Lágrimas de alumínio.

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Um pensamento atroz me persegue;

De que não somos imortais;

E um dia todos pereceremos;

Nas mãos de garras mortais.

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Não temo minha morte;

A encaro de erguido dorso;

Mas quando penso em teu relento;

Como me dói o osso.

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Não derramarei uma lágrima por ti;

Me recuso... Me proíbo...

Pois prefiro serpentes em meus olhos do que lágrimas;

Mas admito que por ti eu vivo.

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Posso te dar meu coração;

Posso, por ti, a morte abraçar;

Posso sofrer de angustia e paixão;

Mas minhas lágrimas tu não vai arrancar.

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Nunca te ter em meus braços;

Com dor irei me reerguer;

E vendo as risadas que demos;

Uma serpente os meus olhos há de prender.