O show começou em alguns minutos, e sabe o que eu disse sobre não ser fã de One Direction? Eu retiro o que eu disse, eles eram maravilhosos e cativantes. Cada um tinha um personalidade bem diferente e deixavam isso bem claro no palco, resumindo o show: Harry trocando olhares apaixonados com a Laura e o Zayn me olhando torto a cada 2 músicas. As fãs gritavam loucamente, como verdadeiras loucas, foi por pouco que eu não fiquei surda. O show acabou e Laura me guiou até o camarim mais uma vez, quando chegamos os meninos estavam rindo espalhados pela sala, me sentei no canto do sofá ao lado de Niall e ele me abraçou de lado.

— E aí Isinha, o que achou do show? — disse Niall.

— Vocês são simplesmente maravilhosos! Quero assistir todos!

Todos fizeram gracinhas e piadinhas, menos Zayn que permaneceu quieto, encostado perto da porta e apenas observava. Logo entramos na van e fomos para um restaurante comemorar o início da tour; o jantar foi muito divertido, se não fosse por Zayn que continuava quieto e me observando. Perto do final do jantar, me levantei para ir ao banheiro, quando já estava fora da vista da mesa, alguém agarrou meu braço e me virou com certa violência.

— Ei! Qual é o seu problema?!

— Então eu sou um galinha? — disse Zayn, entre dentes.

— O que?

— Não finge que não entendeu, eu ouvi você conversando com a Laura, realmente acha que eu sou um galinha?!

— Primeiro, abaixa essa voz, não estamos sozinhos no restaurante e segundo, eu ach...

— Chega, não tenho mais nada pra te dizer. — ele simplesmente se virou e voltou para a mesa.

Quem ele pensa que é? Eu precisava conversar com ele, eu sei que eu nunca teria nada com ele, por mais que eu quisesse, mas pelo menos nossa amizade, certo? Eu iria resolver isso, essa noite. Voltei para a mesa como se nada tivesse acontecido, mas Zayn não estava lá.

— Cadê o Zayn?

— Disse que estava muito cansado, pegou um táxi, disse que iria para o hotel. — disse Niall, com a boca cheia...para variar.

Logo voltamos para o hotel também, os meninos fariam uma aparição pública em uma livraria para uma tarde autógrafos no dia seguinte e depois a nossa primeira sessão de fotos, a primeira de muitas, e realmente precisavam descansar. Assim que chegamos no hall do hotel, Laura e Harry disse que iriam andar pela área externa do hotel.

— Harry, me empresta a chave do seu quarto?

— Por que? — ele olhou para Laura, e para mim novamente.

— Eu preciso conversar com o Zayn e não acho que ele vá abrir a porta pra mim, se é que você me entende...

Ele entendeu na hora e me entregou a chave, subi até o nosso andar e parei na frente da porta, eu não havia parado pra pensar exatamente no que dizer, ou se ao menos me escutaria, mas eu ia tentar. Abri a porta bem devagar, ele estava sentado na cama de costas para a porta e não percebeu, dei duas batinhas na porta, ele me olhou com desânimo e disse seco:

— Acho que entrou no quarto errado, hein.

— Zayn, eu quer...eu preciso conversar com você.

Ele não respondeu, apenas continuou lá sentado. Eu fui até ele e sentei do seu lado, suspirei pesadamente e ele disparou:

— Se precisa dizer alguma coisa, fala logo, eu preciso descansar.

— Olha Zayn, eu ainda não te conheço a tempo o suficiente pra dizer o que você é ou deixa de ser, eu tirei conclusões precipitadas e eu quero pedir desculpas, eu sei que eu errei e eu não vou fazer isso de novo, eu deveria ter falado com você e enfim...você me desculpa?

Ele suspirou pesadamente e me olhou:

— Eu só te desculpo se repetir a parte que eu sou um “galinha muito, muito charmoso”. — disse ele segurando o riso.

Não resisti e joguei um travesseiro nele e foi o suficiente para começar uma guerra de travesseiros, eu corria pelo quarto enquanto tentava acertar o travesseiro nele, mas obviamente ele era mais rápido e tinha uma mira bem melhor, acabamos destruindo 2 ou 3 travesseiros e com algumas penas presas nas roupas, além de uma crise de riso. Estávamos sentados no centro da cama, tentando recuperar o fôlego de tanto que rimos um da cara do outro.

— Você precisa dormir, eu já vou indo...

Quando fui levantar, ele me puxou delicadamente pela mão.

— Ei, espera.