O Dia Em Que Tudo Mudou escrita por samurai girl


Capítulo 21
Final: Gaara/Yuki - Aceite o amor


Notas iniciais do capítulo

Ola!!!!
Bem aqui está o primeiro final, vamos saber como acaba esse casal tãão problemático???
Espero mesmo que tenham gostado do que aprontei.
Eu tinha dito para a leitora Priih_ncesa que uma certa pessoa não iria aparecer, mas mudei de ideias hahahhahahahahha
Sem mais muito boa leitura, em breve o final de Sasuke e Yuuki e o resto dos retardados todos. hihiihihihihih
Claro que quero aproveitar para agradecer por todos os reviwes e um especial agradecimento a Priih_ncesa e Tobizinho por terem recomendado a fanfic.
Nos vemos lá em baixo.



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Por você fui morrendo, pouco a pouco perdendo a minha própria luz,

Tentando tê-la fui lutando, mesmo sabendo que não venceria, essa foi a minha maior cruz.

Agora anseio pela mais doce das escuridões, esperando a inevitável e insuportável dor,

Como eu gostaria que você pudesse me salvar com esse seu difícil e terno amor.

Samurai_girl





–Como ela está? – Uma voz extremamente doce e suave questionava preocupada.

– Ainda não sabemos – Outra voz se fez ouvir, agora era uma voz masculina grave.

Um suspiro saiu dos lábios da jovem de longos e negros cabelos, encarava o velho medico na sua frente. Já fazia longas horas que estava naquela sala de espera querendo saber noticias dos dois jovens. Estava preocupada com o que tinha acontecido. Alias, ainda estava confusa com tudo aquilo.


Flashback on


A jovem de belos e longos cabelos negros caminhava sem rumo, mesmo debaixo daquele temporal era preferível se molhar um pouco a ficar em casa, seu namorado não estava nos melhores dias e quando isso acontecia o melhor era apenas deixar o moreno sozinho.

Poderia ser apenas um passeio num dia de temporal se algo realmente assustador não tivesse acontecido. E tinha que ser logo em frente ao lugar mais assustador para se ouvir barulhos.

Um cemitério.

– GAARA!!

Sim, aquilo tinha sido um grito, um grito vindo de dentro do cemitério. Naturalmente o primeiro pensamento da jovem foi fugir dali e correr para os braços do namorado mal humorado. Mas não foi isso que ela fez.

Aquela jovem não conseguiu ficar indiferente ao grito agonizante carregado de pura dor e sofrimento. Também ela já soube o quanto custava gritar de dor, também ela já soube o quanto custa gritar e não ter ninguém por perto.

Movida pelo sentimento da compaixão a jovem morena adentrou pelos altos portões do cemitério, estava disposta a encontrar a dona do grito e oferecer toda a ajuda que aquele grito parecia pedir.

Alguns minutos se passaram e a chuva não cessava, o que mais estava deixando a jovem preocupada era o fato de após ouvir o grito o silencio ter reinado naquele sitio morto. Isso apenas serviu de incentivo a achar a autora de tamanho sofrimento.

E por fim o que tanto procurava foi encontrado, não que fosse por aquilo que ela realmente procurava. Esperava tudo menos aquele cenário macabro.

– Que raios... – A morena murmurou incrédula.

Na sua frente um casal de jovens se encontrava desfalecidos no piso de terra mais que molhada. Um jovem ruivo e uma jovem também ela morena. O pior era sem duvida o jovem de cabelos vermelhos, ele sangrava abundantemente como se todo o seu corpo estivesse se esvaziando. Ela não era medica nem tão pouco percebia o mínimo sobre medicina, mas, sabia que aquilo não era bom.

A jovem morena desfalecida não aparentava nenhum ferimento, claro que isso não significava que estivesse melhor ou pior.

Aquela jovem já tinha tido o desprazer de ver coisas muito macabras, mais que aquele cenário, mas mesmo assim aquilo a afetava imensamente, especialmente em parte por lhe fazer lembrar-se de uma pessoa que desde aquele dia... Nunca mais viu.

Com um suspiro a morena apressou-se a telefonar para as urgências pedindo apoio imediato. Mesmo que já fosse tarde para salvar aquele casal ela iria tentar.


Flashback off


Novamente um leve suspiro saiu da boca daquela jovem que só estava disposta a sair dali quanto obtivesse uma noticia concreta sobre o estado daquele casal. Seu namorado rabugento poderia esperar.



Num dos quartos do hospital



Tudo estava escuro, tudo estava confuso... Onde ela estava mesmo? O que tinha acontecido?

Yuki pouco a pouco recuperava os sentidos, sentia-se confusa e dolorida, tudo na sua cabeça era uma mancha negra e desfocada borrando o que ela deveria se lembrar. Sentia o coração apertado e os olhos pesados. Sabia que fosse o que fosse era relacionado com... Gaara.


– NÃO!! – A jovem Yamamoto gritou aflita. A simples lembrança do nome do ruivo foi o suficiente para se lembrar do que tinha acontecido. Gaara estava morto por sua culpa. Ela o tinha matado ao rejeita-lo de todas as formas possíveis e inimagináveis.


– A menina sente-se bem? – Um enfermeiro de meia idade questionou entrando no quarto, o grito de Yuki tinha o assustado. E mais assustado ficou ao ver a jovem desfeita em lagrimas e soluções.

Yuki tentou responder, mas as lagrimas não deixara. Ela tinha percebido tudo tarde de mais. Tinha percebido que amava Gaara tarde de mais, tinha decidido aceita-lo tarde de mais, tinha chegado tarde de mais... Tudo na sua vida tinha sido um erro.


– Como eu posso... – Fungou entre lagrimas. – estar bem com ele morto. – Terminou se desfazendo ainda mais em lagrimas. Gaara não merecia ter sofrido por sua culpa, ela era a única que deveria sentir a dor de tudo, no fim ela tinha sido a única culpada por ter medo. Medo de arriscar, medo de sofrer, medo de amar e ser feliz.

O enfermeiro de meia idade enrugou a testa não entendendo nada. De quem a jovem estava falando?


– Me diga uma coisa minha jovem. – O enfermeiro murmurou docemente. – Quem está morto?

Yuki ergueu os olhos olhando para o homem vestido de branco, logo seus olhos voltaram a descer e sem vontade nem força murmurou o nome que lhe fazia arder a garganta e sufocar o peito.

– Sabaku No Gaara.

– Sabaku No Gaara? – O enfermeiro repetiu o nome mais numa pergunta do que numa repetição dita. Ele estava confuso, mas aquela jovem estava mais confusa ainda então tratou de esclarecer logo antes que ela acabasse tendo uma coisinha má ali mesmo. – Sabaku No Gaara não está morto, quer dizer andou lá perto, mas conseguimos estancar a perda de sangue e uma transfusão de sangue rápida também serviu de grande ajuda.


Yuki levantou o rosto incrédula com o que tinha ouvido. Gaara estava vivo? A jovem não sabia se deveria chorar ou rir, mas pela vias das duvidas fez as duas. Uma sonora risada juntamente com um rio de lagrimas a fizeram parecer à louca do século, mas quem disse que ela ligava? Gaara estava vivo e isso lhe chegava por agora.


– Acho que ela deveria estar na psiquiatra. – O enfermeiro murmurou soltando um suspiro e saiu do quarto, agora que a jovem estava acordada era hora de ser visitada pelo doutor.



Na sala de espera do hospital


A jovem morena caminhava de um lado para o outro, estava impaciente por saber do casal de jovens. Tinha recebido uma mensagem escrita do namorado a avisando que aquilo tinha acontecido, então ainda estava mais nervosa. Claro que não agradaria pé do hospital antes de saber do estado do casal.


– Senhorita. – O enfermeiro de meia idade que antes estava no quarto de Yuki chamou pela jovem.


– Já tem noticias sobre eles? – A jovem questionou.


– Yuki Yamamoto acordou e Sabaku No Gaara está se recuperando muito bem. – O enfermeiro informou com um sorriso nos lábios, um sorriso maior do que o devido. – Quer ver a jovem? – questionou.


– Não. – A jovem respondeu mais aliviada e já estava pronta para virar costas e ir embora, mas antes. – Apenas lhe deseje as melhoras em meu nome. – E sorriu amigavelmente, estava feliz por o casal não ter morrido, afinal nem tudo era desgraça na vida.


– E em que nome devem ficar as melhoras? – O enfermeiro questionou como se fosse obvio.


A jovem virou costas e caminhou até a porta de saída, antes de sair totalmente virou ligeiramente e sorrindo disse.


– Apenas diga que lady Kurogami mandou as melhoras. – E com o lindo sorriso a jovem morena desapareceu pelas portas do hospital. Estava feliz por ter podido ajudar.



Num dos quartos do hospital



Yuki deitada na cama observava o teto azul, ainda não sabia se chorava ou ria. Ainda não acreditava que Gaara estava vivo, que agora poderia fazer as coisas do modo certo. Teria uma segunda oportunidade, um novo recomeçar da sua historia com o ruivo.

A morena suspirou e bufou ao ver a porta do quarto hospitalar ser aberto. Apesar de tudo tinha a sensação que se estava esquecendo-se de algo relacionado á noite anterior.


– Menina Yamamoto que bom que acordou. – Um simpático médico animadamente disse ao entrar no quarto. Era um senhor alto e extremamente magro, possuía cabelos ruivos perto da altura dos ombros. – Como se sente? – Questionou abrindo um sorriso.


A jovem morena suspirou. Tinha mesmo que estar a ter essa conversa? Só queria poder ver Gaara o quanto antes, precisava disso ou seu coração não iria ficar calmo durante muito mais tempo.

– Sinto-me maravilhosamente bem, mas poderia estar melhor. – Yuki respondeu cruzando os braços na altura do peito.

O homem de cabelos avermelhado sorriu de canto, a paciente realmente parecia estar bem. Mas, poderia estar melhor?

– Me diga menina Yamamoto como você poderia estar melhor? – O médico se mostrou realmente intrigado.


A morena sorriu, tinha conseguido o que queria, ou quase.


– Podia estar melhor se pudesse ver o meu... – Teve que fazer uma pausa para respirar, ainda não acreditava que ia dizer aquela palavra. – O meu namorado. – Murmurou, aquela palavra era difícil, mas que outra forma ela tinha para poder ver Gaara o quantos antes?

O doutor voltou a sorrir, podia entender o que a aquela jovem estava sentido. Também ele nos seus dias de adolescência sentia que tudo apenas ficaria bem quando visse a sua amada.


– Vou tratar de ordenar uma das auxiliares para leva-la ao quarto do seu namorado. – Sorriu e se preparou para sair do quarto afinal a jovem lhe parecia ótima e boa saúde o desmaio tinha sido apenas um susto. Nu fundo tudo tinha sido apenas um susto. – Se precisar de mim mande chamar o Doutor Nagato. – Informou antes de sair do quarto.


Após o médico ter saído Yuki voltou a suspirar. Estava nervosa, afinal agora que pensava bem, Gaara não a odiaria? Quer dizer, depois de tudo o que lhe tinha dito depois do quase o levar á morte ele ainda a amaria? Se fosse ela não amaria uma pessoa depois de algo assim. Rezava para Gaara não ser como ela.


Alguns minutos que pareceram eternidades passaram, a morena que permanecia deitada na cama podia jurar que não tardaria iria cair num sono profundo. De alguma forma, esse pensamente fez a jovem se lembrar do que achava ter esquecido.


– Meu deus... – Yuki murmurou cobrindo a boca com a palma da mão. Como podia ter se esquecido de algo com tanto impacto? Agora ela se lembrava, naquele cemitério estava toda a família de Gaara. Se antes a morena se sentia péssima, agora achava que era o pior ser humano da terra. Gaara já estava sofrendo tanto e ela apenas o enterrou mais e mais.


Se Gaara ainda a amava, ela não merecia esse amor. Mas mesmo não o merecendo ia lutar por ele com todas as suas forças.


– Menina Yamamoto. – Uma senhora idosa chamou a jovem. – Hora de visitar o seu rapaz. – Um doce sorrido nos lábios da senhora que pacientemente esperou Yuki levantar da cama e calçar os chinelos hospitalares.

Em seguida ambas caminharam pelos corredores do hospital. A jovem morena tremia por todos os lados. Sabia que tinha errado feio e por isso se sentia terrivelmente mal. Terrivelmente preocupada e arrependida.

Mais alguns passos foram precisos para por fim a idosa auxiliar e a tremula Yuki pararem em frente a uma porta que permitia ter visão dos que lá dentro acontecia.

Yuki sentiu o coração acelerar tanto que poderia jurar que o ia perder pela boca a qualquer momento. Ali estava Gaara, ligado a uma serie de maquinas e de pulsos feridos. Sentiu os olhos ficarem pesados e cheios quase transbordando de lagrimas. Não estava acostumada a chorar tinha jurado a si mesma nunca mais chorar por homem nenhum, mas agora ali estava ela totalmente apaixonada e chorando, não por um homem, mas por ela mesma.

Yuki estava chorando por ser uma perfeita idiota que nada conhecia sobre o amor.


– Vamos pode entrar. - A gentil velhota incentivou dando um empurrão nas costas da morena.

– Sim. – Yuki murmurou tentando se convencer e no segundo seguinte estava abrindo a porta e entrando no quarto de Gaara.


A jovem Yamamoto quase perdeu a força, estava tão perto do ruivo, de tão perto ela podia ver o real estrago que ele se autocometeu por culpa dela.

O que Yuki não notou por estar tão perdida nos seus próprios erros foi que Gaara estava desperto, muito desperto na verdade. Apesar de todo o seu corpo doer seus olhos estava focados na sua morena que ainda não tinha notado que ele estava acordado. Como ele queria poder saltar daquela cama e a abraçar. Não sabia como e porque Yuki estava ali, nem sabia como estava vivo. Mas pelo simples fato dela estar ali já tinha valido a pena sobreviver, mesmo que fosse para vê-la apenas mais uma vez.


– Yuki... – O ruivo murmurou o nome da jovem atraindo a atenção da mesma.

A morena quase enfartou quando ouviu a voz de Gaara, pensou que ele não estivesse consciente. Nunca Yuki pensou que fosse tão bom ouvir a voz de Gaara. Não sabia o que dizer ou mesmo que fazer. Então se limitou a seguir o coração naquele exato momento.


– Seu idiota. – Murmurou aproximando-se da cama onde Gaara estava deitado. – Como foi capaz de tentar tirar a própria vida? – As lágrimas que estavam presas nos olhos negros da morena começavam a transbordar para fora violentamente. – Como foi capaz de fazer uma loucura dessas por minha causa. – A voz de Yuki saiu embaçada pelo choro, todo o desespero que sentia era visível. Sem pensar a jovem se sentou na beirada da cama e abraçou Gaara com cuidado. Queria senti-lo nos seus braços, queria poder dizer que o amava e acima de tudo não o queria fazer sofrer mais.


O ruivo piscou ambos os olhos confusos. Não estava habituado de forma alguma a esse tipo de tratamento por parte da morena, ela sempre era tão evasiva e cruel com ele. E mais, como ela sabia que ele tentou se suicidar? Teria sido ela a salva-lo? Isso explicaria a presença dela ali, mas não explicava aquela reação. De todas as vezes que fez algo louco como à marca na testa com a pedra não foi abraços e lagrimas que recebeu.


– Yuki o que está acontecendo? – Questionou confuso, apesar da sensação de ter a morena abraçada a si ser muito boa, melhor do que isso apenas a noite que partilharam juntos.

– Você ainda me ama? – A morena questionou não respondendo a pergunta do ruivo.


– O que? - Gaara já não estava entendendo nada.


– Apenas diga se me ama ou não. – Yuki bufou.


– Claro que amo, porque acha que tentei tirar a minha vida? Porque iria tentar me suicidar por alguém que não amo? – A voz do ruivo apesar de fraca mostrava o quanto ele estava sentido com aquelas palavras, como Yuki ainda poderia duvidar dos seus sentimentos depois de tudo.

A morena ficou pensativa e voltou a insistir.

– Você ainda me vai amar depois de ter que aturar o meu mal humor matinal, minhas crises de humor? Meu sarcasmo e todos os defeitos que possam vir de reboque? É que todos os outros não foram capazes de continuar a me amar depois disso. – Ela tinha que saber, tinha que perguntar. Mesmo que aquilo a estivesse magoando. Era como se tivesse revivendo todas as desilusões todos os amores verdadeiros que duraram meses, todos os amores que caíram após os primeiros defeitos. Ela não era perfeita e as pessoas tem dificuldade a aceitar pessoas imperfeitas.

Gaara suspirou, não estava entendendo onde Yuki queria chegar. Mas já estarem a ter aquele tipo de conversas era ótimo, ela nunca se mostrou interessada em saber sobre os seus sentimentos... Até agora.

– Yuki. – Gaara murmurou e se ajeitou com muito custo na cama. Ele apenas diria aquilo uma vez, ali, noutros locais ele diria quantas vezes a morena quisesse. – Eu te amo com todos os seus defeitos, te amei mesmo depois de todos os socos que você me deu, mesmo depois de todas as sapatadas. Você foi o meu anjo naquela ilha. Eu te amo hoje, amanha, e depois. Eu te amo apesar de tudo o que aconteceu, se isso não é amor, o que é então? – Gaara estava falando com o coração, também ele sentia os olhos a quererem transbordar de lagrimas, se Yuki estivesse apenas querendo tirar uma com a sua cara não aguentaria mais. Daria um jeito de dar um tiro na cabeça.

Yuki levantou a mão lentamente, todo o seu corpo tremia e seus olhos choravam ainda mais pelas palavras que acabará de ouvir. Ela realmente não merecia aquele amor todo. Mas se Gaara a amava ela não ia mais fugir. Não ia mais negar o que sentia. Enquanto houvesse amor ambos seriam felizes.

A mão que estava no ar lentamente foi depositada sobre o rosto quente do ruivo que instintivamente fechou os olhos. Yuki sorriu com cena. Lentamente levou o rosto próximo ao de Gaara. Podia sentir a respiração quente e rápida dele contra os seus lábios. Era uma das melhores sensações que já tinha sentido. Não acreditava no que quase jogou fora.


– Gaara. – A morena chamou docemente o nome do ruivo que abriu os olhos. Ambos se entreolhavam. – Eu te amo. – Murmurou convicta de suas palavras, ainda viu Gaara abrir a boca provavelmente para lhe chamar de mentirosa, mas não lhe deu hipóteses.

Yuki terminou com a distância entre as duas bocas e beijou Gaara delicadamente o deixando sentir o quanto suas palavras eram verdadeiras, deixando-o sentir todo o seu amor, toda a sua paixão. Ela ia salvar Gaara da escuridão que era a sua vida. Se ele precisava de uma luz ela seria a sua luz.


– Yuki.... – Gaara estava incrédulo.


– Não se atreva a me chamar de mentirosa depois disso. – A morena ameaçou com a testa encostada da dele. – Eu já te amava apenas percebi isso muito tarde.


Gaara sorriu, era tão bom ouvir aquelas palavras. Poderia jurar que estava sonhando, se fosse um sonho ele não queria acordar nunca. Aquele era o sonho da sua vida.


– Digamos que percebeu ainda a tempo. – O ruivo murmurou e levantou um pouco a cabeça voltando a provar dos lábios que sempre lhe tinham sido proibidos. Agora Yuki era dele. – Tenha em mente que depois disso não a vou deixar partir mesmo que queira.

Yuki apenas sorriu. Ela seria feliz e daria a Gaara a oportunidade se ser feliz ao seu lado. Ambos mereciam um novo recomeço.



Quatro messes depois


Yuki e Gaara caminhavam juntos de mãos dadas, faziam o percurso para um lugar muito conhecido por ambos. O cemitério da cidade.

Nesses quatro messes que se passaram Yuki e Gaara tiveram a oportunidade se realmente conhecerem como nunca haviam conhecido. Eles se amavam ainda mais se era que isso fosse possível. Gaara era feliz por ter o seu anjo ao seu lado. No fundo toda a luta que teve que travar, todo o sofrimento que passou compensou. Ele sofreu, mas agora era mais feliz do que nunca.

O casal caminhou por algumas sepulturas até pararem em frente a uma. Era a sepultura da família de Gaara. Família essa que Yuki agora já conhecia a historia e partilhava o sofrimento do amado. Afinal amar não é só repartir as alegrias, mas também as tristezas.


– Que as vossas almas estejam em descanso. – Yuki murmurou se abaixando a custo para colocar um pequeno ramo de cravos brancos sobre a sepultura.

Gaara apenas enlaçou possessivamente a cintura de Yuki em silencio. Não tinha nada a dizer naquele momento aos mortos naquele momento. Todo o seu foco estava em Yuki.

– É melhor voltarmos lembre-se que não pode se esforçar muito. – Gaara advertiu preocupado apertando o enlace na cintura de Yuki.

A morena suspirou e respondeu dando um beijo estalado no rosto do ruivo.

– Eu estou grávida não estou incapacitada. – Um sorriso matreiro nos lábios.

– Mas está grávida de gêmeos então todo o cuidado é pouco. – O mais recente pai galinha advertiu. Não queria que nada acontecesse com Yuki e com as crianças. Toda a sua vida e felicidade estavam ali, em Yuki.

A morena apenas sorriu e puxou o namorado pela mão o arrastando dali, se ele queria tanto ir para casa eles iriam. Na realidade ela sabia bem o motivo da pressa de Gaara em retornar a casa. Algumas coisas simplesmente não mudam. E agora que ambos dividiam uma casa que se podia chamar de casa um quarto e uma cama as coisas estavam indo maravilhosamente bem.

Ainda para mais que agora iam ser pais. Aquela primeira noite deles tinha rendido frutos.

O resultado daquele amor atribulado, mas verdadeiro.

Tudo estava mudando.

Na realidade tudo começou a mudar no dia em que embarcaram no avião. Porque aquele dia tinha sido o dia em que tudo mudou.


Fim

Se você não consegue imaginar, de maneira.

Nenhuma, um futuro sem a pessoa ao seu lado...

Se você tiver a certeza que vai ver a outra

Envelhecendo e, mesmo assim, tiver a convicção.

Que vai continuar sendo louco por ela...

Se você preferir fechar os olhos, antes de ver.

A outra partindo: é o amor que chegou na sua vida.

Muitas pessoas apaixonam-se muitas vezes

Na vida poucas amam ou encontram um amor verdadeiro.

Carlos Drummond de Andrade




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Notas finais do capítulo

Bem espero que tenham gostado, o próximo final não será tão tranquilo assim, kkkkkkkkkk
Mais uma vez obrigado a quem me acompanhou até aqui.
KISSUSS