A Descoberta Da Semideusa escrita por Tia Malu


Capítulo 12
Surpresas no baile.


Notas iniciais do capítulo

Bem, estou aqui novamente com mais um capítulo. Ultimamente ando com mais ideias do que nunca, e no próximo capítulo terá uma POV de um personagem que eu não vou falar qual é u_U
Boa leitura cupcakes ;)



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Nunca pensei que em um acampamento de semideuses, fosse ter um baile ao estilo colegial. Ainda estava procurando um vestido descente para ir ao baile graças as minhas queridas irmãs. Já era noite e já estava quase na hora do baile e eu ainda estava com meu roupão roxo. Meus cabelos já estavam arrumados, eles caiam soltos por minhas costas e lisos (o milagre da chapinha) em cada lado havia uma fina trança que estavam puxadas para trás que quando se encontravam na parte de trás de meus cabelos formavam uma única trança. Até mesmo a maquiagem já estava feita, era bem simples, nos olhos usava uma sombra lilás e usava um batom rosa bem clarinho. Enquanto procurava um vestido estava considerando não ir mais ao baile, inventaria uma desculpa depois ao Victor para ele não ficar triste comigo ou algo assim. Já havia passado pela minha cama várias vezes e eu tinha certeza que não tinha nada, absolutamente NADA ali em cima, porém enquanto eu passava por ela pela bilionésima vez vi um pacote que não estava ali em cima antes. O pacote era grande e cinza com desenhos de coruja, cautelosamente me aproximei daquele estranho pacote e vi que em cima dele havia um bilhete com meu nome que dizia.

"Malu,

Divirta-se no "baile", espero que goste do presente.

Atena"

Ergui uma sobrancelha me perguntando o que diabos Atena teria me mandado. Uma parte de mim não queria descobrir nem a pau o que tinha ali, mas a outra parte queria muito descobrir e essa era a parte mais forte. Com um suspiro pequei o pacote em cima de minha cama e o abri dando de cara com um vestido tomara que caia lilás com a saia rodada e junto dele havia uma faixa branca o suficientemente larga para eu poder amarrar na cintura. Certamente eu teria ficado mais feliz se Atena tivesse me dado uma espada nova ou algo assim, mas eu podia me contentar com o vestido. Rapidamente tirei o roupão e o joguei em cima da minha cama, então vesti o vestido. Amarrei a faixa em minha cintura então calcei uma sandália preta de salto baixo. Não queria levar minhas armas, mas algo me dizia que isso seria preciso, com um suspiro peguei meu anel-escudo e o botei no dedo, e peguei minha adaga e meu pente-espada e os enfiei por dentro da faixa branca que estava amarrada em minha cintura. Respirei fundo apenas uma vez, nunca antes havia ido a um baile, este seria o primeiro, com certeza nada de MUITO ruim irria acontecer. É, como sempre eu estava extremamente errada. Sai do dormitório feminino que agora estava vazio e fui para a sala, os únicos que ainda estavam ali eram o Jeff e a Izzy. O Jeff usava um terno preto simples, mas ainda assim estava bem bonito, já a Izzy usava um vestido longo cinza de um ombro só, seus cabelos estavam soltos. De repente, perto deles eu me senti extremamente simples.

– Uau Maluzita, você está linda. - falou a Izzy, olhei para meu vestido então me perguntei se ela estava enxergando bem essa noite.

– Hmm... Obrigada mana, mas isso não é nada. É você que está linda mana! - falei sorrindo para ela então olhei para o Jeff e acrescentei. - Você também maninho, está muito bonito!

– Ora, obrigado mana. - falou ele sorrindo. Então escutamos alguém bater na porta algumas vezes, Jeff que estava perto da janela olhou pela mesma e falou. - Bem acho que é para você Malu.

Ele fez uma careta para mim que eu simplesmente fingi não ver, mas não pude deixar de dar um pequeno sorriso ao meu irmão. Passei a mão sobre a saia rodada do vestido e então fui atender a porta. Certamente como o Jeff havia falado, era para mim. Victor estava parado na porta do chalé, e assim como o Jeff, usava um terno preto simples, mas ainda assim também estava bonito.

– Nossa Malu, até que para uma filha de Atena você está bonita. - falou ele enquanto seguíamos em direção a Casa Grande.

– Hmm... Obrigada, eu acho. - falei meio confusa, não sabia se aquilo tinha sido um elogio ou não. - Sabe, até que para um filho de Ares, você também está bonito.

Ele fez uma careta então seguimos em direção a Casa Grande. Nunca havia ido até ali de fato, só havia passado por ali, mas não havia chegado a entrar. Quando entrei na Casa Grande vi que ela estava toda decorada para o baile. Haviam mesas espalhadas por ali para que os campistas pudessem se sentar, haviam mesas com comidades e bebidas e também havia uma pista de dança.

– Uau, como conseguiram arrumar tudo isso a tempo? - perguntei.

– Trabalho em equipe. - falou o Victorme levando até uma mesa que já estava bem cheia, mas ao nos aproximarmos reconheci as pessoas que estavam ali. Eram meus amigos.

Os garotos, Leandro, Rafael, Renato, Gabriel e Iury estavam vestidos com ternos pretos. Já as meninas, Taina e a Lisa estavam com vestidos longos, o da Taina era de um tom marrom terra de um lado só, já o da Lisa era preto no estilo tomara que caia. Ao nos aproximarmos eles olharam para mim e para o Victor e eu rezei para não estar corando.

– Maria você está...- começou o Gabriel.

– Calado. - falei fazendo uma careta.

Fiquei conversando com eles, mas então eu vi que os meninos estavam com cartas de Yu - Gi -Oh e a Taina também. Ela pegou as cartas deles e rasgou algumas ameaçando que se caso eles voltassem a jogar ela iria queimar todas. Eu iria denfendê-los por de vez em quando também jogava, mas estava ocupada demais rindo da cena junto com a Lisa. Depois de algum tempo ali com eles percebi o quão calado o Victor estava, então notei que ele não devia saber muito bem como agir no meio de um bando de malucos. Então aproveitei e o arrastei até a pista de dança.

– Ah vou logo avisando, eu não sei dançar Malu. - falou o Victor fazendo uma careta.

– Bem é uma boa hora para aprender. - falei tentanto não rir.

– Engraçadinha. Então, por que me tirou de perto dos seus amigos? Estava divertido lá, principalmente quando a Taina rasgou as cartas do Iury - falou ele e eu dei uma risada baixa.

– É foi realmente divertido, mas você estava meio deslocado lá. Pelo menos, foi o que eu achei. - falei dando de ombros. - Mas se quiser, podemos voltar pra perto do pessoal.

– Não, não... Bem quer dizer, acho que podemos ficar aqui mais um pouco - falou ele e eu apenas assenti tentando novamente não sorrir.

Dançamos um pouco mais, então depois de algum tempo voltamos para perto dos meus amigos. Mas então os garotos começaram a conversar sobre animes e outras coisas que eu não estava muito interessada em saber. A Taina estava andando por ali com o Jow, filho de Hades, então eu e a Lisa fomos andar um pouco por ali também. Acamos perto da mesa de comidas, havia uns bolinhos ali em forma de flores, estava tentada a pegar um e experimentar mais eu não sabia o que era aquilo. Caíque, filho de Hermes, também estava parado ali perto e ao ver eu e a Lisa olhando para os tais bolinhos falou para pegarmos um e experimentá-lo, eu perguntei o que era aquilo e ele nos falou que era flor - de - lótus. O nome era bem inofensivo, então eu e a Lisa pegamos um cada e comemos, até que aquilo não era tão ruim assim, mas de repente me sentia mais animada do que o normal. Acho que com certeza devia ter muito açúcar naquilo. Uma música do System Of a Down estava tocando e eu a Lisa estávamos super animadas com a música. A Taina depois de algum tempo veio para o nosso lado e ficou comigo e com a Lisa, estávamos prestes a voltar até os meninos, mas de repente senti minha cabeça doer como se fosse explodir.

– O que foi Malu? - perguntou a Taina.

– Não... não é nada. - falei esfregando a cabeça. - Eu vou ficar bem.

Não havia percebido, mas enquanto sentia minha cabeça doer perdi um pouco de meu equilíbrio, olhei ao redor e vi que o Victor estava vindo em minha direção. Provavelmente ele tinha percebido que havia algo errado comigo. Porém ele não chegou até aonde eu estava com a Lisa e a Taina, pois neste momento algo irrompeu pela porta da Casa Grande.

*

A coisa que apareceu na porta prendeu a atenção de todos ali. A coisa era grande, tinha a cabeça de touro com enormes chifres e era muito musculoso, trazia uma lâmina de dois gumes consigo e imaginei que ele com certeza não estava ali para dançar junto com os outros campistas.

– MINOTAURO! -gritou alguém, que só depois notei que era o Quíron.

– Ah que droga! Isso é muita sacanagem! - exclamou o Pedro, filho de Ares.

Quando olhei ao redor vi que ele estava ao meu lado com seu escudo e sua montante tirada sabe-se-lá-de-onde. Vendo que todos ali já estavam se armando tirei meu pente-espada de dentro da faixa aonde ela estava presa e a transformei em espada. Agora que estava armada me juntei aos outros campistas que também estavam armados. Olhei para o Minotauro mais uma vez me perguntando por que ele ainda não havia nos atacado e esse foi meu erro, pois o monstro parecia olhar diretamente para mim.

– Precisamos de uma distração - falou o Quíron, não sei o que me deu mais então eu me ouvi falando.

– Eu distraido o Chifrudo.

– Você está maluca criatura? - falou o Jow.

– Provavelmente - falei. - Mais isso não vem ao caso agora, isso vai dar a vocês, guerreiros mais experientes, a chance de atacar o monstro e acabar com ele.

– Ela está certa, é uma boa estratégia, porém você não pode ir sozinha. - falou Quíron, olhando diretamente para mim. - Alguém mais se disponibiliza a encarar os riscos de tentar distrair o Minotauro?

Para a minha surpresa, Leandro, Rafael e Renato se ofereceram para me ajudar. Olhei agradecida para eles.

– Bem vamos lá meninos. - falei respirando fundo.

– É vamos lá, vamos distrair um Minotauro, não há nada demais nisso. - falou o Leandro.

Então juntos, nós quatro avançamos.Como éramos quatro, nos dividimos em duplas antes de de começarmos a nos aproximar pra valer do Chifrudo. Uma dupla era o Rafael e o Renato, a outra era eu e o Leandro. Um filho de Zeus e uma filha de Atena, é com certeza conseguiríamos algo. Mesmo que nós fóssemos criar apenas uma distração, os outros campistas com certeza deviam nos achar bem inxesperientes com uma espada, mas eu já sabia como usar parte de meus poderes e aprendera a manejar uma espada muito bem. E para a minha sorte também, Leandro, Renato, Rafael e eu, havíamos feito aulas de esgrima juntos. Eu e Leandro avançamos pelo flanco esquerdo do monstro enquanto o Rafael e o Renato avançavam pelo direito. O Minotauro percebeu que avançávamos pelos flancos, mas ele certamente só podia atacar uma das duas duplas, infelizmente ele resolveu atacar a mim e ao Leandro. O Minotauro cortou o ar acima de nossas cabeças com sua lâmina e se eu e o Leandro não tivéssemos nos abaixado provavelmente agora estaríamos mortos.

– Rafael, tente invocar algumas plantas para atrasá-lo! - gritei enquanto eu e o Leandro nos desviávamos dos golpes do Chifrudo. Olhei para os outros campistas e vi que eles ainda estavam tentando se organizar.

O Minotauro continuava avnaçando, ele tentou acertar a mim e ao Leandro mais uma vez, mas dessa vez a lâmina do Minotauro estava ao alcance de Leandro, ele aproveitou e com um único movimento ele conseguiu tirar a lâmina da mão do monstro. O Minotauro grunhiu então com um movimento rápido da mão atirou o Leandro para o lado o fazendo voar, o garoto acabou caindo em cima de uma mesa e a quabrando, então desmaiou.

– Seu filho de uma vaca! - falei mais alto do que pretendia, o Minotauro farejou o ar e então olhou diretamente para mim.

– Maria Luiza saia dai AGORA! - gritou o Rafael sabe-se-lá-de-onde.

Resolvi escutar ele, mas não antes de tirar os sapatas e tacar no focinho do monstro ele grunhiu mais uma vez e tentou golper o ar acima da minha cabeça. Saí correndo do local aonde eu estava, o monstro avançou porém estava mais lerdo. Olhei para suas pernas e vi plantas frágeis crescendo em suas pernas, mas não eram fortes o suficiente, respirei fundo e então evoquei oliveiras e as fiz crescer em volta das pernas do monstro o deixando mais lento ainda. O monstro tentou andar mais cambaleoou uma vez, olhei para os campistas e então gritei.

– Uma ajudinha agora seria MUITO BOA! Essa seria uma ÓTIMA hora para ATACAR! - gritei, e logo senti minha cabeça voltar a doer.

Os campistas começaram a avançar e a atacar o monstro, eu tinha que manter minha concentração só mais um pouco, para segurar o monstro e fazer com que os campistas acabassem com ele, mas minha cabeça doia demais... Vi flechas sendo atiradas contra o Chifrudo, e alguns campistas o atacavam com suas espadas, até que por fim o monstro começou a se decompor e a virar poeira.

Quando a luta finalmente acabou desabei no chão, com certeza estava descabelada, suada e minha cabeça doía demais.

– Graças ao Deuses, acabou - falou o Rafael sentando-se no chão ao meu lado.

– É... hmm... Graças ao deuses que acabou. - falei fechando os olhos enquanto fazia uma careta. Quando abri novamente os olhos estava vendo pontos pretos na minha frente.

– Ei Malu, você está bem? - perguntou o Renato.

– De verdade? Não, a minha cabeça... ta parecendo que vai explodir. - falei massageando as têmporas para ver se a dor passava, mas parecia só aumentar.

– Vem, vamos te levar pra enfermaria. - falou ele e a parte que ainda estava raciocinando se perguntou quem mais estava com ele, com muito esforço olhei para a pessoa que estava ao lado do Renato e vi que era seu irmão Victor.

Me levantei sem equilíbrio algum, estava com certeza parecendo uma bêbada, os pontos pretos em minha vista estavam piorando cada vez mais, minha cabeça doia muito mais do que antes, se é que isso era possível. O que diabos estava acontecendo comigo? Tentei me apoiar no Renato e no Victor, porém quando consegui recuperar o equilíbrio, vi tudo preto na minha frente.



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Notas finais do capítulo

E ai cupcakes, o que acharam?



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