They Belong Together escrita por Victor Stark


Capítulo 2
Capítulo 1: Wish You Were Here


Notas iniciais do capítulo

Bem, aqui começa...
Este chap eu escrevi com a música "Wish You Were Here" da Avril Lavigne... O Link está abaixo, é só clicar no nome da música =_)



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“Eu Posso ser Firme; Posso ser Forte; Mas contigo, isto não é assim.” – Wish You Were Here, Avril Lavigne


Fazia quase quatro dias que ele estava daquele jeito, congelado. Era tão terrivelmente doloroso ter que ficar daquele mesmo modo, vendo quem amava morto, na sua frente...

Mas, algo inesperado aconteceu. Ele começou a sentir as pontas dos pés como se estivessem descongelando, conseguia até mexê-los lentamente. Aquilo era maravilhoso. Finalmente aquela agonia de estar paralisado passaria... Ou talvez não, ele não tinha idéia.


Loki estava pensativo, todos esse dias, na mais profunda escuridão havia-o feito refletir muito. E é claro, arquitetar algum meio de sair daquele congelamento profundo.

Ele tentou todos os tipos de feitiços conhecidos, todos os tipos de trapaças que conhecia, até mesmo uma perigosa, que projetava sua alma para fora do corpo. Mas nada, tudo que sentia era que estava sobre algo macio, e que não conseguia se mexer. Nem mesmo os sentimentos de frio e calor lhe passavam, apenas uma sensação de... Nada.

Ele não conseguia administrar muito bem o tempo naquela situação. Mas, pelo que sentia dos próprios pensamentos, poderia estar daquele modo à dias, ou até mesmo à semanas.

Então, enfim algo aconteceu, sentiu uma parte de seu corpo formigando. Aquilo era um sinal, seu corpo em breve estaria de volta a normalidade. Era o que ele esperava.

E foi o que aconteceu, talvez depois de algumas horas ele já conseguia mexer a perna, mas preferia ficar parado, pois sentia a circulação voltar ao normal, e era uma sensação estranha.


Thor estava aflito, sentia que agora podia mexer a perna, mas ela formigava, deixando-o desconfortável se mexer. Ele estava com vontade de pular de novo, sentir-se vivo, aquela era uma terrível sensação de quase morte.

Mas, terrível mesmo era ver que Loki nem se mexia, seu coração estava doendo muito, por um motivo é claro. Ver seu irmão menor caído com aquilo cruzando o corpo, aquela estaca, era muito doloroso. Ele queria ir abraçá-lo, queria tê-lo em seus braços, não queria admitir... E, embora estivesse muito triste, depreciativo por dentro, não conseguia se expressar com nenhuma lágrima, talvez isso o deixasse pior ainda.


Não sabia a quanto tempo estava daquele modo, queria acordar, queria correr, abraçá-lo, estava tão perto... E mesmo assim tão longe...

Sempre se considerou um homem forte, destemido, mas com ele daquele modo, era tudo diferente. Ver o moreno tão... Morto, causava-lhe dores no coração, deixava-o com o coração apertado. Aquela era uma horrível realidade. Suas mãos se apertaram, sim, agora já conseguia mexer as mãos. Na verdade, conseguiria se levantar, mas estava esperando conseguir mexer os braços e a cabeça. Assim seria menos provável cair, assim poderia ser mais forte para aceitar a realidade.


Loki estava ansioso, mas a paciência lhe era uma virtude, ele ainda não conseguia mexer o rosto, ainda estava com aquela expressão de horror fixa em seu rosto. Já conseguia sentir quase todo o seu corpo vivo novamente, mas preferia ficar parado, desse modo poderia relaxar mais os músculos, para evitar deixar qualquer músculo paralisado. Afinal, teria tempo para vagar aonde quer que estivesse, sozinho, para sempre.

Ele estava estritamente arrependido, pensar no bem das pessoas que amava havia-o feito perder tudo o que amava. Havia cometido o maior erro. Talvez aquele sentimento profundo que sentia por alguém tão próximo nunca fosse compreendido, mas, era tão bom ter... Ele... Por perto...

Então finalmente sentiu seu corpo totalmente móvel, poderia se levantar. Mas não conseguiu, nem sequer conseguiu abrir os olhos. Aquela sensação de mobilidade foi substituída por uma sensação de prisão novamente. Já não sentia-se morto e congelado como antes, mas ainda sentia-se preso e imóvel. Sentia-se dominado por algo mais forte que qualquer força.


Finalmente! Thor levantou-se violentamente, mas cambaleou de um lado a outro, sentia-se pesado, sentia-se estranho. O equilíbrio puxava-o para baixo. Mas ele resistiria, não era de cair de joelhos por nada, e não seria aquela vez em que cairia.

Agora podia ver mais o lugar aonde estava. Era um lugar muito estranho, era como uma praia, mas sem nenhum resquício de água. O horizonte era tão branco quanto a areia, e o céu era apenas uma continuação da imensa praia. Não havia sol, mas estava tão claro e branco que sentia-se tonto.

Mas não era para isso que havia levantado. Não era para isso que havia com grande custo tentado levantar-se.

— Loki! — Anunciou a voz do loiro, grave e rouca.

Ele correu até o irmão. Loki queria arregalar os olhos, mas não conseguia, realmente estava morto, pois agora estava delirando. Mas sentiu, algo tocou bruscamente seu corpo. Estaria sendo puxado ao mundo dos mortos? Será que passaria a eternidade delirando com seus sonhos mais profundos? Com...

Thor não sabia o que fazer, não sabia se sorria ou se gritava. A pele doce e macia do irmão mais novo estava macia e cálida como sempre havia sido. Mas ainda sim tinha estacado em seu corpo uma grande lança. Aquilo perfurava seu estômago.

O grandão não sabia o que fazer, o sangue do irmão se derramava pelo chão, achou que o melhor a fazer era puxar a lança do estômago do menor. O loiro colocou a mão na lança, era fria, ele sentiu a sua energia ser sugada instantaneamente, sua mão ficou levemente pálida, ele a soltou rapidamente.

Inscrições em dourado apareceram no cabo da lança. O Asgardiano teve dificuldades em ler, Linguagem Antiga não era seu ramo, havia deixado de assistir várias aulas. Mas se esforçou ao máximo.

“A lança não mata, não fere, não faz nada”.

Ótimo, com certeza havia lido errado, não tinha certeza. Realmente deveria ter estudado mais com o velho Senhor Tickty. O loiro tocou novamente na lança, e esta sugou-lhe mais a energia, deixando-o tonto, mas forçou-a puxando-a com ferocidade. Quando este conseguiu retirá-la por completo do irmão, desmaiou.

O buraco no estômago de Loki cicatrizou-se quase que imediatamente.

Loki sentiu o enorme peso que o prendia sumir, então finalmente pode abrir os olhos. A claridade repentina deixou-o cego, mas logo se acostumou a grande claridade.

Estava sem fôlego, e não sabia o porque. Sentia-se fraco, sentia-se completamente indefeso naquele lugar imenso em que seus olhos olhavam. Não sabia aonde estava, não sabia em que região do Cosmos estava, e aquilo o assustava muito. Mas de uma coisa tinha certeza, era ali aonde ficaria para sempre.

O moreno levantou-se do chão de areia. Os olhos esmeralda fitaram o céu, era um branco profundo, e não havia nenhum sol, nada mesmo, apenas a grande imensidão branca.

Loki virou-se para ver o que havia atrás de si, e levou uma surpresa. Sentiu medo.

— Thor... — O sussurro saiu de seus lábios. Estava completamente sem reação.

Porque será que o irmão mais velho havia perseguido-o até aonde estava? Será que estava ali para fazê-lo pagar? Para bater nele, ou vingar-se por tudo que havia feito?

Antes que pudesse deduzir algo, o moreno caiu de joelhos. A areia que antes era suave, ficou sólida como o concreto, e o fez exclamar de dor. Aquele lugar era muito sinistro, tudo estava errado, sentia-se puxado pela terra, como se esta o controla-se e logo depois já estava solto novamente. Mas manteve-se de joelhos.

Um barulho ensurdecedor como um forte vento que de tão forte assoviava emitiu-se alto em todos os arredores do estranho lugar. O garoto de olhos esmeralda tapou os ouvidos com força, tentando diminuir o barulho. Em sua frente a paisagem começou a ficar turva, como se a imagem estivesse sendo dobrada, e ela estava sendo dobrada. Quando a imagem ficou fortemente puxada como um tecido que convergia em um certo ponto, esta rasgou-se, trazendo consigo diferentes tonalidades de cores para o lugar branco. Depois disso reinou o silêncio, com a fenda no ar transmitindo as cores que aquele lugar não tinha.

Passos foram ouvidos, os passos eram altos e eram emitidos por todos os cantos da grande praia. Segundos depois um homem pálido saiu da fenda. Ele era muito alvo, e os olhos eram puxados e azuis, além de seu cabelo loiro ser trançado e tinha lábios retos, simétricos com o rosto do rosto. O homem era pequeno, talvez tinha a metade do tamanho de Loki.

O homenzinho aproximou-se dos dois, Loki ainda estava ajoelhado ainda, então o homem não entendendo fez uma pequena vênia, constrangido com a formalidade do moreno.

— Olá estranho. — Disse o homenzinho.

— Oi... — Respondeu Loki, analisando as intenções do homenzinho.

Agora que ele tinha percebido melhor, o homenzinho tinha pequenas azas atrás dele, azas com plumas, como um anjo.

— Seu amigo não está muito bem. — O homenzinho sentou-se sobre as próprias pernas e tocou o rosto do grande loiro. — Oh, ele tocou na minha lança.

Aquela era a primeira vez que Loki havia percebido a lança caída ao lado de Thor. Ela era grande, talvez tivesse a altura dele, e era de um dourado brilhante.

— Não toque nela. — Respondeu o homenzinho, indo ao lado do loiro e pegando na lança antes que Loki a tocasse. — Wow! Seu amigo tem uma grande força. Muito obrigado por tê-la achado. — Disse o homenzinho, virando-se de costas e partindo em direção ao portal.

— Ei! Espere! — Falou Loki, levantando-se rapidamente. — Você tem que trazer meu irmão de volta!

— É impossível. — Disse o homenzinho, virando-se e acariciando a lança. — Agora, tenho que ir.

— COMO ASSIM É IMPOSSÍVEL?! — Gritou o moreno, fitando com intensidade o homenzinho.

— Bem, eu não poderia fazer isto. — Respondeu o homenzinho. — Apenas o nosso rei pode devolver a energia roubada de alguém.

— Então eu quero que esse rei venha até aqui devolvê-la ao meu irmão!

— Oh! É seu irmão! — Bradou o homenzinho, tendo um tique de ansiedade. — É claro que o Rei dos Loops gostaria de ajudá-lo. Por que você não disse antes que era seu irmão?

— Então me leve ao seu rei! — Pediu o garoto, aproximando-se do homenzinho, tentando parecer maior e mais poderoso perto deste.

— Olá. — Respondeu o homenzinho, enérgico. — Eu sou Leopoldo, o Rei dos Loops.

Loki sentiu vontade de matar aquele anão. Por que ele não havia falado logo que ele era o rei? Bem, ele não estava em posição de discutir nem de matar aquele anão. Então decidiu ir direto.

— Eu quero que você acorde meu irmão, por favor, grande Rei. — Pediu tentando manter a calma, usando suas qualidades de persuasão.

— É claro que eu posso te ajudar, mas, para isso tens que concordar em fazer um pacto comigo.

— Um pacto? Que tipo de pacto?

— Aceitará levar o sangue dos Loops junto consigo. Grande Deus Asgardiano. — Disse o homenzinho ironicamente, dando uma piscadela ao Deus do Fogo. Ficara mais do que óbvio para Loki que aquele anãozinho sabia quem ele era.

Ele estava em tempos de pensar, tinha que raciocinar rapidamente. Talvez fazer seu irmão retomar a consciência não seria o melhor... O forçaria a voltar a Asgard. E aquilo o colocava em uma situação difícil. Sabia que seu pai o condenaria eternamente, e não aguentaria olhar naquele olhar de reprovação pela eternidade. Mas, também o colocava em uma situação mais delicada ainda, ele realmente NÃO podia deixar Thor... Não... Era complicado, obedecer ao coração ao raciocínio?


O coração.



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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ^---^
Já tenho mais chaps prontos... Mas, só vou postar o próximo quando escrever mais 1 xD
Bem, Thanks =_), e... Reviews... Please? *---*