The Carrerist Games-74 Jogos Vorazes escrita por BrunaBarenco


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Eu estou completamente sem tempo! Desculpem a autora pela demora, pelo capítulo pequeno e que ficou ruim... Estou sem tempo mesmo, mas a sexta tá chegando e mesmo que eu vá pra casa da minha amiga eu faço um capítulo legal pra vocês, leitores lindos e maravilhosos.



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Meu humor não melhora quando vejo a sorridente Nerfet me esperando no andar do Distrito 1. Ela trocou de roupa, parecendo ainda mais bizarra com um vestido armado verde brilhante e sapatos combinados.

-Está arrumada assim porque?- pergunto, enquanto me jogo no sofá e tento encontrar o controle da televisão gigantesca.

-Você esqueceu?- ela diz, desanimada.

-Esqueci do que, Nerfet? Eu já tenho um compromisso? Não era só depois de hoje a noite? Ah meu Deus, e você só avisa agora?

Nerfet ri, ainda desaminada como se todo aquele energético dele tivesse sido subidamente sugado por... por alguma coisa.

-Não, não. É só que o meu irmão... Eu disse que ele viria me visitar, se você podia tirar uma foto...

-Ah. Claro. Como eu fui esquecer- levanto meio apressada, jogando o controle no chão- Acho que se eu só pentear o cabelo fica bom. Volto já.

Entro pelo corredor antes de perceber que isso foi estúpido. Volto a sala, parecendo mais estúpida que o de costume:

-Hum, Nerfet, poderia me dar uma informação?

-Sim?- ela responde, distraída, mexendo no tablet

-Poderia me dizer onde fica o meu, hã, quarto?

Nerfet ri:

-Ah, claro. Ano passado você usou o quarto dos tributos, não? São todos iguaizinhos, mas agora é nesse corredor de cá- ela ponta.

-O corredor da cozinha? Por onde entram os Avoxes?

-Oh não, não chegamos até a cozinha. Segunda porta.

Um pouco confusa, por ser o corredor da cozinha, eu entro na segunda porta do corredor. Nerfet estava certa. O quarto é igualzinho ao que foi “meu” no ano passado, só que invertido. A janela ainda mostra a mesma Capital colorida de sempre. A semelhança não é uma boa coisa. Lembro de quando cheguei no quarto pela primeira vez, já pensando na arena. Lembro de como eu me sentia perdida. E não é nada legal. O dia está sendo longo mesmo.

Em cima da cama um tablet, como o de Nerfet, e com meu nome escrito me espera. Escolheram uma foto minha com a roupa dos tributos para o plano de fundo, e sou obrigada a mudar instantaneamente. Tem umas fotos de paisagens e cachorrinhos fofinhos, então escolho uma dessas até ter alguma melhor.

Infelizmente não posso deitar na cama e pensar no que vou fazer daqui para frente ou como vou manter minhas faculdades mentais sobre controle. Prometi a Nerfet que tiraria a foto idiota com o irmão dela.

Cada vez mais tenho pena das pessoas da Capital. O irmão de Nerfet e sua filha já estão lá, vestidos de amarelo ovo. A menininha parece realmente estar fantasiada de ovo, mas não cabe a mim perguntar. Até porque isso seria ainda mais estranho. Ugh. Não quero saber. Tiro logo a foto e aviso a Nerfet que vou jantar qualquer coisa no meu quarto mesmo.

Ela resmunga que eu devia conversar com os tributos, mas eu dou de ombros e digo:

-Eles quiseram vir, podem se cuidar sozinhos por uma noite. Têm que se cuidar sozinhos. Não estaremos na arena por eles.

Nerfet protesta, me manda parar de ser grossa, tentar ser mais responsável,  mas eu fecho a porta do quarto sem nem escuta-la.

Mais responsável? Francamente. Eu sou completamente responsável. Suspiro, tentando controlar a raiva inexplicável. Eu sempre fui meio estressada, mas ser uma vitoriosa dos Jogos e já ter estado na arena piorou muito. Mas eu não vou ceder de novo, eu não vou voltar aos mesmos delírios. Se eu não for forte, vai ser pior do que de manhã. Vai ser como na arena.

Arena. Como, por que ela está em todo lugar? Me perseguindo, como se não bastassem os pesadelos, aos ataques de loucura. Duvido que todo o veneno tenha sido tirado de mim. Sempre duvidei, mas a Capital não podia permitir que essa informação vazasse. Já perguntei a Cashmere. Ela nunca responde, por isso é verdade. Eu quero mesmo manter esses tributos vivos? Quero mesmo que eles passem por isso tudo que eu passo? Eu não sei. Não me importa o que eles querem. Morrer na arena é mais fácil. As cicatrizes podem ser pesadas demais para carregar. E eu não sei se consigo.

Consigo. É claro que eu consigo. Eu tenho que conseguir. Controlar a raiva. Um, dois, três. Respira.

Depois de um ataque de adrenalina vem sempre o cansaço. Eu estou cansada. Não posso ser Diana, a ganhadora dos septuagésimo terceiro Jogos Vorazes 24 horas por dia. Queria poder ser apenas Diana, o ser humano de vez em quando. Não uma máquina, agora não de matar, mas de tutorear para isso.

A cama parece bem convidativa agora, mas eu preciso comer. Peço um sanduíche desses bem simples, e enquanto espero o Avox traze-lo, tomo um banho demorado. Agora eu tenho uma grande banheira redonda, e um manual de como usar. Graças a Deus, acho que ficaria ainda mais perdida do que com os chuveiros. Apesar de ter uma casa ultramoderna, ainda é tudo manual. A tecnologia de ponta só existe mesmo na Capital, e nem seus distritos preferidos podem desfruta-la.

Quando acabo, o Avox já deixou o sanduíche, e agora sim, depois de comer posso cair na cama e tentar ter uma noite, uma única noite sem pesadelos.


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Notas finais do capítulo

Tá.Muito.Pequeno. Eu sei, eu sei. E também estou enrolando muito, mas agora que passar o desfile vai ficar mais rápido e eu estou DOIDA pra saber como a Diana vai agir durante os Jogos. Sim, autores também morrem de curiosidade para saber o que vão fazer com os personagens.
Não se esqueçam da Fundação Make a Writer Happy, deixe um review. Estou muitíssimo rebelde essa semana, se não tiver pelo menos dois reviews nada de capítulo novo amanhã.
Bruna