A Descoberta Da Semideusa escrita por Tia Malu


Capítulo 19
Profecia.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura ;)



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Depois da chegada das Caçadoras ao acampamento as coisas pareceram voltar ao normal, mas de vez em quando ainda haviam alguns ataques. Quíron falara que em breve teria uma missão de reconhecimento para a Ilha, e todos estavam muito anciosos para isso. Inclusive eu, porém algo me dizia que tinha alguma coisa ruim naquela ilha que estava de aproximando aos poucos do acampamento, e também havia a questão de tornar-me uma Caçadora de Ártemis, ainda não tinha me juntado a elas, porém me questionava se isso era o certo a fazer.

Era início de tarde de sábado, e para a alegria de todos não tinha nenhuma aula naquele dia. Não estava nem perto da hora do jantar, quando Quíron convocou todos no pavilhão - refeitório. Eu estava no lago com Taina e Jow, e ao escutarmos que Quíron queria que todos fossem para o pavilhão, nós três fomos até lá. Ao chegarmos ao pavilhão cada um foi para a mesa de seu respectivo chalé. Quando me sentei perto dos meus irmãos, olhei de relance para a mesa principal e notei que até Dionísio estava ali, é pelo visto a coisa estava ficando feia mesmo.

– Ei você sabe o que está acontecendo? - perguntei a Izzy, já que ela estava ao meu lado.

– Pelo o que o Jeff nos disse no chalé, Quíron recebeu uma profecia que tem a ver com a Ilha, pelo visto ele chamou todos aqui para anunciar quem vai sair em missão. - respondeu ela e eu não consegui pensar em nada para falar.

Para a minha sorte nem precisei, pois Quíron pediu a todos que fizessem silêncio e quando todos tinham a atenção dele, ele falou.

– Semideuses! - disse o centauro. - Uma profecia a mim foi dada, quem tem a ver com a Ilha de Creta, prestem bastante atenção aos Versos da profecia que o sr. D irá dizer.

Dionísio, se levantou parecendo entediado como sempre e então com a voz um pouco parecida com a de um locutor de rádio falou.

– Para a Ilha quatro amigos irão,

e o perigo, juntos, enfrentarão.

O filho de Ares os levará,

e a filha da Sabedoria,com a ajuda do filho dos Céus, os guiará.

O filho de Deméter com nobreza irá jurar,

mas no final, um se perderá

Assim que o sr. D terminou de falar, todos continuaram em silêncio, até mesmo no bosque, os monstros pararam de uivar e as corujas de piar. O único barulho era o crepitar das chamas nos braseiros e o cricrilar dos grilos - CRI, CRI, CRI -, como ninguém mais disse uma única palavra depois do sr. D ter falado, Quíron começou a falar.

– Heróis, é um pouco estranha esta profecia, eu sei, e não espero que nenhum de vocês se voluntarie para esta missão. Porém não vai ser preciso. - ele fez uma pausa e respirou fundo, enquanto isso senti que alguém estava me olhando, e ao observar ao redor vi que Jeff me olhava com uma cara estranha. - Eu e os conselheiros nos reunimos e decidimos quais semideuses devem ir. É claro que a profecia deixou bem claro que um filho de Ares, um de Zeus um de Deméter e uma filha de Atena devem ir. E estes semideuses são, Renato, Leandro, Rafael e Malu. - disse por fim o centauro olhando para cada um de nós e eu sentia que ele não era o único.

De repente os campistas estavam olhando para meus amigos e eu, e neste momento quis muito ter a Capa da Invisibilidade do Harry Potter, só para todos pararem de me olhar.

–Os quatro deverão começar aa rrumar suas coisas para a missão e também deverão arrumas um transporte marítimo. - disse o sr. D revirando os olhos. - Bom podem ir, dispensados. Vão, circulando.

Os campistas começaram a se levantar de suas mesas e a sair dali, meus irmãos apenas me desejaram boa sorte e falaram que iríamos nos ver no chalé. Eu apenas assenti e os vi irem em bora ali. Quando todos finalmente tinham ido em bora dali, vi que apenas eu, Rafael, Leandro e Renato continuávamos ali além do sr. D e de Quíron. Me levantei e fui até os meninos no meio do pavilhão e logo Quíron e o sr. D também estavam ali.

– Bom, é melhor vocês arrumarem logo suas coisas e arrumarem um barco. Vocês partirão ao final da tarde. - disse Quíron mexendo em sua barba, o que fez eu me lembrar de um antigo professor de história que eu tivera.

– O que? Arrumar um barco até o final da tarde? Isso é impossível! - exclamou Leandro.

– Nem tanto... Se fizermos a coisa certa - - falei começando a pensar na profecia que acabara de escutar.

– Como assim Malu? - perguntou Leandro.

– Você não escutou a profecia seu surdo? "O filho de Ares os levará"– citei então todos olhamos para o Renato.

– O quê? Eu não posso evocar um barco, disse eu tenho certeza - falou ele levantando as mãos para o alto.

– Sim eu sei disso, mas eu tenho uma ideia de como você pode arrumar um - falei pensativa.

– Parece que a mocinha já tem um plano... Bem andem logo, vocês não tem muito tempo. - disse o sr. D.

– Já sabemos disso Dionísio, não precisa ficar nos lembrando o tempo todo. Bem vamos meninos temos que arrumar nossas coisas. - falei já saindo dali e indo em direção aos chalés.

*

Assim que chegamos a área dos chalés eu já havia explicado aos meninos o meu plano sobre o que o Renato teria de fazer para conseguir o barco, e se tudo corresse bem, iríamos conseguir nossa carona para a ilha.

– Bem você sabe o que fazer. - falei olhando para o Renato. - Está mesmo disposto a isso?

– É claro, tudo para ajudar.

– Bem então é isso, vamos arrumar nossas coisas e não esqueçam. Levem apenas o essencial, e também levem comida, e água. Não esqueçam de suas armas também o.k.? - falei, então respirei fundo para retomar o fôlego.

– Se é só isso, então vamos logo. Assim que todos estivermos prontos nos encontramos na praia. - disse Rafael seguindo para o seu chalé e eu fiz o mesmo.

Ao entrar no chalé 06 vi meus irmãos reunidos, mas passei por ele rapidamente, não tinha tempo a perder, queria arrumar minhas coisas logo. Segui para o dormitório feminino e peguei a minha mochila, a mesma que eu usara para ia ao acampamento, e comecei a arrumar dentro dela um par de calças jeans e duas blusas do acampamento, meu kit de primeiros socorros, dois cantis, um com água e outro com néctar, um pacotinho com pequenos quadradinhos de ambrosia e alguns pacotes de biscoito. Assim que terminei de arrumá-los minha mochila ainda parecia incrivelmente leve. Já estava com meu anel-escudo, meu pente-espada e minha adaga presa a minha cintura. Olhei para meu arco e minha aljava, agora com 36 flechas, e resolvi que talvez fosse uma boa ideia levá-la. Peguei o arco e a aljava e as botei nas costas e então pendurei a mochila em um dos ombros e saí do quarto, assim que apareci na sala, vi o Jeff de pé e pelo o visto ele me esperava.

– Em nome de todo o chalé - disse ele. - Nós te desejamos boa sorte. Tente não morrer o.k.?

– Obrigada manos, e pode deixar, eu vou tentar não ser abatida facilmente assim. - falei, então respirei fundo e prossegui. - Olhem enquanto eu estiver fora façam o máximo que puderem pelo acampamento O.K.? Não quero que destruam minha casa.

–Pode ficar tranquila, vamos fazer o possível e o impossível - assegurou-me a Heve, então acrescentou. - Mana é melhor você ir não?

– Sim eu sei. - suspirei. - Até logo, e não façam nenhuma besteira até que eu volte certo?

Sorri para meus irmãos, então segurando a alça da mochila que estava em meu ombro saí do chalé e fui em direção a praia.


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