Ghost Of You escrita por Clara B Gomez Sousa


Capítulo 10
O9. Ricardo Gomez almost KILL me.


Notas iniciais do capítulo

Ok, confesso: TIVE PREGUIÇA DE ESCREVER E UM BLOQUEIO.
Ok, what the hell, aí a história.
Enjoy :-)



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Era muito diferente da minha visão de religião, e eu não sabia se era bom ou ruim me afastar dela por Sofia. Se aquilo ia me ajudar ou não. Me vi com medo de repente.

Pela primeira vez me vi num embate.

Deixei Sofia Ghostmez sozinha com seu corpo, e saí para respirar um pouco. Ela como fantasma tinha a sorte de não precisar se preocupar com emoções ou respiração. Eu estava ali, ofegando, suando e confuso demais. Eu encontrei o homem que eu tinha medo ali, e não prestou. Ricardo Gomez ainda insistia que eu tinha arquitetado aquela tragédia toda. Quando ele me viu, disse uma coisa que não me lembro. Mas eu me lembro que me irritou. Nós dois discutimos, e ele encerrou o assunto me dando um soco no rosto, chamando-me de vagabundo. Caí de joelhos no chão.

Eu não fiz nada contra sua filha!! – Eu protestei, com a voz fraca. Eu nunca faria algo contra ela. – Aquela garota que a esfaqueou... eu tenho nojo dela, mesmo ela sendo uma fã minha, o que não tem... Nada a ver!

Ele não acreditou em mim, me chutou no peito e eu caí de costas no chão. Ricardo me pegou pelo pescoço.

– Ah, seu molequinho de cabelo pro lado, acha mesmo que eu vou acreditar que você é inocente?!

– Eu mandaria alguém esfaquear a garota pela qual eu sonho durante anos?! Eu amo Sofia, eu juro, eu a amo como nunca amei ninguém!! – Gritei, sem nem pensar no que dizia. Suspirei, enquanto Ricardo ainda segurava-me pelo pescoço. Ele ficou em silêncio por uns segundos. ­– Eu a amo desde sempre.

– Você acha mesmo que pode... Me enganar assim?

– N-não... – Ofeguei. – Eu juro que falo a verdade. Eu juro que... que toda vez que sua filha sorri pra mim ou me chama de fofo eu tenho vontade de beijá-la e dizer que a amo... Eu juro, e-eu...

Não pude terminar de falar. Ele ficou mais irritado, forçou mais meu pescoço e me jogou de cabeça contra a parede, meus pés erguidos do chão, e eu soltei uma exclamação de dor, ainda de olhos abertos.

– Falso... Seu falso, você merecia estar lá!! – Ele desferiu mais um soco contra meu rosto. – VOCÊ TINHA QUE ESTAR LÁ SANGRANDO NO PALCO, NÃO ELA!

Minha visão girava pela falta de ar. Comecei a tentar respirar, em vão. Eu nem ouvia mais o que Ricardo gritava para mim.

– Me solta... – Implorei. – Você vai me matar...

Ok, eu sabia que não, mas, um pouco de exagero não mata ninguém.

– Você merece isso, moleque! Você merece morrer! – Ele disse. Finalmente alguém veio me ajudar. Um segurança veio correndo e nos separou. Antes de nós dois ficarmos de fato longe um do outro, Ricardo me deu um tapa na cara, me xingou de algo e fez algo com meu pescoço. Depois, eu não me lembro o que houve, eu só fechei os olhos e deixei meu corpo desabar. A última sensação que tive antes de, de fato, apagar, foi os braços do segurança que me ajudou me segurando.

Apaguei.


Abri os olhos de leve e me vi numa maca. Não, não parecia tão... maca. Eu estava numa cama de quarto hospitalar de emergência. Eu respirava rápido, como se houvesse ficado por muito tempo debaixo d’água. Entraram dois médicos, e um deles disse que eu tinha muita sorte. Obviamente eu não acreditei e tentei rir, mas meu pescoço doeu muito.

– Ei, ei, calma, por enquanto você não pode fazer muita coisa. – Um dos médicos disse.

– O que houve comigo? E por que eu tenho sorte? – Perguntei.

– Aquele homem rompeu sua carótida. Você podia ter morrido. – O homem respondeu. Passeei o olhar pelo quarto e notei pelos aparelhos de lá que, realmente, eu cheguei perto da morte. Suspirei.

– E eu fiquei desmaiado por muito tempo?

– Só algumas horas depois da cirurgia. – O médico que estava calado disse, e eu arregalei os olhos. Me engasguei com o próprio ar.

– C-cirurgia?!

– Calma! Não foi nada grave! – Ele me acalmou.

– Então o que foi?!

– Foi só uma correção na sua carótida antes que seus batimentos fossem atingidos. Você fez transfusão de sangue e está no soro agora. – O médico disse. – Mas só mais um tempo e você ganha alta, se prometer não se mexer muito, vai ter de ficar de molho.

– Cadê minha mãe?

– Vou chamá-la. – Ele saiu do quarto e logo voltou, mas quando foi entrar minha mãe o empurrou e correu até a cama, dizendo que quase havia tido um surto quando ligaram para ela dizendo que eu havia sido ferido e estava em cirurgia, mas eu disse que já estava bem e isso pareceu controlá-la um pouco. Quando me senti mal enquanto conversava com minha mãe, ela me perguntava como eu estava, eu murmurei na minha mente a palavra Sofia.

Vem pra cá. Eu pensei. E logo eu vi sua forma fantasmagórica atravessar a parede e me dirigir um olhar preocupado. Ouvi sua voz em meus pensamentos. Você está bem? Sinto muito por meu pai, ela disse. Tentei responder por pensamento também, como fiz para chamá-la. Estou. Está tudo bem, Sofia. Eu olhava para ela, que estava no canto do quarto, me observando fixamente, as roupas transparentes, o jeans e a camiseta dos Power Rangers. Eu podia ver a parede por trás de Sofia, e era assustador. Mas simplesmente por ser Sofia eu me fixava em sua beleza, não no medo e nos arrepios que eu sentia só de pensar em fantasma. Conversávamos por pensamento. Perguntei a ela como foi se ver, e ela respondeu que havia sido assustador. Eu disse que ela ia melhorar e ia voltar para seu corpo.

– Jason? Está olhando para onde? – Minha mãe me interrompeu.

– Han? – Voltei meu olhar para ela. – O quê?

– Você estava olhando para lá, viu alguma coisa? – Ela me perguntou, preocupada.

– Não, só... distraído. – Respondi. – Um pouco distraído. Não é nada.

Mas não era isso. Desculpa, Sofia pensei. Tudo bem, ouvi sua voz risonha achando graça de eu pedir desculpas por aquilo.

– Precisa dormir um pouco? Quer ficar sozinho? – Minha mãe me perguntou, afagando meu cabelo. Assenti.

– Seria uma boa idéia. – Respondi.

– Tudo bem, vou deixar você descansar. Durma bem, bebê. – Ela beijou o alto de minha cabeça e me cobriu mais comodamente com o cobertor.

– Te amo, mãe. – Ri, antes que ela deixasse o quarto.

– Te amo mais. – Ela respondeu, e apagou a luz, fechando a porta ao sair e me deixando sozinho. Sozinho com Sofia.


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Notas finais do capítulo

Comentem se ainda se importarem com a minha medíocre história!!
>>>>PARA OS LEITORES ANTIGOS
Antes eu estava com uma crise de inferioridade e tals, queria deixar a história assim mesmo pra ser deletada, mas aí eu postei um capítulo novo depois de muito tempo e vocês continuaram comigo, e eu amei isso e quis continuar, por isso tive de mudar os nomes da Sel, Jus & cia para esses nomes! Amo vocês :)



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