– Lumar Lefreve narrando-

Eu acordei na noite seguinte, no meu caixão e seminua. Ai meu Caim, o que será que aconteceu ontem? Eu desci correndo e na sala estavam: Claire, Hugo e a tal garota da boate.

_ gente o que... Ah, vejo que Hugo trouxe meu lanche – sorri irônica e Hugo e Claire me encararam sérios.

_ Lumar, essa é a Shay... Shay, essa é a Lumar, minha amiga. – ele frisou bem o “amiga”.

_ ouch! Essa doeu hein Campanaro! Claro, sou a melhor amiga dele – pisquei pra ela e sorri maliciosa. A garota me olhou de cima a baixo como se entendesse o duplo sentido de melhor. Claire me encarava com a cara fechada, rolei os olhos e fui buscar um pouco de sangue para voltar para meu quarto, melhor que ouvir o trio feliz da vida. Era nojento!

Eu coloquei a roupa mais sexy que eu tinha e desci novamente, a tal da Shay me olhou e se olhou dando um suspiro meio decepcionado. Eu quase ri.

_ eu vou sair... Não me esperem

_ aonde você vai? – Hugo perguntou

_ desde quando interessa a você? – arqueei a sobrancelha

_ desde que... – ele deixou a frase morrer – não importa, aonde você vai Lumar?

_ se livra da humanazinha aí e talvez, repito, TALVEZ eu deixe você saber de todos os meus passos, mas por enquanto querido... – eu saí batendo a porta.

– Hugo Campanaro narrando-

Eu fiquei incomodado com a saída de Lefreve naquelas roupas, ela ta louca só pode.

_ baby, onde é o banheiro? – Shay perguntou e eu apontei pro corredor, ela se levantou e quando eu a ouvi fechar a porta, Claire falou:

_ por que se incomodou tanto com a Lumar, Hugo?

_ hãn? Eu não me incomodei...

_ conta outra Campanaro! Eu te conheço há séculos!

_ não fiquei Claire – ela riu e me olhou séria, eu suspirei derrotado e respondi:

_ tá bom, fiquei! Que roupa ridícula era aquela?

_ ridícula por que ela ta saindo sozinha e não com você? – ela falou em tom obvio.

_ não é isso, é que... – eu parei de falar quando ouvi Shay vindo pelo corredor.

_ querido, eu vou ter que ir embora, ok? – ela falou e me beijou depois ela saiu.

– Lumar Lefreve narrando-

Eu ainda estava no quintal esperando Max chegar, quando ouço a porta bater e logo a tal Shay estava do meu lado.

_ já esta indo embora Shay? – eu perguntei “inocentemente” com um leve sorriso vitorioso nos lábios.

_ olha só garota, eu quero você longe dele entendeu? LONGE! – eu a encarei e dei a maior gargalhada da minha vida.

_ ai Shay, não sabia que você era tão engraçada – ela pegou meu braço e repetiu:

_ longe do Hugo! - eu puxei meu braço e olhei com tanta raiva que ela estremeceu.

_ olha só garota, você perto de mim é uma formiga entendeu? Eu te esmago com a ponta do meu salto pra não sujar a sola! Não queira arranjar briga comigo, porque Hugo e Claire não irão te defender! Eu te mato em meio segundo.

_ acha que eu tenho medo de você? Você não passa de uma vadia aproveitadora! - eu alonguei minhas presas e a peguei pelos cabelos a jogando no chão.

_ é bom, você nunca mais repetir isso! Ah verdade, como um DEFUNTO irá falar? – eu comecei minha pequena tortura enfiando minha unha na garganta dela, fazendo uma longa linha e logo as primeiras gotas de sangue deram sinal. Eu respirei fundo e voltei a encará-la - aroma maravilhoso não?

Ela me encarava com medo, com os olhos cheios d’água... Quer incentivo melhor que esse?

_ você é louca! LOUCA – ela gritou e eu chutei a o rosto dela.

_ cala a boca garota, quer tornar isso mais rápido? Tortura é melhor – eu abaixei e a mordi tomando um pouco do sangue dela. Ela gritava esperneava, mas minha mão era firme em seu braço. Quando eu parei de drená-la, a olhei e sorri, meu rosto estava sujo de seu sangue.

_ sabe Shay, acho que Hugo ADORARIA te ver agora, sabe... Ele assim como eu, ama sangue – eu sorri pra ela.

_ me deixa em paz sua louca, ou me mata logo de uma vez – ela chorava.

_ com prazer! – eu ia quebrar o pescoço dela, mas senti algo me puxar pra trás, era Hugo e Claire.

_ LUMAR O QUE VOCE TÁ FAZENDO? – Claire gritou comigo.

_ apenas me defendendo Claire!

_ SE DEFENDENDO? – Hugo gritou – VOCE IA A MATAR! – o ódio me consumiu

_ SIM, EU IA! IA COM O MAIOR PRAZER, ESSA VADIA MERECE MORRER. SANGRAR ATÉ A MORTE OU ENTÃO SER DRENADA ATÉ QUE NENHUMA GOTA DESSE SANGUE NOJENTO CORRA PELAS VEIAS DELA. – Hugo passou a mão pelo cabelo e se aproximou de mim, eu sabia que iríamos lutar até a morte.

_ o que deu em você? Por que você ta agindo feito uma retardada? – eu sarcástica

_ retardada? Sério Hugo? Retardado tá você por essa vagabunda, eu estava aqui esperando minha carona quando essa louca começou a pagar de fodona e NINGUÉM me ameaça e sai impune Campanaro! Nem que ela seja a rainha da Inglaterra, seu lanche da noite, não importa quem é essa doente. Ou você se livra dela, ou ela morre!

_ você não vai tocar um dedo na Shay Lefreve, nunca mais! – Claire parou na minha frente.

_ é mesmo Claire? E quem vai me impedir? Você? Não me importo de te enfrentar.

_ não quero brigar com você Lumar...

_ QUAL O PROBLEMA DE VOCES AFINAL, ELA É HUMANA! O QUE ELA TEM DE TÃO ESPECIAL? – eu me aproximei de Shay e a puxei pelo cabelo e ia matá-la, mas Claire veio pra cima de mim.

Ela me empurrou e eu caí ao lado da garota, Hugo correu para socorrê-la, eu chutei Claire e levantei. Começamos a lutar, eram socos, chutes e nós duas rolando pelo jardim.

_ chega! – eu desisti – vocês conseguiram! Meus parabéns Shay - disse olhando na direção dela no colo de Hugo – vocês são os vampiros mais idiotas que eu conheço! – saí correndo pela rua sem olhar pra trás.

– Claire Di Minus Narrando-

Lumar de repente parou de lutar e desistiu, foi embora. Eu olhei pra Shay e pra Hugo e os levei pra dentro em silencio. Eu cuidei dos ferimentos dela, dei meu sangue para as feridas fecharem e depois, Hugo apagou sua memória. Ela não se lembraria da existência de Lumar Lefreve em sua vida.

Depois que Shay dormiu, Hugo ficou quieto, na janela, o tempo inteiro. Eu me aproximei e falei:

_ o que você tem?

_ Lumar não era de desistir fácil... Será que a Shay...

_ não Hugo, cala a boca! A Lumar sempre foi impulsiva e você sabe disso muito bem, a Shay não deve ter feito nada pra ela.

_ eu não sei Claire...

_ você é um idiota! – eu saí e fui para meu quarto.

– Hugo Campanaro Narrando-

Quando ouvi Claire fechar a porta do caixão, eu saí atrás de Lumar. A encontrei em uma praça com o tal careca da balada. Ela já estava limpa, conversando com ele e parecia estar explodindo de raiva, e ele tentava acalmá-la.

_ Lumar? – me aproximei, ela me olhou com tanta raiva que se os olhos delas soltassem laser eu teria desintegrado ali mesmo.

_ o que você quer Hugo?

_ a gente pode conversar?

_ acho que você tem muito a conversar com a vadiazinha que tá lá em casa – ela respondeu curta e grossa e o tal careca reprimiu um riso. Eu puxei o cara pela blusa e falei ameaçadoramente.

_ não se mete garotão, não sabe com quem está lidando, o assunto é entre eu e a Lumar. – o cara se soltou

_ você acha que é quem cara? Você praticamente expulsa ela da casa de vocês por causa de uma garota qualquer e ainda vem atrás dela? - eu dei um soco na cara dele

_ você não pense em arrumar encrenca comigo garotão, eu te mato em um piscar de olhos. – o garoto tentou me bater, mas eu desviei, novamente o soquei até a cara dele começar a sangrar, chutei seu estomago e Lefreve estava parada, olhando pro nada, acho que ela não notou que eu estava esmurrando o amiguinho dela.

– Lumar Lefreve narrando-

Quando eu voltei a mim, Hugo e Max estavam se atracando no chão. Eu bufei irritada e tentei segurar Hugo.

_ chega Hugo – eu puxei o braço dele

_ me solta Lefreve – e ele deu outro soco na cara de Max.

_ Hugo você vai matar ele! Chega – eu o peguei pelos braços e o puxei tudo bem que eu era uma formiga do lado do Hugo, mas eu era uma vampira, eu tinha que segurar ele.

_ eu falei pra você me soltar

_ eu falei pra você parar! Qual seu problema? Você pode matar o meu AMIGO e eu não posso nem arranhar a vadiazinha que você tá ficando?

_ por que você foi embora? – ele desistiu de bater no Max e agora me encarava

_ porque eu não sou bem vinda em casa.

_ não é bem vinda? Lumar aquela casa...

_ NÃO! Cala a boca Hugo, você tá caidinho por aquela humana, ela me desrespeitou e você acha que eu ia ficar de braços cruzados? Ninguém me desrespeita.

_ e esse maluco aí? Ele me desrespeitou também...

_ MAS PORQUE VOCÊ VEIO ATRÁS DE MIM.

_ ele sabe o que você é Lumar? Você sabe o que NÓS somos?

_não, a outra lá sabe?

_ não!

_ então pronto! Mais de duzentos anos e você simplesmente escolhe uma humana qualquer. Meus parabéns Campanaro, mas você só tem mais 40 anos com ela, isso se ela sobreviver até lá. – eu me virei e comecei a caminhar, Hugo me puxou pelo braço e se aproximou bastante.

_ não vai embora, por favor, eu não...

_ não quer me perder de novo? Pois é Campanaro, você fez sua escolha, eu deveria ter ficado com Kallab, me pouparia tanta coisa. Me faz um favor? Apaga a memória de Max. – me distanciei e continuei andando, eu passaria a noite em qualquer lugar, menos no casarão.