Carol’s POV

Assim que os meninos me soltaram, funcionários do cemitério pegaram o caixão, levando-o para a lápide em que o enterrariam. Encaixaram-no em um suporte e desceram o mesmo. Niall me abraçou, poupando-me de ver a cena, enquanto eu chorava em seu peito.

Um mês depois...

Um mês se passara e eu já não chorava tanto quanto antes. Quase todas as noites - que se passaram nesse um mês - eu acordava soada, chorando – ou até mesmo gritando -, por pesadelos que me atormentavam a cada segundo de sono; eu havia voltado a Londres há uma semana e ainda estava atordoada com os acontecimentos.

- Não vai entrar? Está frio... – Perguntou Niall colocando um cobertor quente em meus ombros e sentando-se ao meu lado, no balanço, vendo-me fitar a neve que caia aos poucos. Olhei para ele e vi que Niall pôde perceber as lágrimas acumuladas em meus olhos. – Sh, não fique assim, anjo, tudo vai passar! – Beijou-me a bochecha e abraçou-me de lado.
- Sabe... Quando eu era pequena, tudo era mais simples... Eu não tinha tantos problemas com os quais me preocupar, eu tinha meus amigos e minha família, e tinha também meus sonhos. Sonhos aqueles que me fortaleceram, sonhos aqueles que me ensinaram a nunca desistir. E então eu conheci Liam no The X Factor, ele era adorável, até meu pai havia gostado dele... Pouco tempo depois vocês se juntaram e se tornaram a minha vida. Eu jamais pensei que conseguiria vir para Londres e conheceria vocês. Mas eu consegui. Eu vim para Londres e eu conheci vocês. E olhe agora, eu estou com você. Quando eu achei que estava tudo ótimo, tudo perfeito, meu pai morre. E tudo desaba novamente. Está doendo, Niall. Está doendo demais, ficar aqui sem meu pai. Eu sei que ele está ao meu lado, de um jeito ou de outro. Ele agora é parte de mim. E eu estou viva apenas por vocês e por minha mãe. Porque eu juro, se pudesse, eu já estaria debaixo da terra. Não sou capaz de suportar tanta dor. Eu só preciso de ajuda Niall. De alguém que me ajude. Mais nada. – Sussurrei sentindo lágrimas esquentarem minhas bochechas pálidas e gélidas.
- Você precisa de um Anjo, Carol. Um anjo que irá te ajudar... – Encostou seus lábios em uma lágrima que escorria lentamente, secando-a. – Let me be your angel? Deixe-me cuidar de você, Carol; deixe-me fazer-te feliz?
- I beg you, be my angel... – Sussurrei com a voz fraca.
- Vem, vamos entrar! Troque de roupa, você está praticamente encharcada! Vou fazer chocolate quente enquanto isso! – Segurou minha mão, levantando-me do banco e beijou minha testa, esquentando aquela pequena região de meu rosto. Andamos abraçados até a porta da casa de Niall e subi as escadas para trocar de roupa e colocar uma peça quente e confortável (http://www.polyvore.com/forever_young_can_be_no/set?id=56645728&lid=1529262) e voltei para a sala, onde Niall se encontrava me esperando, segurando duas canecas com chocolate quente e marshmallows; fitava-me enquanto descia as escadas e entregou-me uma das canecas, sentando-se no sofá. Sentei ao seu lado e passei minhas pernas por cima das dele, apoiando minhas costas no braço do sofá. Alguns minutos se passavam e eu já havia terminado o chocolate quente, assim como Niall; coloquei a caneca em cima da mesa de centro e voltei para o meu lugar, procurado a mão de Niall, de olhos fechados. Assim que a encontrei, selei nossos dedos e trouxe sua mão aos meus lábios, beijando os nós de seus dedos suavemente.
- Eu prometo que vou ser seu anjo, Carol... Eu vou cuidar de você... – Sussurrou Niall olhando-me nos olhos e chegando mais perto. Niall encostou seu lábio superior em meu inferior, em um selinho, e ficou assim por alguns segundos, quando descolou, fazendo um estalo e voltou a encostar seus lábios no meu, em outro demorado selinho. Coloquei minha mão livre na lateral direita de seu rosto, acariciando-o com o polegar e logo senti sua língua adentrar minha boca, aprofundando o beijo. Era um beijo intenso, porém apaixonado. Niall, com sua mão livre, acariciava a lateral de meu corpo e, leve e suavemente, foi deitando-me no sofá; sua língua, com toda a calma do mundo, explorava minha boca e às vezes chocava-se com a minha fazendo-me sentir constantes arrepios e apertar seus cabelos por entre meus dedos. Soltei sua mão e levei minha mão direita até seus cabelos, entrelaçando-os com ambas as mãos e apertando-os enquanto continuava a beijá-lo. Niall apertou levemente minha cintura e descolou sua boca da minha, levando-a até meu queixo, onde depositou pequenos e molhados beijos, fazendo-me suspirar; entrelacei minhas pernas em sua cintura e Niall pegou-me no colo, subindo as escadas, ainda beijando minha boca, às vezes alternando entre meu maxilar e meu queixo. Com todo o cuidado, Niall me deitou na cama, deitando-se por cima de mim e agora tirando minha blusa de moletom e jogando-a longe; seus beijos passaram de meu queixo para meu pescoço e minha clavícula.
- Tem certeza? – Perguntou-me com a voz rouca. Olhei em seus olhos e assenti sussurrando e beijando-o.
Coloquei minha mão na barra de sua camisa, levantando-a um pouco e, com a ajuda de Niall, logo sua blusa estava jogada ao chão deixando a mostra seu peito nu; logo Niall fez o mesmo comigo, fazendo-me ficar apenas com meu sutiã preto e as calças, que logo foram tiradas com cuidado. Senti-me corar enquanto Niall olhava-me de cima a baixo, usando apenas uma boxer, enquanto eu usava apenas um lingerie preto.
- Você é linda... – Sussurrou voltando a beijar meus ombros. Minha mão esquerda encontrava-se ao lado de minha cabeça, estendida e Niall logo entrelaçou sua mão à minha, voltando a beijar-me.

[...]

- Carol?... Namora comigo? – Perguntou, abraçando-me e cobrindo nossos corpos nus e soados, enquanto eu tentava acalmar minha respiração ainda ofegante.
Olhei para Niall, sentindo meu nariz coçar e minha faringe fechar e doer, sim, eu queria chorar.
- Mas... Eu... – Não sabia como falar então beijei-o intensamente.
- Isso foi um ‘sim’? – Olhou-me confuso assim que nos separamos.
- Não, isso foi um ‘é claro’! – Sorri em resposta e deitei em seu peito, sentindo-o abraçar minha cintura.
- Eu te amo! – Sussurrou e beijou meus cabelos antes que eu adormecesse.

[...]