Kiss Me When You Come Home escrita por Blood Mary
Notas iniciais do capítulo
Escrevi meio num fluxo, com sono, não corrigi muito bem e acho que posso estar um pouco enferrujada. Mas eu queria saber se eu também conseguia escrever fics fofas e descontraídas.
Dedicada para Theka, minha uke Bunny-chan. hoho :3
Ele virou a chave na fechadura com um suspiro.
O dia havia sido longo. Talvez mais longo do que costumam ser os dias longos. Ele ficara na rua até tarde, vagueando, sem rumo, sem sono, tentando tirá-lo da mente.
A primeira folga que tinham em muito tempo, e Barnaby havia passado o dia sozinho.
Claro, era compreensível que Kotetsu voltasse para sua cidade natal e passasse o dia com a filha. Afinal, eram poucas as chances que tinham para tanto. Mas...
Tinha de admitir que tivera algumas horas de gloriosa esperança quando descobrira que teriam uma folga. A perspectiva de passarem um dia inteiro juntos, esquecer um pouco as obrigações, era realmente deliciosa.
Mas quando Tiger dissera a ele que voltaria para sua cidade, ele chegou a se perguntar por que havia sido tão burro de nem ao menos considerar essa possibilidade.
E, pensando bem agora, talvez se ele não tivesse sido tão orgulhoso e não tivesse respondido em seguida que ficaria bem sozinho, bem... talvez Kotetsu até poderia tê-lo convidado para ir junto.
Enfim. Ele já estava parado há muito tempo na porta do apartamento, já tinha admitido para si mesmo que não iria conseguir tirá-lo dos pensamentos, e muito menos essa dúvida. E mesmo que fosse para não dormir, era melhor fazê-lo dentro de casa. Estava frio e ele precisava tomar um banho.
Empurrou a porta e entrou, trancando-a em seguida atrás dele. Perguntou-se vagamente se Kotetsu já estaria de volta àquela hora.
Sua pergunta foi respondida ao encontra-lo dormindo em seu sofá.
Ele ficou parado por um momento tentando processar a informação. Que diabos... como ele...?
Tinha lhe dado a chave reserva? Ele tinha encontrado outro jeito de entrar? Enquanto se aproximava do sofá, o loiro chegou à conclusão de que não importava. Ajoelhou-se ao lado dele e inclinou a cabeça, tomando o cuidado de não deixar o cabelo roçar no rosto do moreno, para não acordá-lo. Sorriu.
“Você realmente não tem jeito, Oji-san.”
Fechou os olhos e inclinou-se para beijá-lo.
– Você demorou, Bunny.
Assustando-se, Barnaby abriu os olhos e corou ao vê-lo acordado e sorrindo para ele.
– Pensei que estivesse dormindo!
– Quase. Mas aí eu ouvi você chegar.
Barnaby desviou os olhos.
– Mas como você entrou aqui, afinal?
– Ah... – Kotetsu também desviou o olhar, sem jeito. – Você esqueceu uma chave reserva na minha casa. Eu ia te devolver, mas... achei que ela podia servir pra alguma coisa. – O loiro franziu a testa para ele, que riu, nervoso. – Não é muito nobre, eu sei. Desculpe.
– E por que veio pra cá essa hora?
– Não é óbvio? – Ele sorriu. – Não conseguiria esperar até amanhã. Estava com saudades.
– Ah, é? – o loiro tentou parecer desinteressado, olhando pela janela enquanto tirava a jaqueta.
– É. E você, não?
– Na verdade, não – sorriu pela própria mentira deslavada, enquanto deitava-se no sofá ao lado dele e acomodava-se como podia.
Kotetsu deixou que ele deitasse a cabeça em seu peito, abraçando-o para que coubessem melhor ali.
– Ei, Bunny.
– Hm?
– Você não ia me dar um beijo?
O loiro levantou os olhos e encontrou os dele, sorrindo inocentemente. Não pôde evitar sorrir de volta. E como poderia negar a ele o que vinha desejando durante o dia inteiro? Seus lábios uniram-se em uma cumplicidade silenciosa.
– Oji-san? – ele chamou, depois de longos minutos.
– Hm?
– Eu estava com saudades.
Tiger sorriu, como se dissesse “Eu sei”, mas não disse nada, e beijou-o novamente.
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