Já fazia dois meses que Victórie havia nascido, e sempre que Ted a via ele ficava perguntado quando ele ia poder brincar com ela. Mas mesmo que ele não gosta-se do fato dos adultos disserem que ela ainda era muito pequena, ele fazia questão de ir até ela e tentar ao menos chamar a atenção dela com algum bichinho de pelúcia sempre que ela começava a chorar. E ele, sempre que estava por perto, era o primeiro a chegar até ela.

– Ted, me dá licença para eu pegar ela. – Pediu Fleur, fazendo Ted olhar para ela.

– Poque ela tá chorando agola? – Perguntou Ted.

– Ela deve estar com fome. – Respondeu Fleur se abaixando para pegar a menina. – Vem com a mamãe vem.

Ted ficou parado olhando a forma que Fleur cuidava da menina, e se lembrando de como tos a tratavam. Não era que ele estava com ciúmes dela. Afinal todos ainda o tratavam da mesma forma. Ele achava até bom não ter sempre todo mundo em cima só dele, achava que tinha mais liberdade agora. Mas tinha algo que o incomodava, algo que ele simplesmente não conseguia explicar.

– O que foi Ted? Vai ficar aí parado olhando para a Vic até quando? – Perguntou Harry rindo, achando engraçado o jeito que o afilhado estava encarando a menina.

– Padim, posso te perguntar uma coisa? – Perguntou Ted incerto.

– É claro que pode, o que foi? – Questionou Harry achando estranha a pergunta do afilhado.

– Poque os pais da Vic estão aqui cum ela, cidando dela, e os meus não?

Harry ficou um tempo parado apenas olhando para o afilhado, se perguntando como responder aquilo. Ele se abaixou, sentado no chão, e puxando Ted até o seu colo.

– Ted, você lembra o que já te dizemos sobre o teu papai e tua mamãe? Que eles infelizmente já morreram...

– E que tão no teu. – Disse Ted, cortando o padrinho. – Eu sei disso. Mas poque os meus tão no teu e os da Vic não?

– Lembra o que eu te disse? – Disse Harry respirando fundo tentando controlar as suas própria emoções. – Que havia um homem muito mau, e que o teu papai e tua mamãe morreram lutando para parar ele, para que esse homem mau nunca pudesse machucar você.

– Eu tei, disso padim. – Disse Ted impaciente. – O que eu quelo saber é poque o papai e a mamãe da Vic não fizeram isso também?

Harry respirou fundo novamente e começou a explicar. – Por que esse homem mau, não existe mais. O papai e a mamãe da Vic também lutaram para parar ele, assim como muitas pessoas que você conhece. Mas ao contrario dos seus pais, eles não morreram.

– Mas poque eles morreram, eles não podiam continuar aqui para cuidar de mim também? – Perguntou Ted triste.

– Ted, olha para mim. – Disse Harry segurando o rosto de Ted, para poder olhar nos olhos do menino. – Teus pais, não queriam morrer, tenho certeza que eles queriam muito ainda estar aqui, cuidando de você. Eles não escolheram morrer. Ninguém escolhe morrer. Simplesmente acontece. – Harry respirou fundo, tentando segurar as lagrimas que queriam escapar dos seus olhos. – Meu papai e minha mamãe, também morreram quando eu era bem pequeno, também morreram querendo me proteger. Eu também sinto falta deles, eu também queria que eles não tivessem morrido, que eles tivessem cuidado de mim. Mas eles não também não puderam. Mas eu sei que um dia, quando eu morrer eu vou encontrar com eles novamente.

– Entam eu posso morrer para encontra o meu papai e minha mamãe? – Perguntou Ted de forma inocente, fazendo Harru soltar um pequeno sorriso, pela inocência do menino.

– Por mais que teus pais iram adorar ter você com eles, eu tenho certeza que eles não querem que você morra agora. Você ainda é muito pequeno. Eles com certeza querem que você viva ainda um bom tempo. Além disso se você morrer você não vai mais poder brincar com a Vic, nem comigo, ao com algum dos Weasleys, não vai poder fazer amigos, aprender um monte de coisas. Sem contar que se você morrer sua vovó vai ficar sozinha, e aí ela vai ficar triste.

– Não quelo vovó tiste. – Disse Ted rapidamente.

– Além do mais, se você quiser falar com os seus pais é só pensar neles e falar, eles vão te ouvir, apenas você não será capaz de ver, ouvi-los, ou sentir a presença deles. Mas eles sempre vão estar com você. Bem aqui. – Disse colocando uma mão no coração do afilhado.

– Terio? – Perguntou Ted um pouco mais feliz.

– Sim, eu sei que é difícil para você entender isso agora, mas um dia você vai entender. Tudo bem?

– Acho que sim. – Respondeu Ted pensativo.

– Porque você não vai brincar um pouco, George disse que ia soltar alguns fogos de artifício, vai pedir para ele soltar agora. – Disse fazendo o afilhado levantar.

– Bigado padim. Eu te amo. – Disse Ted dando um abraço em Harry e saindo correndo chamando por George.

– Você está bem? – Perguntou Gina sentando ao lado de Harry.

– Sim, só não é justo. – Respondeu Harry, abraçando Gina, e deixando finalmente as lagrimas que ele estava lutando para segurar caírem. – Nenhuma criança devia ter que crescer sem os pais. Nenhuma.