O Homem Das Estrelas escrita por LaLu


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oi! tudo bem com vocês?
Não respondemos todos os comentários por falta de tempo. Mas fica um preview da pegação que terá os próximos capitulos. LoL.



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 Ela estava me fitando com o cenho franzido, parecendo querer arrancar de mim uma resposta que nem eu tinha.

       Minha situação piorou quando ela me lançou um olhar tanto quanto malicioso e chegou mais perto.

       Droga, o que eu faço?

     - Por que a pergunta? A senhorita estava fazendo alguma coisa que ninguém deveria saber? – eu disse, tentando esconder com um sorriso, a surpresa que eu estava sentindo. Não é possível! Eu não havia tirado os olhos dela. E sem hesitar, me respondeu:

       - Se almoçar em um restaurante é fazer algo errado, sim, eu estava.

      - Desculpe o transtorno, eu tenho uma mania muito feia de achar algo bonito em alguém e me aproximar a fim de ter uma visão privilegiada.

      - O que disse senhor Rogers?

      - Esta me seguindo porque achou algo bonito em mim?

Droga, de novo. Eu estava me complicando cada vez mais:

      - Não. Quero dizer, sim. Digo, com todo respeito...

      - Pode ser mais claro? – ela parecia não entender nada.

      - Eu te acho bonita, mas com todo respeito, claro...

(POV’s Angèle)

   Eu não sei o que dizer. Não consigo pensar em uma resposta para quebrar o clima. Estou frente a frente com um homem com quase o dobro da minha altura, encarando atentamente seus lindos olhos azuis. Os olhos azuis de um desconhecido. Não é a primeira vez que sinto essa estranha sensação... algo que me atrai terrivelmente para ele. É tão intrigante e convidativo...

      -Senhorita Angéle está tudo bem?

  Aquelas palavras me fizeram acordar de algo semelhante a um sonho.

      - É claro que está – olhei para o relógio – já é tarde. Tenho que ir embora.

     - Mas não passam das 14h!

Argh! Como ele é burro!

     - Escute aqui, Steve Rogers, eu tenho mais o que fazer além de ficar de conversinha com desconhecidos – eu estava começando a me irritar.

     - Ah é, senhorita Salazar? O que, por exemplo? Treinar seu cachorro com uma...

Não! Ele não poderia falar de jeito algum que eu estava armada. O que as pessoas ao nosso redor pensariam? O cortei dizendo:

    - Por que não vamos para um lugar reservado, amorzinho? Você está tenso e eu sei o jeito certo de te relaxar – eu disse com a voz mais doce possível, sem soar forçada.

     Ignorando os olhares curiosos e atentos, eu me aproximei dele e delicadamente pus a mão em sua bochecha, fazendo-o se arrepiar e se encurvar de leve. Ao tocar meus lábios nos dele, pude perceber a surpresa e estática impressas na falta de reação e rigidez de seus músculos. Senti uma onda de pânico percorrer todo o meu corpo quando seus braços tocaram as minhas costas e ele correspondeu, com vigor, ao meu beijo cala-a-boca. Na minha cabeça apitava um aviso: não se entregue!

      Afastei-me e ao abrir os olhos, percebi que os dele permaneciam fechados, como alguém que espera por uma surpresa. Rapidamente me recompus e disse:

         - Vamos?

   Parecendo sair de um transe, ele olhou além de mim e caminhou sozinho até a porta da sorveteria mais próxima.

    Droga era para eu estar seduzindo o Capitão América, e não sendo seduzida por um “muro” qualquer. Enquanto ele se afastava eu não conseguia deixar de olhar para a estranha data que aparecia acima da sua cabeça. 1945? Isso é impossível! Estamos em 2005!

    Interrompi meu pensamento quando o vi parado, distante de mim, com uma sobrancelha levantada, dizendo sem som:

      - Você não vem?

   Andei apressadamente até ele, e ao chegar ao seu lado toquei seu braço quente e musculoso e disse:

      - Onde você quer me levar, Stevinho?

Não me conti e caí na gargalhada, enquanto ele fechou a cara e disse rispidamente:

      - Vamos à sorveteira para conversar, senhorita. – foi marchando porta adentro.

       - Eu gostaria de um milk-shake, por favor – pedi enquanto ele quis um simples copo de agua.  

    Olhei para ele e comecei:

       - Então, senhor Rogers, agora você tem todo o tempo do mundo para me dizer por que estava me seguindo.

     Ele engoliu em seco e ficamos em silencio novamente. Que raiva.

      - Senhor Rogers, acho que você não me entendeu. Vou repetir: Por que. Você. Estava. Me seguindo?

    Ele abriu a boca, mas antes que saísse qualquer som, o garçom chegou.

     - Aqui esta o milk-shake de vocês. Bom apetite.

   Como se a vida debochasse de mim, tinham dois canudos no meu milk-shake e para piorar, ele deu um longo gole e ainda teve a audácia de dizer:

     - Nossa, está delicioso! Experimenta.

   Fechei a cara e disse:

     - Enfim, você vai responder a minha pergunta ou terei que ir embora e deixa-lo pagar o meu sorvete? Esta sendo tentador fazer isso.

     - Eu já lhe disse: quando vejo algo interessante em alguém, eu me aproximo a fim de ter uma visão privilegiada.

   Revirei os olhos e perguntei:

     - O que seria essa coisa interessante, Rogers?

     - Você toda é muito interessante, senhorita, mas seus olhos verdes têm um brilho encantador.

    Não tinha o que responder. Resolvi então beber o meu milk-shake.

      - Qual é o seu emprego?

   Engasguei ao ouvir a pergunta. O que eu invento agora?

      -Está tudo bem? Você esta vermelha, quer um pouco da minha água?

   E me recuperando, disse:

       - Não, já estou melhor, obrigada. Respondendo sua pergunta, eu sou uma faz-tudo do meu chefe. Pego encomendas, marco reuniões.

      - Que tipo de encomendas?

      - Ah, ele lida muito com anatomia, mas não sei direito para que servem. Eu apenas sigo ordens.

      - E você precisa estar armada para pegar essas encomendas?

      - De novo essa pergunta? Achei que tivéssemos acabado com essa conversa.

      - Ainda não, senhorita Salazar. Você ainda não explicou o porquê de estar armada. Mesmo a noite, em uma rua mal iluminada e deserta, esse lugar não têm os perigos de uma cidade grande.

     - Primeiro: eu não estava armada. Se...

  Ele me interrompeu dizendo:

    - Estava sim.

    - Não estava não! Você quer saber mais do que eu?

    - Só estou falando o que eu vi. Você estava armada e eu sei disso. Agora quero saber o motivo.

   Não me aguentei. Perdi a compostura, bati na mesa e gritei:

     - ¡Si ustedinventótodo esto, entoncesinventar unpoco más!

   Saí de lá pisando duro. 


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Notas finais do capítulo

¡Si usted inventó todo esto, entonces inventar un poco más!
- Se você inventou tudo isso, então invente mais um pouco!
bjkas das autoras
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