Insomnia escrita por Lumar Lefreve


Capítulo 8
Capítulo 8: Welcome Back


Notas iniciais do capítulo

Notas finais pf :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/221809/chapter/8

- Hugo Campanaro narrando-

Nesses dias de viagem até Los Angeles, fiz descobertas um pouco interessantes até, o que só aumentou minha raiva de Nikole. Eu precisava me vingar, e era exatamente o que eu iria fazer. Eu roubei um carro e uma garrafa de vodka de alguns adolescentes idiotas em um postinho numa cidade próxima a Los Angeles. E que a diversão comece...

- Narração em terceira pessoa –

Um BMW preto cruzava os limites de L.A naquele momento, trazendo de volta para a cidade um vampiro que jurara que nunca mais voltaria aquele lugar.

Dirigindo com uma mão e segurando com força a garrafa de vodka na outra, Hugo sorria de forma amarga.  Ele estava de volta, de volta para tirar de seu peito aquele peso horrível. O peso de quem havia perdido tudo, sabia que não poderia ter sua vida de volta, mas conhecia uma forma de aliviar sua fúria: vingança. Ele estava de volta, de volta para matá-la. Ao seu lado, a garota de cabelos azuis, Claire Di Minus... Os dois vampiros mais temidos de Los Angeles há alguns séculos atrás estavam de volta. E seu alvo, não faz nem ideia do que o espera.

- Claire Di Minus Narrando-

Los Angeles... Minha doce e querida Los Angeles, ok nem tão doce e nem tão querida assim, a verdade é que eu detestava esse lugar. Só estava aqui atrás de sangue e da Lefreve. Hugo dirigia com uma garrafa de vodka na mão.

_ ótimo jeito de chegar Hugo, roubando um carro, e dirigindo bêbado – ele riu irônico e tomou mais um gole.

_ por mim eu estaria bebendo sangue britânico, bem longe dessa cidadezinha nojenta - ele acelerou mais um pouco e parou em frente a um casarão abandonado. Ou melhor, o nosso casarão abandonado.

_ é, parece que ninguém cuidou do nosso antigo QG – ele disse estacionando o carro na calçada. Eu desci e abri o portão enorme de ferro, o jardim estava cheio de folhas secas e os arbustos estavam grandes demais. Ao abrir a porta, me deparei com teias de aranha, alguns ratos e muita poeira. Levaria mais de uma noite para deixar esse casarão habitável novamente, no andar de cima, o meu antigo caixão estava exatamente do jeito que deixei, tirando a grande quantidade de poeira nele.

_ precisamos limpar isso aqui – Hugo disse passando pelo corredor e abrindo a porta do antigo quarto que por séculos nunca fora aberto, até antes mesmo de nós partimos... O quarto de Nina. Eu decidi ir a aquele cômodo, mesmo que me causasse um pouco de raiva, era tudo muito a cara dela.

_ mesmo sendo uma vampira como nós, Nina nunca deixou de ser...

_ gay? – eu comentei olhando as cortinas rosa que agora estavam encardidas e cheias de poeira

_ não era bem a palavra que eu procurava, mas é bem por aí mesmo.  – eu cheguei perto da escrivaninha e achei um caderno

_ ora olhe o diário dela – ri irônica, abri na primeira pagina e li em voz alta: - Claire e Hugo são estranhos, eles dormem a manhã e tarde inteira e quando acordam, me dão bastante medo e receio. Temo que haja algo obscuro com eles.  Claire me disse que um dia serei como ela, porem acho difícil, ela é dura consigo mesma e com os outros, jamais conseguiria isso. – Hugo riu irônico

_ deixe de ser dura consigo mesma Claire – eu forcei um riso e taquei qualquer objeto que tinha na mesa na cabeça dele. Depois de visitar todos os cômodos da casa, e começar a limpar alguns, eu voltei para meu quarto e comecei a arrumar para que quando o sol nascesse pelo menos meu quarto estivesse limpo. O quarto de Nina, eu tirei tudo e transformei em uma sala para as armas. Quando o sol nasceu, eu estava em meu caixão, peguei o celular e disquei um numero de empregadas que estava em um dos jornais jogados no quintal.

_ limpe o velho casarão, mas não entre, em hipótese alguma nos quartos, os donos arrumarão os quartos. Chame um jardineiro também, terá dinheiro o suficiente no batente da escada. - e desliguei para poder dormir.

- Algumas horas depois - 

Levantei e ao chegar ao topo das escadas, vi tudo extremamente arrumado, Hugo entrava na casa assim que cheguei ao saguão.

_ o que aconteceu aqui? E com o jardim? 

_ ontem à noite eu liguei para uma empregada, não queria remexer nessa casa - eu disse dando ombros - conseguiu algo? 

_ uma adolescente só - ele disse decepcionado

_ espero que eu consiga mais - e sai pela porta.

Entrei na BMW que roubamos e dei partida para o centro, entrei em uma rua onde tinha muita gente em frente a uma casa, era uma daquelas festas que adolescentes fazem quando os pais viajam. Estacionei na esquina, e fui andando até lá. Alguns me olhavam como se eu fosse de outro planeta, entrei na casa e fui pra cozinha, onde geralmente ficam as bebidas. Um Jack Daniels fechado em cima da bancada. Encostei-me e virei a garrafa.

_ não acha que é muito cedo pra entornar desse jeito? - eu olhei e do meu lado tinha um cara alto, com o cabelo loiro escuro, olhos verdes.

_ é o único jeito de me divertir nessa festa - dei ombros e ele sorriu

_ Paul - ele esticou a mão, arqueei a sobrancelha e apertei sua mão.

_ Claire 

_ bonito nome… Claire! - ele sorriu e eu arqueei a sobrancelha.

Depois de algumas – muitas doses – de Jack Daniels e outras bebidas, Paul estava completamente bêbado.  Mas o álcool não saciou a minha sede de sangue, ele estava sentado do meu lado e eu praticamente sentia as veias do pescoço dele saltando por rir.

Eu levantei em um movimento brusco e o puxei pra dentro de um dos quartos, o encostei- à parede e ele sorriu malicioso. Eu aproximei meu rosto de seu pescoço e minha garganta queimou.

_ o que tá fazendo Claire? – ele sussurrou

_ já vai ver querido – e cravei minhas presas em seu pescoço e senti-o reprimir um grito de dor.  Seu corpo foi tombando e eu o deixei deitado no chão. O sorriso malicioso dançava em meus lábios.

_ Paul... Paul... Sinto que nos veremos novamente em breve.  - sussurrei no ouvido dele que ainda estava desacordado e saí batendo a porta. Entrei na BMW e dei partida para o casarão, até que a noite foi bastante proveitosa.

- Lumar Lefreve narrando-

Naquela noite, eu sentia algo errado estava para acontecer, mas ignorei o pressentimento. Pippa entrou em meu quarto com um sorriso cínico.

_ Srta Lefreve!

_ O que você quer Pippa? – bufei

_ o Sr Kallab e a Srta Nikole a querem na mesa do jantar e o patrão a quer com o vestido – eu rolei os olhos, eu odiava a monarquia dessa casa, mas eu não podia procurar alguém do passado, porque tudo que eu me lembro  é de  viver aqui. Antes de chegar à mansão? Absolutamente nada.

_ avise-os que prefiro caçar e que não irei mudar de ideia – ela estalou os dedos e desapareceu. Eu odiava estar rodeada de bruxos o tempo inteiro, alem de mim, a única vampira na mansão é Nikole. Depois que Pippa saiu, eu me troquei e fui caçar.

- Hugo Campanaro narrando-

Já fazia algumas semanas que eu e Claire havíamos chego a Los Angeles e até agora nenhuma pista de Lefreve ou Nikole. Em uma noite qualquer, eu decidi sair para caçar, estava seguindo uma garota em uma rua deserta, mas quando ela passou perto de um beco alguém a puxou. Não era humano, pois eu não ouvia respiração ou batimento cardíaco, só o da garota.

Quando me aproximei, tinha uma vampira de costas para mim segurando a menina pelo pescoço.

_ não é legal roubar o lanche alheio sabia? – eu falei e a tal vampira largou a menina no chão que já estava desmaiada e se virou. A vampira, não era qualquer vampira, era a Lefreve.

_ Lumar? Onde você esteve esse tempo todo?

_ quem é você? Um recém-criado aposto

_ como é? – ela rolou os olhos e deu uma risada irônica.

_ você me ouviu, cadê seu mestre?

_ sinto em desapontá-la, mas eu não sou um recém-criado, sou mais velho que você e vou desapontá-la novamente: eu sou seu criador – a expressão dela era indecifrável havia algo errado, talvez fosse o feitiço, mas ela ainda era a minha... Sei lá o que ela é, mas ainda é a Lefreve.

_ olha só dentucinho, vá achar outro humano para drenar, eu já me diverti bastante assustando essa daqui para você chegar, falar qualquer coisinha e drenar ela. – ela se virou para morder a garota ainda desmaiada, mas eu a puxei pelo ombro e a joguei longe. Ela pos as presas pra fora e então eu disse:

_ pode vim – pus as minhas também e ataquei. Ela fugiu dos primeiros golpes e contra atacou, me fazendo cair no chão, eu ri sarcástico e disse:

_ andou treinando é? – eu levantei e a empurrei longe, e me aproximei novamente e a peguei pelo pescoço, ela me chutou me fazendo soltá-la.

Resumindo, a gente se socava, chutava e rolava pelo chão, eu tava todo arranhado e com as roupas rasgadas e ela tava machucada, descabelada e com um rasgo na lateral da blusa. Ou seja, um desastre.  Ela já irritada, me prendeu na parede me segurando pelo pescoço.

_ quem é você afinal?

_ finalmente acreditou que eu te conheço né? Eu não sou só um vampiro qualquer Lefreve, não pra você – eu a empurrei e ela me soltou – seja lá quem apagou sua memória, pergunte sobre Hugo Campanaro e talvez descobrirá – e sai andando a deixando no meio da rua.

Talvez você se pergunte por que não a levei de volta. Simples! Ela não sabe quem sou, o que fui e não deve nem se lembrar dela mesma. Mas se eu quisesse ter a velha Lefreve de volta, eu teria que matar a pessoa que fez isso com ela e seria um grande prazer.

- Claire Di Minus narrando-

Eu estava sentada na sala lendo mais sobre bruxos quando Hugo adentrou a mansão todo sujo e com as roupas rasgadas.

_ o que aconteceu com você?

_ você não vai acreditar – ele riu sarcástico – entrei em uma briga.

_ isso é novidade desde quando Hugo?

_ advinha com quem eu briguei.

_ ah sei lá, com quem?

_ Lumar!

_ como é? – gritei – e cadê ela?

_ não sei, eu simplesmente vim embora, ela ta diferente acho que é o feitiço.

_ você tem o que na cabeça Campanaro? Se você achou a Lefreve, a gente poderia ir embora imbecil.

_ Claire, eu não vou embora ate matar um bruxo.

_ você é um idiota Hugo – sai batendo a porta.

Quando cheguei à BMW, Paul estava encostado no capo.

_ o que ta fazendo aqui Paul? Como descobriu onde eu moro?

_ não importa,  o que você é? Desde aquela noite eu...

_ vai embora, não interessa a você... Tchau ou eu mato você – fiz o olhar mais assustador possível, ele estremeceu e se virou para ir embora, virou e disse:

_ eu ainda vou descobrir Claire! – e se foi.

_ imbecil! – murmurei entrando novamente na casa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente, se eu contar, vcs não iriam acreditar, maaas... Eu esqueci de postar o capitulo oito! Eu to quase no final do nove achando que já tinha postado e hoje eu fui ver que não. Perdão a todos que leem sá porra aqui (isso é, se tem alguém que le essa porra)
beijinhos, manterei contato em breve.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Insomnia" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.