- Que horas é o voo? – me perguntou
- Ás 22h.
- Nossa ainda tem tempo.
Tínhamos acabado de almoçar, estávamos na casa dele, eu estava deitada no seu colo enquanto ele mexia no meu cabelo.
- Essa inauguração é amanhã?
- Não, amanhã é só uma festa, a inauguração foi hoje.
- E por que você não foi á inauguração?
- Porque eu ainda tinha coisas para resolver aqui, e nem era necessária minha presença lá, a festa já é o suficiente.
Eu tinha pensado em ir, mas acabaria complicando as coisas aqui para isso.
- É uma livraria também?
- Uhum, Tom era meu parceiro, quando eu abri a loja aqui ele sempre estava junto e me ajudando, mas precisou ir morar em NY. Como sentia falta do que fazia, pois ele gostava muito abriu uma lá, mas o estilo é totalmente diferente da minha. Não dizendo que é pior ou melhor, só que é diferente. Ai essa celebração é amanhã à noite, acho que ás sete, ou era às oito e meia, não, não, é as dez. – eu não conseguia lembrar de jeito nenhum.
- Tá sabendo bem hein. Espero que o voo seja às 22h mesmo.
- O voo eu tenho certeza, mas lá eu ainda tenho que confirmar. - ele começou a brincar com os dedos na minha barriga e em certos pontos me fazia cocegas. – Não sei com que roupa devo ir, estou em duvida do vestido preto ou o azul.
- O azul.
- Mas você nunca os viu. – olhei para ele.
- Sei disso, mas você fica bem de azul.  – me deu um beijo na testa – E se no lugar da gente voltar, a gente ir para outro lugar?
- Que lugar?
- Não sei, a gente chega ao aeroporto e pega o próximo voo. – falava animado.
- Você está falando serio?
- Estou! A gente compra o primeiro voo nacional que estiver para sair. O que acha?
- Sei não Tony.
- Você tem muitas coisas para fazer? A gente não fica muito tempo.
- Não é nem pelo trabalho, mas é se jogar por ai. Porque você quer fazer isso?
- Sempre achei legal, mas não fico fazendo isso. Apenas acho que seria legal ir com você para algum canto sem programação, apenas por ir.
- Vou pensar.
- Está bem.
Menos de cinco minutos de silencio.
- Já pensou?
- Está bem, vamos fazer isso.
- Serio? Não vai querer voltar à trás?
- Logico que não. – qual é, tenho cara de arregona?
- Está bem então. – me beijou rapidamente.
Ficamos a tarde conversando e nem percebemos o tempo passar.
- Acho melhor eu ir para casa arrumar minhas coisas e me arrumar. – olhei no relógio e percebi que estava na hora de eu me arrumar.
- É, eu também não fiz nada ainda. – agora brincava em meu braço.
- Faz suas coisas ai, e depois vai lá pra casa, a gente fica lá até a hora de sair. – sugeri.
- Tá bom.
Me levantei e encostei meus lábios de leve nos dele, dei uma leve puxada e me afastei. Mas conforme eu esperava ele puxou minha mão e me deu um beijo de verdade.
Fui para minha casa e fiz as malas, não fazia ideia do que por depois dessa ideia dele, coloquei o básico e peças coringas, eu geralmente sou muito lenta para fazer malas, e dessa vez não foi diferente.
Quando terminei, no lugar de já ir tomar banho desci e fui comer alguma coisa, tinha alguns biscoitos por lá.
Depois de ficar enrolando mais ainda eu fui tomar banho, já que eu sabia que provavelmente Anthony estava terminando de se arrumar e logo viria para cá, e eu prefiro fazer as coisas rapidamente e depois ficar com ele.