The Carrerist Games-74 Jogos Vorazes escrita por BrunaBarenco


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

OMG, leitores lindo e maravilhosos de minha vida que (quase) sempre deixam reviews,desculpem a demora GIGANTE! Eu tenho andado muito enrolada ultimamente, minhas provas são semana que vem e tem toda essa coisa de revisão e muito dever de casa... Desculpem mesmo pela demora!
Esse capítulo não está tão bom, e cheio de flashbacks totalmente necessários. ENJOY IT e prometo que o próximo vai ficar melhor.



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A mesma Avox de sempre me acorda cedo no dia seguinte. Ela aponta para uma bandeja e para a roupa que Harold me mandou. Seguindo a mesma linha das minhas aparições públicas, calças rasgadas e camisetas com estampas antigas e coloridas, com um casaco por cima. Volto a pensar que seria legal saber seu nome.

Minutos mais tarde, Nerfet bate na porta:

-Não acho que precise lembrar, mas estamos atrasadas. Sempre estamos atrasadas.

“E se eu não conseguir?” Você consegue. Eu consigo. Suspiro mais uma vez e ando o mais lentamente possível até a porta, abrindo também lentamente. Nerfet me dá um sorriso:

-Vai dar tudo certo.

-Queria acreditar nisso.

-O que eu posso fazer?

-Nada, Nerfet. Eu é que não devia ter feito muitas coisas. Mas, eu não morri ainda. Então acho que está tudo bem- sorrio, e por algum motivo não estou mentindo por mais falsas que essas palavras pareçam. Nerfet dá de ombros  e sai andando á minha frente.

A única diferença do ano passado, quando eu fui para os Jogos Vorazes, é a atmosfera de felicidade da equipe de TV. E de um cara que eu conhecia, mas não sabia exatamente quem era. Felizmente, ele deu um passo a frente para se apresentar:

-Diana Baren- ela pronuncia meu nome lentamente, como se nunca o estivesse escutado e havia um tom que nunca tinha ouvido de ninguém da Capital, pelo menos não de alguém que trabalha para Snow- É um prazer encontra-la. Fui um dos responsáveis pelo seu 12 ano passado.

-Obrigada, então.

Ele sorri:

-Ah, você mereceu. A propósito, Seneca Crane não pode vir. Sou Plutarch, Idealizador dos Jogos.

Meu sorriso quase some:

-É, sabia que já o tinha visto em algum lugar- não, eu sou tão sortuda que nem por um apresentador idiota serei entrevistada, e sim por um Idealizador.

Plutarch parece não perceber:

-Não se preocupe, estou nisso á muitos anos.

-Imagino.

Felizmente, ele não diz mais nada e continua conversando com a equipe de TV. Mas continuou me encarando durante toda a viagem e falando baixo em um telefone. Espero que não seja com Snow, ou Seneca, mas provavelmente é. Afinal, é apenas mais um de seus peões.

Nerfet está alegre como sempre, e parece adorar toda essa atenção que eu desprezo e ela arranja um jeito de voltar para si. Olhando por um lado, é patético, mas por outro é uma ótima forma de me deixar em paz para pensar nos meus problemas. E em como vou encarar a arena.

Descemos em uma pista particular, mas não a mesma por onde desci ano passado, com os outros vinte e três tributos. É uma pista nova, ainda mais brilhante e cheia de fotógrafos da Capital.

Plutarch em puxa, falando baixo e rápido:

-Olha só, acabei de falar com Haymitch e...

-Haymitch? O que o bêbado do 12 tem a ver com isso?

Ele revira os olhos, resmunga sobre como adolescentes são difíceis:

-O 12, como você diz, praticamente ganhou os Jogos.

-E eu com isso?

-E você, sua garota impulsiva, se rebelou contra a Capital por conta própria. Tudo está em proporções muito maiores, e vai ficar ainda pior em breve. Seneca Crane, um frouxo, não conseguirá que os queridos amantes desafortunados do 12 matem uns aos outros, como Snow quer.

Eu começo a rir:

-Só pode existir um vencedor. É isso que mantém a esperança e o terror vivos.

Plutarch ergue uma das sobrancelhas coloridas:

-Tudo bem, você entende mais rápido do que eu pensava.

-Você pensava que eu era uma idiota.

-Bem, é. Uma grande idiota. Se o 12 ganhar esses Jogos, temos um serviço para você.- ele diz, sorrindo inexplicavelmente.

-E o que te faz pensar que eu aceitaria?

Ele não responde, e chama uma mulher de moicano verde:

-Cliver, minha querida, prepare as câmeras perto daquele bosque. Vamos começar com essa entrevista!

Cliver assente, e consigo ouvir o toc toc dos saptos de Nerfet, o que significa que ela está se aproximando:

-Algum problema, Plutarch?

Respondo por ele, dando meu melhor sorriso e tentando organizar meus pensamentos:

-Apenas instruções. Vamos terminar logo com isso.

Nerfet corre atrás de mim:

-O que está acontecendo, Diana?

-Nada, ué. Acalme-se, Nerfet, não pretendo fazer nenhuma besteira hoje. Serei agradavelmente carreirista, que tal?

Nerfet revira os olhos:

-Pare de ser irônica.

Sorrio para ela:

-Revirar os olhos dá rugas.

Nerfet procura um espelhinho dentro da bolsa e é a minha vez de revirar os olhos. Mas infelizmente não tenho tempo de falar sobre rugas.

As perguntas não me surpreendem, mas ainda é um inferno ter que responde-las de novo(N/A: lembrem-se da entrevista com o Caesar depois dos Jogos). A pior parte foi ter mesmo que subir até a rúina daquele castelo, e lembrar de tudo.

“–Alguém subiu a montanha?- pergunto a Dixie. Ela balança a cabeça:

–Não. Seguiram pela floresta de pinheiros. Não confio nessas montanhas assim como eles. Avalanches, gelo e esse tipo de coisa.

–Pois é.- mexo as costas porque o curativo é muito desconfortável- Algum de nós entrou na floresta de pinheiros?

–Acho que não. O banho de sangue na Cornucópia e bem, e você, bastou. - ela para e pensa um pouco- Sabe, fiquei nervosa quando você sumiu. Achei que pudesse ter morrido.”

Balanço a cabeça, mas os flashbacks não param, apenas se alteram:

“–Tem certeza que Grant ainda está vivo? Que só ele, e bem, nós estamos vivos?- pergunto

–Certeza, certeza... Não. Talvez a garota do 3... Mas no máximo tem cinco tributos na arena.- Dixie responde, dando de ombros

–Então o plano é esperar que eles matem uns aos outros e aí nós matamos uns aos outros?

–É, mais ou menos assim- responde Draco, virando sua lança e cortando uns galhos.

–Acho que estamos mais perto- digo antes que Draco resolva que já fui útil o suficiente e que está na hora de me matar.”

E quanto mais me aproximo, pior e mais confuso fica:

“–Atira- Draco me diz

–Já vai. Responde ele. Vamos, eu conheço Grant. Dá confiança.

Minha mão treme. Ergo um pouco mais o arco e tiro qualquer vestígio de emoção do rosto. Eu não disse? Sou boa mentirosa, sou boa em mascarar emoções. Fixo os olhos no tronco de Grant e atiro. Ele percebe o que está acontecendo um segundo antes:

–Você disse que não iria...- ele desvia, mas a flecha já vez um corte bom- me machucar.

–Desculpe, Grant- murmuro, sabendo que ele não pode e nem quer me ouvir. Grant avança cambaleando em nossa direção:

–Vocês... Me mataram. Eu já estou morto. Mas antes eu acabo com um de vocês.

...

–Chorem não- ela diz- Dois de nós tinham que ir, não é? Sabíamos disso. Sempre soubemos. Mas não chorem não. Eu vou ficar bem. Está passando.

–O que?

–A dor. Eu vou ficar bem. Não chorem. Eu já estou- sua voz falha e quase posso ver a vida se esvaindo de seu olha- bem.

Dixie fecha os olhos e a pressão na minha mão para. Eu levanto, querendo distância desse... desse cadáver que um dia foi algo como uma amiga para mim. Draco grita por Dixie, mas eu não tenho voz. Eu quero gritar também, eu não consigo, eu não consigo respirar direito também.

...

–Vença por Dixie, rainha das facas- e então caiu em cima do corpo de Dixie, já morto. Sufoco um grito. Quero gritar por ele também. Choro silenciosamente.

...

Um canhão soa. Grant. Mais um canhão. Dixie. E outro. Draco. Então o último canhão, que também indica que eu ganhei os Jogos é acionado.”

Sinto meus olhos se encherem de lágrimas, mas consigo não chorar. Nerfet está do meu lado, me sacudindo:

-Diana!- ela diz, ainda me sacudindo- A entrevista no castelo foi cancelada.

Pisco para tentar, em vão, esquecer de tudo que vi e ouvi na minha própria mente durante a caminhada para as ruínas.

-Por quê?

Nerfet sorri:

-Cato morreu. É a final dos Jogos Vorazes mais emocionante em tempos. 


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Notas finais do capítulo

E de novo... a fic está acabando, e dessa vez pra valer :(. Quanto ao que vai acontecer, no próximo capítulo deve ter uma reviravolta muito grande, e depois no máximo mas um ou dois capítulos e um epílogo. E eu já estou muito triste porque está acabando, sério mesmo.
Enfim, agora a autora está humildemente aqui, pedindo humildemente REVIEWS! Sabem, reviews mudam vidas, alimentam sonhos e esperanças (estou soando como uma propaganda clichê, mas deixem reviews). Make A Writer Happy! Deixe um review, por menor que seja faz meu dia valer a pena.
Bruna