Um Inglês Em Nova Iorque escrita por Labi


Capítulo 1
One Shot


Notas iniciais do capítulo

O que acontece quando uma pessoa fica durante 1 hora na biblioteca e do nada começa a ouvir músicas do Sting?
Isso mesmo! Uma one shot sem sentido~ (Eu nunca tinha feito uma songfic. E certamente que one-shots não são o meu ponto forte... / prefiro fics longas/)
Eu sempre amei esta música e claro que não pude deixar de relacionar com o Arthur xD
De qualquer forma, alguns dos versos meio que ficaram descontextualizados apenas para encaixar no que eu queria mostrar. *cof*
Novamente, a música é Englishman in New York / Sting
Obrigada por ler~



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Ele percorria as ruas com uma calma tão cordial e serena que até o fazia passar despercebido por entre a multidão apressada que se dirigia ao emprego ou simplesmente fazia a sua rotina normal, ignorando aquele pequeno inglês mergulhado nos seus pensamentos.

Apesar de ter chegado na noite anterior, Arthur ainda não sabia muito bem qual o motivo que o levava a deambular pela cidade de Nova Iorque.

Ou melhor, ele internamente sabia, mas como era óbvio, nunca admitiria.

I don't drink coffee I take tea my dear

I like my toast done on one side.


Tomou o pequeno-almoço num cafezinho de aspecto acolhedor que tinha numa esquina. Ao ouvir o pedido de Arthur, a empregada de mesa sorriu e perguntou sem vergonha alguma:

"Desculpe, o senhor é inglês?"

O loiro riu, afinal, ele não era só inglês... Ele era a própria Inglaterra.

"Claro que sim." respondeu com um sorriso, mas logo foi escondido pela chávena de chá que com cuidado foi levada á boca.

And you can hear it in my accent when I talk

I'm an Englishman in New York


Preferia morrer a admitir que o chá americano até era agradável...

Bebeu, pagou e saiu.

Continuou com a sua caminhada lenta e observava atentamente os prédios altos e esbeltos. Quando reparou, estava na 5ª Avenida.

Há décadas que não passeava por aquela avenida tão imponente e emblemática... Deu um estalido com a língua e aproximou o cachecol da boca para se manter quente.

Sentia-se estranhamente pequeno naquele sitio tão grande.


I'm an alien, I'm a legal alien.

I'm an Englishman in NewYork


Franziu o sobrolho e olhou para o céu. Certo, era inverno e portanto, perfeitamente natural que estivesse frio mas... Sentia falta do calor. Calor esse provocado por um certo alguém que ainda devia estar a dormir e não a passar um frio desgraçado na rua...

A primeira coisa que reparou foi que o céu estava azul. Tão azul e límpido... Mas não um azul qualquer... Era aquele típico especifico de azul. Aquela exacta tonalidade...

Levou a palma da mão á testa ruidosamente. Devia ser dos ares. Porque só mesmo uma cidade "Alfrediana" para o deixar intimidado e desprotegido daquela forma.

Sem saber bem porquê, sorriu levemente e olhou para a frente, recomeçando a sua caminhada.


It takes a man to suffer ignorance and smile


Tudo naquele lugar parecia gritar "Alfred". Desde os enormes prédios até às largas ruas. Tão típico do americano... Talvez por destino ou qualquer partida das probabilidades, Arthur avistou-o no cruzamento com outra avenida.

Conseguia conhecer aquele casaco e aquele corpo nem que fosse a quilómetros de distância.

Automaticamente, o seu coração bateu mais forte e ele deixou de sentir frio. Esteve quase tentado a acelerar o passo, mas conteve-se, mantendo o ritmo calmo.


A gentleman will walk but never run


Alfred estava a falar com um grupo de turistas perdidos, dando-lhes indicações dos melhores caminhos a seguir pela cidade que nunca dorme. Estava de costas para Arthur e ao voltar-se, ficou estagnado com uma expressão chocada.

Arthur sorriu e acenou timidamente.

O americano, porém, nem pensou duas vezes antes de desatar a correr na sua direcção. Quando o alcançou, abraçou-o bruscamente e rodou-o no ar.

"Hey! Quieto seu idiota!"

Alfred parou e fixou os seus olhos nos de Arthur, "Nem acredito que me vieste visitar~" , e depois fez um sorriso enorme.


Then he's the hero of the day


"Eu não te vim visitar. Apenas calhei de passar por aqui.” contestou o inglês.

"Sei. Já tomaste o pequeno-almoço?"

Arthur pensou em dizer que sim mas depois, "N-Não. Não tomei."

"Óptimo! Assim podes vir comigo tomar. Vou te mostrar o lugar que faz o melhor café de Nova Iorque!"

O entusiasmo do americano era contagiante.

Deu por si com o braço de Alfred sobre os seus ombros, enquanto ele falava sobre alguma coisa sem importância. Talvez um jogo ou filme novo. Estava tão bem disposto que era capaz de até beber café…

Continuava a caminhar lentamente, mas agora, o pequeno inglês já não se sentia tão intimidado na Cidade Que Nunca Dorme.


I'm an Englishman in New York





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