Reconquista escrita por Tania_Santos


Capítulo 9
Capítulo 9 - New York - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Bom gente, a minha inteção era dividir o capitulo sobre NY em dois, mas tinha muito coisa para contar, então provalvemente vai ficar em três partes.
Segue a segunda, espero que gostem.
beijos



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Em menos de meia hora eu já estava pronto, sabia que quando resolvi olhar minha mala novamente e colocar dentro dela o meu terno, não seria à toa, como tinha pedido para ela ir elegante eu também iria. Só uma coisa me incomodava , eu ainda não tinha conseguido me lembrar no nome do restaurante e só uma pessoa poderia me ajudar naquele momento.

Peguei me celular e disquei o número de Kurt, ele atendeu no primeiro toque.

- Diga Finn.

- Kurt, preciso falar com você, pode vir até o meu quarto? É rápido.

- Tudo bem, já estou indo.

Em menos de um minuto ouvi a batida na porta, corri para abri-la.

- Nossa, oi Finn, onde você pensa vai todo arrumado assim? Temos que ir há algum evento importante por conta das Nacionais?

- Não Kurt, não é nada disso. Eu chamei a Rachel para sair e preciso que você me ajude com uma coisinha.

- Ahhh, então é por isso que ela está trancada no banheiro à quase meio hora, bom ela tem um motivo então. Onde você vai leva-la?
- É justamente sobre isso que eu quero falar com você. A convidei para ir ao Central Park e depois quero leva-la a um restaurante, como é o nome daquele que ela tanto fala daqui de NY?

- De qual você está falando especificamente?

- Daquele que tem um monte de caricaturas e que o pessoal da Brodway sempre está lá?

- Ah sim, o Sardi’s, ele fica aqui bem perto, próximo ao Radio City. Mas acho que você vai precisar de um reserva.

- Ótimo, Sardi’s. Passarei por lá a caminho do Central Park.

- Tudo bem, devo te desejar boa sorte?

- Sim – falei com um sorriso – acho que pode me desejar boa sorte.

- Então aproveite e boa sorte!

- Obrigado!

Saí do hotel para as ruas de NY, localize o tal Radio City, que só ao chegar lá, vi que era um grande teatro e cheguei ao Sardi’s. Fiz as reservas e segui até meu destino. Comprei algumas flores para ela no caminho e eu esperava que desta vez eu pudesse entrega-las. Cheguei a ponte Bow e fiquei a sua espera.
Eu estava muito nervoso, tinha tantas expectativas com relação a esse encontro. Eu queria de verdade que nós pudéssemos nos acertar, queria ficar com ela e abraça-la sempre que eu tivesse vontade, e achava que ela também queria o mesmo. Sempre fomos tão perfeitos juntos, ela me completava de forma que ninguém mais fazia.

Mas teria de ir com calma, não falaria as minhas intenções logo de cara, esperaria para ver os sinais que ela me daria, eu não queria correr o risco de perder a sua amizade, além de seu amor. Os minutos que eu aguardei ela chegar pareciam horas, até que eu a vi andando por meio das pessoas que lotavam o parque naquela tarde.

E ela era a visão mais linda que alguém poderia ter, veio caminhando lentamente até mim, como se soubesse do fascínio que ela exercia sobre mim.

- Oi. – ela me disse de forma calma.

- Oi – respondi meio nervoso e esperava que ela não pudesse senti-lo em minha voz.

- O que é tão importante? Ela me perguntou e parecia estar se sentindo nervosa também. Lhe ofereci as flores.

- São pra você. Pensei já que somos capitães que deveríamos escrever um dueto para as Nacionais. Ela me olhou por um minuto, talvez não tivesse caído na minha desculpa esfarrapada.

- A gravata... flores....Central Park?

Mas eu ainda insistiria no assunto. – É um encontro de trabalho. Totalmente profissional. – e ela relutantemente concordou comigo.

- Pensei em darmos um volta pelo parque o que você acha?

- Eu acho ótimo Finn.

Ofereci o meu braço a ela e saímos caminhando. Aquele lugar era realmente lindo.

Ficamos um tempo caminhando em silencio, mas não era desconfortável nem nada, ficar assim com Rachel era tão normal, tão certo. Resolvi falar para quebrar o silêncio.

- Aqui é muito bonito, não é mesmo? Eu estou impressionado dever quanta gente fica por aqui, espalhadas pelos gramados.

- É sim Finn, eu adoro o Central Park, tudo aqui é tão diferente de Lima. Acho que poderia me acostumar facilmente vivendo aqui. E você?

- Eu não sei, nunca pensei nisso. Sempre gostei de lugares mais calmos, sem muita agitação, acho que sou um cara do interior mesmo.

- Ah sim. Eu...eu já gosto de todo esse clima de cidade grande.

Percebi que ela ficou meio desapontada pelo meu comentário. Argh. Eu e minha boca grande, deveria ter ficado quieto, mal tinha começado o nosso encontro e eu já estava estragando tudo. Resolvi falar para ela dos meus planos para a noite, quem sabe ela não ficaria animada.

- Rachel eu estava pensando que assim que terminarmos de caminhar por aqui, poderíamos jantar em algum lugar, discutir sobre o dueto, o que você acha?

- Eu acho perfeito Finn, você realmente pensou em tudo, mas aonde vamos?

- Isso será uma surpresa.

- Mas você sabe que eu não gosto de surpresas....

- Eu sei, mas acho que você vai gostar.

Andamos por mais algum tempo e logo comecei a nos guiar na direção do restaurante. Rachel falava o tempo todo, como ela sempre fazia, nem percebendo o caminho que fazíamos. E confesso que eu senti muita falta desse lado dela, fazia tanto medo que nós não conversamos tanto assim.

Ao passarmos próximo do Radio City ela se animou toda em imaginar como seria linda a apresentação do Fantasma da Ópera, até que paramos em frente ao restaurante.

Fiquei olhando a reação dela ao se dar conta de que estávamos na porta do Sardi’s, ela parecia estar sem palavras. A peguei pelas mãos e nos dirigimos ao interior do restaurante.

Logo que sentamos ela não consegui conter sua felicidade.
- Meus Deus Finn, não acredito que estamos no Sardi’s.-  Ela falava, mais no momento eu não a acompanhava, estava entredito com o cardápio que eu estava achando tudo meio estranho – Sardi’s! O local do nascimento do Tony Awards

- O que é uma salada “nicose”? Perguntei não contendo minha curiosidade, talvez eu não conseguiria comer nada que serviam naquele lugar.

- Um dia vão colocar uma caricatura minhas nessas paredes.

Fechei o cardápio desistindo de encontrar algo conhecido lá e prestei atenção no que ela falava. Rachel era a pessoa mais determinada que eu conhecia na vida. E ela era tão diferente de mim nesse aspecto.

- Eu gosto de como sonha alto. Não sei fazer isso. – resolvi falar tudo que eu tinha ensaiado desde aquele dia que eu a encontrei com o Jesse, era agora ou nunca! – Você está tão bonita hoje. Rachel, tenho algo a lhe dizer... –Mas como tinha acontecido várias vezes desde que chegamos aqui, alguma coisa chamou a sua atenção.

- Meus Deus! Aquela é Patty LuPone! Não, meu Deus, eu não posso fazer isso.

Eu não sabia quem era essa mulher, mas devia estar falando de alguma dessas atrizes de teatro que ela tanto gostava.

- Não. Preciso. Se não por mim, pelo Kurt. - Rachel como sempre era muito dramática, devia ser em duvida se dava uma de tiete para cima dessa tal de Patty Lu...alguma coisa. – Ele me mata se eu não fizer isso.

- Certo. – concordei a incentivando.

- Com licença, Miss LuPone? Falou assustando a senhora que agora estava ao nosso lado. – Tenho que dizer que você é o meu ídolo.

- Obrigada, é muito gentil de sua parte! Você é atriz?

- Sim, estou no ensino médio.

Rachel me lançou um olhar nervoso, nunca a tinha visto assim, resolvi entrar na conversa.

- Estamos na cidade para o Campeonato Nacional de Corais.

- Participei no coral no ensino médio, era minha aula favorita. Qual o seu nome?

Rachel lhe deu um sorriso enorme, no mínimo feliz por compartilhar pelo menos uma paixão com seu ídolo.

- Rachel Berry.

- Bem Rachel Berry, me prometa uma coisa:  Você nunca desistirá.

- Sim, senhora LuPone, eu prometo.
- Boa sorte. – disse apertando a mão de Rachel e a minha também.

- Obrigado.

 Mas antes de se afastar ela disse algo para Rachel se eu entendi bem, ela tinha tido que eu era uma graça. Eu nunca tinha encontrado com alguém famoso na vida e sempre pensei que eles seriam aquele tipo de pessoas metidas, que nem não atenção aos fãs, mas confesso que essa tal de Patty me surpreendeu.

 Rachel estava eufórica. E depois desse encontro ficou impossível voltar ao assunto anterior, uma vez que ela começou a falar de todos os atores da Brodway que ela tinha vontade de conhecer pessoalmente e sobre todas as peças que ainda gostaria de ver. E esse basicamente foi todo o assunto do nosso jantar. Mas não fiquei chateado com isso, eu adorava ver a admiração que ela tinha por essas pessoas e o quanto ela gostava de tudo isso.

 Após terminarmos de jantar, seguimos andando de braços dados para o hotel em que estávamos hospedados, essa seria a minha última chance do dia. Conversamos sobre como era estar em NY.

 - Estar em NY é como...se apaixonar de novo a cada minuto. Hoje parece uma daquelas noites maravilhosas que você vê em todas aquelas comédias românticas, só precisamos de um grupo de cantores de rua nos fazendo uma serenata e seria perfeito.

 Eu teria que agradecer Puck por essa, bem que ele me disse que garotas adoram um encontro no melhor estilo comédia romântica, ele definitivamente conhecia as mulheres...

 Senti Rachel se aconchegando mais em meus braços, aquilo seria um sinal? Será que ela queria que eu a beijasse? Eu com certeza queria fazer isso naquele momento. E eu teria que tentar.

 - Espere. – falei a parando, ela me olhou com expectativa. E isso realmente era um sinal. – Esse é o momento das comédias românticas onde eu te beijo.

 Ela me encarou por alguns segundos. – Pensei que fosse só um encontro de trabalho.

 - Mesmo?- não pude deixar de perguntar.

 - Não. – ela me respondeu com um sorriso singelo, Meus Deus! Como ela era linda!

 Criei coragem e segurei em seu queixo e o levantei, me aproximei lentamente para um beijo. Quando nossos lábios estavam quase se tocando ela se afastou.

 - Não posso. – ela me disse, mas ainda podia ver a duvida em seus olhos.

 - Me dê uma chance. – pedi me aproximando novamente.

 - Me desculpe Finn, Não posso.

 E então ela saiu, me deixando ali sozinho sem entender nada. Eu sabia que ela me queria, estava tão claro...nós nos amávamos, então por que ficarmos separados?
Quando ela parou na esquina olhando para mim, achei que ela voltaria, que teria se arrependido, mas não. Ela continuou se afastando de mim.

Porque ela fazia isso comigo? Que sentido que havia em ficar fingindo nossos sentimentos sendo que, o que gente mais queria era nos entregar? Talvez o culpado disso tudo fosse eu. Talvez não. Eu era o culpado de tudo isso. Afinal eu que a havia deixado, eu que tinha feito toda essa confusão.

Mas se Rachel Berry não desistia nunca do que queria. Eu era o Finn e eu também não desistiria, eu a convenceria do meu amor.

Mas por hora, eu precisava voltar para o hotel. Amanhã seria outro dia.


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Notas finais do capítulo

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