Mountain Solar And Lunar escrita por Punk


Capítulo 3
Capítulo 2 - Entering enemy territory




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POV Hígor

Um olhar de pena tomou conta do rosto da garota. Achei aquilo muito, mas muito estranho mesmo. Os da água odiaram os do fogo desde que foram criados, e sempre foi assim. Eu não soube o que pensar, fazer ou dizer.

_ Então... qual é o seu nome ? - ela perguntou.

_ Hígor. - respondi.

_ Sou Marina. - disse Marina.

_ O que você vai fazer agora ? - perguntei.

O normal seria que ela me matasse. Um clã não se misturava com outro. Eram assim as "leis" de Mist e o do Reino da Montanha.

_ Comer. - respondeu Marina com naturalidade.

_ Ok. - senti - me idiota por não ter pensado em trazer comida quando fugi. Meu estômago estava roncando e minha barriga doía de fome.

_ Quer que eu divida ? - perguntou Marina.

POV Marina

Hígor ficou completamente boquiaberto e me olhou como se eu fosse de outro universo. Entendi o porquê. Ele achava que alguém da Água nunca ofereceria comida a alguém do Fogo. Idiota.

Estalei os dedos na frente de seu rosto.

_ Hígor ? Quer que eu divida ? - perguntei novamente.

Ele ainda ficou boquiaberto durante um minuto. Depois, voltou ao normal, mas falou com muito receio.

_ Sim, obrigado.

_ Eu não mordo, seu imbecil. - comecei a ficar irritada. - O Clã da Água não é de animais selvagens.

Ele soltou uma risada pelo nariz.

_ E qual seria, então ? - perguntou.

_ Quer mesmo saber ? - elevei o tom de voz.

_ Tanto faz. - Hígor deu de ombros.

_ O seu! - gritei.

_ Sabia que não podia confiar em você! - gritou em resposta.

_ Vá se ferrar. - resmunguei.

_ Vá você! - berrou.

_ Ah, eu ? Mas eu não estou ferrada! - retruquei.

_ E porque não estaria ? - resmungou Hígor.

_ Eu tenho comida e você não. - dei um sorriso vitorioso.

_ Sério ? Pois as pedras solares já devem ter queimado sua comida! - berrou.

Fui até meu esconderijo. Infelizmente, o idiota estava certo.

_ Há! - ele deu o mesmo sorriso que eu tinha dado segundos atrás. - Agora você está tão ferrada quanto eu!

_ Se quer comida, então entre no território do Clã da Terra! - gritei com rancor. - Lá tem bastante. Só que você será morto antes que consiga pegar!

POV Hígor

Possuído pela raiva, fiz uma besteira quando ela disse isso. Gritei:

_ Quer apostar, baleia burra da água ?!!!! - e escalei as pedras solares e lunares até chegar à uma passagem para o Clã da Terra, onde havia pedras normais, mas dos mais variados tipos.

Seu olhar foi de incredulidade. Dei um sorriso satisfeito e continuei a escalar.

No fundo, sabia que ela tinha razão. Morreria antes que pegasse a comida. Mas, naquele momento, o que me guiava não era a consciência, e sim, a raiva.

Mas então aconteceu algo inesperado: Marina me seguiu, escalando até aonde eu estava. Eu percebi que o que a guiava não era nem a consciência nem a raiva. Era a fome.

A medida que fomos escalando, penetramos mais fundo no território da Terra. Ficamos assim por uma hora, sem ninguém aparecer, até que um garoto e uma garota ( ambos de cabelos e olhos castanhos) cruzaram conosco. Também pareciam ter 13 anos, a nossa idade.

Não pareciam ser perigosos, por isso acendi uma bola de fogo.

Eles ( que eram quase idênticos) ergueram as mãos em sinal de rendição e gritaram:
_ Pare!

Apaguei a bola de fogo.

Os dois suspiraram de alívio e disseram:

_ Não queremos brigar. Detestamos essa guerra entre os clãs. - percebi que eles sempre falavam as coisas em uníssono.

_ Ahã, ok. - resmunguei com sarcasmo.

_ Escute! - sussuraram. - Estamos fugindo justamente por isso. Estamos cansados desse ódio.

Eles pareciam muito desgastados. Comecei a acreditar neles.

_ Entramos aqui para arranjar comida. - Marina disse. - Também fugimos de nossos clãs.

_ Podem arranjar o que quiserem no Clã do Ouro - contaram.

_ Como se chamam ? - perguntou Marina.

_ Eu sou Arthur - respondeu o garoto.

_ E eu sou Gaia. Somos gêmeos - respondeu a garota.

_ É verdade isso sobre o Clã do Ouro ? - perguntei.

_ Claro - Arthur e Gaia assentiram.

_ Que bom. -disse.

_ Podíamos nos unir - sugeriram os gêmeos. - Seria mais fácil sobreviver.

Eu e Marina assentimos, apesar de que não achávamos nada agradável nos unir, porque havíamos brigado.

Alguns minutos depois, eu, Marina, Arthur e Gaia estávamos escalando até a passagem para o Clã do Ouro, onde haviam centenas de diamantes e rubis.

Porém, quando chegamos no início da passagem, fomos derrubados por um menino e uma menina das nossas idades de cabelos e olhos cor de ouro, que também percebemos que eram gêmeos, assim como Arthur e Gaia. Os outros gêmeos perseguiam uma garota de 11 anos de cabelos prateados e olhos completamente brancos, até nas partes que geralmente eram coloridas.

Ela voava. Notei, por causa disso, que era do Clã do Ar.

Por sua vez, os gêmeos do ouro eram perseguidos por um garoto de 14 anos de cabelos vermelho - sangue e olhos da mesma cor. Os olhos eram como os da garota do Ar, não tinham nenhuma outra cor.

O garoto lançava algemas feitas de sangue nos pés dos gêmeos do Ouro.

Gelei. Haviam, fora de seus terrtórios, um representante de cada um dos seis clãs.


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