.

–Assando peixe, ué. – Falou Natsu.

–Em cima da minha cama? – Disparou a maga estelar. – E cama lá é lugar para assar peixe?!

–Calma Lucy. – Happy falou levantando o peixe. – Quer um pedaço?

–Não, eu... – Espera aí. Lucy se virou para a escrivaninha e encontrou os papéis em branco que sua maldita inspiração se recusava a preencher, depois sentiu seu estomago tremer um pouco. É, ela estava com fome. – P-Pensando bem, acho que comer um pouco não vai ter problema.

Os rostos dos outros dois se iluminaram.

–Mas nada de assar peixe na minha cama! – Avisou.

Um tempo depois, o peixe já estava pronto – que por pouco, Natsu não transformou em carvão – o trio se sentou a mesa e começaram a comer e a conversar. Lucy notou a cara estranha que o Exceed azul fazia enquanto mastigava, por isso resolveu perguntar:

–O que foi, Happy?

–Hm? – Então ele pareceu entender. – Ah, é a Charle. O que eu tenho que fazer para ela gosta de mim?

–Ah. – A maga riu um pouco. – Então é isso...

–Lucy... O que eu faço?

–Bem... Ah, já tentou fazer coisas que ela gosta? Ou quem sabe dar um presente? Só ser gentil também serve.

–Hm... – Murmurou o gato alado.

–Engraçado você perguntar isso. Nunca pareceu ligar. – Comentou, enquanto comia outro pedaço de peixe.

–É que... Eu descobri que peixes não são a solução para tudo. – Comentou triste.

Mas é claro que não são. – Pensou Lucy, com uma gota.

–Ei, Lucy... – A loira se virou para o parceiro de equipe que a encarava. – Como você sabe disso tudo?

–... Eh?

–Ah. Deve ser porque ela gossssta de alguém também. – Zombou Happy, usando sua frase típica. Lucy teve de se controlar para não pegar o gato pela cauda e jogá-lo janela a fora. Que droga, seu rosto acabara ficando vermelho.

–Não, Happy. Eu não “gossssto” de ninguém. Eu sou uma garota e gosto de romances, só por isso. – Explicou-se, pena que o rosto vermelho desmentiu.

–Ah... – Natsu pareceu convencido, mas Happy não.

–Ah, é? Então porque você tá vermelha, hein?

–N-Não tô vermelha! – retrucou.

–Claro que tá. Olha as suas bochechas.

–Elas estão normais.

–Claro que não. Estão mais vermelhas que um tomate.

–Não estão.

–Estão sim.

–Happy...

–Você gossssta de alguém, não é?

HAPPY!

Não importava quantas vezes ela negasse. O Exceed não aceitaria um não como resposta. Natsu só ficou olhando os dois, sem entender nada, como sempre. No final, Lucy acabou admitindo.

–AH, TÁ BOM! – Gritou, querendo encerrar o assunto. – Talvez, eu goste de alguém. – Admitiu olhando para o lado, tentando esconder o rosto.

–Eu sabia. – Exclamou o gato azul, vitorioso.

Ufa, pelo menos o assunto tinha acabado.

–Quem é?

...Mas hein?

Os olhos cor de chocolate se viraram para encontrar com outro par de olhos cor de ônix que olhavam atentamente para os mesmos.

–Como é?

–Quem é o cara que você gosta? – Repetiu Natsu, comendo o ultimo pedaço de peixe.

Ai, que situação. Maldito gato. Como a conversa chegou a esse ponto? Como responder uma pergunta dessas quando a resposta é a própria pessoa que perguntou? Lucy sentiu o rosto esquentar de novo, ela tinha que contornar a situação.

Ela olha para o pulso – que não tinha nenhum relógio – e exclama.

–EEEEI, TÁ TARDE NÉ? HAHA! – Exclamou, junto de uma risada forçada. – VÃO PRA CASA!

–Mas Lucy... Ainda são 7 horas. – Comentaram os dois.

–M-Mas ainda é tarde, tá? Vão logo! – Exclamou, bem mais vermelha, praticamente os expulsando de lá.

Do lado de fora da casa, com as caras coladas no cimento, o mago do fogo e seu exceed levantaram tontos.

–Mas o que deu nela? – Comentou Natsu, se levantando.

–Sei lá. – Falou Happy, ajeitando o saco verde que levava nas costas. – A Lucy é tão estranha... Vamos embora, Natsu?

–Vam... Espera. – Exclamou. – Esqueci meu cachecol. Já volto. – Falou, voltando para o sobrado.

No quarto, Lucy deu um suspiro bem longo e se sentou de novo, pronta para encarar o papel outra vez. Ou quase, ela apoiou a cabeça nas mãos e deixou sua mente vagar por pensamentos, nem notara que esquecera a janela aberta, tão pouco que começara a falar sozinha.

E a janela de Lucy aberta, para Natsu, era o mesmo que dizer: Entre, seja bem vindo. O Dragon Slayer do fogo tomou impulso e começou a escalar até a janela.

–Mas esses dois... – Murmurou Lucy, para si mesma. – Sabia que eu ia acabar expulsando eles, de um jeito ou de outro.

Naquele mesmo instante, Natsu apareceu na janela, Lucy nem percebeu – outra vez – e começou a olhar em volta.

–E o Natsu tinha que perguntar aquilo? – Ela continuou falando consigo mesma. – Denso do jeito que ele é, claro que ele nunca ia perceber.

Entrando devagar, lá estava ele, indo em direção ao cachecol que estava jogado no chão. E claro, ouvindo tudo.

–Ainda mais porque, a pessoa que eu gosto. – O mago do fogo pegou seu cachecol e acabou virando na direção da maga para ouvir melhor. Ele fizera a pergunta e queria uma resposta. – É ele mesmo.

...Oi?

Para! Tempo! O quê?

–Lucy. – Chamou o garoto de cabelos rosa.

Em um movimento súbito, Lucy saltou da cadeira com o susto, derrubando os lápis e até a caneta.

–N-N-NATSU? – Ela gritou. – O que você tá fazendo aqui?

–Esqueci meu cachecol. – Falou, balançando a peça de roupa.

–Ah... – Então a ficha caiu. – HÁ QUANTO TEMPO VOCÊ TÁ AÍ?! – Berrou vermelha.

–Há... Um tempinho...

Hein? Tempinho? Quanto tempo? Quanto tempo tem em um “tempinho”?

–V-Você...

–Se eu ouvi? – Ele coçou a cabeça. – Ouvi, sim.

Ah... Esse tempinho foi suficiente para a situação sair do controle.

–Tudo? – Perguntou vermelha.

–Tudo. – Confirmou.

Droga. E agora? Ela mesma admitira, não tinha como voltar atrás. Ela nem sabia se isso contava como uma confissão... Contava?

–Ei, Lucy... – Natsu sorria. – Foi bom saber. Eu também gosto de você.

Chamem os paramédicos! Uma garota está preste a ter um ataque cardíaco.

...Ah, espera! Ele pode ter entendido errado.

–S-Sabe, Natsu... Você deve ter se confundido. Não esse gostar que você pensa, é o... – Tentou se explicar, coração a mil.

–Ah, não. Eu sei. – Ele sorriu. – Eu te amo também, Lucy.

CHAMEM OS PARAMÉDICOS DE NOVO!

–C-C-Como você consegue falar isso assim? – Berrou vermelha.

–Assim como?

–Assim... Tão fácil. – Ela cobriu o rosto com as mãos. – Eu demorei um tempão para sequer tomar coragem. E-E você fala assim, sem mais nem menos?

A cabeça de Natsu tombou um pouco para o lado, em interrogativa. Para ele parecia bem simples, então por que todo o ataque? Se bem, que ela estava engraçada daquele jeito.

Ele riu.

–Você é mesmo estranha, Lucy. – Falou, indo até ela. – Não precisa disso tudo.

–M-Mas...

–Sabe, foi bem de repente... – Comentou.

Ela o fitou.

–Como você sabe? Tem certeza que não está confundindo as coisas? – perguntou ela.

–Tenho. Eu quero te proteger, Lucy. Não é como os outros, você é diferente. Isso é amor, né? Bem, foi o que a Mira disse. Faz sentido pra mim.

Como ele conseguia falar aquilo com tanta naturalidade? Ele não tinha nem um pouco de vergonha? Não estava nem hesitante. Argh.

A maga tirou as mãos do rosto e olhou para o lado, envergonhada. Natsu a ficou encarando, um tempo depois ele a abraçou.

–Hya! – Soltou, mas depois se arrependeu. Que gritinho foi aquele?

–Estou feliz. – Ele murmurou.

Coração, calma! Se controle.

–Por que você não disse antes?

–Não sei. Acho que eu queria ter certeza.

Lucy afundou o rosto no ombro dele, era capaz de seu coração explodir, talvez não só por causa da declaração, como também por causa do susto.


***

–Já falei não!

–Por que Lucy?! – Reclamou não só Natsu como Happy também.

Passaram-se poucas horas depois de tudo aquilo e mesmo que agora ele e ela fossem algo mais. Dormir na mesma cama estava fora de cogitação!

–Natsu. Você não tem vergonha não? – Ela perguntou, vermelha.

Usava o pijama de coelhos, não fazia muito tempo que saíra do banho e acabou encontrando os dois na cama.

–O que isso tem haver? E pessoas que se gostam dormem na mesma cama. – Será que dava para ele parar de falar isso com tanta naturalidade?

–É. Depois que casam! – Retrucou.

–Ah, Lucy. – Reclamou Happy. – A sua cama é tão macia e confortável.

–Já falei que não.

–Lucy... – Natsu pegou uma das mechas do cabelo da loira e ficou brincando com ela.

–O que você tá fazendo? – Ela perguntou, vermelha.

–Você disse que podíamos dormir na mesma cama.

–Quando eu disse isso? – Ela se virou para eles e se deparou com o rosto de Natsu, ele sorriu. Maldito sorriso. – Tá, mas só dessa vez e fica para lá.

–Obrigada, Lucy! – Gritou Happy que logo depois se ajeitou na cama, assim como Natsu.

–Boa noite. – Falou, voz abafada pelo cobertor que lhe cobria a boca.

...

–Natsu?

Lucy sentiu um braço a puxando para perto, ela corou com a proximidade, mas quando virou percebeu que Natsu já estava dormindo. Será que ele fizera aquilo por impulso? Lucy pensou em sair, mas este a abraçava forte pela cintura. Apesar das bochechas vermelhas, deitou a cabeça no travesseiro e não demorou muito para dormir.

É, até que o abraço não foi tão ruim. Nem um pouco.



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Notas finais do capítulo

Prontoo~
Bom, espero que não tenham estranhado, mas assim como a Blue Nyan, achamos o Natsu denso pra burro, mas que quando acha que gossssssta de alguém, ele é do tipo direto. xD (Bem direto, hoho!)
Espero que tenham gostado e quem mandar reviews vai ganhar bolos de moraaaango~